quarta-feira, 1 de outubro de 2014

ÁRVORES DE IJUÍ DECLARADAS IMUNES AO CORTE POR DECRETO MUNICIPAL - e a Praça do Bairro Burtet...



Recebemos a seguinte colaboração de nosso amigo e leitor deste Blog - João Pedro Arzivenko Gesing:
"Olá, primeiramente parabéns pelo trabalho informativo realizado no Blog "Ijuí - Memória Virtual".  Todas as informações são pertinentes e devem ser guardadas como verdadeiros tesouros. Sou responsável pela arborização do município de Ijuí  e gostaria de provocar um resgate deste tema na história da cidade. Hoje temos a melhor arborização do estado (computando os municípios com mais de 50.000 habitantes). Considerando que arborização não se constrói de um ano para o outro, mas sim através das décadas, sugiro que este tema também seja abordado no blog. Me disponho a ajudar no levantamento dos dados e informações. Neste primeiro momento aproveitando a oportunidade do Blog gostaria de abordar neste espaço sobre as árvores declaradas imunes ao corte por decreto municipal".
A TEORIA e a PRÁTICA:

O Código Florestal do Rio Grande do Sul (Lei 9.519 de 21 de Janeiro de 1992) diz o seguinte:
Art. 36 - Qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte por ato do Poder Público, ouvido o órgão florestal competente, por motivo de sua localização, raridade, beleza, importância científica ou interesse cultural ou histórico.
Baseado neste artigo, existem dois decretos municipais, (segundo nosso conhecimento) sobre o assunto:

 1. "AÇOITA-CAVALO" na PRAÇA DO BAIRRO BURTET:  O primeiro é o Decreto 1.527 de 10 de Abril de 1992 (apenas 3 meses após aprovação do Código Florestal Estadual), que diz o seguinte:

Valdir Heck, Prefeito Municipal de Ijuí, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município, Decreta:
Art. 1º - Fica o Açoita-Cavalo localizado junto a Praça do Bairro Burtet, nesta cidade, declarado imune ao corte.
Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal de Ijuí, em 10 de abril de 1992.

ALGUMAS INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS sobre a chamada árvore: 
 "AÇOITA-CAVALO":
Uma amostra da árvore - adulta: "Açoita-Cavalo".
   Hábito: Árvores
   Nome Popular: Açoita-cavalo
   Nome Científico: Luehea divaricata Mart.
   Detalhes: Família Malvaceae
   Origem: Nativa.

    Características gerais:   Árvore de grande porte de 15 - 25 m de altura, nativa, com freqüência em formações arbóreas, na submata dos pinhais, matas de galerias e capoeiras.

    Apresenta folhas simples, onde a face superior possui uma cor verde escuro brilhante e a inferior esbranquiçada, com três nervuras muito típicas. A folhagem pelas suas características confere um valor ornamental.
    A floração inicia por volta da segunda quinzena de novembro, mas ocorre com maior intensidade no final de dezembro e até a primeira quinzena de fevereiro. As pétalas das flores são dobradas, conforme vai envelhecendo passam de cor violeta para creme, do interior para a extremidade e apresentando pouca expressividade.

    O fruto é uma cápsula possuindo muitas sementes que não ultrapassam a 1,5 cm de comprimento e apresentam uma pequena assa. A copa é densa proporcionando uma excelente sombra, porém, perde suas folhas por completo, nos meses de agosto e setembro. 


Foto extraída do site: "Viveiro Ipê". Disponível em: http://www.viveiroipe.com.br/?mudas=acoita-cavalo


Imagens usadas a partir de agora - para ilustrar a matéria - foram extraídas do "Google Earth".

Em busca desta árvore eu revirei o Bairro Burtet, tentando encontrar a referida Praça, sem sucesso.
Depois disto descobri três terrenos em nome da Prefeitura Municipal naquele bairro, no final de uma travessa no fundos do Instituto Estadual de Educação Guilherme Clemente Koehler - o Polivalente.  Ou seja,  no final do prolongamento da rua Fortaleza. Fui até lá... 
Acesso a "Praça do Bairro Burtet", rua Aristeu Pereira, esquina com a rua Fortaleza.
O que existe na verdade é um campinho de areia, uma cancha de bocha e uma Cabanha de cavalos de algum morador do bairro.... E nada de encontrar a tal árvore "açoita-cavalo"!
Em contato, pessoalmente, com o ex prefeito Valdir Heck o mesmo me confirmou que aquele era o local da antiga - ou atual - Praça do Bairro Burtet.
Mas, mas que hoje não saberia dar mais qualquer outra informação sobre a atual situação da árvore, que poderia ter morrido ou tombado em algum temporal. Igualmente sobre a conservação e disposição da Praça para os moradores do bairro.
Pelo que parece a tal Praça do Bairro Burtet está precisando de uma maior atenção e conservação do Poder Público de Ijuí, pois o que lá existe não tem muitas características integrais de uma Praça Municipal para o uso da comunidade local.
 Portanto, quero registrar aqui que ainda não descobri qual foi o fim da mesma - da árvore "Açoita-Cavalo", mas pretendo conversar melhor com os moradores do entorno para descobrir mais informações. Quem sabe algum leitor do blog saiba algo?

 2. ARAUCÁRIA JUNTO AO RUIZÃO: O segundo Decreto Municipal de preservação é o de nº 3.547, de 21 de Outubro de 2005, o qual declara imune ao corte a araucária no pátio da Escola Estadual de Ensino Médio Ruy Barbosa - o "Ruizão". Esta felizmente continua lá para qualquer um que queira ver.
 VALDIR HECK, PREFEITO DE IJUÍ, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município em seu art.101, e, CONSIDERANDO Parecer emitido pela Coordenadoria do Meio Ambiente;
CONSIDERANDO o que dispõe o art.7º da Lei Federal nº 4.771/65 - Código Florestal Federal; o art.36 da Lei nº 9.519/92 - Código Florestal Estadual e o art.20 da Lei nº 3.228/96, e; CONSIDERANDO a localização em que se encontra um exemplar da espécie Araucaria Angustifolia, popularmente conhecida como "Pinheiro Brasileiro ou Pinheiro do Paraná",
DECRETA:
Art. 1º - Fica declarada IMUNE AO CORTE, o exemplar da espécie ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA existente em área interna da Escola Estadual de 2º Grau Rui Barbosa - Ruizão.
Art. 2º - Este DECRETO entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO EXECUTIVO MUNICIPAL DE IJUÍ, EM 21 (VINTE E UM) DE OUTUBRO DE 2005.
Portanto esta araucária pode ser vista bem na esquina da Escola, rua Dr. Pestana com Mato Grosso. Pelo menos esta continua em pé e assim permanecerá no que depender de mim.

João Pedro Arzivenko Gesing

domingo, 28 de setembro de 2014

Saudoso professor e músico Olívio Hermes, maestro da Banda Municipal de Ijuí por vários anos!

Jornal da Manhã de Ijuí do dia 07/08/1986.
Jornalista e Ademar C. Bindé, em seu artigo publicado no Jornal "O Repórter", no dia 20-03-2010, abordando a história da Banda Municipal Carlos Gomes de Ijuí nos apresenta alguns dados históricos e biográficos do professor e maestro Olívio Hermes.




sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Os pilares de Ijuí na primeira década da colonização - Teobaldo Branco - parte V

A foto Acima é de 1915, e mostra a chegada de alambique importado da Europa pela firma E. F. Bührer, ou seja, de Emílio Frederico Bührer, próspero empresário da cidade e mais tarde  presidente da ACI. Pioneiro colonizador de Ijuí. De caixeiro viajante a empresário estabelecido na baixada da rua do Comércio. (Fonte Revista dos 60 anos da Associação Comercial e Industrial de Ijuí - ACI, publicada em 1977. O artigo completo "Os Pilares de Ijuí na primeira década da colonização" está disponível em: http://www.ijui.com/blog-do-teobaldo-branco//66128-os-pilares-de-ijui-na-primeira-decada-da-colonizacao.html

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Nos primeiros tempos da colonização de Ijuí um dos grandes obstáculos e desafios era cruzar os diversos rios que correm no município. Barcas e pontes foram usadas e construídas!

Fotos publicados junto ao artigo da Revista "Stampa", do Grupo Jornal da Manhã de Ijuí, número 12, ano 6, maio de 2009.

CIDADE DE IJUÍ ERA PARA ESTAR LOCALIZADA NAS MARGENS DO RIO IJUÍ: Nos primeiros tempos da Colonização de Ijuí (em 1898) surgiu um pensamento (liderado pelo engenheiro e Intendente/administrador da Colônia Ijuhy, Augusto Pestana), e até mesmo ação,  para que a localização da cidade que estava surgido fosse transferida e instalada nas margens do rio Ijuí, proximidades da atual ponte sobre a RS-155. A disposição e "pressão" de transferência da Colônia - e seus moradores - da atual área central para as margens do rio foi grande, a tal ponto que um dos incipientes empresários de Ijuí, Emil Glitz, se mudou para lá (com sua família), instalando seu comércio aos viajantes que passavam pelo local. Mais tarde como a proposta não "pegou", ele acabou voltando a morar na cidade atual, isto é, instalando seu hotel e comércio acima da rua do Comércio, próximo aos trilhos.



 O jornalista e historiador Ademar Campos Bindé abordou o assunto em uma de suas colunas publicadas no jornal "O Repórter", no dia 21/06/2008.


 Os fundamentos da antiga ponte de ferro sobre o rio Ijuí na RS 155

Antiga ponte de ferro sobre o rio Ijuí na RS 155.  Piso de madeira. Jornal Correio Serrano do dia 15-02-1973.
 Ao fundo de uma foto familiar do servidor público Edison de Andrade podemos ver a ponte de ferro em atividade.


 Jornalista e historiador Ademar Campos Bindé em sua coluna no jornal "O repórter" abordou o histórico da ponte de ferro sobre o rio Ijuí na RS 155, em especial para onde foram parar a sua sucata.






Nesta foto de 1970 podemos ver a RS 155 ainda não asfaltada. Carinhosamente era chamada de "Estrada do Inferno" devido a dificuldade de trafegar principalmente nos dias de chuva. Muita lama e buracos... foram anos de luta para asfaltar a rodovia.






Barca no rio Ijuí nos primeiros tempos de colonização do município.

terça-feira, 23 de setembro de 2014