segunda-feira, 30 de julho de 2012

Série Dr. Martin Fischer - 02: Sobrevivente dos Muckers: Coronel Guilherme Gaelzer-Neto - amigo pessoal de Martin Fischer


Fonte do documento: Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP de Ijuí.
No ano de 1933, chegava ao Brasil Dr. Martin Fischer, trazendo consigo uma carta de recomendações assinada pelo Coronel Guilherme Gaelzer Neto (conforme registro guardado no Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP, de Ijuí, número  0.6.4, pasta 3 documento 8), que foi Intendente (prefeito) de São Leopoldo, de 1902 a 1916. 
Coronel Guilherme Gaelzer Neto
 Na administração de Gaelzer Neto foi instalado a rede de energia elétrica, inicio do processo de urbanização de São Leopoldo, e trouxe o primeiro automóvel para o Vale do Rio dos Sinos, usado pela prefeitura. Também ocupou o cargo de “diretor geral de propaganda oficial brasileira para o norte da Europa” e ficou sediado em Berlim de 1921 a 1941. Como representante comercial realizou inúmeras viagens pela Europa, fazendo apresentações dos produtos de exportação brasileiros em feiras comerciais. Paralelamente ajudou a estabelecer contatos entre empresas alemãs e brasileiras e se engajou no comércio de importação e exportação. Ainda atuou como mediador entre autoridades alemãs e brasileiras e recrutou emigrantes alemães.
Outro visual do Coronel Gaelzer Neto
Em nossas pesquisas encontramos várias correspondências de conteúdo particular entre Dr Martin Fischer e o Coronel Gaelzer Neto, demonstrando a grande amizade e confiança que existia entre eles. Como uma das cartas escritas a bordo do transatlântico ARCONA. 
Transatlântico Arcona
 Utilizando-se do papel timbrado com o selo do navio (MADP 0.6.4 pasta 04, documento 275) e a carta em alemão “...ich als ehrengast des herrn reichskanzlers Adolf Hitlhe auf dem Parteitag in Nuernberg gewesen”...(...”como eu estou sendo honroso hóspede do rico senhor Chanceler Adolf Hitlher, no partido da Unidade de Nurenberg”...)(MADP 0.6.4, pasta 05 documento 173).
Fonte do documento: Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP de Ijuí.
 Mas, a figura de Gaelzer Neto nos trás mais uma grande surpresa ao constatarmos que ele foi o menino de apenas seis meses de vida que foi resgatado com vida em meio as chamas da casa de seus avós e pais no ano de 1874, em Ferrabrás, atual Sapiranga(RS), no triste episódio dos “Muckers” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_Muckers). 
Jacobina e João
  Fora poupado da morte horrível como se lhe estivesse reservado o  destino de ajudar a terra que não acolheu seus antepassados.
Ele era filho de Guilherme Gaelzer Filho e de Maria Sehn, ligados profundamente ao movimento religioso de Jacobina Maurer e seu marido João Jorge Mauer.
Jacobina 
 A história questiona quem seria Jacobina? Uma santa? Uma bruxa? Como Carlos Von Koseritz, fazia questão de publicar no jornal alemão Deutsche Zeitung, na qual era seu redator. Seria uma blasfêmia  para a sociedade da época por ser mulher e pregar a palavra de Deus? Um perigo para a segurança pública por reunir um grupo de imigrantes marginalizados e esquecidos pelo Império? Uma simples mulher destruída pelos interesses dos que detinham o poder do dinheiro, da mídia e do verbo?
 A cada nova pesquisa, procuramos encontrar  respostas para tantas perguntas, e no meio delas, encontramos o pequeno Guilherme Gaelzer Neto, um dos sobreviventes de Ferrabrás.


Pesquisadora e historiadora Marcia Adriana Krug

sexta-feira, 27 de julho de 2012

COTRIJUÍ representando mais de 18.500 associados distribuídos em mais de 42 municípios do RS completou 55 anos de fundação - parte I

Vista área da Agroindústria, sede e armazens da COTRIJUÍ, em Ijuí

  No dia 01 de setembro de 1957 a Cooperativa contratava a construção do seu primeiro armazém: um armazém metálico, com 2.400 m² de área coberta, à oeste da Viação Férrea em Ijuí. 
 Com recursos provenientes da primeira integralização de capital e financiamentos conseguidos em bancos locais, levou-se à diante a construção do armazém da Cooperativa, que em 4 de dezembro de 1957 recebia suas primeiras cargas de trigo. Naquele ano ainda receberia 4.295 toneladas de trigo. 
 O fato da Cooperativa ter conquistado a infra-estrutura inicial em tempo hábil e atendido a demanda da safra, surtiu um efeito positivo e conquistou a confiança dos seus associados. Logo após a Fundação, a primeira sede da Cooperativa Tritícola Serrana funcionou em um prédio alugado, à Rua Tiradentes nº 404.
 O quadro social da Cooperativa, que não ultrapassara 60 associados até o final de 1957, atingiria menos de 10 anos depois, em 1964, a casa dos 2.400 associados. Neste ano a Cooperativa passou a funcionar em sua primeira sede própria, situada na Rua José Hickembick s/n, onde hoje funciona a atual reitoria da UNIJUI.
 Em 1972 a COTRIJUI iniciou a construção de sua nova sede, junto ao complexo industrial e de armazéns graneleiros. A mudança para o novo escritório foi feita no dia 03 de dezembro de 1975, e nesta estrutura funciona a sede da Cooperativa até os dias atuais. 
 A expansão da COTRIJUI teve início em 1969, com a construção de um armazém graneleiro (projetado pela própria Cooperativa) na cidade de Santo Augusto.
Em dezembro do mesmo ano, a Assembléia Geral aprovou a construção de um terminal portuário em Rio Grande. 
O Terminal Graneleiro, que ficou pronto em 1972 e levou o nome do seu idealizador: Terminal Graneleiro Luiz Fogliatto, foi o impulsionador das exportações gaúchas de grãos na década de 1970, responsável pelo escoamento de 80% dos grãos produzidos no RS. Pertence atualmente ao Grupo CCGL.
 Em 1970 foi a vez da cidade de Tenente Portela receber a COTRIJUI;
 Em 1973, novas Unidades em Jóia, Coronel Bicaco e Chiapetta; 
Em 1975 era a vez de Ajuricaba e Augusto Pestana.
Em 1977 a incorporação das cooperativas Pedritense Agro-Pastoril de Dom Pedrito-RS.
Também em 1977 a Copermará de Maracajú-MS, alargam ainda mais as fronteiras da COTRIJUI.
Em 1979 eram criadas as Regionais Dom Pedrito e Mato Grosso do Sul, esta última desencorporada em 1993, após decisão da Assembléia Geral.
Em 2003, após assinatura de um acordo comercial com a CAAL e a Cooperativa Assisense, a COTRIJUI estendeu seus serviços na região da campanha, passando a atuar nas cidades de Manoel Viana e São Francisco de Assis. 
 Em 2004 ambas são incorporadas, passando São Francisco de Assis a constituir a mais recente Unidade da COTRIJUI em 2007.
Atualmente esse complexo atende as demandas de mais de 18.500 cooperados e proporciona mais de 2.500 empregos diretos.
A COTRIJUI diversificou suas atividades, ampliando suas ações através da agro-industrialização, em especial na indústria de cereais, frigorífico, fábrica de rações e moinho, todas voltadas à agregação de valor no produto primário, buscando assim o melhor atendimento aos associados.
 Administrada por um colégio de Conselheiros que representa todas as Unidades, integram a Diretoria Executiva da COTRIJUI para o período 2009/2013, os associados: Carlos Domingos Poletto, Diretor Presidente; Luiz Ottonelli, Diretor Vice Presidente; Osmildo Pedro Bieleski, Diretor Secretário.

Fonte das fotos e texto: Site da Cotrijuí. Disponível em: http://www.cotrijui.coop.br:8080/historia/historia.html

COTRIJUÍ - 55 anos de história

Atual presidente da COTRIJUÍ
 Carlos Domingos Poletto
Como parte da Família COTRIJUI, nós produtores, funcionários, parceiros comerciais e de serviços, instituições de caráter privado ou público, todos merecemos uma reflexão sobre esta empresa diferenciada cuja fundação se deu há exatos 55 anos, no dia 20 de julho de 1957.
Pelo emprego de vários meios, temos preservado a história desta saga vitoriosa, só possível pela visionária iniciativa dos pioneiros, que colocaram em prática os ideais do cooperativismo e deram forma à Cooperativa Tritícola Serrana Ltda. Os registros mais recentes estão no livro editado em 2007, “COTRIJUI 50 anos de história”; na mostra fotográfica que naquele mesmo ano percorreu todas as Unidades da COTRIJUI, proporcionando um visual da caminhada do homem e sua cooperativa.
O empreendedorismo que não mediu esforços para exercer uma vocação cuja importância não tem precedentes na história: produzir alimentos. Sabendo, no entanto, que essa grandeza nem sempre tem ou terá o reconhecimento que lhe é devido. Homens e mulheres investiram em sí próprios, apostaram na força da união e ultrapassaram fronteiras para buscar mercado e reconhecimento à sua nobre função.
A COTRIJUI deve muito do que é, a si mesma. E outro tanto à sua crescente aceitação como defensora dos agropecuaristas, no seu próprio meio, no âmbito dos parceiros comerciais e na esfera pública, em todas as instâncias, municipal, estadual ou federal.
Nominar mais de 19 mil famílias cooperadas é impraticável, aqui. Permitam-me abraçar a cada associado e familiares, através desta mensagem. Em sua fidelidade à COTRIJUI e aos princípios cooperativistas está a razão de sermos hoje uma das maiores cooperativa do ramo agropecuário no Rio Grande do Sul. De gerarmos importante arrecadação de tributos e tantas vagas de trabalho, em paralelo à assistência técnica e acompanhamento comercial e de serviços a todos os produtores.
Diversificação de culturas, plantio direto na palha, programas voltados à sustentabilidade priorizando o meio ambiente, verticalização da produção, irrigação de culturas, programas de Leite e Carne a Pasto e Agricultura de Resultados, dentre outros, foram ações que tornaram a nossa COTRIJUI reconhecida nacional e internacionalmente.
Este recado expressa de forma solidária o que gostariam de transmitir todos os membros da diretoria da COTRIJUI, seus conselheiros de administração e fiscais, representantes eleitos e membros das Comissões Setoriais de Produção.
Sinta-se protagonista desse grande projeto que é a COTRIJUI. No Ano Internacional das Cooperativas, integre-se aos que juntos vêm defendendo ações mais solidárias, que priorize e valorize o homem.

   Fonte: Depoimento do Presidente Carlos Domingos Poletto em nota oficial distribuída à imprensa nas comemorações dos 55 anos da COTRIJUÍ. Disponível em: http://www.cotrijui.coop.br:8080/pg_noticias/noticiaunica.jsp?id_noticia=712

Fundadores da COTRIJUÍ
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte das imagens e textos: Site da COTRIJUÍ. Disponível: www.cotrijui.coop.br

quarta-feira, 25 de julho de 2012

MDB foi o grande vencedor em Ijuí na eleição presidencial de 1974. Ernesto Geisel foi eleito presidente vencendo Ulysses Guimarães. Eleitos também: Paulo Brossard, Amaury Müller, Antonio Bresolin, Alberto Hoffmann, Waldir Walter, Ruby Diehl, entre outros...

Ernesto Geisel venceu Ulysses Guimarães
    Em 15 de novembro de 1974 (sexta-feira) foram eleitos os membros do Congresso Nacional do Brasil renovando-se um terço do Senado Federal e todos os assentos da Câmara dos Deputados. Foi a primeira eleição realizada pelo governo Ernesto Geisel.
   A eleição presidencial brasileira de 1974 foi a vigésima-primeira eleição presidencial do país e a quarta do regime militar. Ocorreu de forma indireta, através de votação no Congresso Nacional.

Contexto histórico
   Todas as eleições durante o regime militar elegeram candidatos militares do partido da Aliança Renovadomra Nacional (ARENA), porém durante as eleições de candidatos militares da linha-dura (1966 e 1969) não houve outros candidaturas, sendo uma eleição de chapa única. Nas eleições dos candidatos militares moderados havia uma outra chapa de oposição (1974 e 1978), com exceção de 1964, onde todas as chapas eram de militares. A candidatura militar foi indicada pelo presidente Médici  tendo como oposição a chapa do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Capa do jornal Correio Serrano do dia 17/11/1974.
 
 
 
 
Jornal Correio Serrano do dia 19/11/1974.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ricardo Becker foi o primeiro redator do jornal "Correio Serrano" de Ijuí - e conta como ele nasceu!

Ricardo Becker a direita sendo entrevistado por Wilmar Campos Bindé, então Delegado Regional de Polícia
Entrevista publicada na edição comemorativa dos 50 anos de publicação do jornal Correio Serrano, publicada em 05/11/1967.