domingo, 16 de janeiro de 2011

História da Energia Elétrica em Ijuí – Cronologia dos fatos

No site: http://www.carlosadib.com.br/elet_index.html o engenheiro eletricista, Carlos Arlindo Adib,  procura   estabelecer  uma Cronologia  da  Energia Elétrica  no  estado do  Rio Grande do Sul. Trata-se de uma compilação de  fatos obtidos de  diversos  documentos  sobre o assunto. É  dado  destaque  às  datas em  que   usinas geradoras de energia elétrica  entraram em operação, aos  momentos  em que o setor elétrico nacional  passou por mudanças significativas,  à legislação pertinente ao  setor elétrico, à  criação das cooperativas de eletrificação rural, ao fortalecimento das concessionárias de energia elétrica,   à  atuação dos sindicatos,  etc.  O objetivo da pesquisa é incentivar  outros aficionados pelo assunto   a  reconstituírem  a  História da Energia Elétrica em suas localidades ou  estados.
E, neste sentido, extraímos da ampla pesquisa de Adib, a nível estadual, somente os fatos relacionados ao município de Ijuí, podendo ter assim uma linha cronológica de todo processo de implantação, desenvolvimento e crescimento do uso e exploração da energia elétrica em nosso município. Algumas informações foram atualizadas, principalmente sobre a construção da mais nova usina da CERILUZ, no rio Ijuí, chamada PCH RS-155.


  • 01 de janeiro de 1887:

            Começa a prestar serviço público  a usina elétrica   da "Sociedade Fiat Lux", localizada    na esquina das  ruas Sete de Setembro e João Manoel, em Porto Alegre, após  alguns meses de experimentos.  A usina era constituida  por   uma máquina a vapor  de  50  cv (cavalo-vapor)   de fabricação inglesa.  Essa máquina   acionava 3 dínamos (geradores de corrente contínua) de fabricação alemã, podendo  fornecer  energia para acender  800 lâmpadas de 10 "velas" do "sistema Edison".   Dessa usina  partiam   "2  linhas"  (2 circuitos),    uma   indo até  a  Praça Conde  d'Eu  (atual Praça 15 de Novembro)   e  a  outra  até  o  Hotel  Lagache, localizado  na atual  rua Otávio Rocha prox.  da  R.  Dr. Flores.  Maiores e mais amplos  detalhes dessa usina  estão na referência citada (4), obra  do pesquisador  Gunter  Axt.    Notas:    1) Porto Alegre foi a 1a. capital provincial  a contar com os serviços  públicos  de energia elétrica.  2)  A  máquina  a vapor existente  nessa  usina  devia  ser   a  que se  conhece  como  "locomóvel" e que, possivelmente,   utilizava  lenha como combustível (ver abaixo   imagens  de um locomóvel).     3)  Lâmpada   do "sistema Edison"  deve  ser   a  nossa   conhecida  lâmpada  incandescente  ou  lâmpada  com filamento.  4)  A  "vela"  é  uma antiga   unidade  de medida  que se usava  para  quantificar  o brilho das  lâmpadas;  atualmente  se usa  o termo  "watts"  (W)  para  medir  a   potência das mesmas. 
Nas fotos acima e abaixo um Locomovel importado da Europa  e que foi muito usado pelos primeiros imigrantes, também de Ijuí para produzir energia elétrica. Era a única forma de gerar luz, energia, para o funcionamento de engenhos de cana, alambiques, olarias, serrarias, etc... Tinha um potencial de 8 HP, movido a vapor. 
No site do Departamento Municipal de Energia de Ijuí - DEMEI (http://www.demei.com.br/) temos o seguinte registro:
 ...Em outros tempos, quando a praticidade da luz elétrica não fazia parte do cotidiano dos ijuienses, as formas de obtenção de energia eram rudimentares não supriam a demanda que crescia rapidamente. Singelas lamparinas e lampiões, a energia movida por animais e a energia hidráulica, não eram mais suficientes à crescente industrialização de nosso município.
             Com a emancipação da cidade em 1912 e a ampliação da estrada ferroviária, o desenvolvimento era flagrante e, para acompanhá-lo, fazia-se imprescindível o uso da energia elétrica, mas enquanto ela não chegava, a luz que era oferecida à comunidade provinha de um “Locomóvel”, uma máquina a vapor sobre rodas. Esta iluminação iniciava ao escurecer e terminava à meia-noite. Aos notívagos, restava recuperar as lamparinas e lampiões...”.
        Esse Locomovel (nas fotos acima), de marca Heinrich Lanz, foi doado por Carlos Fricke e Ari Weiler, sócios da empresa Aço e Ferros Colméia Ltda. Foi reformado em 1999 pela firma Fösch & Cia. Ltda, e hoje está exposto no museu localizado na Usina Velha, como um testemunho vivo de como se produzia energia elétrica no início do século passado.

  • 1920: 

        Em 1920 iniciavam-se estudos para avaliar o potencial hidrelétrico dos rios da cidade, concluindo-se que havia, sim, a possibilidade de instalação de uma usina hidrelétrica de Ijuí, a Usina da Sede, hoje conhecida como Usina Velha. A partir de então, as ruas estavam sendo iluminadas com a força da cascata do Rio Potiribu. Embora não tenha sido a primeira hidrelétrica construída no estado, a Usina da Sede ou Usina Velha é a mais antiga ainda em funcionamento no Rio Grande do Sul. 

  • Vista área da Usina Velha
  •  Junho de 1923:
        Começa a operar uma usina hidroelétrica no interior de Ijuí.  Era conhecida  como Usina da Sede. Ela possuia  na ocasião   uma capacidade instalada de  280 kW.   Notas:  1) Em 1931, teve sua capacidade  ampliada para 380 kW.  2)  Atualmente (2007) essa  é   a mais antiga  usina ainda  em operação no Rio Grande do Sul. 3)  Ela é   atualmente  conhecida   como  Usina Velha. 4)  As fotos abaixo foram tiradas do Site do  Departamento Municipal de Energia de Ijuí (DEMEI): http://www.demei.com.br/demeigaleria.php
Primeiros tempos da Usina Velha

      Com a instalação da usina, a fisionomia de Ijuí se transformou. O comércio e a indústria se modernizaram tecnologicamente e o desenvolvimento da cidade prosperou. Inicialmente, a produção da Usina era maior do que a demanda da cidade, podendo fornecer energia para cidades vizinhas, no entanto, em quatro anos sua força não foi mais que suficiente para atender as necessidades locais, em função do crescente número de fábricas e do desenvolvimento regional.

A Usina Velha atualmente é aberta para visita pública
        Logo após o surgimento da primeira usina em Ijuí, foi criada a “Secção de Força e Luz” que, sediada em uma casa de alvenaria na Praça da República, prestava serviço de plantão através de um pequeno grupo de funcionários e eletricistas.  
A foto é de 1965, quando caiu muita neve na cidade, mas ajuda ilustrar e mostrar o local da "Seccão de Força e Luz" da cidade de Ijuí, responsável pela distribuição da energia entre os habitantes da cidade.
  • 1931:
  Novamente, com a falta de energia na cidade de Ijuí, várias medidas paliativas são tomadas: em 1931 é instalado o 2º grupo gerador da Usina, mas ainda assim  estas ações não são o bastante para suprir a demanda.
  • 1948:
Entra em operação uma usina termolelétrica  no interior do municipio de Ijuí.  Operando  perto da Usina da Sede,  ela possuia uma capacidade instalada  de 330 kW e utilizava lenha como combustível. Seria um locomóvel?
  • 1951:

Entra em operação uma usina termoelétrica  no interior do município de Ijuí. Ela possuia uma capacidade instalada   de 300 kW e utilizava óleo combustível. Ainda assim, continua faltando energia para suprir as necessidades do município.

  • 19 de outubro de 1959:
Decide-se pela construção de uma nova usina e, em 1959, inaugurou-se a Usina do Passo de Ajuricaba (UPA), no interior do município de Ijuí, e que foi ampliada em 1975.
A capacidade instalada  inicial  era   2000 kW; em 1975  teve sua capacidade ampliada para  4000 kW. Essa usina deverá   ter sua capacidade ampliada nos próximos anos, passando  a  ter   6400 kW. 
Construção da Usina do Passo do Ajuricaba
Uma das turbinas lá instaladas


 Atual Usina do Passo do Ajuricaba
  • 20 de agosto de 1966:

Fundação  da  Cooperativa  de Eletrificação Rural  Ltda. (CERILUZ)  sediada na cidade de  Ijuí com o fim de fornecer energia elétrica  para   160 propriedades rurais das  localidades de   Alto União, Linha 06 Leste e Mauá.  Em 1973,  a  cooperativa   inicia os trabalhos para  fornecer  elétrica para quatro localidades (Três Vendas, Passo Burmann, Engenho Velho e Colônia das Almas)  do interior do município de  Catuípe.     Atualmente   essa cooperativa  atende   4  sedes municipais e  atua   em  24   municípios  do estado,  possuindo mais de  11   mil  sócios/consumidores  de energia elétrica.  O nome atual  dessa empresa é  Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Ijuí Ltda. 
Notícia no Jornal Correio Serrano sobre a criação da CERILUZ
  • 1973:
       Em 1973, foi adquirido o prédio localizado na esquina das ruas Ernesto Alves e José Bonifácio, onde se instalou a “Secção de força e Luz”. Com a contratação de novos profissionais e melhorias nas instalações, foi criada a Secretaria Municipal de Energia e Comunicações: a SMECOM. 
Instalações na rua José Bonifácio onde hoje funciona o plantão e a equipe técnica

      Mais tarde esta secretária é transformada em uma autarquia municipal com autonomia administrativa, patrimonial e financeira, surge, assim, o Departamento Municipal de Energia de Ijuí, o DEMEI que, hoje, é uma concessionária de geração e distribuição de energia que atende, satisfatoriamente, todas as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL.
O prédio da rua José Bonifácio (frente para a rua Ernesto Alves) foi por muitos anos também sede administrativa do DEMEI
    Hoje o DEMEI desenvolve, permanentemente, ações planejadas que buscam a crescente qualificação de seus serviços e a mais eficiente produção e distribuição da energia no município de Ijuí.
Moderna sede administrativa do DEMEI, na rua Getúlio Vargas, inaugurada em 2010
       Após um período difícil, de luta contra a encampação da energia municipal pelo governo federal, as usinas permaneceram gerando riquezas. Atualmente, a Usina Velha e a UPA produzem aproximadamente 30% da energia consumida na cidade. É a geração de base que traz dividendos econômicos ao município.
       Hoje, o DEMEI possui em torno de 24.670 consumidores que dispõem da seguinte infra-estrutura:
- 469,48 km de redes de alta e baixa tensão;
-11.693 postes;
-8.965 pontos de iluminação;
- aproximadamente 294 transformadores;
- frota de 17 veículos próprios entre caminhões, camionetes e automóveis leves;
- e 112 servidores.
O DEMEI dispõe, também, de um plantão 24 horas que busca oferecer eficiência e agilidade em serviços de qualidade.

  • 09 de maio de 1986:
Decreto  no.  92.637  que  concede  ao   Departamento Municipal de Energia de  Ijuí - DEMEI  a  permissão para  continuar explorando o serviço público de distribuição de energia elétrica  no município de Ijuí.

  • Agosto de 1999:

        A CERILUZ  conclui as obras  da  usina hidroelétrica  Nilo Bonfanti, no   rio Buricá, no município de Chiapeta.   A usina possui uma  capacidade instalada   de 680  kW. 
Usina Nilo Bonfanti. Para ter mais informações e fotos favor visitar o site da CERILUZ: http://www.ceriluz.com.br/usina-nilo.php

  • 18 de outubro de 2000:

        A  União firma o  Contrato de Concessão nº 085/2000  com o Departamento Municipal de Energia de Ijuí (DEMEI) com sede na cidade de   Ijuí,   permitindo   que  essa empresa   continue  fornecendo   energia elétrica  em áreas   pré-determinadas  do município  de  Ijuí. 

  • 27 de dezembro de 2000:

União firma o  Contrato de Concessão nº 107/2000  com o Departamento Municipal de Energia de Ijuí - DEMEI,   com sede no município de  Ijuí,   permitindo que  essa empresa   explore  o potencial  de energia hidráulica efetuado pela Central  Geradora Passo Ajuricaba no rio Ijuí,  com potência instalada de 3200  kW e  cuja casa de força (ou de máquinas) fica localizada no município de Ijuí   e   pela Central Geradora  Sede, no rio  Botiribu, com potência instalada de 500 kW  e  cuja casa de força  fica localizada no município de Ijuí.   (Fonte:  Site da ANEEL: http://www.aneel.gov.br/).)  
  • Dezembro de 2003:
      Entra  em operação a usina hidroelétrica José Barasuol  no rio Ijuí,  município  de Ijuí,  construída  pela  CERILUZ.   A usina   possui  uma capacidade instalada  de 13,5   MW.  Em Ago/2006,  foi  instalado  um  grupo gerador  de  830 kW  em  outra casa de  força  para aproveitar  o fluxo do rio que não passa pela casa de força  principal,  perfazendo uma capacidade total   de  14,3 MW.  A  foto abaixo foi  tirada  do site da CERILUZ.
A importante e bonita usina hidrelétrica Barasuol no rio Ijuí
  • 2006:

– Implantação da Mini Central Hidrelétrica da CERILUZ. Segundo o site da cooperativa (http://www.ceriluz.com.br/usina-mini.php) a ampliação dos projetos de geração de energia teve novo impulso em 2006 com o início das atividades da Mini Central Hidrelétrica, situada junto a Usina José Barasuol, no Rio Ijuí. O novo grupo gerador, que já estava previsto no projeto da Usina José Barasuol, é movido pela “vazão sanitária”, isto é, a água que passa ao lado da barragem, permitindo a continuidade do fluxo natural do rio. Assim, é utilizada apenas a queda natural do rio, que naquele ponto é de 10m.

A mini central hidrelétrica junto a Usina Barasuol no rio Ijuí
     Essa mini central, que exigiu um investimento de R$ 2,4 milhões gerado com recursos próprios da cooperativa, tem capacidade de gerar 0,8MW/h, energia suficientemente capaz de garantir o abastecimento de uma cidade nas proporções de Coronel Barros. Desde outubro de 2006 a mini central está em plena atividade, garantindo a distribuição de energia aos associados com 100% de geração própria.

  • 2009:
 No final do ano de 2009 foi iniciado a construção da terceira usina da CERILUZ no leito do rio Ijuí, entre o Distrito de Santana e o Chorão. Inclusive o túnel adutor irá passar sob a RS-155. Inicialmente, os primeiros trabalhos foram, no lado oeste, na abertura  do canal de fuga da água e em março de 2010, iniciou o lado sul a abertura do canal de adução da usina.
Início das terraplanagens da abertura do canal de fuga da água da usina hidrelétrica RS-155 da Ceriluz, em 05/12/2009
 A previsão de que a usina PCH (Pequena Central Hidrelétrica)  fique pronta e comece a produzir energia é entre os meses de junho e agosto de 2011, quando a CERILUZ completa 45 anos de existência. A capacidade de geração de energia dessa usina será de 5,7 MWh, garantindo ótimos resultados com a comercialização desta energia no mercado energético. Essa geração de energia será possível apenas com uma barragem de 3,60 m de altura e uma área inundada de somente 1,66 hectares fora do leito. O projeto prevê investimento de R$ 32 milhões, divididos entre recursos próprios e financiados.
Obras do canal de fuga da água da usina hidrelétrica RS-155 da Ceriluz, em 14/06/2010
 Os trabalhos de construção da nova usina da CERILUZ na RS-155 já completaram mais de um ano. E, devido à curiosidade que a obra desperta na população regional, a CERILUZ Geração iniciou as visitações acompanhadas ao local. Muitas lideranças comunitárias, empresariais, associados da cooperativa, e políticos (principalmente vereadores e prefeitos) da região tem aproveitado essa oportunidade. 
Associados do município e região visitam a Usina
 O roteiro incluiu todos os setores da obra: canal de água, túnel adutor e a ensecadeira para a barragem. O que mais chama atenção dos visitantes é a construção do túnel que levará água do rio à Casa de Máquinas, hoje com uma extensão escavada de mais de 300 metros. Após o término da perfuração  do túnel virá a parte referente a construção civil.
Representantes de administrações públicas e prefeitos da região também visitam a obra
         O túnel terá 580 metros de extensão e passará sob o asfalto da rodovia RS-155, no trecho que liga o Distrito de Santana a Chorão. A perfuratriz encarregada de abrir o mesmo trabalha 24 horas por dia, avançando cerca de seis metros diariamente. Já a carregadeira que retira as pedras do local de perfuração tem a capacidade de transportar até 10 toneladas de rocha.
Início da abertura do tunel que passará sob a RS-155
        De acordo com release da assessoria de imprensa da Cooperativa, o engenheiro civil Juarez Bernardi, responsável pela obra, declarou que “... o túnel está projetado para ser perfurado em uma rocha sã, garantindo a estabilidade do terreno. De qualquer forma, compondo a equipe técnica está um geólogo capacitado para operar um sismógrafo, que vai verificar a reação do solo às detonações feitas para a perfuração do túnel. O trabalho de perfuração é feito sob a orientação de um engenheiro de minas, que projeta e controla o uso dos explosivos inseridos nas perfurações feitas pela perfuratriz. Após a detonação é feita a limpeza do espaço. Ao final o túnel será reforçado com concreto projetado.
   No início desse ano, segundo o presidente da CERILUZ, Iloir de Pauli, deverá se iniciar a construção da casa de máquinas e a implantação das turbinas.
  Além das equipes de engenharia civil e minas, os trabalhos são acompanhados por uma técnica em segurança no trabalho, e uma bióloga, procurando evitar acidentes e danos ao meio ambiente.

Para saber mais: 

- Diversas fotos sobre a construção da usina, desde o seu ínicio e as diversas etapas podem serem vistas no sitehttp://www.aerofilmagenschico.com.br/?page_id=298
- Livro da Profª Ana Maria Colling: "A história da energia elétrica em Ijuí - Demei, uma história”.
Fontes:

- Site da CERILUZ: 
- Site do DEMEI:
- Site sobre a História  da  Energia Elétrica   -  RS: http://www.carlosadib.com.br/elet_fatos.html

Um comentário:

  1. Cesar Augusto De Cesaro9 de janeiro de 2014 às 20:35

    Tenho admiração muito especial pela Ceriluz e pelo município de Ijuí, cidade onde residí por 2 anos e 9 meses.
    Mas qual é a explicação para o sucesso desta cooperativa?
    Eu sei e muito bem, e vou explicar, quem discordar, fique a vontade, contraponha seus argumentos.
    Esta cooperativa sempre teve na sua administração, pessoas que sempre trabalharam e pensaram no crescimento e engrandecimento da empresa, vendo o futuro sempre no horizonte, impulsionando a cooperativa para a frente.
    Já no caso da C.E.E.E. empresa onde trabalhei por 20 anos, eu tive a tristeza de presenciar a ingerência política dentro da empresa, maracutaias políticas desviando dinheiro para o bolso dos espertos, um sindicato famigerado, insuflando a massa eletricitária contra a empresa, descalabros dos mais diversos, licitações fraudulentas, desviando milhões dos cofres da empresa, pessoas despreparadas, apadrinhadas politicamente, assumindo funções para as quais não tinham o menor preparo, tudo isso contribuiu para a debacle financeira da empresa.
    Um funcionário que pensa na empresa, defende a empresa, jamais terá coragem de ajuizar uma ação trabalhista contra a empresa. Eu penso que uma pessoa só pode ajuizar uma ação, se efetivamente foi injustiçado, caso contrário ele será injusto.
    Tenho orgulho de dizer que não ajuizei ação contra a minha querida C.E.E.E. e até hoje tenho saudades do meu trabalho.
    Parabéns a direção da Ceriluz e para o município de Ijuí, cidade que tem uma história muito bonita, que teve a felicidade de ter ao longo da sua história, lideranças que pensaram de forma coletiva, no desenvolvimento da cidade e no bem estar do povo, leiam a história de Ijuí.
    Ijuí foi uma passagem muito feliz na minha vida, até hoje tenho saudades, e logo irei visitar uns amigos que deixei lá há mais de 30 anos, um abraço a todos.

    Cesar Augusto De Cesaro.
    Passo Fundo.

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