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terça-feira, 27 de agosto de 2024

O antigo Clube Ijuí construído nos anos de 1920...

Localizada na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Ijuí, está a sede do Clube Ijuí, que foi construído em meados da década de 1920, sendo a quarta edificação a abrigar os membros do clube em seus mais de cem anos de história. Localizado na área central do município, o clube é um ícone da representatividade e arquitetura da Cidade, facilmente lembrado por todos que já visitara a Cidade de Ijuí. O clube sempre teve importância na vida cultural e esportiva do Município, pois abrigava em seu subsolo pistas de bolão, esporte que, na época, era de grande significância no meio social. Por se tratar de um prédio centenário, o clube passou por diversas reformas estruturais e estéticas ao longo de sua história, reformas essas que são comentadas neste vídeo.

sábado, 6 de julho de 2024

Antiga "Casa Dico": o primeiro Centro Comercial e Social do IJUHY de ANTIGAMENTE... Resquícios arquitetônicos do antigo prédio ainda encontramos no Ijuí atual...

 















Compartilhamos nossa coluna publicada na edição do Jornal da Manhã de hoje, 06/07/2024, na qual trazemos algumas informações e ilustrações de como ela surgiu, e principalmente, o quanto ela foi importante/representou no desenvolvimento social e econômico da Colônia de Ijuhy, a partir de 1890... Seu fundador e administrador, Antônio Soares de Barros, o Cel. Dico, foi um hábil comerciante - além de político - que aos poucos - a partir de um barril de cachaça conseguiu construir um grande "império" econômico - e político - no município. Mas, que no final da década de 1930, é transferido integralmente para Porto Alegre....







A antiga "Casa Dico" estava localizada bem na área central de Ijuí, na esquina das ruas do Comércio com a 7 de Setembro, onde mais tarde funcionou por muitos anos a Organização Hass. Ainda hoje podemos encontrar num dos prédios do mesmo terreno, alguns resquícios arquitetônico do antigo prédio construído pelo Cel. Dico. Paulo Rotthues nos ajuda na melhor identificação do que ainda existe hoje e na localização do antigo "bolichão" do Cel. Dico!

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Antigo casarão das Famílias Bos e Stumm na rua 20 de Setembro, em Ijuí... Artigo especial do Dr. Luis Carlos Sanfelice

 

Uma das mais antigas e bem conservadas casas de Ijuí, localizada no final da rua 20 de Setembro, tem uma longa história de alegrias e tristezas, de sucessos e tragédias. Construída entre 1910 e 1915, está a caminho dos seus 120 anos, mas lá está firme, bonita, habitável e muito bem conservada. Tem sido motivo, com justa razão, de curiosidade das gerações mais recentes. Não sei tudo do dia a dia de sua história, mas sei o bastante para ilustrar e registrar sua existência. Vou escrever do jeito que conheci e do que sei dela.

Quem a construiu foram os irmãos João Batista Bós Filho (hoje nosso aeroporto) e seu irmão Otávio Fernando Bós (o da Casa dos Leões) No andar de cima foi morar Otávio pois João já morava num palacete na rua do Comércio ao lado do ‘seu’ Lulu Ilgenfritz e na frente do Firmino Lucchese. No andar térreo foram instalados os Escritórios das firmas dos Bós que eram a Bós Irmãos, a Hickenbick & Bós Ltda. a Colla & Bós Ltda. e a Trevisan, Bós & Cia. que se dedicavam as seguintes atividade, respectivamente: Madeireira e fornecedor de dormentes para a Viação Férrea; Fábrica de Carroças, Gaiotas e de Pipas para Vinho e Barris para Cachaça; Fabricava Moinho para Trigo e Engenho Descascador de Arroz e, finalmente, esta com filial em Santana do Livramento, operava com Exportação e Importação de Cereais e Forragens. Na foto abaixo onde aparece a Bandeira do Rio Grande, tinha uma enorme placa que anunciava esse conjunto de empresas.


João Batista morreu milionário em 1927 com 36 anos deixando viúva e 6 filhos e levando consigo a honra de ter sido um dos acionistas-fundadores da VARIG, e o seu mano Otávio ficou dirigindo o Grupo. Marino Bós e Homero Bós eram os filhos homens mais velhos do João Batista e assumiram ao lado do tio. Otávio construiu (já era previsto construir) o palacete dos Leões, em 1928, e para lá mudou-se. Assim ficou livre o andar de cima, da casa. Lá foi morar o Alarico Stumm, sobrinho do João e do Otávio. Contudo, antes do Alarico mudar, ficou morando lá um rapaz que não lembro o nome, sozinho, funcionário da Empresa e que, de repente, por razões até hoje desconhecidas, se matou enforcado, gerando uma consternação e um clima ruim geral. O Alarico, casou com a jovem Nair Amorin, irmã da Maria Amorin, que casou com o Homéro Bós e ambas, filhas do Sr. Leôncio Amorin, que era Zelador do lindo Cassino da Estância Hidromineral do Itaí. Nessa casa nasceram os filhos da Nair e do Alarico, respectivamente, a Maria Cledí e o Luiz Alberto. A Cledí, moça linda e charmosa, foi Miss Ijuí, Rainha do Carnaval e casou com o destacado político Fernando Gonçalves, de Palmeira das Missões, que, em final de carreira, foi Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).


Em 1942 acontece o primeiro e fatal acidente da VARIG com o trimotor Junkers logo ao decolar de Porto Alegre e nele estava e morreu o Otávio Bós. Foi um choque para a sociedade ijuiense. Eu tinha 3 anos e lembro vagamente. Era meu tio avô, pois irmão do meu avô João Batista.


Nos acertos dos ativos e passivos do grupo das empresas, tiveram que acertar quem fica ou quem compra ou quem vende o que? O Alarico compra o Sobrado onde já morava e fica com o Contrato de fornecimento de dormentes para a Viação Férrea. Fica morando em cima e monta seu Escritório no térreo e o Marino e Homero com os outros, ocupam uma área do prédio grande do chamado “Engarrafamento” junto as Oficinas, a Madeireira e a Serraria, que, em verdade era tudo meio junto, no final da rua e junto aos trilhos do trem que limitava toda área (até hoje). Foram anos de sucesso, trabalho e prosperidade. Alarico ampliou o sobrado construindo uma extensão de mais 2 janelas no andar superior e uma garagem e uma sala no térreo. Não lembro exatamente quando, mas Alarico resolveu ir morar mais perto do Centro e não sei quem ocupou o apartamento. Lembro, contudo, que um tempo depois, quem foi morar lá foi o casal Benno Orlando Burmann e sua esposa dona Diva e tudo ia bem até que uma tragédia atingiu a família. Junto aos fundos de um lado da casa existia (acho que ainda existe) uma grande cisterna reservatório de água, com uma tampa móvel. Pois brincando no pátio uma menininha filha da Diva e do Orlando cai dentro e se afoga. Se bem me lembro era uma garotinha de uns 3 anos. Ijuí inteiro chorou. Foi traumático. Orlando e Diva se mudam e algum tempo depois o Alarico voltou a morar lá.

















Os anos passaram, o Alarico e a Nair morreram e o filho Luiz Alberto seguiu o negócio do pai ocupando o mesmo Escritório, tendo também, uma bela fazenda de uns 300 hectares próximo a Alto da União. Mas acontece que um dia, voltando de carro, de Porto Alegre para Ijuí, o Luiz Alberto se acidenta e morre e mais um capítulo se integra a história da casa. Depois disso, imagino que por acertos familiares, a casa ficou de posse do Engº Paulo Stumm que, também, prematuramente deixou esta vida vitimado pelo Covid... e mais um elo triste se junta na história. Atualmente não sei quem a ocupa ou quem é seu dono ou ainda se está no espólio de algum inventário. Mas não há que se negar que ela é testemunha viva de uma grande história dela mesma e da cidade que a contêm. E do alto da coxilha onde passa o Trem, ela contempla o surgimento de novos e altos prédios, ouvindo ao longe o langor e precisão do vetusto e lindo relógio da Igreja Evangélica, perene símbolo da religiosidade de nosso povo.
AUTOR: Luiz Carlos Sanfelice, Advogado Jubilado pela OAB/RS e Auditor Senior. Porto Alegre. E-mail: lcsanfelice@gmail.com






sábado, 30 de março de 2024

Médico, Intendente, Cônsul... Dr. Ulrich Kuhlmann, trabalhou em Ijuí, no princípio do século passado...

 Compartilhamos a coluna do IJUHY de ANTIGAMENTE no Jornal da Manhã de hoje procurando resgatar e relembrar a trajetória de vida da Família Kuhlmann, em especial de um dos primeiros médicos a fixar residência, e trabalhar aqui, por muitos anos, realizando inestimáveis serviços para toda comunidade local e regional. Sua atuação, liderança e contribuição em diversos segmentos sociais foram significativas na Colônia, com resultados duradouros até os dias de hoje.



sexta-feira, 30 de junho de 2023

A Comunidade Evangélica é a mais antiga congregação religiosa da então Colônia de Ijuhy


Foi fundada em 19 de janeiro de 1895, em Assembleia Geral, com 220 pessoas presentes.
Denominada inicialmente como "Comunidade Evangélico - Alemã", sendo essa a língua oficial da época.
Por ocasião do "Estado Novo" se processou a Nacionalização de organizações de língua estrangeira, e com isso a Comunidade passou a denominar-se "Comunidade Evangélica de Ijuí".
O pastor Hermann Rosenfeld que exerceu a função por 9 anos, na Comunidade, deixou marcas indeléveis, tanto na história do Município, quanto na Comunidade Evangélica.
Rosenfeld fundou a Escola Paroquial Evangélica, hoje atual "Colégio Evangélico Augusto Pestana", e também o lançamento da Pedra Angular e início da construção da "Igreja da Cruz".
O lançamento da pedra fundamental da Igreja foi em 07 de janeiro de 1909, plano de construção previa que o estilo seria semelhante levemente ao gótico, em forma de cruz, daí o nome "Igreja da Cruz", hoje também conhecida como" Igreja do Relógio".
A Igreja levou 5 anos para ser construída, sendo que a inauguração foi em 08 de maio de 1914. Portanto, em 2023, completou 109 anos.
Muitos recursos financeiros para construção vieram da Alemanha, da Sociedade Gustavo Adolfo, de Berlim.
Na época, era presidente da Comunidade o Sr. Albino Brendler e também o responsável pela Comissão de Construção.
No término da primeira guerra mundial, efeitos devastadores e lamentáveis na Alemanha e extrema penúria em toda Europa central, despertou no Brasil sentimento de profunda compaixão, e a Comunidade enviou ajuda prática "do Amor ao Próximo". Sendo assim, enviados à Alemanha somas em dinheiro, alimentos e vestuário, arrecadados entre os membros.
Ainda hoje, existe algo em Ijuí que nos lembra aquele período amargo de privações na Alemanha.
É o relógio da torre da Igreja da Cruz, que, por ocasião da queda estonteante da moeda alemã, foi possível, em 1921, adquirir da Alemanha por um preço mínimo, um sólido e duradouro relógio de torre, de primeira qualidade e transportá-lo à Ijuí, onde foi montado e posto em funcionamento em janeiro de 1922, sendo que o mesmo está funcionando até hoje em perfeitas condições.

TEXTO E VÍDEO ESPECIAL PARA O Grupo IJUHY de ANTIGAMENTE de EZÉ CAVALHEIRO.

domingo, 18 de junho de 2023

Antigo prédio ABANDONADO, na rua 19 de Outubro, em Ijuí, onde acontecia os ensaios da Banda "Os Rebeldes"....


Este prédio está localizado na rua 12 de Outubro, em frente ao Colégio das Irmãs, área central da cidade de Ijuí, RS. Nele aconteciam, nos anos 70, os ensaios da Banda "Os Rebeldes".

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Ijuhy da delicadeza das sedas ao tiro de um 38! Uma história real e tragicômica. Histórias do IJUHY DE ANTIGAMENTE - (1949)


 Texto e colaboração de Luiz Carlos Sanfelice

Vá no Google Maps e se não tens como, podes passar lá pessoalmente e ver na esquina da rua 7 de setembro com a rua 20 de setembro, na beira da calçada, uma velha casa cor-de-rosa, antiga no estilo e na existência, decadente, praticamente no centro da cidade de Ijuí, RS, eivada de histórias, inclusive desta que vou contar.

Que eu saiba e tenho na memória, em 1946 morava nessa casa o Sr. Vitorino Marin com sua esposa dona Cecília Lucchese Marin, filha do Fermino Lucchese e pais do conhecido Décio Régis Lucchese Marin, que foi formando da 1ª turma do Científico do CEAP (1958), junto com a Gerda Gressler, o Hervigo Costa, Hedio Heinen e outros. Ele depois foi Gerente do Banrisul e mora, hoje, aposentado, em Osório. Eram pais, também, da Denise, do Vinicius e do Enio Lucchese Marin.

Já em 1948/49 morou nessa casa o Sr. Pedro Kossa e sua esposa Maria Sanfelice Kossa, que morando e tendo comércio em Castro no Paraná, para cá vieram acompanhando seu único filho Oswaldo que deveria cumprir o Serviço Militar. Tendo servido o Exército a família voltou para Castro e ao mesmo negócio. Depois que Pedro Kossa foi embora, comprou e habitou essa casa a família de Anael Viecilli, que poucos lembram, mas ele e o Fiorindo Fantinelli eram donos do Cine Serrano e do Cine América.

Depois disso, quando a família do Anael Viecilli deixou a casa nunca mais eu soube de nada. Mas a nossa história se dá, justamente, quando Pedro Kossa ali morava.

Em Castro, Pedro tinha uma Loja que só vendia Seda, a metro. Aqui chegando instalou nessa dita casa uma loja a que deu o nome de “Casa das Sedas” (ela tinha uma porta – que foi fechada – que dava para a calçada). Os mais velhos em Ijuí talvez lembrem. Peças e mais peças de tecido de seda de tudo quanto é cor, ele tinha na Loja. As Senhoras de Ijuí e da região, adoraram. Na época não era comum. O negócio ia bem.

De certa feita, Pedro foi à Santos buscar cortes de seda, pois chegara uma importação e ele tinha que liberar os lotes. O filho no Quartel, arranchado como se dizia, Maria ficou sozinha em casa. Uma noite ela já tendo se recolhido, começou ouvir pequenos ruídos estranhos na loja, depois no escritório, gavetas abrindo, portas do birô sendo abertas. Maria levantou-se, vestida com camisola branca, longa, abriu o guarda-roupas, pegou o revólver >38 que lá guardava e ficou ali em pé, no escuro, de arma na mão, virada para a porta do quarto, esperando...

E era um ladrão... não demorou e o cara abriu a porta do quarto e na obscuridade deu de cara com o vulto daquele “fantasma” e, antes que se desse conta, ...pum... recebe um tiro nos pés...

Não dá nem para imaginar o susto e a correria louca desse cara em direção ao escuro da rua... e sumiu. Se as tábuas do assoalho não foram trocadas, ainda deve estar lá o furo da bala no chão, que atravessou o chão, e foi parar na cozinha, que era na parte de baixo.

Eu sei e conheço esta história em detalhes pois que essa ‘dona’ Maria, esposa do Pedro Kossa, era irmã mais velha do meu pai e, pois, minha tia. (Que aliás era um doce de mulher - sem o .38 na mão - a quem eu queria muito bem). Na época eu tinha 9 anos. Então, agora quando você passar por essa esquina, vai olhar e lembrar que nessa velha casa, um dia um folgado fez acontecer aquilo que se diz quando um cara se dá mal: “deu um tiro no pé”. Esse “NÃO DEU” um tiro no pé, esse “LEVOU” um tiro no pé. De graça.

Luiz Carlos Sanfelice – Porto Alegre, junho de 2023. Colaborador do Grupo IJUHY de ANTIGAMENTE.