domingo, 6 de março de 2011

Bar e Café Sokolowski - o grande "point" da "Vila Ijuhy e cidade de Ijuí" - Funcionou entre os anos de 1918 a 1937, quando foi destruído por um incêndio


De acordo com a historiadora Marilda Almeida da Silva em sua dissertação de mestrado sob o título “Fragmentos: Vestígios que contam história – Ijuí de 1890-1938”, apresentada  em 2003 no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre, RS, e citada pela acadêmica de Jornalismo  da Universidade de Ijuí, Vanessa Hauser, escreve em seu artigo “Tempo Perdido” (http://www.projetos.unijui.edu.br/entrelinhas/index.php?i=materia&id=71), publicado no Jornal Laboratório produzido pelos acadêmicos de Redação Jornalística III do curso de Comunicação Social da UNIJUÍ,  que o Bar e Café Sokolowski foi o grande “point” da “Colônia de Ijuí” no início do século passado, quando a cidade de Ijuí dava seus primeiros passos rumo ao crescimento e emancipação política/administrativa da sede – Cruz Alta.
A localização e o próprio prédio  do Bar e Café Sokolowski tem muita história para contar, segundo a historiadora  Marilda, revela em suas pesquisas para o mestrado. Este trabalho, ainda, não está publicado, - e por isso temos somente  fragmentos de seu conteúdo – revelado por Vanessa. Reproduzimos assim, o que nos foi passado. Inicialmente ela está falando sobre o prédio onde funcionava o Bar e Café. Informa que o:

     “... prédio, {foi} construído provavelmente entre os anos 1913 e 1914 no local onde hoje está situada a livraria Santo Antônio.
Esta construção foi planejada, inicialmente, para ser a {terceira} sede -  {própria} do Clube Ijuhy. Porém, uma década foi tempo suficiente para que o espaço se tornasse pequeno demais para sediar as festividades da comunidade. O estabelecimento foi vendido em 1918 para Andréas Sokolowski, um comerciante alemão. Andréas, que nasceu em um vilarejo na Alemanha, freqüentou diversos cursos de confeitaria em seu país de origem. Lá, também trabalhou como confeiteiro até 1913. Foi então que viajou em um luxuoso navio passando pelos Estados Unidos, Austrália e China. E em 1914, recém-casado e prevendo os conflitos que estariam por vir, Andréas veio ao Brasil e se fixou em Ijuhy, onde seu irmão já residia. A compra do prédio, em 1918, possibilitou a concretização do sonho deste imigrante, ou seja, abrir o seu próprio café.
O Bar e Café Sokolowski rapidamente conquistou uma clientela seleta. Naquele lugar ocorreram inúmeros encontros, fosse para a descontração e o desfrute da gastronomia alemã, fosse para as confraternizações políticas de Coronel Dico e seus aliados.
O Café Sokolowski, localizado onde hoje está a livraria Santo Antônio, era um lugar de encontros, fosse para discussões políticas ou para a descontração
 “Ali casais iam conversar, adolescentes tomavam gasosas, senhoras apreciavam a baumkuchen (uma espécie de cuca). Para os mais modernos, o estabelecimento possuía sala reservada, na qual eram servidas iguarias, enquanto algumas moças ousavam ali namorar”...
Foi também neste local que em 1934 surgiu a Sociedade Renascença. Esta sociedade foi criada por um grupo de jovens que não estava satisfeito com as posturas conservadoras do Clube Ijuhy, influenciado por Coronel Dico. Por isso resolveram criar o seu próprio clube, que chegou até a possuir estatuto e cujas festas, bailes e reuniões aconteciam em uma das salas do café Sokolowski. O clube de sentido um tanto quanto “revolucionário” promovia inclusive os bailes burlescos - em outras palavras: o carnaval da época. 

ASPECTOS DA FORMA: Tratando um pouco da arquitetura, o prédio onde estava instalado o Café Sokolowski era de estilo neoclássico. As janelas possuíam adornos com motivos florais. Possuía um andar e mais o subsolo, que servia como área de serviço e adega. A fachada principal do café, que dava para a rua Benjamin Constant, possuía uma espécie de varanda, ou seja, apresentava um recuo com relação à calçada...
 Ali, durante o verão, os clientes de Andréas podiam desfrutar da sombra dos plátanos, acomodados ao redor de mesas de mármore, enquanto se refrescavam com chás gelados ou gasosas. A clientela também podia desfrutar da famosa bebida do irmão de Andréas, Max Sokolowski. Era o licor "Chuva de Ouro", produzido com ingredientes  chamados "flocos de ouro" vindos diretamente da Europa. O estabelecimento, vale lembrar, possuía uma “máquina de fazer gelos”.
O fato é que em 1937 um incêndio deu fim ao badalado café da Vila Ijuhy e o tempo deu conta de ir apagando a memória de tantos acontecimentos...”.

Até aqui temos o relato da professora  Marilda Almeida da Silva. Vanessa Hauser  em seu artigo “Tempo Perdido” que discute sobre a importância histórica, preservação, manutenção e restauração de diversas construções históricas da cidade faz ainda o seguinte comentário: “... histórias como a do Café Sokolowski demonstram como a falta da referência material faz com que as histórias e o patrimônio imaterial se apaguem com o tempo”.

Fonte primária: SILVA, Marilda Almeida da;  em sua dissertação de mestrado sob o título “Fragmentos: Vestígios que contam história – Ijuí de 1890-1938”, apresentada  em 2003 no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre, RS.
Fonte secundária - Texto e fotos antigas:  HAUSER, Vanessa. Artigo “Tempo Perdido” escrito pela acadêmica de jornalismo Vanessa Hauser. Publicado no Jornal Laboratório produzido pelos acadêmicos de Redação Jornalística III do curso de Comunicação Social da UNIJUÍ. Disponível em: http://www.projetos.unijui.edu.br/entrelinhas/index.php?i=materia&id=71

sábado, 5 de março de 2011

Dr. Amadeu Ferreira Weimann - Um cidadão Ijuiense!

Texto escrito pelo jornalista Ulrich Löw, e publicado no Jornal Correio Serrano do dia 19/10/1982
O dr. Amadeu Ferreira Wimann sempre foi um ijuiense de coração e integrado em todas obras e ações sociais da cidade.
Casa onde morou e possuia consultório médico. Na rua 7 de setembro, esquina com a rua Ernesto Alves


















Importante levantamento bibliográfico da vida e obra do dr. Amadeu F. Weimann realizado pelo historiador e jornalista Ademar Campos Bindé, publicado no jornal "O Repórter", edição do dia 25/09/2010.

1º Encontro Regional de Descendentes Austríacos acontece em Ijuí! - Dia 10 de abril no Parque de Exposições Wanderley Burmann

Famílias imigrantes na Linha 6 Leste, interior do município de Ijuí. Arquivo Centro Cultural Austríaco.
 Propiciar o encontro de famílias e cadastrar os seus descendentes, resgatar fatos históricos, auxiliar no desenvolvimento das árvores genealógicas e buscar novos talentos. Estes são alguns dos objetivos do 1º Encontro Regional de Descendentes Austríacos de Ijuí.
 O encontro é uma iniciativa do Centro Cultural Austríaco de Ijuí. Segundo a presidente da entidade, Marlene Vontobel, esse é o momento de resgatar a cultura dos primeiros imigrantes que vieram da Europa. "Cerca de 50 famílias vieram da Áustria em 1893 e se estabeleceram na Linha 6 Leste, interior de Ijuí", lembra.
 No domingo, 10 de abril, a partir das 10 horas, no Centro Cultural Austríaco, localizado no Parque de Exposições Wanderley Burmann, serão desenvolvidas atividades culturais e sociais. "Além disso, as pessoas que participarem podem encontrar parentes, renovar amizades e realizar uma grande festa", destaca a presidente.
 O Centro Cultural Austríaco resgatou os nomes das primeiras famílias que chegaram à região noroeste do Estado para facilitar este encontro. São elas: Ceka, Rincoven, Müller, Olinciczuk, Droppa, Buchner, Haiske, Schultz, Berenhauser, Seibitz, Holziechner, Plotz, Samrsla, Gruber, Printz, Infanger, Streicher, Süss, Bramberger, Lindorfer, Hauser, Kasenchleger, Steirer, Schalko, Pranzi, Schacherslehner, Schaffazik, Spannring, Molterer, Engleitner, Almersdorfer, Breit, Prauchner, Krüger, Lindemayer, Salcher, Tauber, Wagner, Rutnik, Gschneitner, Elias, Meisker, Vorraber, Bucher, Gortchan, Guth, Novotny, Gabriel, Marhold, Feigel, Lettner, Huttner, Brenn, Kettenhuber, Nussbichier, Zeilmann, Mischaw, Feidmayer, Hocevar, Ledermann, Löw, Zenkner, Preissler, Kühas, Freudenberger, Gritsch, Edlinger e Schmorantz.
 Todo o trabalho de resgate histórico é realizado pelo pesquisador do Centro Cultural Eloi Samrsla. "Este encontro é a oportunidade de renovar nossa cultura e isso depende da participação das pessoas", explica o pesquisador.

Para mais informações, inscrições ou dúvidas entrar em contato pelo e-mail: encontroaustriacos@yahoo.com.br ou pelos telefones 55.9112 9000, 9133 0903, 9963 8059.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Encontro dos Austriacos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Associação Comercial e Industrial de Ijuí - ACI em três épocas diferentes

Associação Comercial e Industrial de Ijuí - ACI

Atual sede da ACI na rua Albino Brendler

INSTITUCIONAL

A Associaçao Comercial e Industrial de Ijuí é a entidade que representa a classe empresarial do município de Ijuí, abrangendo as áreas do comércio, indústria e prestaçao de serviços.
A ACI foi fundada em 21 de Outubro de 1917, com a denominaçao de Praça do Comércio de Ijuí. Anos mais tarde, o nome foi alterado para Associaçao Comercial de Ijuí. E, finalmente, em 24 de Maio de 1972 a entidade passou a chamar Associaçao Comercial e Industrial de Ijuí. Atualmente a Associaçao Comercial e Industrial de Ijuí possui em seu quadro associativo cerca de 500 associados dos setores da indústria, comércio e prestadores de serviços. Tem como slogan "Integraçao Total - Participaçao Ativa".

MISSAO: Fortalecer a classe empresarial através da prestaçao de serviços com qualidade, fomentando novas lideranças e parcerias, participando nas decisoes municipais e gerando novas oportunidades de negócios.

VALORES: Ética nas relaçoes, profissionalismo, negociaçao, transparencia, desenvolvimento econômico e profissional.


FINALIDADES DA ORGANIZAÇÃO

- Representar a indústria, comércio e prestadores de serviços perante os poderes públicos do município, Estado e Uniao ou perante outras associaçoes, entidades de classe, repartiçoes públicas e perante o público em geral;
- Amparar, defender e impulsionar todas as atividades e forças produtivas da sociedade;
- Promover o congraçamento das classes que representa;
- Interessar-se pelo desenvolvimento das referidas atividades, promovendo, conforme os recursos da Associaçao, exposiçoes de produtos do município e Estado;
- Organizar propaganda comercial de produtos locais em outros municípios do Estado e País, mantendo diariamente assistencia jurídica e de comércio exterior para uso dos sócios;
- Contribuir para que os usos e costumes repousem em equidade e mútua confiança, procurando harmonizá-los com os das outras praças do nosso país;
- Manter informado os seus associados através de informativos via web e outras ferramentas de comunicaçao e divulgaçao da entidade.
(Fonte: Site da ACI, disponível em: http://www.aciijui.com.br/institucional.php



Em 1977:

Jornal da Manhã, edição do dia 18/10/1977
O então Secretário da Indústria e Comércio do Estado do Rio Grande do Sul, Claudio Strassburguer, esteve em Ijuí para comemorar os 60 anos da ACI e na oportunidade fez palestra na SOGI. Foto publicada no Jornal Correio Serrano, edição do dia 22/10/1977.

Em 1955:

Texto publicado no "Guia Publicitário e Histórico de Ijuí e Panambi - 1955/56", organizado por Fraiem Cotliarenco Editora, de Porto Alegre, RS.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Carnaval de antigamente em Ijuí .... era assim....!!!

Edição do Correio Serrano do dia 03/03/1973
Jornal Correio Serrano, 05/11/1967
Jornal Correio Serrano, 06/03/1973


Jornal Correio Serrano, 05/11/1967

terça-feira, 1 de março de 2011

O dia em que o Interventor/Governador do RS e General Flores da Cunha visitou a cidade de Ijuí - e inaugurou o Frigorífico Serrano - ano de 1934


O prédio da Prefeitura Municipal foi inaugurado em 1933. A foto  acima mostram no ano seguinte, em 1934, a visita do Interventor Estadual (Governador) do Rio Grande do Sul, General Flores da Cunha a cidade de Ijuí. 

General Flores da Cunha



 Na oportunidade ele foi recebido pelas          autoridades e apresentado ao povo. 







 A imagem acima mostra o momento em que ele falava da sacada da Prefeitura Municipal ao povo reunido na rua Benjamin Constant. Um grupo de cavalarianos participam deste ato público e político. 

Foto do Frigorífico Serrano nos primeiros de funcionamento - fundado em 1934.
No mesmo dia do ano de 1934, em que esteve em Ijuí, o Governador e General Flores da Cunha participou da inauguração do antigo Frigorífico Serrano, na rua 19 de outubro. A foto acima (raríssima) mostra o General Flores da Cunha, o então Prefeito Coronel Dico, Rosalvo Scherer (diretor presidente do Frigorífico), e outras autoridades e políticos presentes na inauguração do Frigorífico.


Fontes das fotos e textos: A que aparece as autoridades na sacada está no Álbum Comemorativo do Cinqüentenário da Emancipação Política/Administrativa de Ijuí, página 09. Dos  cavalarianos em frente a Prefeitura foi publicada no Jornal da Manhã, dia 19/10/1991. As fotos da visita de Flores da Cunha na inauguração do Frigorífico Serrano estão no livro “Em prol da Suinocultura Riograndense”, de autoria de Rosalvo Scherer, diretor presidente do Frigorífico Serrano, 1956. Foto do General Flores da Cunha está disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ant%C3%B4nio_Flores_da_Cunha

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"CHOCOLATEIRA" - a primeira locomotiva a andar em nossa estrada de ferro - há 100 anos!

Nesta foto tirada no dia 11 de outubro de 1911 - quando da inauguração da estrada de ferro ligando Cruz Alta/Ijuí (e a Estação Ferroviária de "Ijuhy"), como se escrevia na época - podemos ver a "Chocolateira". O povo ao redor admirando "a representação da modernidade, do progresso e do elo de contato com o mundo de então". Foto: Coleção Beck - Museu Antropológico Diretor Pestana.
Grande parte do desenvolvimento da cidade de Ijuí deve-se a construção da  estrada de ferro, a 100 anos atrás, em 1911. Ela abriu as portas para as incipientes indústrias e firmas comerciais de nossa terra, pois facultou a comercialização entre sedes mais “velhas”, e o resto do País
A obra foi iniciada em 1906, graças à iniciativa de alguns colonizadores, que preocupados com a falta de transportes, resolveram reivindicar o ramal, que seria mais tarde o “elo” de ligação entre os municípios de Cruz Alta e Santa Rosa, além de beneficiar as cidades de Ijuí e Santo Ângelo.
Antonio Soares de Barros, 
o Cel. Dico de Ijuí
Paralelamente a construção da estrada de ferro, os irmãos Antonio e Salatiel Soares de Barros, organizaram uma empresa comercial, com o objetivo de fornecer material para a estrada, bem como gêneros alimentícios ao 3º Batalhão Ferroviário. A organização surgiu em Cruz Alta no ano de 1906 com o nome de “Casa Salatiel”, com Dico e Salatiel Associados.
Por outro lado, a Casa Dico de Ijuí, que já funcionava há vários anos instalava um armazém volante, que em sua maior parte, encontrava-se estacionado no Faxinal (hoje cidade de Dr. Bozano). 

Dr. Bozano inicialmente chamava-se Faxinal ou Picada Faxinal. A localidade servia como ponto de passagem pois ligava o norte do Estado à estação ferroviária de Faxinal, implantada em 1910. Esse aspecto propiciou o desenvolvimento de uma série de estabelecimentos comerciais e industriais na localidade. (Fonte: Histórico da cidade de Dr. Bozano. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=430258#

Em Cruz Alta, a Casa Salatiel, supria em parte, o 3º Batalhão Ferroviário de instrumentos manuais: como picaretas, machados, foices e outros. Também os trilhos usados para a estrada e a ponte férrea sobre o rio Ijuí (na localidade do Itaí) foram fornecidos pela firma sediada em Cruz Alta.

(Uma reflexão pessoal do autor: "Quando era criança andei uma vez de trem e várias vezes a pé sobre os trilhos de trem que ligam Ijuí/Cruz Alta. Mesmo com uma mente de criança, na época,  observei várias vezes, que aquele trecho ferroviário tem muita curva, muitas voltas. Não entendia por quê delas? Algumas ao nosso ver não são necessárias,  e assim o trecho poderia ser mais reto e rápido.  Esse fato também explica porque uma viagem de trem levava algumas horas nos primeiros tempos... 
Na época até pensava em contar quantas curvas tem até Cruz Alta... coisa de criança pequena!  Entrentanto, pensando bem - nos dias de hoje - o que poderia significar isso: quanto mais curvas, mais a obra iria demorar, mais trilhos iria precisar e todos os acessórios necessários, etc.. E, ... analisando o terreno entre Ijuí e Cruz Alta não encontramos nenhum acidente geográfico de grande relevância que justificaria tanto desvio e curvas...
Enfim, fica aqui a  nossa memória e reflexão dos tempos de criança, mas que ainda hoje de tempos em tempo voltam a nossa mente. Não temos provas.... mas certamente alguém ganhou - e muito dinheiro - com a construção da estrada de ferro, não só entre Cruz Alta e Ijuí, mas por esse Brasil a fora....).

Ponte de Ferro no Distrito do Itaí sobre o rio Ijuí. Foto disponível no site do jornal HoraH: <http://www.horahijui.com.br/imagens_galeria.html).

A ponte construída pelo Batalhão Ferroviário, comandada pelo Coronel Pantoja, tem um vão de 80 metros e pesa cerca de 250 toneladas. Além disso,  até uma locomotiva, conhecida como “Chocolateira” foi adquirida pela Comissão de Construção da Estrada à firma alemã Bomberg & Cia, por intermédio da casa comercial de Antonio Soares de Barros. Portanto, as duas casas dos irmãos Dico, supriram de materiais, instrumentos e genêneros alimentícios os primeiros moradores e construtores das terras de Ijuí, constituindo-se numa baluarte do progresso de nossa terra.
     A Casa Dico e Salatiel chegou a ser credora do Governo Federal à quantia superior a trezentos contos de réis, em vista do fornecimento de alimentação e material antecipadamente, isto é, antes que o Congresso Nacional, liberasse verbas afim de que as obras não fossem paralisadas, e para que a estrada  de ferro realmente inaugurada no dia 19 de outubro de 1911, isto é, a cem anos atrás.

Luis Carlos Ávila

Observação: Este trabalho de pesquisa foi publicado originalmente no jornal Correio Serrano, no dia 19 de outubro de 1982.Baseado em texto hoje publicado no livro "Nossas Coisas e Nossa Gente", organizado pr Mário Osório Marques e Argemiro J. Brum, publicado pela Editora UNIJUÍ, 2004, Ijuí, pp. 209-214.

Para saber mais sobre a estrada de Ferrro de Ijuí leia:

- O trem chegou em 1911 e a cidade de Ijuí nunca mais foi a mesma! - Parte I, disponível em: http://ijuisuahistoriaesuagente.blogspot.com/2011/01/o-trem-chegou-em-1912-e-cidade-de-ijui.html

 - Estações ferroviárias de Ijuí - parte II, disponível em: http://ijuisuahistoriaesuagente.blogspot.com/2011/01/estacoes-ferroviarias-de-ijui-parte-ii.html

 - Os trilhos na passagem da rua do Comércio é sinal de progresso, alerta e algumas vezes de muito perigo. A imprensa ijuiense de tempo em tempo levanta o assunto - III, disponível em: http://ijuisuahistoriaesuagente.blogspot.com/2011/01/os-trilhos-na-passagem-da-rua-do.html

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Em 2011 o Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP de Ijuí completa 50 anos de muita história para contar, ver, ouvir, sentir, ler, mostrar...! Conheça aqui um pouco de sua história, seu acervo disponível para visitação e pesquisa!

Entrada principal do Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí. Na entrada já podemos observar algumas pedras de antigos moinhos de Ijuí. Também um original (antigo) banco da Praça da República.
   O Museu Antropológico Diretor Pestana constitui um centro de preservação da memória regional. Situa-se na Rua Germano Gressler, 96, no Bairro São Geraldo, junto a sede acadêmica da FIDENE/UNIJUÍ.

Possui aproximadamente 25 mil peças relacionadas ao índio pré-missioneiro e encontradas na região. A seção antropológica possui 3500 peças que contam as histórias do povo ijuiense e de toda região. Beleza e encantamento revelam-se no resgate de história passadas. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Iju%C3%AD).

Visão

Constituir-se em Centro Museológico e Documental pela preservação da memória, promoção da cultura, da educação e do lazer na região Noroeste do RS.

Visão externa onde está guardado todo acervo do Museu
 Missão

Constituir programas museológicos e documentais, com características antropológicas, que contribuam para a melhoria do processo educacional e cultural na Região.

Histórico

O Museu Antropológico Diretor Pestana, mantido pela Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado – Fidene, foi criado em 25 de maio de 1961, junto ao Centro de Estudos e Pesquisas Sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí – FAFI com o objetivo de resgatar e preservar a memória regional, promover a cultura, a educação e o lazer.
Constituir-se em “síntese da evolução da região pela mão do nosso homem...” era segundo seus fundadores, o objetivo a ser perseguido. Buscando concretizar este objetivo o Museu preserva tanto documentos textuais/bibliográficos e iconográficos como museais, permitindo assim, o resgate e preservação da memória de forma globalizada e a disponibilização do acervo aos pesquisadores.
Instalado, inicialmente, em prédio alugado, possui hoje sede própria, com área de 1.618 m², climatizada, oferecendo as condições ideais para conservação do acervo constituído por mais de 29 mil peças museais. Este acervo é disponibilizado através das exposições permanente e temporárias e outras atividades educativo-culturais.
O acervo documental é disponibilizado para pesquisa in loco.

Depoimento histórico do primeiro diretor:

Raríssimo documento/artigo (publicado no jornal Correio Serrano, dia 5/11/1967) escrito pelo Dr. Martin Fischer, um dos fundadores e primeiro Diretor do Museu, onde resgata os momentos históricos da fundação do Museu, seus princípios, objetivos, sua organização e também seus problemas (em sua época).
 Caso não conseguir visualizar por aqui, o mesmo está disponível em: http://www1.unijui.edu.br/museu/visite-museu-ijui

Estrutura e funcionamento

O Museu tem seu acervo constituído por documentos museais, textuais, bibliográficos e iconográficos ordenados nas Divisões de Museologia; Documentação e Imagem e Som.

Relatório de atividades dos primeiros anos do museu:

Na edição do jornal Correio Serrano, do dia 19 de outubro de 1970, quando Ijuí completava 80 anos de colonização, o Museu Antropológico Diretor Pestana apresenta para toda comunidade ijuiense, em especial, um amplo e completo relatório de suas atividades até então. No início do relato somos informados que em março de 1970, a direção do Museu passou a ser da professora Maria Helena Abrahão Schorr, a qual assumiu as funções até então exercidas desde a fundação, em 1961, pelo professor Dr. Martin Fischer.
Outra vista externa do Museu mostrando inclusive parte do sistema de climatização das salas onde estão guardados o acervo histórico/cultural de Ijuí e região. Em alguns ambientes os aparelhos de ar condicionado precisam estar ligados 24 horas por dia, buscando assim a manutenção constante de uma só temperatura, controle da umidade do ar e principalmente a manutenção e conservação de documentos históricos, alguns antigos,  e muito sensíveis a  variação da temperatura.

 A preservação da nossa cultura!

Quando Ijuí completava 83 anos de colonização, a matéria acima foi publicada no Jornal da Manhã, na edição do dia 19/10/1973, destacando um dos papéis o Museu: "A preservação da nossa Cultura!"
 Vídeo institucional do MADP:

Vídeo institucional do Museu Antropológico Diretor Pestana -MADP de Ijuí. Caso não conseguir visualizar por aqui, o mesmo está disponível em: http://www1.unijui.edu.br/museu/informacoes-museu-ijui#video

Fonte: Fora o primeiro texto postado que foi extraído da "Wikipédia", os outros textos são reprodução de textos publicados no site do MADP. Vídeos oficiais do Museu. Fotos de nossa autoria.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Martin Fischer - O maior historiador e pesquisador da história de Ijuí - um dos fundadores do Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP -referência nacional!

Reprodução de foto do Dr. Martin Fischer, publicada na edição do jornal Correio Serrano do dia 05/11/67
Homenagem e levantamento bibliográfico do Dr. Martin Fischer escrito pelo historiador e jornalista Ademar Campos Bindé, e publicado no jornal "O Repórter"de Ijuí, (http://issuu.com/jornaloreporter/docs/oreporter_web_ed293/1)  em lembrança aos 124 anos de nascimento do jornalista e historiador comemorado no dia 10 de fevereiro de 2011.

Entrevista e depoimento histórico do próprio Dr. Martin Fischer a respeito da cidade que lhe acolheu e onde morou por longos anos. Material publicada no Jornal da Manhã do dia 18/10/1977.