sábado, 25 de julho de 2015

O alemão Martin Fischer - grande históriador da cidade de Ijuí - (pressionado, espionado e perseguido pelo Nazismo) revela em entrevista publicada no livro "A 5a. Coluna no Brasil" o "Modus operandi" da GESTAPO/Nazismo na América Latina, no Brasil, RS, e até mesmo na região colonial de Ijuí...



    Gestapo é o acrónimo em alemão de Geheime Staatspolizei, significando "polícia secreta do Estado".
      Sob a administração geral da SS (Schutzstaffel, em português "Tropa de Proteção"), era supervisada pela RSHA (Reichssicherheitshauptamt, em português Escritório Central de Segurança do Reich) e considerada uma organização dual da Sicherheitsdienst e até 1939 uma parte da Sicherheitspolizei. Reinhard Heydrich foi o principal chefe de operações, sendo substituído por Heinrich Müller após o atentado contra a vida de Heydrich.

 História
      A Gestapo foi criada em 26 de abril de 1933, na Prússia, a partir da Polícia Secreta Prussiana. No início, era apenas um ramo da polícia prussiana, conhecida como "Departamento 1A da Policial do Estado Prussiano".
     Seu primeiro comandante foi Rudolf Diels, que recrutou membros de departamentos policiais profissionais e fez com que ela funcionasse como uma Polícia federal, semelhante ao FBI dos Estados Unidos.
     O papel da Gestapo como polícia política só foi estabelecido quando Hermann Göring foi designado para suceder Diels como comandante, 1934. O termo Gestapo vem da abreviação de Geheime Staatspolizei (Polícia secreta do Estado) e levou o governo nazista a expandir sua força para além da Prússia, para toda a Alemanha. Só não teve sucesso na Baviera, onde Heinrich Himmler, chefe da SS, era o presidente de polícia e usava as forças locais da SS como polícia política.
     Em abril de 1934, Goering e Himmler concordaram em colocar de lado as diferenças e, principalmente por um ódio combinado às Sturmabteilung, Göring aceitou colocar o comando da Gestapo sob a autoridade das SS. Naquele ponto, a Gestapo foi combinada com a Sicherheitspolizei e considerada uma organização irmã da Sicherheitsdienst ou SD.

 Época nazista
      A Gestapo era a garantia do completo domínio da população pelo Partido nazista.
Ela foi a polícia política da Alemanha nazi; criada em 26 de abril de 1933 por Hermann Göring e reorganizada em 1936 por Reinhard Heydrich, passou sob o controle de Heinrich Himmler em 1934.
Esta polícia funcionava sem tribunal, decidindo ela mesma as sanções que deviam ser aplicadas. Tornou-se célebre primeiramente na Alemanha, e depois em toda a Europa ocupada, pelo terror implacável de seus métodos. A Gestapo representou o arbítrio e o horror das forças nazistas. A sua sede ficava na rua Prinz-Albrechtstrasse, em Berlim - onde há um museu sobre a sua história.
     Um dos métodos de actuação de seus membros era disfarçando-se de operários e indo "trabalhar" nas fábricas; lá, eles aguçavam os outros operários para uma revolta contra o governo, a polícia secreta passava uma lista onde os operários que estavam a favor assinavam seus nomes. Durante a noite os operários que assinavam a lista recebiam uma visita de alguns policiais fardados e com um botton de um crânio e uma águia de ferro no quepe. No dia seguinte o operário era substituído por outro, pois ninguém mais o via. O bótom em forma de crânio é a caveira símbolo das SS, ou "totenkopf", em alemão. Foi inspirada no emblema de guardas prussianos do século XVIII.
     A Gestapo também era famosa pelo jogo de "gato e rato" que fazia com todos aqueles que julgava suspeitos. Em outras palavras, jamais prendia alguém imediatamente; mas estimulava suas supostas atitudes subversivas, para pegar não somente um suspeito mas, se possível, todos aqueles que com ele tivessem ligação.

Um centro de torturas
     Um capítulo à parte deve ser reservado aos métodos de prisão, interrogatório e tortura da Gestapo. Todo preso pela polícia secreta nazista podia esperar as formas mais selvagens de suplícios, com tal de arrancar-lhe qualquer informação ou delação que viesse a ser útil.
    O nº 8 da Prinz Albrecht Straße tornou-se conhecido como um centro de torturas ou “técnicas de interrogatório”, segundo os agentes da Gestapo, relatando-se que pessoas que passavam pelo local ouviam gritos vindos do interior do prédio.
    Os métodos de interrogatório incluíam repetidos afogamentos de prisioneiros em uma banheira de água gelada; choques elétricos ligando os fios às mãos, pés, orelhas e genitália; esmagamento de testículos; levantamento do prisioneiro pelas mãos amarradas atrás das costas, causando a luxação do ombro (prática conhecida durante a Inquisição católica como o pêndulo); espancamentos com cassetetes de borracha ou chicotes e queimaduras com charutos ou ferro de soldar.

 A organização da Gestapo possuía os seguintes departamentos:

Departamento A (Inimigos)

  • Comunistas (A1);
  • Sabotadores (A2);
  • Reacionários e Liberais (A3);
  •  Assassinos (A4).

Departamento B (Seitas e Igrejas) 

  • Católicos (B1);
  • Protestantes (B2);
  • Testemunhas de Jeová, Franco-maçons e outros (B3);
  • Judeus (B4);
  • Negros (B5).

Departamento C (Administração e Negócios internos)

  • Opositores do regime (C1);
  • Igrejas e seitas (C2);
  • Negócios do Partido (C3);
  • Territórios ocidentais (C4);
  • Contra-espionagem (C5);
  • Estrangeiros (C6).

Departamento D (Territórios ocupados)

  • Na Alemanha (D1);
  • Nas unidades de polícia (D2);
  • No oeste (D3);
  • Na Escandinávia (D4);
  • No Leste (D5);
  • No Sul(D6).

Departamento E (Contraespionagem).

(Fonte: Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gestapo).

Um pouco sobre a biografia e vida de Martin  Fischer, grande historiador e pesquisador da história de Ijuí. Fundador e diretor do Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí.
Ele foi perseguido, pressionado e ameaçado pela GESTAPO...


O jornalista e historiador Martin Robert Richard Fischer, nascido em Konigsberg, capital da Prússia Oriental, no dia 10 de fevereiro de 1887, viveu os primeiros anos de sua vida na Alemanha onde experimentou as crueldades da 1a. Guerra Mundial.      Como capitão, lutou no “front” russo em 1914-1918, ferindo-se quase que mortalmente, sob as ordens diretas do kaiser Guilherme II. Foi condecorado com a Cruz de Ferro (Eisernes Kreuz) por serviços prestados ao governo da Alemanha.

Segundo pesquisas e artigo da historiadora Márcia Krug, publicado no Blog "IJUÍ - MEMÓRIA VIRTUAL" (disponível em: http://ijuisuahistoriaesuagente.blogspot.com.br/2012/08/serie-dr-martin-fischer-03-sobrevivente.html): "Martin Fischer chegou pela primeira vez ao Brasil em 28 de fevereiro de 1921, para trabalhar como redator-chefe do jornal alemão “Deustsche Post,” de São Leopoldo, pertencente à firma de Wilhelm Rotermund, criador do Sínodo Rio Grandense, que congregou a maioria dos luteranos gaúchos e tinha estreita relação com a Igreja Evangélica Alemã.
 Com as divergências entre os luteranos e católicos travadas através de artigos dos jornais, mais as questões políticas da época, o “Deustsche Post” sofreu vários atentados. Mas o de 28 de janeiro de 1928, foi o mais grave, aonde se deu o empastelamento do jornal.   Após este triste episódio, Dr. Martin Fischer volta para a Alemanha e segue  trabalhando  como gerente na Agência Oficiossa do Governo em Berlim (WTB) e DNB ao qual dominavam  as comunicações na Alemanha".

Em 1933, Martin Fischer deixa definitivamente a Alemanha. Depois de uma breve permanência no Brasil, foi morar em Buenos Aires, Argentina, assumindo a direção do escritório da Agência de Notícias Alemã (D.N.B), cargo que abandonou em 1937, por divergir do nazismo e seus líderes.

Márcia continua em seu artigo: "... Com a ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, houve a pressão para que Dr. Martin Fischer, então na Argentina, fizesse o juramento ao nazismo. Ato impraticável por este homem, que acreditava em valores e ideais de liberdade e conhecimento que já tinham sublimado em sua alma. Como poderia ele trair suas crenças?

Restava então, redigir a sua carta de demissão e vir embora para o Brasil. Podemos encontrar a cópia desta carta, como também a resposta dela feita pelo partido nazista, nas páginas do livro do Tenente Coronel Aurélio da Silva Py, então chefe da polícia do Rio Grande do Sul com o título de “A quinta coluna - A conspiração Nazista no Rio Grande do Sul”. Nesta publicação Py torna público todas as declarações feitas pelo Dr. Martin Fischer sobre o nazismo e a atuação da Gestapo na Argentina, selando assim a sua impossibilidade de retorno para a Alemanha.
       Segundo a Wikipédia a "Quinta-coluna" é uma expressão usada para se referir a grupos clandestinos que atuam, dentro de um país ou região prestes a entrar em guerra (ou já em guerra) com outro, ajudando o inimigo, espionando e fazendo propaganda subversiva, ou, no caso de uma guerra civil, atuando em prol da facção rival. Por extensão, o termo é usado para designar todo aquele que atua dentro de um grupo, praticando ação subversiva ou traiçoeira, em favor de um grupo rival.O quinta-colunismo não se dá no plano puramente militar mas também por meio da sabotagem ou da difusão de boatos, "atacando de dentro" ou procurando desmobilizar uma eventual reação à agressão externa. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta-coluna).

Diante de todo este contexto, Martin Fischer largou tudo e foi morar as margens do Rio Uruguai, na cidade de Iraí, no noroeste do Estado. Tentar a vida como agricultor, em uma pequena propriedade, plantando cana de açúcar. [...].
 Mesmo morando em Iraí a vida lhe trouxe muitas surpresas, algumas boas, como a inspiração para escrever o livro “Iraí, cidade saúde”.
Delegado Plínio Brasil Milano
 E outras que deixariam marcas profundas para o resto de sua existência, como [...] sua prisão pelo delegado de Iraí, que foi feita baseada em acusações fornecida por um antigo sócio (numa fábrica de aguardente) chamado Sr. Antonio Pauly. A acusação era de que ele pertencia a “Quinta coluna”,  e era um “espião nazista”. Entretanto, tal denúncia não foi longe. Ele imediatamente teve sua prisão anulada e sua liberdade concedida depois que o Delegado de Iraí recebeu um simples telefonema de Plínio Brasil Milano, então chefe da Delegacia de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul (DOPS/RS), treinado pelo FBI e que desmantelou a rede de espionagem no Rio Grande do Sul no inicio dos anos quarenta...".
Tempos depois, depois de encerrado todo esse processo no qual foi envolvido, ele juntamente com sua esposa Carlota, deixam de morar em Iraí para se mudar de vez para a cidade de Ijuí, onde assumiu a função de redator do jornal Correio Serrano e "Die Serra-Post", bem como também passou a colaborar com o programa "Hora Alemã" que era transmitido por muitos anos na Rádio Repórter de Ijuí. Nesse período conhece Mário Osório Marques, o ainda Frei Matias, que o convidou para organizar um Museu ligado a FAFI, que mais tarde irá se transformar no atual Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP de Ijuí, hoje com mais de 50 anos difundindo e preservando a história de Ijuí e região.

Conhecedor profundo da política alemã e antevendo os interesses egoísta e maléfico do nazismo o jornalista Dr.Martin Fischer revela o "Modus operandi" da GESTAPO na América Latina e no Brasil... e por extensão também na região colonial de Ijuí....

As fotos publicadas nesta postagem tem o objetivo de compartilhar algumas imagens publicadas no livro "A Quinta Coluna do Brasil", especial sobre a presença nazista no estado do Rio Grande do Sul.











































quinta-feira, 23 de julho de 2015

Planta do Jardim Municipal de Ijuí - junto a Prefeitura de Ijuí - em 1933, na administração de Antonio Soares de Barros - o Cel. Dico. Em, 1998, o local recebeu o nome de "Largo do Capitão Dunga"!


Em 1998, o Jardim Municipal (já bastante abandonado por várias décadas e administrações) foi reestruturado e urbanizado para ser transformada no "Largo do Capitão Dunga"....!

      Em reconhecimento ao "filho mais ilustre da terra", o Capitão Dunga - hoje técnico da Seleção Brasileira - ganhou em julho de 1998 da Administração Municipal de Ijuí (então prefeito Ortiz Iboti Schröer) uma Praça com seu nome, bem no centro da cidade de Ijuí, na rua Benjamin Constant. O "Largo do Capitão Dunga" está situado entre a antiga Prefeitura e a atual Prefeitura de Ijuí. É hoje uma grande atração turística da cidade de Ijuí.
 
 





terça-feira, 21 de julho de 2015

Para quem não viu, ou quer ver de novo, de forma inédita e exclusiva, veja o documentário EPOPÉIA IJUHY produzido pela TV Ijuí e reproduzido na TV Educativa do Rio Grande do Sul - parte II - última

Reprodução do programa Epopéia Ijuhy produzido pela TV Ijuí (http://tvijui.com) e reproduzido no Programa TVE Repórter, da TV Educativa do Rio Grande do Sul, (http://www.tve.com.br/) no dia 08/07/2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V0cQ_2FcngU 
     Ijuí é conhecido como “Terra das culturas diversificadas” por reunir diversas etnias, como: africanos, índios, portugueses, franceses, italianos, alemães, poloneses, austríacos, letos, holandeses, suecos, espanhóis, japoneses, russos, árabes, lituanos, ucranianos, entre outros. No documentário, descendentes dos primeiros imigrantes, das mais diversas nacionalidades, contam como foi a decisão de saída de seus países de origem e a viagem para o Brasil. Este primeiro programa aborda o descolamento até o Brasil, o trajeto até a cidade, a formação da colônia, a fé e a Ijuí de antigamente.
Produção, edição e finalização: Alexandre Menezes
Textos e revisão: Gherusa Cassol
Idealização, roteiro e direção: Chico Roloff
Participação especial: Integrantes da UETI, descendentes dos povos colonizadores de Ijuí.
Apoio: UETI, Museu Antropológico Diretor Pestana e EXPOIJUÍ-FENADI/2013.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Para quem não viu, ou quer ver de novo, de forma inédita e exclusiva, veja o documentário EPOPÉIA IJUHY produzido pela TV Ijuí e reproduzido na TV Educativa do Rio Grande do Sul - parte I

Reprodução do programa Epopéia Ijuhy produzido pela TV Ijuí (http://tvijui.com) e reproduzido no Programa TVE Repórter, da TV Educativa do Rio Grande do Sul, (http://www.tve.com.br/) no dia 08/07/2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wfC91rhatXg  
     Ijuí é conhecido como “Terra das culturas diversificadas” por reunir diversas etnias, como: africanos, índios, portugueses, franceses, italianos, alemães, poloneses, austríacos, letos, holandeses, suecos, espanhóis, japoneses, russos, árabes, lituanos, ucranianos, entre outros. No documentário, descendentes dos primeiros imigrantes, das mais diversas nacionalidades, contam como foi a decisão de saída de seus países de origem e a viagem para o Brasil. Este primeiro programa aborda o descolamento até o Brasil, o trajeto até a cidade, a formação da colônia, a fé e a Ijuí de antigamente.
Produção, edição e finalização: Alexandre Menezes
Textos e revisão: Gherusa Cassol
Idealização, roteiro e direção: Chico Roloff
Participação especial: Integrantes da UETI, descendentes dos povos colonizadores de Ijuí.
Apoio: UETI, Museu Antropológico Diretor Pestana e EXPOIJUÍ-FENADI/2013.