domingo, 6 de fevereiro de 2011

Construção da ponte sobre o rio Ijuí na cidade de Entre-Ijuí e Santo Ângelo

1. A magnífica ponte de rodagem sobre o rio Ijuí Grande, próxima a Vila (hoje cidade de Entre-Ijuí) foi construída pelo então governador do Estado Dr. Borges de Medeiros.
 2. Imagens da bela “Picada”e esplêndida estrada que conduz a aludida ponte.
3. Passagem no rio Ijuizinho, de balsa, caminho para a cidade de São Luiz Gonzaga.
Na foto acima é possível observar a ponte do Rio Ijuí em madeira e a estrada que dava acesso a mesma em 1922.
    No blog “Santo Ângelo em Fatos e Fotos” administrado por Darlan Marchi e Eunísia Inês Kilian, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude de Santo Ângelo trás um excelente registro histórico sobre a construção da ponte sobre o Rio Ijuí Grande que liga os municípios de  Santo Ângelo a Entre-Ijuís e às rodovias que dão acesso a demais localidades do estado.  Eis um extrato do texto lá disponível: (http://santoangeloemfatosefotos.blogspot.com/2010/03/ponte-sobre-o-rio-ijui.html):

Parece-nos impossível imaginar que um dia ela não estava naquele lugar e que a travessia se dava por balsa ou por dentro d’água. A primeira ponte foi de madeira, construída no inicio do século passado e teve uma enorme importância para o desenvolvimento da cidade. Clemente Sieverding, agrimensor alemão estabelecido na margem do Rio Ijuí Grande por volta de 1920, veterano da Primeira Guerra, foi quem projetou a ponte de madeira cuja foto é aqui veiculada. Seu filho Carlos, hoje com mais de 80 anos, felizmente lúcido, conhecido por SEU BUBI, ainda vive na mesma propriedade da família. Clemente não assinou a obra porque não era engenheiro diplomado. 
Em uma das mensagens apresentadas pelo intendente Coronel Braulio de Oliveira, ao Conselho Municipal de Santo Ângelo no ano de 1904 ele transcreve um documento do governo do estado no que se refere a construção da primeira ponte de madeira sobre o Rio Ijuí Grande. O relatório diz o seguinte:

“Por ordem do illustre dr. Parobé, digno secretario de obras publicas foi autorisado o diretor da Colônia Ijuhy, nosso amigo dr. Augusto Pestana, a mandar cortar a madeira e fazer transportal-a para o local da obra, para a ponte de rodagem que vae construir-se no passo geral sobre o Ijuhy Grande, seis kilometros distante da prospera villa de Santo Ângelo, em Missões.
Esta importante ponte, que tem 224 metros de secção de vasão, dois encontros, seis pillares de alvenaria e sete apoios sobre estacada, corresponde à uma vital necessidade para a viação fácil e rápida entre os municípios de Cruz Alta, Santo ângelo, São Luiz e Palmeira, feracíssimos na producção agricola e cujos campos apropriam-se admiravelmente a creação vaccum, cavallar e muar.
O nosso eminente chefe dr. Borges de Medeiros, cuja actividade profícua e creadora está voltada ao desenvolvimento material e moral do Rio Grande do Sul, como genuíno e acatado sucessor do inviolável extincto dr. Julio de Castilhos, promove incessantemente toda a sorte de melhoramentos para facilitar a vida e economica e industrial de nosso caro Estado.
O orgam republicano se regosija em registrar factos uteis que attestam a benemerencia da nossa administração e envia parabens aos conspícuos amigos general Firmino de Paula e coronel Bráulio Oliveira que tanto esforçaram-se para conseguir esse desideratum.
Brevemente daremos sobre esse mesmo assumpto uma noticia descriptiva da obra e a importancia total de seu orçamento".

O intendente termina o texto ressaltando que: “Felizmente começa a ser uma realidade o sonho dourado dos nossos antepassados!”.
 Um leitor do blog registra também que os srs. Pedro da Silva e João Ramanauskas, ambos nascidos na Ressaca do Faxinal, hoje pertencente a Entre-Ijuí, foram os responsáveis pela parte de solda da nova ponte (de concreto) que existe atualmente sobre o rio Ijuí. E, que pelo jeito trabalharam muito bem,  pois a ponte continua de pé até hoje.

AVista da atual ponte, inaugurada em 1952 com 228 metros de extensão, que liga hoje os municípios de Santo Ângelo e Entre-Ijuí. Foi construída pelo então governador do estado do RS Ernesto Dorneles. Nela há um constante trânsito de centenas de veículos leves e pesados. Serve de corredor de diversos municípios da região para outras localidades do interior e até para Capital do Estado e outros países (Argentina e Uruguai). Foto extraída da internet, e disponível em: http://picasaweb.google.com/lh/photo/gOQ3bhrGdj9fSqBm2g_Xfg
Um ângulo mais próximo da ponte sobre o rio Ijuí, na localidade de Entre-Ijuí. Imagem também retirada da internet, e foi vinculada a uma notícia (no dia 26/02/2010) sobre um grave acidente ocorrido na ponte, quando um carro caiu no rio. Usamos ela aqui apenas como ilustração para mostrar as estruturas da atual ponte de concreto que substituiu a velha ponte de madeira de 1922. Imagem disponível em: .
Para saber mais:

- Sobre a segurança e atual estado de conservação da ponte leia a entrevista publicada no jornal “A Tribuna” de Santo Ângelo, disponível em: .
- Histórico da cidade de Entre-Ijuí: .

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Um pouco mais da história do CTG Clube Farroupilha de Ijuí - parte II

Rua: Francisco Berenhauser, 666 - Bairro: Penha - Cidade: Ijuí/RS
Fundado em: 19/10/43 (o segundo CTG mais antigo do Estado e o 1º do município).
 
Lema: “Pelo Rio Grande Como Ele é”.

Diante da necessidade de preservar os costumes mais autênticos do gaúcho, nasciam em Ijuí as primeiras Manifestações Tradicionalistas do Estado.
Em 1908 os ijuienses presenciavam estas manifestações onde tinham o apoio de lideranças, como os militares da época. 
Capitão e tradicionalista Laureano de Medeiros - Foto do Acervo particular do historiador e jornalista Ademar  Campos Bindé. Publicada no Jornal "O Repórter", de Ijuí, edição 23/06/2010
 Em 1942 o povo sentiu a presença do movimento organizado com sua hierarquia, quando o Capitão Laureano de Medeiros e seus companheiros de fé enfrentando o bárbaro preconceito da “sociedade moderna”, criou-se, então o “ESQUADRAO FARROUPILHA”, com a finalidade de reunir a gauchada do campo e da cidade para uma prosa de mate, onde eram tratadas as lides que viessem a realizar.
Um dos primeiros desfiles tradicionalistas de Ijuí e do RS, organizado por Laureano de Medeiros, na década de 1940.
 Durante o desfile de 07 de setembro de 1943, o Capitão Laureano de Medeiros, empunhou a Bandeira Farrapa, proibida na época, desafiando a ditadura da “Era Vargas”, que queimava as bandeiras dos Estados como sinal de força de uma Unidade Nacional.
Placa na entrada da sede social do CTG Clube Farroupilha

Em 19 de outubro de 1943, a entidade foi oficialmente registrada tendo como seu 1º patrão o Sr. João Vargas de Souza, que permaneceu no cargo apenas por um mês, logo em seguida as rédeas foram conduzidas pelo Capitão Laureano de Medeiros. As reuniões eram realizadas no Clube Ijuí ou na Sociedade Ginástica, não havia sede própria.
Desfile tradicionalista de 1951
 Em 1956, foi realizado em Ijuí o 3º Congresso Tradicionalista Gaúcho,sediado na Sociedade Ginástica, sob o comando do Farroupilha, vieram delegações de vários países, da Argentina e Uruguai. Delegações estas, recebidas pela Entidade na Estação Férrea de Ijuí. Neste mesmo ano a Prefeitura doou, uma área de terra, através do Sr. Prefeito Lothar Friedrich, às margens do Rio Potiribu, onde hoje está localizado o Clube dos Apicultores. Sede que na época foi construída com costaneiras e capim, destruída em 1960, com um incêndio, destruindo vários documentos e objetos.
Outro desfile tradicionalista - ano de 1953
 Em 1957 um grupo de treze cavaleiros, intitulados “Piquete Farroupilha”, sob o comando do Capitão Laureano, saíram em cavalgada até a Capital do Estado, homenageando o Povo Gaúcho e a Imprensa. Participaram do desfile dia 20 de setembro, alguns jornais da época retrataram a façanha editando frases de incentivo como: “Piquete Farroupilha empolgou o Rio Grande”, “Piquete Farroupilha em São Leopoldo”, “Amanhã Regressará o Piquete Farroupilha”, “Recepção condigna ao Piquete Farroupilha”, entre outras.
No ano de 1958 , O Governador do Estado Sr. Ildo Meneguetti, convidou os integrantes do Piquete Farroupilha e sua Invernada Artística, para um evento no Clube Caça Tiro e Pesca de Canoas, onde foram homenageados pelos grandes feitos em prol do Rio Grande do Sul.
Em 1959 o Clube Farroupilha passou a chamar-se “Centro de Tradições Gaúchas Clube Farroupilha”, fato este, que repartiu opiniões e causou discussões entre alguns tradicionalistas que não queriam perder o nome símbolo para o RS e que tantos exemplos de Civismo deu ao Estado.
A segunda sede foi inaugurada no ano de 1967, pelo Patrão José Fagundes de Mello, localizada no seu atual endereço, isto é, na rua Francisco Berenhauser, 666. Bairro da Penha.

 Em setembro de 1982, houve o lançamento da Pedra Fundamental para a construção da nova sede. Esteve presente na festividade, o Governador do Estado Sr. Amaral de Souza, entre outras autoridades. 
 A terceira e atual sede, foi iniciada pelo Patrão Aldo do Patrocínio Azambuja e finalizada pelo Patrão Breno Weber no ano de 1990.
 
 O CTG Clube Farroupilha sempre se destacou nas atividades e competições Artísticas, Culturais, Campeiras e Bocha, Municipal de Estadual; conquistou títulos de 1ª Prenda Estadual em 1985, com Angélica Rosecler da Silva; em 1990 com Patrícia Oliveski, e 3ª Prenda Juvenil do Estado com Tassiana Baldissera; em 1997 Miriam Almeida trouxe o título de 2ª Prenda do RS; em 2002 Lais Gasparoto Jalil presenteou o Farroupilha com o título de 2ª Prenda Juvenil do Estado; em junho de 2003 a prendinha Geovana Jakuski Gelatti conquistou o título de 3ª Prenda Mirim do RS; em 2004 Juliana Gelatti 2ª prenda juvenil da 9ª RT.

Foram Patrões deste Centro de Tradições: João Vargas de Souza, Laureano de Medeiros, Leopoldo Pauli, Pelópidas Glasherster, Artêmio Corso, João Arbo Bindé, José Fagundes de Mello, Ananias Rodrigues de Bairros, José dos Santos B. Vidal, Aldo do Patrocínio Azambuja, Edegar A Weber, Vitor Apolinários L. de Oliveira, Rui Straglioto, Enio Moraes Fernandes, Felipe Smoco, Nilo R. Leal da Silva, Walter E. Bandeira, Osvino Nonnenmacher, Jorge Amaral de Oliveira, João Eclair Amaral. Atualmente: Jorge Amaral.


- Veja também:

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A equipe do Força e Luz - em 1955 - O futebol amador de Ijuí em destaque!

Infelizmente o time do "Força e Luz" não existe mais
 


Texto publicado no "Guia Publicitário e Histórico de Ijuí e Panambi - 1955/56", organizado por Fraiem Cotliarenco Editora, de Porto Alegre, RS.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

27º GAC de Ijuí completou 68 anos - Conheça aqui um pouco de sua história!

Portão de entrada do 27º GAC de Ijuí
 No dia 03 de fevereiro de 2011, quinta-feira,  o 27º GAC (Grupo de Artilharia de Campanha Monte Caseros) sediado em Ijuí completou 68 anos de sua instalação em nossa cidade. O Quartel localizado no final da rua Marechal Mallet tem no comando o Tenente Coronel Carlos Rocha Tomás.
Comandante da Artilharia Divisionária da 3ª Divisão de Exército, General-de-Brigada José Caixeta Ribeiro, Tenente Coronel Marcos José de Andrade e o novo Comandante Tenente Coronel Carlos Rocha Thomaz, na passagem do comando do 27º GAC. Fonte: Portal Ijuhy.Com: http://www.ijuhy.com/noticia-ler.php?id=26174
 Para marcar a data ocorreu durante a manhã uma solenidade festiva, com desfile e formatura da tropa, com a presença do Comando do 27º GAC, autoridades e demais convidados. Ao meio-dia houve um almoço festivo do qual participaram também militares da reserva.

"Esta foto foi feita durante uma manobra no inverno de 1975...
Como podem ver estava chovendo e fazia muito frio, tanto que os soldados das pontas estão enrolados em uma meia barraca. Foi durante esta manobra que ficamos 1 semana sem poder sair do campo, porque os caminhões que transportavam as peças de artilharia não podiam transitar pelas estradas de chão. Como o tempo não melhorou tivemos que transportar todo o acampamento e as peças de artilhria com tratores numa distancia de 12 Km de estrada de chão. Eu neste dia era o responsável pela pontaria do OBUS 105 e disparamos mais de 30 projeteis em um carro velho que estava a 8 Km de distância. Não me lembro se acertamos o carro"
Foto e texto encontrado e extraído da internet, que mostra soldados do 27o. em manobra e treinamento. Usamos aqui apenas como ilustração e homenagem ao aniversário desta Unidade Militar, com sede em Ijuí, RS. fonte: http://www.flickr.com/photos/gesing/26962218/

       Neste dia festivo aproveitamos para reproduzir em nosso blog um material histórico publicado  jornal Correio Serrano sobre a história e o trabalho do GAC no município de Ijuí.
O jornal, em sua edição de 5 de novembro de 1967, reproduz o primeiro ato de instalação da unidade militar em Ijuí, escrito em 1943 e assinado pelo então Ministro da Guerra do Brasil, General Eurico Gaspar Dutra, com o seguinte teor: 
General Eurico Gaspar Dutra - aqui como presidente do Brasil
 “... O Ministro da Guerra General Eurico Gaspar Dutra, dá efetivo ao II/4º RADC (Segundo Grupo  do Quarto Regimento de Artilharia de Divisão de Cavalaria) constituindo-se, inicialmente, 17 Oficiais, 3 Subtenentes, 31 Sargentos, 58 Cabos e 265 Soldados e sediando-o em Ijuí...”.
No edifício do Tiro de Guerra 337 (lateral ao Ruizinho) achava-se instalado o Comando do II/4º RADC em sua fase de instalação em Ijuí, no ano de 1943. Foto publicada no jornal Correio Serrano do dia 05/11/1967.
Para a instalação inicial do Grupo foram utilizados os prédios ocupados pelo Tiro de Guerra no 337 e a sede do Clube Comercial, ambos à rua Álvaro Chaves (próximo ao Ruizinho); uma antiga fábrica da Companhia dos Frigoríficos Nacionais Sul-Riograndenses, próximo à estação férrea e o antigo Colégio das Freiras, à Rua Benjamin Constant (na quadra onde hoje encontra-se construído o INSS). 

No antigo Colégio das freiras, à rua Benjamin Constant, já desocupado graças a construção do primeiro pavilhão do atual Colégio Sagrado Coração de Jesus, estava alojado parte do efetivo do II/4º RADC. Outros alojamentos provisórios foram a sede do então Clube Comercial (onde hoje se acha a Primeira Igreja Batista) e a antiga fábrica dos Frigoríficos Nacionais junto aos trilhos da Viação Férrea. Foto publicada no Jornal Correio Serrano do dia 05/11/1967.

A reportagem salienta que todos esses imóveis foram cedidos patrioticamente por seus proprietários e, pela municipalidade de Ijuí. O então Major Moacyr de Araújo Lopes (depois promovido a General de Divisão) foi o primeiro Comandante da Unidade, a quem coube a reunião do pessoal e do material que procediam de diversas regiões militares e, em particular, da Guarnição Federal de Santana do Livramento.
Outras informações históricas, o amigo(a) poderá ler diretamente no texto original da reportagem histórica:
Reprodução de página do jornal Correio Serrano do dia 05/11/1967. Obs. As fotos acima publicadas estavam junto a reportagem. Elas foram extraídas da formatação original apenas para ser melhor editadas e publicadas objetivando alcançar maior qualidade na imagem.
Para saber mais:
- Veja a reportagem fotográfica da troca de Comando do 27º GAC em que o Ten. Cel. Marcos despede-se e Ten. Cel. Carlos Thomas assume 27º GAC, no Portal Ijuhy.com: http://www.ijuhy.com/noticia-ler.php?id=26161

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Igreja Batista Salém de Ijuí - em 1955

Atual templo da Igreja Batista Salém de Ijuí, na esquina das rua 15 de novembro e Venâncio Ayres, próximo ao Corpo de Bombeiros
Texto publicado no "Guia Publicitário e Histórico de Ijuí e Panambi - 1955/56", organizado por Fraiem Cotliarenco Editora, de Porto Alegre, RS.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Município de Ijuí em 1928 - Segundo o Governo estadual do Rio Grande do Sul

Reprodução de páginas da Edição "O Rio Grande em Revista", editado pelo Governo do Estado


Famílias de imigrantes residentes no município de Ijuí - ano 1928



Uma amostra da economia do município de Ijuí no ano de 1928, através da reprodução de alguns anúncios da época


No anúncio acima: "Linha 19" é hoje o município de Ajuricaba, então pertencente a Ijuí
"Cadeado" é hoje o município de Augusto Pestana, que na época também fazia parte do município de Ijuí
Fonte: Reprodução da Capa encardenada da edição "O Rio Grande em Revista", ano de 1928, editada pelo Governo do Estado do RS

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os trilhos na passagem da rua do Comércio é sinal de progresso, alerta e algumas vezes de muito perigo. A imprensa ijuiense de tempo em tempo levanta o assunto - III


O Jornal da Manhã registra em manchete de capa mais um acidente na passagem dos trilhos da rua do Comércio e chama atenção das autoridades locais - e comunidade em geral - sobre a necessidade de se tomar uma providência objetivando minimizar os acidentes na via pública, e principalmente, perda de vidas humanas.
Legenda publicada sob a foto no JM: “Se na passagem de nível da rua do Comércio fosse colocada uma cancela quando o problema foi levantado pelo Jornal da Manhã meses atrás, o violento acidente ocorrido ontem a tarde não teria acontecido. É correto que cancela causa engarrafamento e longas esperas. Porém, espera nunca matou ninguém e falta de preocupação sim. Felizmente, a única vítima mortal do acidente de ontem foi o animal que tracionava a jardineira". Edição do dia16/10/1973.
Edição do jornal Correio Serrano, dia 19 de outubro de 1982.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Abertura dos Jogos Estaduais da CNEC em Ijuí - no ano de 1973

Jornal da Manhã do dia 14/07/1973 registra em manchete abertura dos Jogos Estaduais da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - CNEC.

A solenidade aconteceu no dia 13/07/1973, sexta-feira a noite, na Praça da República

Casa onde morava Francisco Berenhaüser - Primeiro presidente do Conselho Municipal de Ijuí - (Câmara de Vereadores) - em 1912


FRANCISCO BERENHAÜSER > Era natural de Ehrenbretstein, localidade situada junto ao rio Reno, na Alemanha, onde nasceu no dia 7 de agosto de 1842. Aos 20 anos migrou para o Brasil, indo residir inicialmente no estado de Santa Catarina.
Residiu ainda em Montevidéu e na cidade de Carmelo, situada ao noroeste de Colônia do Sacramento, ambas localizadas no Uruguai. Voltou ao Brasil, residindo inicialmente em São Gabriel e, posteriormente, em Cruz Alta, onde exerceu sua primitiva profissão de alfaiate. Ao mesmo tempo abriu uma casa comercial e ao longo dos anos agregou atividades com uma cervejaria, uma olaria e uma transportadora, que utilizava carretas para o transporte de mercadorias entre Cruz Alta e Santa Maria.
O espírito empreendedor fez com que vislumbrasse novas oportunidades na recém fundada “Colônia de Ijuhy”, em 1890, onde instalou uma filial de sua casa comercial, que funcionou por longos anos na rua Benjamin Constant, próximo ao INSS, ao lado do edifício Novo Hamburgo. Dois anos depois decidiu transferir a matriz da empresa (que estava localizada em Cruz Alta) para a nova localidade de Ijuí.
Notícia publicada pelo jornal “Die Serra-Post” de 7 de setembro de 1917, que relatava seu falecimento, destaca que Francisco Berenhäuser renunciou ao cargo de ser o primeiro presidente do Conselho Municipal de Ijuí ao final do primeiro mandato, em razão de sua avançada idade. (Lembrando ainda que tal cargo era exercido de forma voluntária). Destaca-se também que a obra que o perpetuou entre comunidade ijuiense foi a implantação da praça central, hoje conhecida como Praça da República. 
Reprodução da foto da Coleção Família Beck, que faz parte do acervo do MADP. Ela mostra a Praça da república em primeiro plano, com os plátanos,  plantados por Francisco Berenhaüser, em crescimento. Da esquerda para a direita: Na esquina da Praça o prédio do jornal Correio Serrano, o Cinema Serrano, a Igreja da Natividade com a Casa Paroquial (onde mais tarde foi construído o "Salão do São Luiz" e que também não existe mais). Ao fundo em direção onde se encontra o Hotel Vera Cruz e a rua Ernesto Alves mais algumas casas.
Em 1890, quando se iniciou o projeto da criação da “Colônia de Ijuhy”o engenheiro José Manoel da Siqueira Couto imediatamente escolheu e demarcou a atual área da Praça da República, coração do município de Ijuí. Entretanto, a área somente deixou de ser mato nativo/fechado após a emancipação da Colônia de Ijuí, em 1912. O novo município de Ijuí deixava de ser o 5º Distrito de Cruz Alta e passava a se estruturar administrativamente, politicamente e paisagisticamente. 
Como intendente do município estava Antônio Soares de Barros – o Cel. Dico, e na presidência do Conselho Municipal (Câmara de Vereadores) Francisco Berenhaüser. Foi ele quem mandou lavrar a terra, arrancar os tocos das árvores, abrir caminhos e plantar mudas de árvores, especialmente cinamomos e plátanos, e implantar jardins de flores. Essa primeira etapa de obras de construção da Praça da República foi concluída no ano de 1913.
Outro ângulo da Praça da República a partir da lente do fotográfo Alfredo Beck. Esta foto que também faz parte do acervo do MADP, mostra os plátanos já crescidos cobrindo parcialmente a visão da Igreja da Natividade. Em 1982, registramos no "Guia Biográfico das Ruas de Ijuí", de que um desses plátanos ainda existia entre as arquibancadas do Anfiteatro e os abrigos de táxi, próximo a entrada para a pracinha de crianças. Atualmente, não sabemos se essa árvore ainda existe.
 A notícia publicada no jornal “Die Serra Post” dizia que “...nossa praça não encontra similar em toda a Serra e mesmo nas localidades mais antigas não se encontra semelhante parque”. E acrescenta: “Vigiava a Praça com tocante dedicação e já ao romper da aurora sempre era visto lá. Nada irritava tanto o idoso cidadão, do que constatar que mãos insensíveis e brutais haviam causado algum dano às mudas plantadas”.
Uma imagem da beleza atual da Praça da República de Ijuí, sempre muito bem cuidada pelos administradores do município - um verdadeiro cartão postal, com muita sombra, bancos e gente bonita circulando.
 Por volta de 1910, Francisco Berenhäuser e sua família fixaram residência na rua do Comércio, ao lado do Cinema América. Ali construíram um bonito prédio de alvenaria existente até os dias de hoje, e que posteriormente foi residência do contabilista e Agente da Varig sr.  Wandoaldo Vieira Kopf, descendente direto de Henrique Kopf, primeiro comerciante da Colônia de Ijuhy.

Fontes:
- ÁVILA, Luis Carlos. Guia Biográfico das Ruas de Ijuí, 1982.
- BINDÉ, Ademar Campos. A Praça da República de Antigamente. Artigo publicado no jornal “O Repórter”, edição do dia 07/07/2010, p. 11.
- BINDÉ, Ademar Campos; BINDÉ, Carlos José Rupp. O Poder Legislativo em Ijuí. Disponível em: < http://www.camaraijui.com.br/historico_camara.pdf> .
- Jornal Correio Serrano – Edição do dia 19/10/1986.
- Fotos: Reprodução do acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí, publicadas no Jornal “O Repórter”, op.cit. E de autoria própria.