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sábado, 17 de agosto de 2024

Os primeiros e pioneiros na história de Ijuí - Curiosidades - parte 1

 Compartilhamos hoje, 17/08/2024, nossa coluna publicada semanalmente no Jornal da Manhã de Ijuí. Em tempos de Olimpíadas pensamos em pesquisar e compartilhar com os amigos(as) quem foram os primeiros/pioneiros nas mais diversas áreas na colonização e desenvolvimento da Colônia de Ijuhy. A lista deverá ser imensa, pois já temos mais de 100 anos.... Não temos nada pronto e precisará ser construída, pesquisada ao longo dos anos, após muitas pesquisas e leituras, mas certamente deverá ser bem interessante e trará uma grande contribuição histórica para nosso município. Abaixo os primeiros fatos e acontecimentos, os primeiros passos, iniciativas empreendedoras de muitas pessoas/famílias para construir uma vida melhor e trazer o desenvolvimento social, econômico, cultural.... para nossa cidade.














































































sábado, 27 de julho de 2024

A imigração alemã em Ijuí foi predominantemente de teutos-brasileiros!

" Teuto-brasileiro é a designação genérica que se atribui aos grupos de descendentes dos imigrantes alemães que colonizaram, a partir do século XIX, os espaços destinados pelo Governo brasileiro ou por empresários particulares para sua ocupação sistemática, sobretudo nos Estados do Sul do Brasil" (André Fabiano Voigt)

Em resumo, até houve muitos alemães que realmente nasceram no atual território da Alemanha e vieram colonizar as terras do IJUHY de ANTIGAMENTE. Mas, na verdade, a maioria dos alemães que aqui chegaram e criaram suas raízes já eram descendentes dos alemães originários da Alemanha", que chegaram em nossa cidade vindos a partir das chamadas "Colônias Velhas" ou vindos de outras regiões da Europa - mas que também em sua maioria já eram descendentes... Assim, como todos tinham em comum a língua "alemã", logo eram classificados ou identificados como "imigrantes alemães", ou "Colônia Alemã"...

MAS, independente dessa curiosidade o que precisamos ressaltar e sublinhar é a inquestionável contribuição de todos os imigrantes vindos da Europa e de outros continentes - de mais de 50 povos e nações - para a formação cultural, econômica, social, educacional.... da comunidade ijuiense, durante toda a história, desenvolvimento e progresso de nossa cidade, hoje considerada a "Capital Nacional e Internacional das Etnias!"


segunda-feira, 24 de junho de 2024

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Uma aula sobre a história de Ijuí com o professor José Fiorin!

INDICAÇÃO E RECOMENDAÇÃO!
UMA AULA SOBRE A HISTÓRIA DE IJUÍ > Prof. José Fiorin explana aspectos pertinentes da história de Ijuí bem como sua colonização e elementos fundamentais para seu desenvolvimento até se tornar Capital Mundial das Etnias. Além disso aborda aspectos da cultura e identidade cultural junto ao movimento tradicionalista Ijuiense e o movimento étnico.

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Documentário "Mein zweites Zuhause - A Trajetória e o Legado do Centro Cultural de Julho Ijuí".


O vídeo conta com depoimentos de alguns dos primeiros integrantes da entidade, de famílias que têm suas histórias ligadas diretamente à casa alemã e de jovens que se comprometem a levar adiante as tradições dos antepassados. O fio condutor do documentário é como a casa alemã, desde a sua fundação, em 1987, se tornou o segundo lar de muitas famílias de Ijuí e região, sendo parte fundamental da história de várias delas. O documentário é financiado com recursos da Lei Aldir Blanc 14.017/2020, por meio de edital da Fundação Marcopolo.

domingo, 9 de julho de 2023

A cidade de Ijuí quase foi transferida para às margens do rio Ijuí...

 Esse movimento e expectativa de transferir a recém-criada Colônia de Ijuhy para mais próxima do rio Ijuí surgiu por volta de sete ou oito anos, depois de sua fundação em 1890, quando já estava sendo administrada pelo engenheiro Dr. Augusto Pestana.

Ainda não sabemos, mesmo com muita pesquisa em documentos antigos, qual seria o motivo para tal decisão, que certamente iria afetar muitos imigrantes já estabelecidos na área central da Colônia. Por outro lado, houve também pessoas que levaram a sério a decisão e proposta que ora estava sendo apresentada.

Entre elas, o imigrante russo Emil Glitz, que já estava estabelecido na vila com uma casa comercial e hospedaria (hotel Glitz), na esquina das ruas 19 de Outubro com a do Comércio. Atendendo apelo do engenheiro Augusto Pestana, administrador da Colônia de Ijuhy, em 1898, Emil Glitz transferiu sua casa comercial para as proximidades do rio Ijuí, onde atualmente está a ponte da RS-155. Ali dedicou-se também a plantação de cana-de-açúcar, construiu um alambique e ainda cuidava de uma barca que fazia a travessia do rio.

Porém, em 1906, dando-se conta de que o centro da Vila continuava a se expandir onde está até os dias de hoje, Emil Glitz decidiu retornar com sua família ao local de origem, passando a cuidar, novamente, de sua casa comercial e do hotel, que já existia, próxima dos trilhos... que seria construído em 1912...

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

 ✅ Num breve momento da história política de Ijuí, 1925-27, o coronel Dico esteve ausente da liderança política: *"Nesse período ele não foi intendente em decorrência do Pacto de Pedras Altas, que não permitia a reeleição. Nesse período, o Coronel Steglich esteve à frente do governo Municipal e, após a sua renúncia, o médico Ulrich Kulhmann assumiu a Prefeitura.

✳️ Em fins de 1934, houve eleições municipais em Ijuí e, pela primeira vez, o Cel. Dico levava um número expressivo de votos contrários. Acontecia que os colonos estavam descontentes com o preço pago pela banha, pelos donos dos chamados "Sindicatos da Banha". Os colonos aproveitaram a primeira vez que o voto era secreto e votaram contra. (Fonte: Programa Memória Viva do MADP).

 REFERÊNCIAS:

- BINDÉ, Ademar Campos. Obras centenárias de um pioneiro. O Repórter, Ijuí, 16 abr. 2011. História, p. 10.

- IJUÍ – 1912 – 1962. Revista histórica dos 50 anos da emancipação de Ijuí. Ijuí: Livraria Serrana, 1962.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Os primeiros administradores da Comissão de Terras da Colônia de Ijuhy

 

Segundo pesquisas do professor e historiador Danilo Lazzarotto, o início da colonização de Ijuí foi orientado pelo engenheiro, José Manuel da Siqueira Couto, que era chefe da Comissão de Terras de Silveira Martins, então Distrito de Santa Maria. “Mal inaugurado o núcleo colonial a Comissão de Terras foi transferida para Ijuí e, em ofício de 20/1/1891, Siqueira Couto recebeu ordens para providenciar a sede para a instalação da Comissão (atual Prefeitura Velha) e ‘que os imigrantes se dirijam agora diretamente para Ijuí...”

No entanto Siqueira Couto ficou pouco tempo nessa comissão, segundo Danilo. Em 19/5/1891 ele foi transferido “para o lugar de Delegado das Terras de Espírito Santo”. Em seu lugar ficou, embora não nomeado, o agrimensor Luiz Augusto de Azevedo, que aliás administrou quase sempre a Colônia de Ijuí, pois na maioria do tempo Siqueira Couto permanecia em Silveira Martins.

Em 10 de maio de 1892, foi assinado uma nova Portaria designando para a Comissão de Terras de Ijuhy o agrimensor Ernesto Mutzzel Filho. Esse foi substituído pelo agrimensor Horácio da Silva Lima (filho de José Gabriel da Silva Lima). Deixou fama de “homem bom, mas fraco”. Não realizou muita coisa. Evidentemente a culpa não foi sua, segundo Lazzarotto. A colonização estava começando, não havia capitais disponíveis. O mercado mais próximo era o de Cruz Alta. Os caminhos, já em bom número, eram de difíceis manutenção, o colono mal produzia para viver. Era a “fase de subsistência” da Colônia de Ijuhy.

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

✳️Em 1895 realizou-se o *primeiro recenseamento geral da Colônia de Ijuhy. A população contada foi de 4.225 habitantes, todos moradores na margem esquerda do rio Ijuí. Os quais estavam distribuídos em 2.127 habitantes nas Linhas de Oeste e 2.098 nas Linhas Leste.

A esse recenseamento acrescentou-se um complementar, de 31 de julho de 1897, dizendo que em 1896 entraram mais 289 pessoas; em 1897 até 31 de julho, mais 166; mais os espontâneos de 1896 a 1897 em  número de 52 e ainda os mais ou menos 1.000 posseiros que invadiram os lotes medidos pelo Banco Iniciador de Desenvolvimento na margem direita, dando um total de 6.068 habitantes.

 REFERÊNCIA:

LAZZAROTTO, Danilo. História de Ijuí. Cadernos do Museu, nº 06. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2002, pp. 72-73, 75-76.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

A Colônia de Ijuhy foi chamada e considerada a “Babel do Novo Mundo”!

 

Colônia de Ijuí em 1902, na rua do Comércio, na altura onde hoje passa os trilhos da rede ferroviária...

A Colônia de Ijuhy é considerada o primeiro projeto de colonização planejada e organizada da Primeira República. O governo do Brasil decidiu fazer um modelo diferente de povoação, não como era anteriormente na qual juntavam famílias imigrantes italianas ou alemãs e no máximo mais uma etnia, num só local, mas sim a nova proposta era reunir na nova colônia famílias vindas de locais diversificados, ou seja, de diversos países e língua. 

Tal fato aconteceu e saiu do papel oficialmente no dia 19 de outubro de 1890, com a implantação da “Colônia de Ijuí”, entre as terras de Cruz Alta e Santo Ângelo. Uma região de mata densa e fechada, no noroeste gaúcho. Ela, mais tarde foi chamada de “Babel do Novo Mundo” por um sacerdote católico polonês, Padre Antoni Cuber, em alusão a presença de habitantes oriundos de diversos locais do mundo. Num artigo do padre Antoni Cuber, publicado em polonês no “Kalendarz Polski”, de 1898, o mesmo nos informa que já naquela época havia no município cerca de 19 nacionalidades: “[...] pois este é o número de idiomas que se ouvem por aqui. Até parece a “Babel do novo mundo”... 

Pesquisas realizadas, nos tempos atuais, se constatou que no total, e no decorrer das primeiras décadas da Colônia aqui se estabeleceram no município mais de 40 etnias.

Os primeiros colonos aqui chegados se instalaram em lotes rurais de 25 hectares para cada família, fornecidos pelo governo Estadual do Rio Grande do Sul, que ficou responsável pela implantação e administração da Colônia. Os mesmos, em sua maioria eram constituídos de pequenos agricultores vindos da Europa, ou descendentes. Também estavam presentes, nesses passos iniciais de ocupação das novas terras alguns habitantes de origem indígena, africana e portuguesa que já ocupavam a região antes da criação oficial do núcleo colonial.

Portanto, segundo o professor do curso de história da UNIJUÍ, Paulo Afonso Zarth, “a presença de imigrantes de diversas procedências foi uma política deliberada do governo para evitar “quistos étnicos”, expressão utilizada para se referir aos núcleos coloniais criados anteriormente, com hegemonia de um único grupo étnico”.

VOCÊ SABIA:

  • LOCALIDADES ONDE SE FIXARAM ALGUNS GRUPOS DE IMIGRANTES: Espanhóis no Itaí; Poloneses no Povoado Santana; Letos no Distrito de Floresta; Austríaco fundaram o Rincão dos Austríacos na Linha 6 Leste, Letos no Distrito de Floresta; Italianos no Barreiro.
  • PRIMEIRO CHEFE DA COMISSÃO DE TERRAS DA COLÔNIA: O início da colonização de Ijuí foi orientado e coordenado pelo engenheiro José Manuel da Siqueira Couto, vindo de Silveira Martins, então Distrito de Santa Maria, onde já era chefe da Comissão de Terras local.

REFERÊNCIA: 
CUBER, Antoni. Nas margens do Uruguai. Ijuí: editora da UNIJUÍ. 2002. (Original polonês publicado no Kalendarz Polski, Porto Alegre. 1898.) Tradução de Edmundo Gardolinski.

ZARTH, Paulo Afonso. A “Babel do Novo Mundo”: história das relações étnico culturais através da imprensa de Ijuí, Brasil. Cultura Escolar Migrações e Cidadania ¬ Actas do VII Congresso LUSO¬BRASILEIRO de História da Educação. Dias 20 a¬ 23 Junho 2008, Porto: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (Universidade do Porto). Disponível em: https://pt.scribd.com/document/411706279/A-Babel-Do-Novo-Mundo-A-Historia-Das-Relacoes-Etnico-Culturais-Atraves-Da-Imprensa-de-Ijui#