A comunidade escolar do Bairro
Modelo através de encontros, pesquisas, conselhos de classe viu a necessidade
de implantar o Ensino Médio Diurno e o Técnico no Bairro Modelo com o objetivo
de atender a demanda regional e oferecer um ensino de mais qualidade àqueles
que não tem condições econômicas de buscar uma especialização em cursos
superiores.
No ano de 1999, surge o Orçamento
Participativo, através do quais os cidadãos interessados participam das
decisões relativas à distribuição das verbas públicas e aos investimentos do
governo estadual, levando suas prioridades orçamentárias para serem votadas em
Assembléias Municipais. Neste processo a comunidade viu a possibilidade de
alcançar seu desejo.
A partir daí, iniciaram-se as discussões
sobre a forma de participação e levantamentos de prioridades em encontros com
cidadãos e representantes dos Bairros Modelo, Novo Leste, Lambari, Assis
Brasil, 15 de Novembro, Sol Nascente, Glória e Interior. A comunidade decidiu
levar para a Assembléia como prioridade a educação, buscando a construção de
uma Escola Técnica no Bairro Modelo. Assim, promoveu uma mobilização para
participação na 1ª Assembléia Municipal do Orçamento Participativo em Ijuí.
Acreditando na proposta do OP, a
comunidade escolar do Bairro Modelo foi em massa, buscar a inclusão de seu
Projeto no orçamento do Estado para o ano 2000 e viu suas prioridades
defendidas e classificadas em 1ª lugar a nível municipal, viabilizando então a
concretização de seu sonho: “A construção de uma Escola Estadual de Ensino
Médio e Técnico, voltada aos interesses e necessidades das comunidades local e
regional que sempre estiveram presentes nas instâncias do desenrolar da
organização e execução do Projeto”.
A comunidade do Bairro Modelo recebeu a
autorização de início da obra em 2001, ocasião em que foi lançada a Pedra
Fundamental na presença de autoridades locais, direção do Colégio Estadual
Modelo e Comunidade do Bairro Modelo. A construtora responsável deu inicio a
execução do Projeto, usando parte da verba para a estrutura física e o restante
da verba ficara para equipar os laboratórios de Ciências, Informática e a
biblioteca.
Concluído o processo de construção a escola, localizada ao norte do Bairro
Modelo, Rua João Sinésio Hauschild, 51, esquina com a Rua Henrique Siedenberg,
num terreno de 14 mil m2 de área dos quais 1.326m2 são de área construída,
distribuída em 2 pavimentos com 10 salas de aula, sanitários feminino e
masculino para alunos em cada pavimento, sanitários para professores,
biblioteca, laboratório de ciência, de informática, secretaria, sala de
direção, sala de supervisão, sala de orientação e sala de professores, a escola
passou a ser usado como extensão do Colégio Estadual Modelo, até que, em 16 de
junho de 2005 obteve-se a autorização de funcionamento.
Em anexo uma quadra poliesportiva com 317m2, pode-se dizer que este projeto tem a estrutura para a escola. Considerando que a grande maioria da clientela de nossos alunos prove de camadas populares, nos faz pensar sobre a importância desta nova escola, enquanto publica, a considerar que os alunos que por ela passarem, tem um papel a desempenhar e das influencias e qualificações que recebem, dependerá sua efetiva participação nos rumos sociais, culturais, técnicos, políticos e de produção na sociedade. Nesse sentido, buscamos estruturação democrática, humanística, cuja tarefa é de inserir os jovens na atividade social e profissional com uma certa maturidade, capacidade, criação intelectual e prática, certa autonomia na orientação e iniciativa.
Em anexo uma quadra poliesportiva com 317m2, pode-se dizer que este projeto tem a estrutura para a escola. Considerando que a grande maioria da clientela de nossos alunos prove de camadas populares, nos faz pensar sobre a importância desta nova escola, enquanto publica, a considerar que os alunos que por ela passarem, tem um papel a desempenhar e das influencias e qualificações que recebem, dependerá sua efetiva participação nos rumos sociais, culturais, técnicos, políticos e de produção na sociedade. Nesse sentido, buscamos estruturação democrática, humanística, cuja tarefa é de inserir os jovens na atividade social e profissional com uma certa maturidade, capacidade, criação intelectual e prática, certa autonomia na orientação e iniciativa.
Pensamos numa proposta político /
pedagógica para a nova escola que vem ao encontro dos interesses e necessidades
local e regional e assessorado pelo Curso de Graduação em Informática da
UNIJUI, construímos um Plano Curricular contemplando os anseios e necessidades
da comunidade que nela se insere, e acreditando na relevância que as novas
tecnologias da informação e da comunicação poderão desempenhar no sistema
educacional, buscamos uma melhor definição do modelo de qualificação que
queremos e acreditamos, cujo sonho é de transformar a nova escola publica, num
futuro não muito distante, em Centro de Modernização Tecnológica, “formando
redes de cooperação entre escolas, universidades, empresas de Ijuí e região com
a possibilidade de tornar-se referencia para trabalhadores, empresários e
profissionais”.
As pesquisas na comunidade apontaram
necessidades de qualificação profissional nas áreas de INFORMÁTICA,
TELECOMUNICAÇÕES TURISMO E AGROINDÚSTRIA.
BIOGRAFIA DO PATRONO DA ESCOLA ESTADUAL
DE ENSINO MÉDIO ANTÔNIO PADILHA
Antônio Fiad
Padilha nasceu no dia 13 de outubro de 1951, em Seberi, RS. Terceiro filho de
Ramiro Rodrigues Padilha e Maria de Lourdes Fiad Padilha. O pai dele era capataz
do Departamento Autônomo de Estrada e Rodagens – DAER e sua mãe professora
estadual.
Foi em Irai que
Seu Ramiro e Dona Maria viram seus filhos crescerem livremente e de forma
sadia, chegando à pré-adolescência. As crianças, em idade escolar, freqüentavam
a Escola Estadual Visconde de Taunay, onde Antônio e os irmãos completaram os
primeiros ensinamentos e a admissão ao Ginásio.
Em meados de
agosto de 1964, Seu Ramiro foi transferido para coordenar os trabalhos na
Capatazia de Ijuí. Antônio foi então estudar na Escola Técnica 25 de Julho – o
Industrial. Lá, fez o final do Ginásio e o 2º Grau. Saía todas as manhãs e
retornava para casa ao cair da noite, devido à distância de sua casa até a
escola.
Quando concluiu o
2º ano, o pai conseguiu que o filho Antônio fizesse uma prova de seleção na
disputadíssima Escola Técnica Parobé, em Porto Alegre. O intuito era
capacitá-lo ainda mais na atividade de Técnico Eletricista. O objetivo foi
alcançado: a vaga na escola foi conquistada, e lá permaneceu por três anos.
Nesta escola, foi
indicado para uma vaga de trabalho na Metalúrgica Dill, de Sapiranga, onde
assumiu por algum tempo a função de Mestre de Obras. Permaneceu lá até que
surgiu uma oportunidade de trabalho em Ijuí.
Volta para casa e
junto com um grupo de profissionais técnicos, integrou um projeto resultante de
uma parceria entre Município e Estado, denominado Unidade Móvel de Integração
ao Trabalho - UMIT. O projeto consistia em um caminhão cabine dupla e
carroceria fechada, equipado com laboratórios para o ensino de Técnicas
Agrícolas, Domésticas, Comerciais e Industriais, e que visitava as escolas do
interior obedecendo a um cronograma pré-estabelecido.
Isso exigia uma
constante atualização. Os profissionais que integravam o projeto que faziam
todos os meses encontros, visando trocar informações e experiências, ao passo que
mesmo nas férias freqüentavam a Universidade de Passo Fundo. Antônio decide,
então, seguir a faculdade de Técnicas Industriais.
Em 13 de outubro
de 1979, casou-se com Rose Marie Hoffmann. O casal fixou residência no bairro
Modelo. Da união de Antônio e Rose nasceram os filhos Marcos Ramiro e Bianca
Thaís.
Com a quase
extinção do Ensino Técnico, a UMIT foi extinta (após poucos anos de
funcionamento) e teve seu material transferido para a Escola Estadual Guilherme
Clemente Koehler, o Polivalente. Nesta, o professor Antônio trabalhou até o
início da década de 80, quando foi transferido para o Colégio Estadual Modelo,
que iniciava suas atividades paralelamente à construção do bairro de mesmo
nome.
No Colégio
Estadual Modelo, trabalhou como professor de Técnicas Industriais, participando
também de várias equipes diretivas. Nestas, atuou sempre como vice-diretor,
função que desempenhou de forma competente e dedicada.
Antônio Padilha
era respeitado e amado por todos, pois tinha sempre uma palavra de carinho e de
auto estima para professores, funcionários, alunos e pais. Era considerado pai
da escola, e nele os pais depositavam plena confiança, pois para o Professor
Padilha a escola encontrava alicerce no respeito à família, professores e
funcionários, no ensino de valores tradicionais à juventude, e também no
respeito e exemplo dos mais velhos para a nova geração.
Foi amado por
todos que o conheceram, ao passo em que amou muito a tarefa a que se propôs a
participar. Teve na (até então) Escola Estadual de Ensino Médio em Ijuí, seu
grande e definitivo projeto. Antônio Padilha faleceu em 10 de outubro de 2004,
aos cinqüenta e quatro anos de idade.
Hoje estamos
comemorando a aprovação da escola, bem como a sua denominação, a qual passou a
ser ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ANTÔNIO PADILHA, conforme publicação no
Diário Oficial do Estado do RS, de 08/03/2006, sob Portaria nº 42/2006. É uma
justa homenagem a este homem que, mesmo ante aos impasses e dificuldades,
reuniu forças e uniu-se a outras pessoas para lutar em prol da comunidade do
Bairro Modelo, para que este tivesse uma Escola de Ensino Médio Diurno.
Que sirva de
exemplo a todos a garra e a dedicação de ANTÔNIO PADILHA, na incessante busca
de nossos objetivos e ideais.
Portaria que denomina o nome da Escola Estadual
de Ensino Médio Antonio Padilha:
de Ensino Médio Antonio Padilha:
Fonte do texto e fotos: Blog da Escola Estadual de
Ensino Médio Antonio Padilha. Disponível em: http://www.eeemap.blogspot.com.br/
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