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sábado, 6 de abril de 2024

"Marco Zero" da Colônia do IJUHY de ANTIGAMENTE... Traçado das ruas, linhas e travessões do município de Ijuí

 Compartilhamos a coluna do IJUHY de ANTIGAMENTE no Jornal da Manhã de hoje, 06/04/2024,  procurando resgatar, relembrar e até mesmo compartilhar com muitos que ainda não sabiam de que o espaço geográfico do território da Colônia de Ijuhy, primeira criada após a Proclamação da República no Brasil, em 1890, foi detalhadamente planejado e organizado - ao menos nas primeiras décadas. A existência de um "Marco Zero" e o interessante traçado das primeiras ruas, linhas e travessões:



terça-feira, 12 de setembro de 2023

Uma aula sobre a história de Ijuí com o professor José Fiorin!

INDICAÇÃO E RECOMENDAÇÃO!
UMA AULA SOBRE A HISTÓRIA DE IJUÍ > Prof. José Fiorin explana aspectos pertinentes da história de Ijuí bem como sua colonização e elementos fundamentais para seu desenvolvimento até se tornar Capital Mundial das Etnias. Além disso aborda aspectos da cultura e identidade cultural junto ao movimento tradicionalista Ijuiense e o movimento étnico.

domingo, 9 de julho de 2023

A cidade de Ijuí quase foi transferida para às margens do rio Ijuí...

 Esse movimento e expectativa de transferir a recém-criada Colônia de Ijuhy para mais próxima do rio Ijuí surgiu por volta de sete ou oito anos, depois de sua fundação em 1890, quando já estava sendo administrada pelo engenheiro Dr. Augusto Pestana.

Ainda não sabemos, mesmo com muita pesquisa em documentos antigos, qual seria o motivo para tal decisão, que certamente iria afetar muitos imigrantes já estabelecidos na área central da Colônia. Por outro lado, houve também pessoas que levaram a sério a decisão e proposta que ora estava sendo apresentada.

Entre elas, o imigrante russo Emil Glitz, que já estava estabelecido na vila com uma casa comercial e hospedaria (hotel Glitz), na esquina das ruas 19 de Outubro com a do Comércio. Atendendo apelo do engenheiro Augusto Pestana, administrador da Colônia de Ijuhy, em 1898, Emil Glitz transferiu sua casa comercial para as proximidades do rio Ijuí, onde atualmente está a ponte da RS-155. Ali dedicou-se também a plantação de cana-de-açúcar, construiu um alambique e ainda cuidava de uma barca que fazia a travessia do rio.

Porém, em 1906, dando-se conta de que o centro da Vila continuava a se expandir onde está até os dias de hoje, Emil Glitz decidiu retornar com sua família ao local de origem, passando a cuidar, novamente, de sua casa comercial e do hotel, que já existia, próxima dos trilhos... que seria construído em 1912...

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

 ✅ Num breve momento da história política de Ijuí, 1925-27, o coronel Dico esteve ausente da liderança política: *"Nesse período ele não foi intendente em decorrência do Pacto de Pedras Altas, que não permitia a reeleição. Nesse período, o Coronel Steglich esteve à frente do governo Municipal e, após a sua renúncia, o médico Ulrich Kulhmann assumiu a Prefeitura.

✳️ Em fins de 1934, houve eleições municipais em Ijuí e, pela primeira vez, o Cel. Dico levava um número expressivo de votos contrários. Acontecia que os colonos estavam descontentes com o preço pago pela banha, pelos donos dos chamados "Sindicatos da Banha". Os colonos aproveitaram a primeira vez que o voto era secreto e votaram contra. (Fonte: Programa Memória Viva do MADP).

 REFERÊNCIAS:

- BINDÉ, Ademar Campos. Obras centenárias de um pioneiro. O Repórter, Ijuí, 16 abr. 2011. História, p. 10.

- IJUÍ – 1912 – 1962. Revista histórica dos 50 anos da emancipação de Ijuí. Ijuí: Livraria Serrana, 1962.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Realização do primeiro recenseamento da Colônia de Ijuhy, em 1895

 

Durante administração da Colônia de Ijuhy, em 1892-1898, a cargo de Horácio da Silva Lima (filho de José Gabriel da Silva Lima, que abriu a Picada da Conceição), considerada fraca, aconteceu a Revolução de 1893-1895, conhecida também como a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul. Muito afetou o desenvolvimento da Colônia. Os créditos para as Comissões de Terras foram restritos ao mínimo.

Nessa época registra o professor Danilo Lazzarotto, em seu livro sobre a história de Ijuí, que a colonização estava num estado bem precário, tudo ainda para construir, e inúmeros imigrantes chegando. Nem as quadras da Sede estavam demarcadas. O estado sanitário por muito tempo era péssimo. Não havia remédio para a população. Ainda assim, com os esforços dos colonos e a inauguração da estrada de ferro em Cruz Alta (1894) que facilitava um tanto a comercialização de vários produtos, a situação na Colônia de Ijuhy começava a melhorar. Em 1895, é realizado o primeiro censo geral da Colônia de Ijuí e se constata uma população de 6.068 habitantes. A produção local que foi registrada no recenseamento já era expressiva, tanto na agricultura, na pecuária como na indústria, comércio e no setor de serviços.

Por causas de desavenças antigas do então Intendente de Cruz Alta, General Fermino de Paula com o pai de Horácio, o agrimensor José Gabriel (que abriu a Picada da Conceição), motivou que Horácio da Silva Lima recebesse poucos recursos do Governo do Estado e que fosse substituído de seu cargo, no dia 6 de dezembro de 1898, por decisão do então Presidente (Governador) Augusto Borges de Medeiros. Um novo Chefe da Comissão de Terras de Ijuhy seria então nomeado, o engenheiro Augusto Pestana, que tomou posse no dia 8 de janeiro de 1899.

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

 No primeiro recenseamento feito na Colônia de Ijuí, em 1895, se registrou os seguintes números:

🗒️- na agricultura: 19.439 sacos; feijão 2.799 sacos; centeio 1.483 sacos; cevada 620 sacos; trigo 2.103 sacos; batata 347 sacos; arroz 152 sacas; 15 pipas de aguardente; 7 pipas de vinho.

🐮- na pecuária: 1.177 vacuns; 73 muares; 769 cavalos; 4.979 suínos.

🏭- na indústria, comércio e no setor de ser serviços: 1 curtume; 1 fábrica de cerveja; 3 olaria; 9 moinhos; 13 casas de negócios; 3 ferrarias; 1 armeiro; 1 hotel.

 REFERÊNCIA:

LAZZAROTTO, Danilo. História de Ijuí. Cadernos do Museu, nº 06. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2002, pp. 75-76.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Os primeiros administradores da Comissão de Terras da Colônia de Ijuhy

 

Segundo pesquisas do professor e historiador Danilo Lazzarotto, o início da colonização de Ijuí foi orientado pelo engenheiro, José Manuel da Siqueira Couto, que era chefe da Comissão de Terras de Silveira Martins, então Distrito de Santa Maria. “Mal inaugurado o núcleo colonial a Comissão de Terras foi transferida para Ijuí e, em ofício de 20/1/1891, Siqueira Couto recebeu ordens para providenciar a sede para a instalação da Comissão (atual Prefeitura Velha) e ‘que os imigrantes se dirijam agora diretamente para Ijuí...”

No entanto Siqueira Couto ficou pouco tempo nessa comissão, segundo Danilo. Em 19/5/1891 ele foi transferido “para o lugar de Delegado das Terras de Espírito Santo”. Em seu lugar ficou, embora não nomeado, o agrimensor Luiz Augusto de Azevedo, que aliás administrou quase sempre a Colônia de Ijuí, pois na maioria do tempo Siqueira Couto permanecia em Silveira Martins.

Em 10 de maio de 1892, foi assinado uma nova Portaria designando para a Comissão de Terras de Ijuhy o agrimensor Ernesto Mutzzel Filho. Esse foi substituído pelo agrimensor Horácio da Silva Lima (filho de José Gabriel da Silva Lima). Deixou fama de “homem bom, mas fraco”. Não realizou muita coisa. Evidentemente a culpa não foi sua, segundo Lazzarotto. A colonização estava começando, não havia capitais disponíveis. O mercado mais próximo era o de Cruz Alta. Os caminhos, já em bom número, eram de difíceis manutenção, o colono mal produzia para viver. Era a “fase de subsistência” da Colônia de Ijuhy.

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

✳️Em 1895 realizou-se o *primeiro recenseamento geral da Colônia de Ijuhy. A população contada foi de 4.225 habitantes, todos moradores na margem esquerda do rio Ijuí. Os quais estavam distribuídos em 2.127 habitantes nas Linhas de Oeste e 2.098 nas Linhas Leste.

A esse recenseamento acrescentou-se um complementar, de 31 de julho de 1897, dizendo que em 1896 entraram mais 289 pessoas; em 1897 até 31 de julho, mais 166; mais os espontâneos de 1896 a 1897 em  número de 52 e ainda os mais ou menos 1.000 posseiros que invadiram os lotes medidos pelo Banco Iniciador de Desenvolvimento na margem direita, dando um total de 6.068 habitantes.

 REFERÊNCIA:

LAZZAROTTO, Danilo. História de Ijuí. Cadernos do Museu, nº 06. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2002, pp. 72-73, 75-76.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

A Colônia de Ijuhy foi chamada e considerada a “Babel do Novo Mundo”!

 

Colônia de Ijuí em 1902, na rua do Comércio, na altura onde hoje passa os trilhos da rede ferroviária...

A Colônia de Ijuhy é considerada o primeiro projeto de colonização planejada e organizada da Primeira República. O governo do Brasil decidiu fazer um modelo diferente de povoação, não como era anteriormente na qual juntavam famílias imigrantes italianas ou alemãs e no máximo mais uma etnia, num só local, mas sim a nova proposta era reunir na nova colônia famílias vindas de locais diversificados, ou seja, de diversos países e língua. 

Tal fato aconteceu e saiu do papel oficialmente no dia 19 de outubro de 1890, com a implantação da “Colônia de Ijuí”, entre as terras de Cruz Alta e Santo Ângelo. Uma região de mata densa e fechada, no noroeste gaúcho. Ela, mais tarde foi chamada de “Babel do Novo Mundo” por um sacerdote católico polonês, Padre Antoni Cuber, em alusão a presença de habitantes oriundos de diversos locais do mundo. Num artigo do padre Antoni Cuber, publicado em polonês no “Kalendarz Polski”, de 1898, o mesmo nos informa que já naquela época havia no município cerca de 19 nacionalidades: “[...] pois este é o número de idiomas que se ouvem por aqui. Até parece a “Babel do novo mundo”... 

Pesquisas realizadas, nos tempos atuais, se constatou que no total, e no decorrer das primeiras décadas da Colônia aqui se estabeleceram no município mais de 40 etnias.

Os primeiros colonos aqui chegados se instalaram em lotes rurais de 25 hectares para cada família, fornecidos pelo governo Estadual do Rio Grande do Sul, que ficou responsável pela implantação e administração da Colônia. Os mesmos, em sua maioria eram constituídos de pequenos agricultores vindos da Europa, ou descendentes. Também estavam presentes, nesses passos iniciais de ocupação das novas terras alguns habitantes de origem indígena, africana e portuguesa que já ocupavam a região antes da criação oficial do núcleo colonial.

Portanto, segundo o professor do curso de história da UNIJUÍ, Paulo Afonso Zarth, “a presença de imigrantes de diversas procedências foi uma política deliberada do governo para evitar “quistos étnicos”, expressão utilizada para se referir aos núcleos coloniais criados anteriormente, com hegemonia de um único grupo étnico”.

VOCÊ SABIA:

  • LOCALIDADES ONDE SE FIXARAM ALGUNS GRUPOS DE IMIGRANTES: Espanhóis no Itaí; Poloneses no Povoado Santana; Letos no Distrito de Floresta; Austríaco fundaram o Rincão dos Austríacos na Linha 6 Leste, Letos no Distrito de Floresta; Italianos no Barreiro.
  • PRIMEIRO CHEFE DA COMISSÃO DE TERRAS DA COLÔNIA: O início da colonização de Ijuí foi orientado e coordenado pelo engenheiro José Manuel da Siqueira Couto, vindo de Silveira Martins, então Distrito de Santa Maria, onde já era chefe da Comissão de Terras local.

REFERÊNCIA: 
CUBER, Antoni. Nas margens do Uruguai. Ijuí: editora da UNIJUÍ. 2002. (Original polonês publicado no Kalendarz Polski, Porto Alegre. 1898.) Tradução de Edmundo Gardolinski.

ZARTH, Paulo Afonso. A “Babel do Novo Mundo”: história das relações étnico culturais através da imprensa de Ijuí, Brasil. Cultura Escolar Migrações e Cidadania ¬ Actas do VII Congresso LUSO¬BRASILEIRO de História da Educação. Dias 20 a¬ 23 Junho 2008, Porto: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (Universidade do Porto). Disponível em: https://pt.scribd.com/document/411706279/A-Babel-Do-Novo-Mundo-A-Historia-Das-Relacoes-Etnico-Culturais-Atraves-Da-Imprensa-de-Ijui#