segunda-feira, 25 de junho de 2012

A terra e o colonizador da "Colônia de Ijuhy"

Esta foto é considerada uma das mais antigas imagens da “Colônia de Ijuhy”, fundada em 1890. Provavelmente a foto é de 1905.  Na mesma aparece os primeiros imigrantes e colonizadores de Ijuí, entre eles Antonio Soares de Barros o (depois coronel e Intendente) de capa e chapéu aba larga, quando ainda era um comerciante, e Augusto Pestana, à direita, de chapéu preto.  Ao fundo aparece o conhecido “barracão” que serviu durante muitos anos aos imigrantes como pousada. Estaria localizado onde hoje está o Banco Santander, na rua 15 de Novembro. Na parte superior ficavam os dormitórios, no porão, a guarda de carroças e animais.

Publicado originalmente no Blog do Teobaldo Branco, no Portal Ijuí.Com, no dia 25/01/2012. Disponível em: http://www.ijui.com/blog/blog-do-teobaldo/30039-a-terra-e-o-colonizador
(Publicado em nosso Blog com a devida autorização do autor).


A exploração colonizadora teve bons olhos na vasta região da bacia do Rio Ijuí e seus afluentes, zona noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (ver mapa), sendo uma região de terras férteis e ricas em madeira de lei, cujas matas fechadas, de imensas extensões.

A terra condicionou todas as atividades humana no processo de desenvolvimento de Ijuí.
        O domínio da natureza pelo homem foi transformando aos poucos pelo esforço para superar o lado bruto, hostil das matas em lavouras com plantações de cereais e criação de animais de várias espécies, como agricultura diversificada.
Mais a lentidão da política do império na colonização, que não tinha forças para agilizar o processo de assentamento e distribuição dos lotes de terra, visto a dificuldade de transporte e comunicação, além de recursos humanos, mais a falta de dispor recursos para funcionar com agilidade.
Na sequência, como seriam os pioneiros ao meio de imensas matas impenetráveis e misteriosas com sua paisagem exuberante do mundo silvestre, sem comunicação e transporte. Comparando ao campo, as atividades pastoris agropecuárias se rendem a poucos esforços do homem, ao passo que as matas são muralhas a serem obstruídas para ocupar espaço para produção agrícola.
Para cultivar a terra e plantar várias espécies, limpar e defender de insetos predadores, no trabalho de sol a sol sem trégua, implica na disciplina e persistência, na atividade física de encharcar a camisa de suor, sendo a nossa genética cultural, de uma geração escrava do dever, são marcas na alma do colonizador, que hoje o povo de Ijuí não esquece.
A fertilidade da terra deu lugar a prosperidade ao trabalhador com o crescimento econômico e tecnológico, promovendo o  desenvolvimento cultural da civilização desafiadora de 1898, que tomou posse da terra prometida.
Imaginar o passado e expressar através da escrita.

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