terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Município de Ijuí em 1928 - Segundo o Governo estadual do Rio Grande do Sul

Reprodução de páginas da Edição "O Rio Grande em Revista", editado pelo Governo do Estado


Famílias de imigrantes residentes no município de Ijuí - ano 1928



Uma amostra da economia do município de Ijuí no ano de 1928, através da reprodução de alguns anúncios da época


No anúncio acima: "Linha 19" é hoje o município de Ajuricaba, então pertencente a Ijuí
"Cadeado" é hoje o município de Augusto Pestana, que na época também fazia parte do município de Ijuí
Fonte: Reprodução da Capa encardenada da edição "O Rio Grande em Revista", ano de 1928, editada pelo Governo do Estado do RS

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os trilhos na passagem da rua do Comércio é sinal de progresso, alerta e algumas vezes de muito perigo. A imprensa ijuiense de tempo em tempo levanta o assunto - III


O Jornal da Manhã registra em manchete de capa mais um acidente na passagem dos trilhos da rua do Comércio e chama atenção das autoridades locais - e comunidade em geral - sobre a necessidade de se tomar uma providência objetivando minimizar os acidentes na via pública, e principalmente, perda de vidas humanas.
Legenda publicada sob a foto no JM: “Se na passagem de nível da rua do Comércio fosse colocada uma cancela quando o problema foi levantado pelo Jornal da Manhã meses atrás, o violento acidente ocorrido ontem a tarde não teria acontecido. É correto que cancela causa engarrafamento e longas esperas. Porém, espera nunca matou ninguém e falta de preocupação sim. Felizmente, a única vítima mortal do acidente de ontem foi o animal que tracionava a jardineira". Edição do dia16/10/1973.
Edição do jornal Correio Serrano, dia 19 de outubro de 1982.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Abertura dos Jogos Estaduais da CNEC em Ijuí - no ano de 1973

Jornal da Manhã do dia 14/07/1973 registra em manchete abertura dos Jogos Estaduais da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - CNEC.

A solenidade aconteceu no dia 13/07/1973, sexta-feira a noite, na Praça da República

Casa onde morava Francisco Berenhaüser - Primeiro presidente do Conselho Municipal de Ijuí - (Câmara de Vereadores) - em 1912


FRANCISCO BERENHAÜSER > Era natural de Ehrenbretstein, localidade situada junto ao rio Reno, na Alemanha, onde nasceu no dia 7 de agosto de 1842. Aos 20 anos migrou para o Brasil, indo residir inicialmente no estado de Santa Catarina.
Residiu ainda em Montevidéu e na cidade de Carmelo, situada ao noroeste de Colônia do Sacramento, ambas localizadas no Uruguai. Voltou ao Brasil, residindo inicialmente em São Gabriel e, posteriormente, em Cruz Alta, onde exerceu sua primitiva profissão de alfaiate. Ao mesmo tempo abriu uma casa comercial e ao longo dos anos agregou atividades com uma cervejaria, uma olaria e uma transportadora, que utilizava carretas para o transporte de mercadorias entre Cruz Alta e Santa Maria.
O espírito empreendedor fez com que vislumbrasse novas oportunidades na recém fundada “Colônia de Ijuhy”, em 1890, onde instalou uma filial de sua casa comercial, que funcionou por longos anos na rua Benjamin Constant, próximo ao INSS, ao lado do edifício Novo Hamburgo. Dois anos depois decidiu transferir a matriz da empresa (que estava localizada em Cruz Alta) para a nova localidade de Ijuí.
Notícia publicada pelo jornal “Die Serra-Post” de 7 de setembro de 1917, que relatava seu falecimento, destaca que Francisco Berenhäuser renunciou ao cargo de ser o primeiro presidente do Conselho Municipal de Ijuí ao final do primeiro mandato, em razão de sua avançada idade. (Lembrando ainda que tal cargo era exercido de forma voluntária). Destaca-se também que a obra que o perpetuou entre comunidade ijuiense foi a implantação da praça central, hoje conhecida como Praça da República. 
Reprodução da foto da Coleção Família Beck, que faz parte do acervo do MADP. Ela mostra a Praça da república em primeiro plano, com os plátanos,  plantados por Francisco Berenhaüser, em crescimento. Da esquerda para a direita: Na esquina da Praça o prédio do jornal Correio Serrano, o Cinema Serrano, a Igreja da Natividade com a Casa Paroquial (onde mais tarde foi construído o "Salão do São Luiz" e que também não existe mais). Ao fundo em direção onde se encontra o Hotel Vera Cruz e a rua Ernesto Alves mais algumas casas.
Em 1890, quando se iniciou o projeto da criação da “Colônia de Ijuhy”o engenheiro José Manoel da Siqueira Couto imediatamente escolheu e demarcou a atual área da Praça da República, coração do município de Ijuí. Entretanto, a área somente deixou de ser mato nativo/fechado após a emancipação da Colônia de Ijuí, em 1912. O novo município de Ijuí deixava de ser o 5º Distrito de Cruz Alta e passava a se estruturar administrativamente, politicamente e paisagisticamente. 
Como intendente do município estava Antônio Soares de Barros – o Cel. Dico, e na presidência do Conselho Municipal (Câmara de Vereadores) Francisco Berenhaüser. Foi ele quem mandou lavrar a terra, arrancar os tocos das árvores, abrir caminhos e plantar mudas de árvores, especialmente cinamomos e plátanos, e implantar jardins de flores. Essa primeira etapa de obras de construção da Praça da República foi concluída no ano de 1913.
Outro ângulo da Praça da República a partir da lente do fotográfo Alfredo Beck. Esta foto que também faz parte do acervo do MADP, mostra os plátanos já crescidos cobrindo parcialmente a visão da Igreja da Natividade. Em 1982, registramos no "Guia Biográfico das Ruas de Ijuí", de que um desses plátanos ainda existia entre as arquibancadas do Anfiteatro e os abrigos de táxi, próximo a entrada para a pracinha de crianças. Atualmente, não sabemos se essa árvore ainda existe.
 A notícia publicada no jornal “Die Serra Post” dizia que “...nossa praça não encontra similar em toda a Serra e mesmo nas localidades mais antigas não se encontra semelhante parque”. E acrescenta: “Vigiava a Praça com tocante dedicação e já ao romper da aurora sempre era visto lá. Nada irritava tanto o idoso cidadão, do que constatar que mãos insensíveis e brutais haviam causado algum dano às mudas plantadas”.
Uma imagem da beleza atual da Praça da República de Ijuí, sempre muito bem cuidada pelos administradores do município - um verdadeiro cartão postal, com muita sombra, bancos e gente bonita circulando.
 Por volta de 1910, Francisco Berenhäuser e sua família fixaram residência na rua do Comércio, ao lado do Cinema América. Ali construíram um bonito prédio de alvenaria existente até os dias de hoje, e que posteriormente foi residência do contabilista e Agente da Varig sr.  Wandoaldo Vieira Kopf, descendente direto de Henrique Kopf, primeiro comerciante da Colônia de Ijuhy.

Fontes:
- ÁVILA, Luis Carlos. Guia Biográfico das Ruas de Ijuí, 1982.
- BINDÉ, Ademar Campos. A Praça da República de Antigamente. Artigo publicado no jornal “O Repórter”, edição do dia 07/07/2010, p. 11.
- BINDÉ, Ademar Campos; BINDÉ, Carlos José Rupp. O Poder Legislativo em Ijuí. Disponível em: < http://www.camaraijui.com.br/historico_camara.pdf> .
- Jornal Correio Serrano – Edição do dia 19/10/1986.
- Fotos: Reprodução do acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí, publicadas no Jornal “O Repórter”, op.cit. E de autoria própria.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Estações ferroviárias de Ijuí - parte II

A Estação Ferroviária  de Ijuí por volta do ano 2000. Foto do livro Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, IPHAE, p. 236
Ainda dentro do contexto da construção e funcionamento da Estação Ferroviária de Ijuí encontramos uma ampla e excelente pesquisa realizada pelo sr. Ralph Mennucci Giesbrect, residente em Santa de Parnaíba, SP, publicada em seu blog denominado “Estações Ferroviárias do Brasil”. Disponível em: http://www.estacoesferroviarias.com.br/rs_marcelino-stamaria/ijui.htm>. Reproduzimos também algumas fotos que encontramos no referido site.
A estação em 1996 com o vagão à frente. Foto de Alfredo Rodrigues
 Quem tem interesse e gosta deste assunto esse site é certamente uma referência especial na área. Trás valiosas contribuições de centenas de estações ferroviárias existentes no Brasil. Inclusive no início do blog tem uma ferramenta na forma do “ABC” que ajuda o leitor/pesquisador achar a cidade/estação que lhe interessa.

Sobre a estação ferroviária de Ijuí ele trás as seguintes informações, entre outras:

HISTORICO DA LINHA: O ramal de Santo Ângelo foi construído pelo Batalhão Ferroviário, e, embora aprovado desde 1895, somente em 1911 foi entregue seu primeiro trecho ligando Cruz Alta, na linha Marcelino Ramos-Santa Maria a Ijuí.
Em 1915 chegou a Catuípe, depois a Santo Ângelo (1921), a Giruá (1928) e somente em 1940 atingiu sua extensão máxima, em Santa Rosa. 
Mapa da linha - ano de 1940
Era chamado de "Ramal de Ouro" por causa da grande quantidade de mercadorias que transportava. Trens de passageiros trafegaram pelo ramal certamente até os anos 1980, e o ramal hoje (2004) está concessionado à América Latina Logística - ALL.  

A ESTAÇÃO: "A colônia de Ijuí foi formada exclusivamente pelo território do mais tarde 5º Distrito de Cruz Alta e fundada oficialmente em 30 de maio de 1890 pelo engenheiro José Manoel da Siqueira Couto. Recebeu, em 19 de outubro do mesmo ano, a primeira leva de imigrantes europeus, encaminhados pelo Serviço de Terras e Colonização. É necessário considerar que muitos dos primeiros imigrantes não eram agricultores, o que dificultava a adaptação dos mesmos: 'em grande parte dos poloneses, os teuto-russos, os austríacos, os alemães e os suecos eram industriários que não possuíam a mínima idéia das lides agrícolas' (...) O despovoamento e a discórdia começaram a afetar a colônia recém-criada 'pois surgiu nesse meio tempo um novo flagelo, pior que todos os outros: a discórdia. Discórdia aberta, provocada em parte pela mais triste situação econômica que criava nervosismo e desarmonia em toda a colônia'. As lideranças políticas do município de Ijuí, mesmo sendo republicanas, procuraram não se envolver diretamente na Revolução, mesmo assim, pendengas e rixas entre chimangos e maragatos foram constantes. 
Estação de Ijuí, em 1934, com o trem de passageiros e à frente, carros de aluguel. Foto cedida por Wanderley Duck
Estudos demonstram que, por volta de 1909, estas divergências se acentuaram fazendo com que Augusto Pestana, líder político da colônia, convocasse os lados envolvidos para uma reunião, que se realizou à sombra de duas frondosas figueiras que existiam no alto da Coxilha Sudeste da Vila Ijuhy. Nesta ocasião, Pestana conclamou a todos para a união, para o desenvolvimento e progresso da região. Em 1917, o intendente Antônio Soares de Barros, recordando da reunião realizada no alto da coxilha, batizou o lugar com o nome de 'Alto da União" (http://br.monografias.com /trabalhos915/capital-social-padroes).
A estação ferroviária de Ijuí somente foi inaugurada em 1911. Até pelo menos 1981 ainda são reportados trens de passageiros até a estação. 
Festa da inauguração da Estação Ferroviária de Ijuí, em 1911. Reprodução de foto que se encontra nos arquivos do Museu Antropológico Diretor Pestana

 "Nessa linha para Santo Angelo, no ramal Cruz Alta/Santa Rosa, os trens estão indo somente até Ijuí, não chegando mais a Santo Angelo. Mas os trilhos ainda permanecem. Estive há uns 40 dias em Giruá, entre S. Angelo e Sta. Rosa, e passei sobre a linha, mais ou menos limpa, mas bastante enferrujada. Nessa região de alta produção agrícola, a ALL está trabalhando na base das parcerias. Em Julio  de Castilhos, Tupanciretã, Cruz Alta, foram construidos pelos "parceiros", terminais, com linhas e ramais próprios, depósitos, silos, equipamento para carga, etc...etc.... Quanto ao problema do trigo, eu não sei como está. E talvez, o trecho que vi sem trilhos, possa estar em obras, melhorias, etc.... e não erradicado definitivamente. O trigo é algo difícil, um ano dá, depois passa 3 ou 4 sem dar nada... é mais barato comprar da Argentina do que produzir aqui. Para Ijui, seguem principalmente combustíveis. Há um terminal de razoavel tamanho por lá. Se conseguir, proxima vez fotografarei. Os vagões sobem por Santa Maria", não vêm de Passo Fundo e da Ferrovia do Trigo, atualmente. (Milton Amaral, 03/2008).
(Fontes: Alfredo Rodrigues; Wanderley Duck; Milton Amaral; http://br.monografias.com; IPHAE: Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, 2002; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1940-1981; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)

ESTAÇÃO DO ALTO DA UNIÃO: 
Na imagem acima tirada do Google Maps, na qual aparece o Distrito de Alto da União. Mesmo que Ralph nunca tenha estado lá ele observou em seus estudos a linha de trem cruzando o Distrito no centro da fotografia. Por hora não temos nenhuma imagem da Estação que lá existia, apesar de existir documentos que provam  e falam de sua existência. Caso algum dos amigos visitantes do Blog tiverem alguma informação ou imagem dessa "velha"estação favor nos mandar.

Imagem encontrada na internet (http://www.flickr.com/photos/lujoao/) e que mostra uma passagem de rua/estrada sobre os trilhos no Distrito de Alto da União
A estação de Alto da União, no entanto, não tem data de inauguração conhecida por mim. Já existia no ano de 1932, de acordo com o Guia Levi.
A Fazenda São José está localizada a 15 km do centro da cidade e tem acesso pela RS-342, no Distrito de Alto da União. Oferece 290 hectares de área verde junto à natureza num local com mata nativa. Atualmente a maior parte de suas terras são ocupadas com algumas culturas como soja e trigo, com apenas uma parte restante utilizada para o gado. Há algum tempo atrás, servia como Hotel-fazenda, disponibilizando muitas atividades diferentes. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Iju%C3%AD>. Fonte da foto: institutocidadeviva.org.br
A fazenda mais conhecida do Distrito de Alto da União é a Fazenda São José, possivelmente uma das razões para a existência da antiga estação.
Nada encontrei se reportantdo à estação, com exceção de sua presença como ponto de parada em guias ferroviários. Se não era uma parada simples, tipo estribo, teria de ter um prédio, o quel, se existiu, parece não mais estar de pé, visto a falta de qualquer referência a ele em notícias recentes do bairro.

ESTAÇÃO MAQUINISTA SCALABRINI - ou DO ITAÍ?:
Inicialmente era chamada de “Quilômetro 35” e depois “Desvio Scarpellini”. Não consegui a data de inauguração da estação cujo nome definitivo foi “Maquinista Scalabrini”, homenagem a José Scalabrini (1882-1918), morto no desastre de um trem na linha Cacequi-Uruguaiana. Não era ele, também, da região de Ijuí? Em 1938 a estação já aparece no Guia Levi; em 1936, ainda não. Era uma PE (parada), de acordo com o Guia Geral de 1960. Não tenho nenhuma notícia de sua situação atual.
(Fontes: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1940-1981; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht). 

ESTAÇÃO DO ITAÍ:
Ponte de Ferro no Distrito do Itaí sobre o rio Ijuí. Foto disponível no site do jornal HoraH: <http://www.horahijui.com.br/imagens_galeria.html).
          O pesquisador e historiador Ralph Mennucci Giesbrecht não trás nenhuma informação sobre a Estação existente no Distrito do Itaí. Mas, o importante é que ele cita sua existência. O que encontramos em nossa pesquisa na internet, no momento, foram duas imagens da histórica "ponte de ferro" ainda existente sobre o rio Ijuí. 
Outro visual da Ponte de Ferro no Itaí sobre o rio Ijuí. Foto do Jornal HoraH disponível em: http://www.horahijui.com.br/banco_imagens/ponte_de_ferro
       Ela continua em plena atividade, pois sobre ela passam muitos vagões e locomotivas com cargas principalmente de combustível e cereais. As fotos que publicamos são de autoria do Jornal HoraH de Ijuí e estão disponível em seu site: http://www.horahijui.com.br/imagens_galeria.html
Também encontramos na interner (http://www.flickr.com/photos/lujoao/) essa imagem onde aparece uma moça andando sobre os trilhos existente no Itaí

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O trem chegou em 1911 e a cidade de Ijuí nunca mais foi a mesma! - Parte I

  
A foto de 11 de outubro de 1911 mostra a festa de inauguração da via férrea e da Estação Ferroviária de Ijuhy, como se escrevia à época. Foto: Coleção Beck - Museu Antropológico Diretor Pestana. Fonte. Portal Ijuhy.com
     Neste ano em que estaremos comemorando o Centenário da construção da Estrada de Ferro ligando a cidade de Ijuí ao resto do mundo, em 1912, queremos reproduzir aqui diversos artigos, reportagens e publicar fotos que lembram e registram este grandioso acontecimento, o qual foi um dos fatores determinantes que contribuiram na elevação da então Colônia de Ijuhy a condição de Vila e município de Ijuí, deixando de ser apenas o 5o. Distrito do município de Cruz Alta. 
Reprodução da foto de Daiane Kowaleski publicada no "Portal Ijuhy.com"

      Nesta perspectiva, queremos registrar aqui que o Portal Ijuhy.com fez no dia 20 de março de 2010 uma excelente reportagem com a jovem ijuiense Daiane Kowaleski Miranda, de 20 anos,  que estuda há um ano as ferrovias no Estado do Rio Grande do Sul. Ela faz parte do Centro Gaúcho de Estudos de Preservação Ferroviária e da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.
Na época ela estava pesquisando/construíndo uma linha do tempo com a história das ferrovias. Para isso ela fez diversas visitas ao Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí  e está em busca dos antigos ferroviários. 
Histórica foto registrada pelas lentes do fotografo Alfredo Beck (integrante da Coleção Beck  do Museu Antropológico Diretor Pestana de Iju). Interessante observar ainda que ao fundo da foto aparece a cidade de Ijuí nos seus primeiros anos de vida como município.

Reproduzimos aqui o resumo da linha do tempo publicado no "Portal Ijuhy.com" e que Daiane desenvolveu:

       "No dia 29 de julho de 1920, o governo da união passou para o estado do Rio Grande do Sul a administração das ferrovias localizadas no seu território, o mesmo acontecendo no restante do país. Neste ano, foi criada a Viação Férrea do Rio Grande do Sul (VFRGS).
        Houve um aumento de ramais nas ferrovias gaúchas que passaram de 2.300km para 3650km. Em média trafegavam cerca de 70 transportes de passageiros no Rio Grande do Sul diariamente.
        Em 30 de setembro de 1957, surgiu a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) em conseqüência da decadência das “estradas de ferro” existentes no Brasil. As 42 ferrovias que existiam foram incorporadas à nova rede ferroviária num sistema de regionais, resumidas em 18.
        Mas, não resistindo à concorrência das rodovias, em 1977, a Rede Ferroviária Federal foi desestatizada, sendo criados seis sistemas regionais. Porém, em 5 de dezembro de 1999, a RFFSA foi extinta, sendo criada a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que ainda hoje é o órgão que fiscaliza e controla o que sobrou do transporte ferroviário no país.
         Em 1997, a Ferrovia Sul Atlântico ganhou o processo de concessão da ferrovia, e passou a operar a malha Sul, formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mais tarde, em 2000, a FSA mudou sua razão social para ALL, e aumentou significativamente sua malha ferroviária, estando em operação até os dias de hoje.
         O ramal de Santo Ângelo foi construído pelo Batalhão Ferroviário, e, embora aprovado desde 1895, somente em 1911 foi entregue seu primeiro trecho ligando Cruz Alta, na linha Marcelino Ramos-Santa Maria a Ijuí.
          Em 1915 chegou a Catuípe, depois a Santo Ângelo (1921), a Giruá (1928) e somente em 1940 chegou em Santa Rosa. Era chamado de "Ramal de Ouro" por causa da grande quantidade de mercadorias que transportava. Trens de passageiros trafegaram pelo ramal certamente até os anos 1980, e o ramal hoje está uso pela América Latina Logística (ALL).
          A estação ferroviária de Ijuí somente foi inaugurada em 11 de Outubro de 1911. Até pelo menos 1981 eram reportados trens de passageiros até a estação". Por sua importância histórica para Ijuí sugerimos a leitura completa da reportagem, a qual está disponível no seguinte endereço: <http://ijuhy.com/noticia-ler.php?id=11937>.
Nesta foto aparece a Estação Ferroviária de Ijuí quando estava sendo construída. Provavelmente está foto é do início de 1911, ou até de 1910, uma vez que a Estação somente foi inaugurada no dia 11 de outubro de 1912. E na foto acima, podemos ver que na ocasião festiva ela já estava pronta. Foto: Coleção Beck - Museu Antropológico Diretor Pestana.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Grandes e tradicionais carreatas dos Caixeiros-Viajantes de Ijuí

Compartilhando a colaboração de Paulo R. F. Mühlbach: Na foto aparece a tradicional carreata dos caixeiros-viajantes que se dava sempre em 1º de outubro, o dia do "Caixeiro-Viajante". Segundo Paulo a data dessa imagem provavelmente é do início dos anos 60, e que a caminhonete no primeiro plano era de seu querido pai, Oskar Mühlbach.

Pessoalmente lembro - agora -  que várias vezes e durante muitos anos, quando era pequeno, escutava de manhã, bem cedinho e ainda na cama, um  espocar de foguetes "meio fora de hora". Minha querida mãe sempre dizia, que deveria ser a tradicional "Carreata dos Viajantes". Na época não entendia bem o que era e o que faziam esses tais "Caixeiros-Viajantes". Assim ficava eu deitado imaginando quem seriam e o quem faziam... e muito admirado que todo ano - e regularmente - eles repetiam o acontecimento. 
Alguém mais também lembra deste importante acontecimento de união, alegria e de associativismo? Tem mais fotos, registros não só da "carreata", mas também um pouco mais da história, do serviços realizados pela "Sociedade dos Caixeiros-Viajantes de Ijuí". Manda para nós que iremos socializar nesse espaço.

Participantes do Jardim de Infância (Kindergarten) da Comunidade Evangélica de Ijuí, em 1951

Compartilhando a colaboração de Paulo R. F. Mühlbach: Na foto aparece a criançada do Jardim de Infância (Kindergarten) da Comunidade Evangélica de Ijuí, que deve datar o ano de 1951. Paulo se identifica como o “marinheiro” da segunda fila, ao lado da “Chuchi” Thorstenberg e de Germano Porcher. O marujo da primeira fila é seu irmão Henry. Os demais segundo Paulo  "ainda estão por aí!" O nosso desafio, agora, é ver se alguém mais reconhece a foto, alguma pessoa ali presente. Se assim for não deixe de entrar em contato conosco, e juntos vamos reconstruíndo está bela história e recordação de uma época - sem dúvida - muito importante e bonita da vida.

Família Eickhoff - Tradicional família pioneira na colonização e no crescimento de Ijuí...!


Grande família Eickhoff, da Linha 8 Leste - família tradicional na localidade e na história de Ijuí

Fonte: O Rio Grande em Revista. Editada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1928, p. 286.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CTG Clube Farroupilha - Pioneiro na defesa das tradições - parte I

Desfile em Ijuí por ocasião da festividade de 7 de setembro no ano de 1951

Capitão Laureano de Medeiros, França Noronha e seu filho Irany Noronha por ocasião da Festa do Milho em 1953. Na oportunidade ele fez a Guarda de Honra ao carro da Rainha da Festa.
 
Desfile tradicionalista no dia 7 de setembro de 1953.
Fonte: Texto publicado no "Guia Publicitário e Histórico de Ijuí e Panambi - 1955/56", organizado por Fraiem Cotliarenco Editora, de Porto Alegre, RS.

Para saber mais veja também:

domingo, 23 de janeiro de 2011

Igreja Assembléia de Deus em Ijuí - no ano de 1955/56

Prédio atual (2010) da Igreja Centro da Assembléia de Deus de Ijuí


Texto publicado no "Guia Publicitário e Histórico de Ijuí e Panambi - 1955/56", organizado por Fraiem Cotliarenco Editora, de Porto Alegre, RS.


A indústria e o Comércio na economia de Ijuí - em 1970

Reprodução do Jornal Correio Serrano do dia 19 de outubro de 1970