Casa de Cultura Árabe de Ijuí
Através da remissão dos costumes
e tradições em diversas explanações características, culminou a fundação do
Centro de Cultura Árabe em 14 de janeiro de 1989. E data de 20 de junho de 1990
a inauguração de sua casa típica. Hayat, fundado em 15 de Julho de 1996,
significa "Vida", apresenta em seu repertório a tradicional dança do
ventre com destaque para a sensualidade e beleza, em movimentos cadenciados das
bailarinas, nas danças folclóricas a força e a maestria dos passos fortemente
marcados pelos bailarinos se destaca.
Histórico
A cidade universitária de Ijuí, no ano de
1987, agregou de braços abertos a
sua cultura um
significativo movimento, cuja
finalidade principal era reunir, em
uma única festa,
as diferentes etnias que formaram e consolidaram suas bases
sociais. Esta busca pela integração destes variados povos, através da remissão
dos costumes e tradições em diversas explanações características, culminou na
Festa Nacional das Culturas Diversificadas, a Fenadi, que hoje representa uma
das festas da América Latina.
Por estímulo desta feira,
famílias de imigrantes árabes – libaneses e palestinos lançaram no ar suas
aspirações e seus desejos de verem organizados em um só, suas músicas, costumes,
a gastronomia e a cultura de seus países de origem. Com isto, cresceu o
entusiasmo destes povos, que no dia 20 de junho de 1989 fundaram o Centro
Cultural Árabe, tendo como principais finalidades: a) cultivar, propagar e
preservar a história árabe, bem como incentivar o intercâmbio árabe com todas
as etnias; b) promover cursos e atividades cívicas que possam cultivar as
tradições árabes legadas pelos antepassados de seus associados.
Seus estatuto foram registrados
no Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Comarca de Ijuí no dia
20 de dezembro de 1989, no livro A-1, fls. 119vº, nº 241, antecedido de
publicação no Diário Oficial do Estado, edição de 28 de novembro de 1989, onde
constam como seus fundadores os seguintes: Ibrahim El Ammar, Samir El Ammar,
Miriam Grimm, Jommar Grimm, Margarida Yasin, Âmena Whays, Jamal Yasin, Mustafá
Yasin, Mounir Hatem, Wardy Kappel, Azize Ahmad, Nádia El Ammar, Sílvia Furian,
Malvina El Ammar, Tânia Deboni, André Yasin, Nawal Hatem, Maria Antonieta
Obara, José Obara, Renato El Ammar, Renée El Ammar, Yousef Ahmad, Mahmud Hatem
e Elizabete El Ammar.
Também foi obtido junto a
Secretaria da Receita Federal o registro no Cadastro Nacional das Pessoas
Jurídicas – CNPJ, em data de 27 de outubro de 1989.
Concretizada a organização do
Centro Cultural Árabe de Ijuí, os integrantes da etnia assumiram o desafio de
construir a sua casa típica para o ano do centenário da colonização do
município (1990).
O projeto, baseado na arquitetura
árabe, foi elaborado pelo engenheiro Carlos Whays, de Ijuí, e o lançamento da
pedra fundamental ocorreram em outubro de 1989. Logo começaram a ser
desenvolvidas atividades voltadas a levantar recursos para a concretização da
obra, como rifas, livro ouro e jantares.
Essas campanhas, realizadas tanto
em âmbito municipal como na região, foram exitosas, possibilitando que, em
curto prazo, a sede fosse concluída. Lindas janelas, vitrais, piso, pinturas,
quadros e cores consolidaram e fixaram definitivamente, no parque Wanderley
Augustinho Burmann, em 25 de junho de 1990 através da inauguração de sua casa
típica, que acabou por consumar toda a magia, o mistério e o encanto da
sincronia das linhas estruturais e demonstrativas que nos transportaram ao
mundo árabe, que pela decoração fielmente inspirada. Ao longo dos anos foram
feitas ampliações e melhorias, tanto internas quanto externas, tornando o local
cada vez mais acolhedor e ponto de integração da etnia árabe com a comunidade
local e regional.
A partir da integração ao
movimento étnico, a Casa de Cultura Árabe elegeu sua primeira diretoria no ano
1989, que ficou assim constituída: Presidente – Samir El Ammar,;
vice-presidente – Mustafá Rachid Jader Yasin; secretário – Ibharim El Ammar;
tesoureiro – Mounir Hussein Hatem.
Por não ter sido encontrado o
livro de atas com os registros das eleições posteriores, não foi possível
preceder datas dos mandatos das diretorias, nem mesmo os nomes. Por esse
motivo, nos valemos de alguns relatos para, poder deixar registrado para
história da etnia árabe.
Os irmãos Ibraim El Ammar e
Renato El Ammar exerceram a presidência em períodos distintos, assim como Jamal
Yasin (1990) e Ademir Mina (1995). Uma nova diretoria é constituída em 1997,
estava formada por: Presidente – Samir El Ammar; vice-presidente –Yousef Ahmad;
secretária – Amena Yasin Wayhs, Nasser Jalil e Ibrahim El Ammar (titulares) e
Hussein Hatem e Mustafá Yasin (suplentes); comissão de obras – Mounir Hatem,
Ibrahim El Ammar e Mahmud Ali; comissão de patrimônio – Ademir Mina, Renato El
Ammar e Mustafá Yasin; comissão sócio-cultural – Nawal Hatem e Hussein Hatem.
Em 1999 é constituída uma nova
diretoria composta por: presidente – Mounir Hatem; vice-presidente – Ibrahim El
Ammar; tesoureira – Amine Hatem; secretária – Maclóvia Ammar; conselho fiscal –
Naza Andary, Mustafá Rachid e Ademir Mina; departamento cultural – Nawal Hatem,
Hussein Hatem e Elizabete El Ammar.
Já no ano de 2000 a etnia árabe
ficou composta por uma nova diretoria sendo ela: Presidente – Mounir Hatem;
vice-presidente – Monzer Ammar; tesoureira – Amine Hatem; Secretária- Maclóvia
Ammar; conselho fiscal – Naza Andary e Mustafá Rachid; departamento cultural –
Hussein Hatem e Elizabete El Ammar.
Mounir Hatem ocupou o cargo de
presidente da etnia árabe no período de 2000 ao ano de 2004, sendo empossado novamente
no ano de 2005, ficando constituída a diretoria por: Presidente Mounir Hatem;
vice-presidente – Hussein Hatem; secretária – Amine Hatem; Cultural – Vantuir
Patrick Vione.
Em 2008 e 2009 a Casa árabe
estava sob a diretoria de: Presidente – Hussein Hatem; vice-presidente – Márcio
El Ammar Muller; tesoureira – Samantha Diniz Violin; secretária – Amine Hatem;
conselho fiscal – Mohamed Hatem, Silvia Furian El Ammar.
Amine e Hussein Hatem assumiram a
presidência da etnia árabe no período de 2010 e 2011.
Atual diretoria:
Atualmente, a Casa de Cultural
Árabe, é presidida por Renée El Amar, como vice-presidente Mustafá Rachid
Yassin, tesoureira – Azizeh Youssef Ahmad; secretaria – Amine Hatem; conselho
fiscal – Jeber El Ammar, Hussein Hatem e Samir El Ammar; diretor sócio-cultural
– Vantuir Patrick Vione. Esta diretoria permanecerá por dois anos.
O ambiente que é desenvolvido
pela Casa de Cultura Árabe reforça a idéia de que é preciso manter vivos em uma
sociedade os laços pátrios de todas as origens, que de uma forma ou outra
ajudaram na sua construção, com decisão, força e coragem.
Fonte: Texto extraído do site da Etnia Árabe, no site
da EXPOIJUI/FENADI 2012. Disponível em: http://www.expoijuifenadi.com.br/publicacao-188-expofenadi.fire
HAYAT 2010
A essência e pureza da alma através dos
movimentos da dança.
A exigência tradicionalista ainda
não estava totalmente saciada. Era preciso, então, homologar o folclore dos
países do Oriente Médio. Buscando isto, a Casa de Cultural Árabe fundou, a 15
de julho de 1996, o Grupo de Danças Hayat, que veio por integrar
definitivamente todos os laços culturais que ainda não haviam sido exaltados.
Revelando o magnetismo das danças
folclóricas árabes e toda a sensualidade feminina, o Grupo Hayat, que significa
vida, oferece um trabalho, que amalgama técnica, estilo, classe e beleza.
O grupo é hoje uns dos únicos do
estado que comporta a dança do ventre e danças folclóricas árabes, o
representante oriental de Ijuí começou, a tomar corpo em 1995, quando
representantes de outra etnia aceitaram gentilmente, a convite da casa de
cultura, atuarem em uma coreografia com movimentos tipicamente árabes. Surgiu
aí o embrião deste singular grupo Hayat.
Através da milenar e sedutora
Dança do Ventre que recupera uma parte da história e cultura do Oriente e
escancara a sagrada e intocável sensualidade que faz parte de toda mulher, e
das demais danças folclóricas, compostas por fortes batuques e fortes batidas,
que são verdadeiramente belas em seus movimentos, graciosidade e expressividade
dos bailarinos, fundem-se harmoniosamente com as melodias ricas em ritmos
contagiantes, transmitindo aos espectadores toda a energia e a graciosidades
das músicas árabes, o Hayat consegue envolver quem assiste e transportar
bailarinos e espectadores pelo tempo.
O grupo árabe, manifesta a leveza
dos passos das bailarinas e a maestria dos passos dos bailarinos através de uma
contagiante simpatia, comum a todos. Sua primeira aparição ao público foi no
baile de abertura da Expo Ijuí Fenadi de 1996.
Durante o período de 1996 ao ano
2000, a libanesa Nawal Hatem assumia a coordenação e coreografia do grupo.
Depois, essa responsabilidade passou a ser dividida por cinco dançarinos no
período de 2000 ao ano de 2001, foram eles: Analú dos Santos, Bernardino Nicoletti,
Bruna Zeni, Letícia Kunzler e Vantuir Patrick Vione.
Após esse período a coordenação e
coreografia passou a ser responsabilidade de Vantuir Patrick Vione (mais
conhecido em nossa cidade como Tick) e como conselheira Amine Hatem, está
equipe trabalhou de 2002 até o ano de 2007.
Em 2008 e 2009 o grupo Hayat foi
coordenado por Flávio de Lima, Luciana Martins e Amine Hatem, as danças foram
coreografadas por Alessandra Cavalheiro. A partir de 2010 até o perante momento
Alessandra Cavalheiro é a atual coreógrafa do grupo Hayat.
Além das apresentações que faz, anualmente,
nas edições da Expoijuí e Fenadi e em variadas promoções da cidade de Ijuí, o
Grupo de Danças Hayat tem participado, sempre com destaque, em diversos eventos
festivos por todo o Estado do Rio Grande do Sul e Estados vizinhos.
No ano de 2006 foi criado o grupo
infantil de danças, que recebeu a denominação de Shamsy, que significa sol,
claridade e iluminação. Esse grupo foi composto por Nayala Azanki Hatem, Lamys
Azanki Hatem, Bruna El Ammar, Rafaela El Ammar, Kelly El Ammar Câmera, Gabriela
de Jesus e Caroline Cunha. No período de 2006 e 2007 o Grupo Shamsy foi
coreógrafo por Vantuir Patrick Vione e no ano de 2008 à 2010 por Alessandra
Cavalheiro.
A postura que a comunidade
assumiu depois de conhecer mais especificamente a plenitude das danças árabes e
toda a beleza de sua cultura, explica a importância do trabalho realizado pelo
Grupo de Danças Hayat e Shamsy.
Fonte: Texto
extraído do site da Etnia Árabe, no site da EXPOIJUI/FENADI 2012. Disponível
em: http://www.expoijuifenadi.com.br/publicacao-187-expofenadi.fire
Culinária Árabe: Kibe assado
Ingredientes:
Massa
- 1 kg de patinho bem moído
- 1 cebola média ralada
- 4 copos de trigo escuro fino
- 1 copo de semolina
- Sal à gosto
- Água
Recheio
- ½ de patinho moído
- 4 cebolas picadas
- ½ copo de nozes moídas
- 3 colheres de sopa de manteiga
- Sal à gosto
- 1 colher de sopa de pimenta síria
- 1 colher de sobremesa de canela em pó
- 250 g de mussarela
- 250g de queijo prato ou catupiry
Modo de Preparo:
Massa – lave o trio na água fria e escorra o excesso
de água. Misture bem o trigo com a carne, o sal a cebla, e a semolina.
Acrescente a água aos poucos até obter uma massa macia.
Recheio – refogue na manteiga a cebola e a carne até
cozer. Desligue o fogo e acrescente o resto dos ingredientes, menos os queijos.
Montagem – unte uma assadeira com azeite e distribua
no fundo uma camada com a metade da massa. Despeje o rechei por cima. Distribua
uma camada com os dois queijos por cima do rechei. Cubra tuco com a outra
metade da massa do kibe no formato desejável antes de assar. Pincele azeite de
oliva extra virgem e asse em forno pré-aquecido a 180°C até ficar da cor marrom
escuro.
Kibe Frito
Ingredientes:
Massa:
- 1kg de trigo para quibe
- 500g de patinho
- 1 cebola grande
- 1 colher de chá de sal
- ½ colher de chá de pimenta síria
- Óleo para fritar
- Água gelada para modelar
Recheio
- 500g de patinho moído
- 2 colheres sopa de manteiga
- 3 cebolas picadas
- Folhas de hortelã a gosto
- ¼ colher chá de sal
- ½ colher de pimenta síria
- 1 pitada de canela em pó
Modo de
preparo:
Massa: deixe o trigo de molho na água por 15 minutos,
escorra a água e esprema com as mãos para tirar o excesso. Misture o trigo e o
vinho. Como sobremesas, as mais tradicionais são harissa - doce de semolina, e
água de rosas, raha – goma doce. Pode-se mesmo dizer que a culinária árabe dá
prazer para o corpo e para a alma. Nessa cultura, o comer faz parte da própria
existência.
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