Texto escrito por Stela Zambiazi de Oliveira
(Publicado originalmente no dia 26 de maio de 2012, no Portal
Ijuí.Com – Disponível em: http://www.ijui.com/especiais/artigos/35103-museu-antropologico-diretor-pestana-os-seus-51-anos-por-stela-zambiazi-
O Museu Antropológico Diretor
Pestana, mantido pela Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do
Noroeste do Estado – FIDENE, foi criado em 25 de maio de 1961, com o objetivo
de resgatar e preservar a memória regional, promover a cultura, a educação e o
lazer.
Stela Mariz Zambiazi
de Oliveira é a atual diretora do MADP |
Hoje, dia 25 de maio, o Museu
Antropológico Diretor Pestana - MADP - está de aniversário.
São 51 anos de sonhos e ideais,
sempre com o objetivo de buscar maior visibilidade a esta instituição de
memória, atraindo os mais diversos segmentos sociais, seja através de
exposições ou de outras ações educativas desenvolvidas com o intuito de
disseminar conhecimentos ou oferecer formas de laser e entretimento, como um
processo capaz de incentivar novos diálogos.
O Museu é um lugar de
aprendizado, é um lugar vivo, de socialização. Nele nós preservamos a memória
das identidades individuais e das memórias coletivas e culturais. Muito do
passado das gerações que por aqui passaram estão preservadas pelo Museu. São
peças museológicas e documentais que ao longo destes 51 anos foram preservados
junto ao acervo.
A Semana de Aniversário do Museu
iniciou sua programação no dia 17 de maio encerrando-se hoje. Foram várias
atividades desenvolvidas nestes dias. Como atividade paralela a Exposição
“Conhecer para Preservar: plantas medicinais e aromáticas e princípios
bioativos”, acontecerá uma palestra sobre o preparo e uso de plantas
medicinais, com a professora da UNIJUÍ, Chistiane Coleto, hoje, dia 25 de maio,
no Auditório do Museu, às 19h30min.
O museu conta hoje com nove
técnicos-administrativos e dois estagiários. É dirigido pela Diretora Stela
Mariz Zambiazi de Oliveira, conta com a seguinte equipe: Museologa, Educadora
do Museu, Arquivista, Técnico Fotógrafo/Laboratorista, Assistente de Pesquisa e
Extensão, Assistente de Museu e Auxiliar de Limpeza, Copa e Cozinha.
O Museu, Instalado, inicialmente,
em prédio alugado, possui hoje sede própria, com área de 1.641m², climatizada.
É constituído por mais de 30 mil objetos museais, além de um acervo documental
riquíssimo, disponibilizados ao público através das exposições de longa
duração, itinerantes e temporárias e disponíveis à pesquisa nos espaços
específicos do Museu.
Possui, também, uma reserva
técnica e espaço específico destinado à guarda documental com 975,56 metros
lineares de documentação.
Dos 1.641m², 503m² são ocupados
pela Exposição de Longa Duração, onde estão retratados aspectos da caminhada do
homem que viveu e vive nesta região do Estado, especialmente no município de
Ijuí, desde o índio pré-missioneiro, primitivo habitante desta região, com seus
instrumentos em pedra e cerâmica, seguida do índio missioneiro, do negro e do
caboclo que aqui habitaram antes da chegada dos imigrantes.
Aspectos da fundação e
colonização do município, a imigração, as diferentes fases da agricultura e
trabalho rural, os processos produtivos artesanais, comunicação e transporte,
indústria e comércio, energia elétrica, serviços, esporte e lazer, ensino, religião,
usos e costumes e a moradia são igualmente mostrados.
A exposição também tem espaço
reservado às manifestações culturais da atualidade.
Ainda, com relação a espaço
físico, o museu disponibiliza a seus visitantes, outra área, com 135m², para
exposições temporárias, a fim de possibilitar a apresentação de outras
manifestações culturais e, ao mesmo tempo, atrair públicos com interesses
diferenciados. Contíguo a esse espaço, há ainda, um auditório para 60 pessoas,
todo equipado.
O acervo museológico é
constituído, desde 1961, através de doações da comunidade, e totaliza hoje
cerca de 30.000 objetos, assim classificadas: 24.217 relacionadas à Seção
Arqueológica, fruto de pesquisas realizadas na região em conjunto com o
Instituto Anchietano de Pesquisas da Universidade do Vale dos Sinos - UNISINOS
e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, quando foram localizados
134 sítios arqueológicos; outras 5.000 peças pertencem à Seção Antropológica,
que subdivide-se em: Indígena, Artes Visuais, Numismática, Filatelia e
Povoamento.
O acervo documental arquivístico
do Museu é constituído de valiosa, abrangente e volumosa documentação de
natureza pública e privada relacionada ao município de Ijuí e à região noroeste
do Rio Grande do Sul.
Em seu conjunto documental
encontra-se preservada parcela significativa da memória regional, que o torna
referência para estudantes e pesquisadores da cultura e da história de Ijuí e
região.
A documentação textual,
bibliográfica e iconográfica está classificada em arquivos, entre eles o
arquivo Ijuí, Regional, Sindicalismo, Cooperativismo, Kaingang, Guarani e Xetá,
e Fidene, totalizando 975,41 metros lineares de documentos.
O Museu dispõe em seu acervo de
uma Hemeroteca, cujo objetivo principal é preservar os jornais produzidos no
município de Ijuí, os de cunho histórico e político, que apresentem temáticas
relacionadas a indígenas e ao patrimônio histórico-cultural, totalizando 39
títulos de jornais.
Entre os títulos preservados, o
Jornal Die Serra Post possibilita resgatar a história do município de Ijuí a
partir de 1911, e o Jornal Correio Serrano, editado pela primeira vez em 1917.
Os mesmos deixaram de circular respectivamente em 1978 e 1988, sendo
microfilmados e digitalizados, e atualmente são disponibilizados para pesquisa
através de banco de dados no Museu.
Entre os gêneros documentais, o
Museu também preserva fotografias, negativos flexíveis, negativos de vidro,
discos, fitas, filmes e vídeos, classificados e organizados em arquivos e
coleções na Divisão de Imagem e Som.
O acervo fotográfico é
constituído de aproximadamente 300 mil imagens, em sua maioria, relacionadas a
fatos vinculados a Ijuí que possibilitam reconstituir a história através de
imagens a partir de 1902, portanto, antes da instalação oficial do município.
Deste acervo fazem parte as
produções fotográficas de dois dos mais antigos fotógrafos do município: a
Família Beck e Eduardo Jaunsem, cuja produção possibilita recuperar parcela
significativa da história urbana e rural do município/região, até meados do
século XX. O acervo iconográfico conta com aproximadamente 14 mil negativos em
vidro.
O Museu Antropológico Diretor
Pestana é uma mantida da FIDENE.
Durante toda esta trajetória o
Museu, enquanto guardião de objetos culturais mantém constante a preocupação em
democratizar informações, conhecimentos, saberes, fortalecendo a troca de
experiências, permitindo mediações pedagógicas, considerando também as
experiências e expectativas dos professores e seu grupo de escolares e os programas
curriculares.
Conheça ainda mais o MADP através de seu vídeo institucional:
Passeio virtual pelo Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí:
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Um pouco mais sobre a vida e a obra do historiador e jornalista Dr. Martin R. R. Fischer - ilustre cidadão ijuiense e grande idealizador do Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP de Ijuí
Martin Fischer - O maior historiador e pesquisador da história de Ijuí - um dos fundadores do Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP -referência nacional!
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