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domingo, 31 de dezembro de 2023
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
DOCUMENTÁRIO HISTÓRICO do GRÊMIO ESPORTIVO GAÚCHO de IJUÍ que completa em outubro 80 anos de história e muito futebol!
domingo, 24 de setembro de 2023
Desfile Escolar de Ijuí, na rua Benjamin Constant. Programação alusiva a Semana da Pátria de 2023
Cerca de cinco mil pessoas participaram do desfile escolar.
Em média 200 pessoas participaram por Escola entre alunos, professores, equipes
diretivas e funcionários.
Abertura do desfile foi feito pela União das Etnias de Ijuí,
que contou e representou a história da primeira escola de Ijuí, que foi
denominada de Barracão. Após, passaram pela rua Benjamin Constant as escolas de
educação infantil, ou seja, pela ordem, do HCI, Cândida Iora Turra e
Independência.
Na sequência, foi a a vez da Apae. Logo depois, desfilou a escola
15 de Novembro, seguida pelo IMEAB. Após as escolas Tomé de Souza, Dona
Leopoldina, Davi Canabarro, Dr. Ruy Ramos, ainda o Centro de Educação Básica
Francisco de Assis (EFA). O roteiro seguiu com os educandários Soares de
Barros, Polivalente, Anita Garibaldi, Luiz Fogliatto, CEAP, Osvaldo Aranha,
CIEP, Colégio Sagrado Coração de Jesus, Deolinda Barufaldi e Emil Glitz. Por
fim, teve a participação do grupo de escoteiros “Velho Lobo”. Também se
apresentaram 18 bandas escolares.
O desfile escolar deste ano teve como tema “A História da
Educação em Ijuí: Memórias de uma terra educadora”. Também homenageou educadores que ajudaram construir a história
educacional da Colmeia do Trabalho. Dentre eles o professor, Valdir
Andrighetto, que participou do desfile.
sábado, 23 de setembro de 2023
terça-feira, 19 de setembro de 2023
Cavalgada tradicionalista em 1993 em prol da volta do feriado de 20 de setembro, em Ijuí...
domingo, 17 de setembro de 2023
terça-feira, 12 de setembro de 2023
Uma aula sobre a história de Ijuí com o professor José Fiorin!
segunda-feira, 11 de setembro de 2023
O canal do "TempoTodo" recebe Marcelo de Almeida, o "Cabeça" para falar sobre o futebol amador de Ijuí...
sexta-feira, 8 de setembro de 2023
sexta-feira, 1 de setembro de 2023
segunda-feira, 28 de agosto de 2023
Tempo Todo entrevista a atleta ijuiense Kellen de Moraes. Destaque no futebol e futsal no ataque do Elite de Santo Ângelo
domingo, 20 de agosto de 2023
O dia 20 de agosto de 1965, quando as terras do IJUHY de ANTIGAMENTE se tornaram brancas com muita neve!
Há exatamente 58 anos a neve tomava conta de Ijuí. O município de Ijuí e região se viu transformado em uma paisagem europeia. Flocos de neve começaram a cair desde o amanhecer e persistiram durante quase todo o dia, deixando um cenário de brancura cobrindo as ruas, os telhados, as praças, as árvores, enfim quase tudo. A cidade praticamente parou. Muitos estabelecimentos comerciais e industriais, e também as repartições públicas cerraram suas portas por algumas horas, para que seus funcionários pudessem sair para as ruas e contemplar aquele raro espetáculo.
O fenômeno da natureza, imortalizado em algumas imagens, ocorreu em uma sexta-feira. O dia era 20 de agosto de 1965, sendo considerada uma data muito especial para o município. Na época jovens e hoje idosos, quem viveu o fato detalha como os flocos brancos encantaram a todos. Os telhados, as calçadas, os automóveis, tudo enfim, ganharam tons branco. Todos os que suportaram o frio intenso, aproveitaram para apreciar a cidade coberta de neve.
Depois daquela vez, 20 de agosto de 1965, Ijuí teve raríssimas oportunidades de ver neve, que quando apareceu, foi escassa e rápida, como no dia 18 de julho de 1975 que caiu bastante, mas nada comparado a 1965. Depois de lá, não mais as terras do IJUHY de ANTIGAMENTE ficaram completamente brancas... Houve muitas ameaças e expectativas, em diversos invernos passado, mas o fenômeno não mais se repetiu gloriosamente...
sábado, 19 de agosto de 2023
O dia 20 de agosto de 1965, quando as terras do IJUHY de ANTIGAMENTE se tornaram brancas com muita neve!
Há exatamente 58 anos a neve tomava conta de Ijuí. O município de Ijuí e região se viu transformado em uma paisagem europeia. Flocos de neve começaram a cair desde o amanhecer e persistiram durante quase todo o dia, deixando um cenário de brancura cobrindo as ruas, os telhados, as praças, as árvores, enfim quase tudo. A cidade praticamente parou. Muitos estabelecimentos comerciais e industriais, e também as repartições públicas cerraram suas portas por algumas horas, para que seus funcionários pudessem sair para as ruas e contemplar aquele raro espetáculo.
O fenômeno da natureza, imortalizado em algumas imagens,
ocorreu em uma sexta-feira. O dia era 20 de agosto de 1965, sendo considerada
uma data muito especial para o município. Na época jovens e hoje idosos, quem
viveu o fato detalha como os flocos brancos encantaram a todos. Os telhados, as
calçadas, os automóveis, tudo enfim, ganharam tons branco. Todos os que
suportaram o frio intenso, aproveitaram para apreciar a cidade coberta de neve.
Depois daquela vez, 20 de agosto de 1965, Ijuí teve
raríssimas oportunidades de ver neve, que quando apareceu, foi escassa e rápida,
como no dia 18 de julho de 1975 que caiu bastante, mas nada comparado a 1965.
Depois de lá, não mais as terras do IJUHY de ANTIGAMENTE ficaram completamente
brancas... Houve muitas ameaças e expectativas, em diversos invernos passado,
mas o fenômeno não mais se repetiu gloriosamente...
Mas naquele inverno
de 1965, esse fenômeno da natureza que encanta a todos, foi prodigioso – a cidade
e o município foram cobertos por um imenso manto branco. Quem viu, não esquece,
e as gerações que se seguiram sempre tiveram chance de apreciar a paisagem
daquele dia por meio de fotografias, que de tempos em tempos são resgatadas dos
arquivos e reavivam as lembranças.
As mais conhecidas imagens daquela nevasca são as que foram
registradas pelos fotógrafos da época, especialmente os talentosos Alfredo Beck,
Eduardo Jaunsen e Ildo Weiss.
Mas muitos ijuienses anônimos que dispunham de uma câmera,
também captaram imagens daquele dia espetacular.
Uma foto histórica, e talvez a mais conhecida, é aquela batida
pelo fotógrafo Ildo Weich, de uma velha locomotiva Maria Fumaça chegando ou
saindo da antiga Estação Ferroviária de Ijuí. Ela se tornou cartão postal e
percorreu o mundo, nas mãos de muitos ijuienses e amigos desta terra.
quinta-feira, 27 de julho de 2023
"Compondo caminhos!": mais uma linda composição e canção de Pedro Darci de Oliveira. Músico, tradicionalista e historiador de Ijuí....
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Luiz Henrique Bergel do “Canal o Tempo Todo”, da Terra Vermelha, entrevista Jouberto Matte. Em outubro o Grêmio Esportivo Gaúcho completa 80 anos!
sexta-feira, 21 de julho de 2023
"Coletando Sonhos" mais uma linda canção de Pedro Darci de Oliveira
quinta-feira, 20 de julho de 2023
Um pouco mais sobre as personalidades que dão nome as ruas de Ijuí!
quarta-feira, 19 de julho de 2023
Documentário "Mein zweites Zuhause - A Trajetória e o Legado do Centro Cultural de Julho Ijuí".
quinta-feira, 13 de julho de 2023
O roubo da “Gata Preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 3 de 5
Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.
Porque o nome "Gata Preta" e seu uso não oficial...
O que desperta curiosidade é a origem do apelido Gata Preta para um carro Mercury, da FORD. Segundo vários entrevistados o apelido deve-se ao fato do carro ter desenhado no painel uma gata preta, cujo desenho deixou de existir em modelos de 1949 em diante. A partir deste desenho é que o automóvel passou a ser tratado por motoristas e mecânicos da garagem municipal por Gata Preta.
A expressão “a
Mercury do Prefeito” simplesmente não pegou e foi ignorada. De motoristas e mecânicos,
o apelido logo estendeu-se ao domínio público e o carro, onde chegava,
imediatamente era identificado como a "Gata Preta". E com este
charmoso apelido passou à história de Ijuí.
A bem da
verdade, o que motoristas e mecânicos definiram apressadamente como “Gata
Preta” era o brasão da Família Ford, representado por uma “Pantera Negra”, cujo
símbolo passou a ser colocado em diversos carros da linha FORD. Do brasão
constituído por uma “Pantera Negra”, os ijuienses fizeram uma leitura criativa
e não tiveram dúvidas em cunhar o carro do Prefeito com o sugestivo nome: a
"Gata Preta".
Em inúmeras
entrevistas realizadas ao longo de mais de um mês de pesquisa, aflorou em
diversas conversas que, além do roubo da Gata Preta, o automóvel foi usado
muitas vezes para conduzir homens ávidos por noitadas de farra, magia, orgasmo
e prazer em diversos prostíbulos de Ijuí e mesmo de cidades da região. Mas os
entrevistados sempre deixaram claro que isso acontecia sem o conhecimento dos
Prefeitos.
PRÓXIMO
CAPÍTULO AMANHÃ: o roubo da "Gata Preta"...
🤔VOCÊ
SABIA QUE:🙃
✳️
O primeiro açougue da cidade foi de Domingos Verdi, que veio aqui morar vindo
de Santo Ângelo.
quarta-feira, 12 de julho de 2023
O roubo da “Gata Preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 2 de 5
Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.
🤔Quem
era a "Gata Preta"?😿
Em Ijuí era o
carro mais bonito, mais luxuoso e o mais cobiçado por homens de poder e de
dinheiro. Onde quer que chegava,
despertava enormes atenções. E mais ainda quem dele saía, tal o glamour que o
envolvia. Para se ter uma ideia, em todo município houve apenas mais três
Mercury pertencentes a Franklim Thomé da Cruz, Atílio Berno e família Noronha.
O que pertenceu
à Prefeitura serviu aos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich,
Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e
Walter Müller (que o leiloou em 1965).
A Gata Preta foi
comprada Zero Km por Ruben Kessler da Silva no início da sua administração, em
1952, com a finalidade de servir como carro oficial do Prefeito. A compra
visava levar um alívio financeiro a Leopoldo Hepp, dono da Revenda FORD em
Ijuí, que como Presidente da SOGI - que estava em construção - tinha empenhado
muitos recursos próprios que o levaram a uma situação difícil. Kessler da
Silva, ciente da sua situação, decidiu ajudá-lo com a compra da Gata Preta, já
que o Gabinete precisava de um automóvel.
Embora tendo
sido adquirida em 1952, na condição de Zero Km, a Gata Preta foi fabricada em
1948, nos Estados Unidos. O tempo da demora explica-se em razão das
dificuldades subsequentes à 2ª Guerra Mundial, aliado ao tempo necessário ao
transporte de navio e à importação.
PRÓXIMO
CAPÍTULO AMANHÃ: Porque o nome "Gata Preta" e seu uso não oficial...
🍺
A primeira cervejaria em Ijuí foi instalada pelo comerciante Henrique Kopf, no
início do século 20. Situada na rua 7 de Setembro, esquina com a rua do
Comércio.
Assinatura semestral R$ 35,00 ou ANUAL R$ 60,00. PIX celular: (47) 99786-3115. Agradecemos desde já sua ajuda e apoio ao nosso trabalho.
terça-feira, 11 de julho de 2023
O roubo da "gata preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 1 de 5
Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.
Por ser uma história um pouco comprida iremos repartir ela em 5 capítulos/dias - em série - para não ficar muito cansativo e mais emocionante.
A Gata Preta é o
carro que está estacionado a direita da foto (dentro do círculo amarelo) e que
foi o veículo oficial dos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich,
Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e
Walter Müller (que o leiloou em 1965).
Na noite de 27
de fevereiro de 1959, uma sexta-feira, em torno das 23h, quando estava
estacionada na rua do Comércio, em frente a Prefeitura Velha, a 'Gata Preta'
foi roubada misteriosamente, enquanto se realizava uma reunião da direção do
Partido de Representação Popular (PRP) no Stúdio Fotográfico de Alfredo Beck. O
Prefeito era Lothar Friederich, que pertencia ao PRP, e a Gata Preta era seu
carro oficial.
Ao longo da
história de Ijuí não houve nenhum outro carro oficial do Prefeito que fosse tão
conhecido, tão comentado e também tão criticado quanto a Gata Preta.
No final da
década de 1950 e inícios de 1960 não havia munícipe que desconhecia a história
da Gata Preta. Os que nasceram depois de 1960 não tomaram conhecimento de todas
as intrigas, roubos, desavenças e, sobretudo, seu espetacular resgate de uma Província
da Argentina para onde tinha sido levada depois de um duplo roubo.
Já os que têm
mais de 55 anos lembram, às vezes com detalhes, a história que o tempo teima em
não apagar. Simplesmente porque entre 1952 e 1965 – por um período de 13 anos –
a Gata Preta era presença constante, quando não obrigatória, nas conversas
entre funcionários da Prefeitura, políticos e demais pessoas. Principalmente,
depois de fevereiro de 1959, quando foi furtada em pleno centro de Ijuí.
✳️ O primeiro moinho de Ijuí na sede da colônia teria sido de Jacob Runke.
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Fundadores da Sociedade União Israelita de Ijuí
A presença
Judaica no interior do estado do Rio Grande do Sul sempre foi marcante, desde a
chegada de seus primeiros imigrantes para a região de Santa Maria, Passo Fundo.
Nesse contexto
encontramos junto ao site da Federação Israelita do Rio Grande do Sul
(http://www.firs.org.br/), tempos atrás, e hoje não mais disponível, um
registro histórico muito importante para a história de Ijuí, por não haver
nenhum outro registro semelhante, dentro de nosso conhecimento histórico. No
site havia uma foto histórica do ano de 1915 onde aparecem os fundadores da
Sociedade União Israelita de Ijuí. No momento, não temos mais informações sobre
esse grupo de moradores/colonizadores de Ijuí.
Nem o
jornalista, e principal historiador de Ijuí, Martin Fischer registrou em suas
pesquisas e escritos algo sobre a existência de uma colônia de judeus nos
primeiros tempos da Colônia de Ijuí. No principal artigo escrito por Martin
Fischer sob o título “Etnias diferençadas na formação de Ijuí”, publicado no
jornal Correio Serrano, no dia 05 de novembro de 1967, não há nenhum registro
desse grupo de imigrante. Não obstante ele registrar amplamente a chegada e
presença dos alemães, italianos, árabes, russos, poloneses, letos, austríacos,
japoneses, africanos, ameríndios, na colonização e desenvolvimento do município
de Ijuí.
✅ O primeiro “bolicho” da sede foi de propriedade de Antônio Soares de Barros, o Cel. Dico. O mesmo estava localizado à rua 7 de Setembro, esquina com a rua do Comércio, onde por muitos anos funcionou a empresa Organização Hass.
✳️
A primeira olaria de nosso município foi montada por João Batalha e estava
localizada defronte à antiga Empresa Hass Transportes Ltda, na rua 7 de
Setembro.
❇️ A primeira sapataria da cidade de Ijuí era de propriedade do sr. Fernando Krüger, instalada na rua 7 de Setembro.
domingo, 9 de julho de 2023
A cidade de Ijuí quase foi transferida para às margens do rio Ijuí...
Esse movimento e expectativa de transferir a recém-criada Colônia de Ijuhy para mais próxima do rio Ijuí surgiu por volta de sete ou oito anos, depois de sua fundação em 1890, quando já estava sendo administrada pelo engenheiro Dr. Augusto Pestana.
Ainda não sabemos, mesmo com muita pesquisa em documentos antigos, qual seria o motivo para tal decisão, que certamente iria afetar muitos imigrantes já estabelecidos na área central da Colônia. Por outro lado, houve também pessoas que levaram a sério a decisão e proposta que ora estava sendo apresentada.Entre elas, o imigrante russo
Emil Glitz, que já estava estabelecido na vila com uma casa comercial e
hospedaria (hotel Glitz), na esquina das ruas 19 de Outubro com a do Comércio.
Atendendo apelo do engenheiro Augusto Pestana, administrador da Colônia de
Ijuhy, em 1898, Emil Glitz transferiu sua casa comercial para as proximidades
do rio Ijuí, onde atualmente está a ponte da RS-155. Ali dedicou-se também a
plantação de cana-de-açúcar, construiu um alambique e ainda cuidava de uma
barca que fazia a travessia do rio.
Porém, em 1906, dando-se
conta de que o centro da Vila continuava a se expandir onde está até os dias de
hoje, Emil Glitz decidiu retornar com sua família ao local de origem, passando
a cuidar, novamente, de sua casa comercial e do hotel, que já existia, próxima
dos trilhos... que seria construído em 1912...
✅ Num breve momento da história política de Ijuí, 1925-27, o coronel Dico esteve ausente da liderança política: *"Nesse período ele não foi intendente em decorrência do Pacto de Pedras Altas, que não permitia a reeleição. Nesse período, o Coronel Steglich esteve à frente do governo Municipal e, após a sua renúncia, o médico Ulrich Kulhmann assumiu a Prefeitura.
✳️ Em fins de 1934, houve eleições
municipais em Ijuí e, pela primeira vez, o Cel. Dico levava um número
expressivo de votos contrários. Acontecia que os colonos estavam descontentes
com o preço pago pela banha, pelos donos dos chamados "Sindicatos da
Banha". Os colonos aproveitaram a primeira vez que o voto era secreto e
votaram contra. (Fonte: Programa Memória Viva do MADP).
REFERÊNCIAS:
- BINDÉ, Ademar Campos. Obras
centenárias de um pioneiro. O Repórter, Ijuí, 16 abr. 2011. História, p. 10.
- IJUÍ – 1912 – 1962. Revista histórica dos 50 anos da emancipação de Ijuí. Ijuí: Livraria Serrana, 1962.
sábado, 8 de julho de 2023
O então Governador do RS: General Flores da Cunha esteve em Ijuí para inaugurar o Frigorífico Serrano em 1934
O prédio da Prefeitura Municipal foi
inaugurado em 1933. A foto acima mostra no ano seguinte, em 1934, a visita do
Interventor Estadual (Governador) do Rio Grande do Sul, General Flores da Cunha
a cidade de Ijuí. Na oportunidade ele foi recebido pelas autoridades e
apresentado ao povo. A imagem mostra o momento em que ele falava da sacada da
Prefeitura Municipal ao povo reunido na rua Benjamin Constant. Um grupo de
cavalarianos participaram deste ato público e político.
No mesmo dia Flores da Cunha participou
da inauguração do antigo Frigorífico Serrano, na rua 19 de outubro. A foto
abaixo (raríssima) mostra o General Flores da Cunha, o então Prefeito Coronel
Dico, Rosalvo Scherer (diretor presidente do Frigorífico), e outras autoridades
e políticos presentes na inauguração.
✅ A Cooperativa Frigorífico Serrano, fundada em 1934 e que, na década de 50, chegou a ocupar a 4ª colocação nas empresas do gênero no Rio Grande do Sul. Foi essa indústria que inaugurou o 1º vagão frigorífico da Viação Férrea do Estado do Rio Grande do Sul (WEBER, Regina. "Os inícios de industrialização em Ijuí". UNIJUÍ Editora, 1987, p.113). Nos anos 60, assume o frigorífico um grupo alemão chamado Herta Schweisfurth. Nos momentos de safra, o Frigorífico chegou a ter 500 empregados. Porém, nos anos 80 foi decretada a falência do Serrano.
sexta-feira, 7 de julho de 2023
Inauguração do monumento e busto em homenagem ao engenheiro Augusto Pestana, primeiro Diretor da Colônia de Ijuhy
A direita, o primeiro ao lado do busto é
Crisanto Leite, que foi Coletor Estadual de impostos. A esquerda de terno claro
e óculos, João Hoffmann, que era conhecido como João “da Ponte”, por fabricar
pontes. Ao fundo o Salão Paroquial São Luiz, ainda em construção pela Igreja da
Natividade. Fonte: Jornal da Manhã,
edição do dia 19/10/1991.
O busto em homenagem ao engenheiro Augusto
Pestana é um dos mais antigos monumentos construído na Praça da República, numa
justa homenagem ao principal impulsionador do desenvolvimento da Colônia de
Ijuí, e também seu primeiro Administrador e Intendente.
Sua inauguração aconteceu no dia 19 de
outubro de 1940, dentro das comemorações do cinquentenário da colonização de
Ijuí. Além do busto foi colocado também um escudo da República do Brasil e
ainda uma placa com os seguintes dizeres: “Ao benemérito engenheiro Augusto
Pestana. O povo de Ijuí”.
Segundo o historiador e jornalista
Ademar Campos Bindé, a “...atuação de Augusto Pestana como administrador da
então Colônia de Ijuí começou no dia 1º de janeiro de 1899 e se estendeu por
quase 14 anos. O coroamento de sua…
🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃
✅ A cidade de Ijuí também ficou conhecida como "Colmeia do Trabalho", título este escolhido através de um concurso promovido pelo Jornal Correio Serrano no ano de 1944: "O nome simbólico escolhido em 06/10 de 1944 para a nossa querida Ijuí foi 'Colmeia do Trabalho', nome conservado até hoje, que bem sintetiza o labor constante e progressivo do povo de nossa terra" (Fonte: CORREIO SERRANO, 27 de outubro de 1944, p.5). No entanto, já encontramos registros deste codinome "Colmeia do Trabalho" antes da referida data.
✅ Nos anos 90 a população de Ijuí passou a ser predominantemente urbana, em torno de 80% morando na área urbana. Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000.
quinta-feira, 6 de julho de 2023
Os primeiros times amadores de futebol de campo de Ijuí
Eduardo Macuglia, bacharel em Educação
Física, escreveu em 2018 seu trabalho de conclusão, ao curso de graduação em
Educação Física pela UNIJUÍ, através do qual tinha como principal objetivo
entender de que maneira se desenvolveu o futebol de campo amador na cidade de Ijuí,
sob os relatos de ex-atletas e/ou dirigentes que hoje possuem graduação em
Educação Física. Os resultados desse estudo mostram que o desenvolvimento do
futebol amador no município de Ijuí decaiu com o passar das gerações, por forte
influência de fatores externos como política, violência, financeiro e do
incentivo por parte das famílias a dar continuidade às histórias do mundo
futebolístico vivenciadas por seus familiares. A íntegra da pesquisa está
disponível em: https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/5446
Do trabalho de pesquisa de Eduardo
Macuglia extraímos algumas anotações e informações históricas sobre os
primeiros times amadores de futebol de campo do município de Ijuí:
Com base no livro de Ademar Bindé (1988,
p. 16-17) Eduardo relaciona a identificação dos quatros primeiros times da
cidade. São eles: o Sport Club Oriental – 1916; o Sport Club Riograndense –
1918; o Gaúcho da Linha 8 Leste – 1940, considerado o clube mais antigo do
interior do município; e o time dos Onze – 1925.
Ademar Campos Bindé, em seu livro “O
Futebol em Ijuí”, nos informa que “[...] o futebol chegou em Ijuí na primeira
década do século 19 e se desenvolveu já na década seguinte, tanto na cidade
quanto no interior. Durante a década de 60, muitas equipes conhecidas como
amadoras fizeram o município de Ijuí ter um grande destaque, sobretudo, por
conta de alguns clubes de futebol que tiveram visibilidade nacional.
Os primeiros times de futebol em Ijuí
começaram a se formar em 1907. Segundo Bindé (1988), os primeiros praticantes
tinham idade de dez a doze anos. No entanto, em seguida, os menores com idade
de seis a oito anos também faziam parte do desenvolvimento do esporte na
cidade.
Logo nos primeiros anos, o futebol era
praticado como uma forma de lazer, digo, em campinhos, ruas dos bairros ou
pátio das escolas pelas pessoas que ali habitavam, sem objetivar resultados ou
metas estabelecidas. A prática do futebol também teve registros que não havia
materiais específicos, como a bola que muitas vezes era improvisada, sem
chuteiras ou tênis e até mesmo sem uniformes para distinguir os times que foram
organizados.
🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃
✅ Uma área desabitada onde hoje se localiza a Escola Estadual de 1º Grau Rui Barbosa (Ruizinho), segundo Bindé, era o local preferido para a prática do futebol na então Vila de Ijuhy;
✳️ Os primeiros registros históricos
relatam que o futebol de campo começou a ser praticado no local que se tornou
conhecido como a Baixada, mesma área que hoje encontra-se o Estádio 19 de
Outubro, do Esporte Clube São Luiz.
✅ Segundo Bindé ainda não foi descoberto
em que época a Baixada passou a ser campo de futebol, apenas há relatos
que a partir do ano de 1916 já se jogava
futebol no local. Por outro lado, pode-se afirmar que os dois primeiros clubes
da cidade foram o Oriental e o Riograndense, surgidos por volta de 1916 e 1918,
respectivamente.
REFERÊNCIAS:
BINDÉ, A. C. O futebol em Ijuí: documentário. Ijuí: Jornalística Sentinela, 1988.
MACUGLIA, Eduardo. Futebol amador em Ijuí - RS: fragmentos da história sob a ótica de profissionais de educação física. 2018. Monografia (Bacharelado em Educação Física) - Curso em Educação Física - Universidade de Ijuí - UNIJUÍ, Ijuí, 2018.
quarta-feira, 5 de julho de 2023
Realização do primeiro recenseamento da Colônia de Ijuhy, em 1895
Durante administração da Colônia de Ijuhy, em 1892-1898, a
cargo de Horácio da Silva Lima (filho de José Gabriel da Silva Lima, que abriu
a Picada da Conceição), considerada fraca, aconteceu a Revolução de 1893-1895,
conhecida também como a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul. Muito
afetou o desenvolvimento da Colônia. Os créditos para as Comissões de Terras
foram restritos ao mínimo.
Nessa época registra o professor Danilo Lazzarotto, em seu
livro sobre a história de Ijuí, que a colonização estava num estado bem
precário, tudo ainda para construir, e inúmeros imigrantes chegando. Nem as
quadras da Sede estavam demarcadas. O estado sanitário por muito tempo era
péssimo. Não havia remédio para a população. Ainda assim, com os esforços dos
colonos e a inauguração da estrada de ferro em Cruz Alta (1894) que facilitava
um tanto a comercialização de vários produtos, a situação na Colônia de Ijuhy
começava a melhorar. Em 1895, é realizado o primeiro censo geral da Colônia de
Ijuí e se constata uma população de 6.068 habitantes. A produção local que foi
registrada no recenseamento já era expressiva, tanto na agricultura, na
pecuária como na indústria, comércio e no setor de serviços.
Por causas de desavenças antigas do então Intendente de Cruz
Alta, General Fermino de Paula com o pai de Horácio, o agrimensor José Gabriel
(que abriu a Picada da Conceição), motivou que Horácio da Silva Lima recebesse
poucos recursos do Governo do Estado e que fosse substituído de seu cargo, no
dia 6 de dezembro de 1898, por decisão do então Presidente (Governador) Augusto
Borges de Medeiros. Um novo Chefe da Comissão de Terras de Ijuhy seria então
nomeado, o engenheiro Augusto Pestana, que tomou posse no dia 8 de janeiro de
1899.
🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃
🗒️- na agricultura:
19.439 sacos; feijão 2.799 sacos; centeio 1.483 sacos; cevada 620 sacos; trigo
2.103 sacos; batata 347 sacos; arroz 152 sacas; 15 pipas de aguardente; 7 pipas
de vinho.
🐮- na pecuária: 1.177
vacuns; 73 muares; 769 cavalos; 4.979 suínos.
🏭- na indústria, comércio
e no setor de ser serviços: 1 curtume; 1 fábrica de cerveja; 3 olaria; 9
moinhos; 13 casas de negócios; 3 ferrarias; 1 armeiro; 1 hotel.
LAZZAROTTO, Danilo. História de Ijuí. Cadernos do Museu, nº 06. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2002, pp. 75-76.
terça-feira, 4 de julho de 2023
Os primeiros administradores da Comissão de Terras da Colônia de Ijuhy
Segundo pesquisas do professor e historiador Danilo
Lazzarotto, o início da colonização de Ijuí foi orientado pelo engenheiro, José
Manuel da Siqueira Couto, que era chefe da Comissão de Terras de Silveira
Martins, então Distrito de Santa Maria. “Mal inaugurado o núcleo colonial a
Comissão de Terras foi transferida para Ijuí e, em ofício de 20/1/1891,
Siqueira Couto recebeu ordens para providenciar a sede para a instalação da
Comissão (atual Prefeitura Velha) e ‘que os imigrantes se dirijam agora
diretamente para Ijuí...”
No entanto Siqueira Couto ficou pouco tempo nessa comissão,
segundo Danilo. Em 19/5/1891 ele foi transferido “para o lugar de Delegado das
Terras de Espírito Santo”. Em seu lugar ficou, embora não nomeado, o agrimensor
Luiz Augusto de Azevedo, que aliás administrou quase sempre a Colônia de Ijuí,
pois na maioria do tempo Siqueira Couto permanecia em Silveira Martins.
Em 10 de maio de 1892, foi assinado uma nova Portaria
designando para a Comissão de Terras de Ijuhy o agrimensor Ernesto Mutzzel
Filho. Esse foi substituído pelo agrimensor Horácio da Silva Lima (filho de
José Gabriel da Silva Lima). Deixou fama de “homem bom, mas fraco”. Não
realizou muita coisa. Evidentemente a culpa não foi sua, segundo Lazzarotto. A
colonização estava começando, não havia capitais disponíveis. O mercado mais
próximo era o de Cruz Alta. Os caminhos, já em bom número, eram de difíceis
manutenção, o colono mal produzia para viver. Era a “fase de subsistência” da
Colônia de Ijuhy.
✳️Em 1895 realizou-se o *primeiro
recenseamento geral da Colônia de Ijuhy. A população contada foi de 4.225
habitantes, todos moradores na margem esquerda do rio Ijuí. Os quais estavam
distribuídos em 2.127 habitantes nas Linhas de Oeste e 2.098 nas Linhas Leste.
✅A esse recenseamento
acrescentou-se um complementar, de 31 de julho de 1897, dizendo que em 1896 entraram
mais 289 pessoas; em 1897 até 31 de julho, mais 166; mais os espontâneos de
1896 a 1897 em número de 52 e ainda os
mais ou menos 1.000 posseiros que invadiram os lotes medidos pelo Banco
Iniciador de Desenvolvimento na margem direita, dando um total de 6.068
habitantes.
LAZZAROTTO, Danilo. História de Ijuí. Cadernos do Museu, nº 06. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2002, pp. 72-73, 75-76.
segunda-feira, 3 de julho de 2023
A Colônia de Ijuhy foi chamada e considerada a “Babel do Novo Mundo”!
Colônia de Ijuí em 1902, na rua do Comércio, na altura onde hoje passa os trilhos da rede ferroviária...
A Colônia de Ijuhy é considerada o primeiro projeto de colonização planejada e organizada da Primeira República. O governo do Brasil decidiu fazer um modelo diferente de povoação, não como era anteriormente na qual juntavam famílias imigrantes italianas ou alemãs e no máximo mais uma etnia, num só local, mas sim a nova proposta era reunir na nova colônia famílias vindas de locais diversificados, ou seja, de diversos países e língua.
Tal fato aconteceu e saiu do papel oficialmente no dia 19 de outubro de 1890, com a implantação da “Colônia de Ijuí”, entre as terras de Cruz Alta e Santo Ângelo. Uma região de mata densa e fechada, no noroeste gaúcho. Ela, mais tarde foi chamada de “Babel do Novo Mundo” por um sacerdote católico polonês, Padre Antoni Cuber, em alusão a presença de habitantes oriundos de diversos locais do mundo. Num artigo do padre Antoni Cuber, publicado em polonês no “Kalendarz Polski”, de 1898, o mesmo nos informa que já naquela época havia no município cerca de 19 nacionalidades: “[...] pois este é o número de idiomas que se ouvem por aqui. Até parece a “Babel do novo mundo”...
Pesquisas realizadas, nos tempos atuais, se constatou que no total, e no decorrer das primeiras décadas da Colônia aqui se estabeleceram no município mais de 40 etnias.
Os primeiros colonos aqui chegados se instalaram em lotes rurais de 25 hectares para cada família, fornecidos pelo governo Estadual do Rio Grande do Sul, que ficou responsável pela implantação e administração da Colônia. Os mesmos, em sua maioria eram constituídos de pequenos agricultores vindos da Europa, ou descendentes. Também estavam presentes, nesses passos iniciais de ocupação das novas terras alguns habitantes de origem indígena, africana e portuguesa que já ocupavam a região antes da criação oficial do núcleo colonial.
Portanto, segundo o professor do curso de história da UNIJUÍ, Paulo Afonso Zarth, “a presença de imigrantes de diversas procedências foi uma política deliberada do governo para evitar “quistos étnicos”, expressão utilizada para se referir aos núcleos coloniais criados anteriormente, com hegemonia de um único grupo étnico”.
VOCÊ SABIA:
- LOCALIDADES ONDE SE FIXARAM ALGUNS GRUPOS DE IMIGRANTES: Espanhóis no Itaí; Poloneses no Povoado Santana; Letos no Distrito de Floresta; Austríaco fundaram o Rincão dos Austríacos na Linha 6 Leste, Letos no Distrito de Floresta; Italianos no Barreiro.
- PRIMEIRO CHEFE DA COMISSÃO DE TERRAS DA COLÔNIA: O início da colonização de Ijuí foi orientado e coordenado pelo engenheiro José Manuel da Siqueira Couto, vindo de Silveira Martins, então Distrito de Santa Maria, onde já era chefe da Comissão de Terras local.
domingo, 2 de julho de 2023
A primeira energia elétrica de Ijuí era movida a locomóvel!
Na foto acima (em 1999, recém reformado), um Locomóvel importado da Europa e que foi muito usado pelos primeiros imigrantes, também de Ijuí para produzir energia elétrica. Era a única forma de gerar luz, energia, para o funcionamento de engenhos de cana, alambiques, olarias, serrarias, etc... Tinha um potencial de 8 HP, movido a vapor.
No site do Departamento Municipal de Energia de Ijuí - DEMEI (https://www.demei.com.br/pagina/view/3) temos o registro de que em outros tempos, quando a praticidade da luz elétrica não fazia parte do cotidiano dos ijuienses, as formas de obtenção de energia eram rudimentares e não supriam a demanda que crescia rapidamente. Singelas lamparinas e lampiões, a energia movida por animais e a energia hidráulica, não eram mais suficientes à crescente industrialização de nosso município. A seguir transcrição do site do DEMEI:
“Com a emancipação da cidade em 1912 e a ampliação da estrada ferroviária, o desenvolvimento era flagrante e, para acompanhá-lo, fazia-se imprescindível o uso da energia elétrica, mas enquanto ela não chegava, a luz que era oferecida à comunidade provinha de um ‘Locomóvel’, uma máquina a vapor sobre rodas. Esta iluminação iniciava ao escurecer e terminava à meia-noite. Aos notívagos, restava recuperar as lamparinas e lampiões...
Esse Locomóvel (da foto) da marca Heinrich Lanz, foi doado por Carlos Fricke e Ari Weiler, sócios da empresa Aço e Ferros Colméia Ltda. Foi reformado em 1999 pela firma Fösch & Cia. Ltda, e hoje está exposto – infelizmente malconservado - no museu localizado na Usina Velha, como um testemunho vivo de como se produzia energia elétrica no início do século passado”.
VOCÊ SABIA QUE:
A PRIMEIRA AGÊNCIA CHEVROLET DE IJUÍ funcionava como outra empresa anexa à Casa Dico, administrada pelo filho do Cel. Dico, João Dico. A Agência de revenda, loja de peças e assessórios ficava em diagonal a Casa Dico. Ou seja, na esquina das ruas 7 de Setembro, com a rua do Comércio, onde mais tarde existia a Farmácia do “Cinco”. No prédio construído, por volta de 1925-1927, no dia 4 de julho de 1927, aconteceu uma grande exposição de automóveis em Ijuí que assinalou festivamente a inauguração do prédio com as novas instalações da agência Chevrolet, na cidade de Ijuí.
sábado, 1 de julho de 2023
A etimologia da palavra “Ijuhy” na língua Guarany
A etimologia da palavra Ijuhy tem sua origem e uso indígena, na língua Guarany, com um ou mais significados interessantes. Fato esse que nos remete aos primeiros habitantes das terras onde mais tarde seria criada a Colônia de Ijuhy, mas também por extensão a região do Planalto Médio, Missões e Alto Uruguai...
Seu significado representa sua geografia originária, rodeada de matas e rios. Primeiramente Ijuí era escrito com a letra Y, que em guarani significa rio. Já a sílaba ‘ju’ corresponde a algo divino, celeste, pleno, completo. Houve muitas mudanças até chegar ao nome atualmente conhecido. Também é fato histórico que o nome da “nova Colônia” foi definido com base na denominação de um dos afluentes do rio Uruguai, chamado de “Ijuí”. Inicialmente, o rio, na língua indígena, era conhecido como “rio dos Espinhos”. A forma atual somente foi definida depois que Cruz Alta se emancipou, em 1834. A partir daí, Ijuí tornou-se um Distrito, o 5º da vizinha cidade. O crescimento rápido da Colônia permitiu que ela se tornasse um município em 21 de janeiro de 1912. Homologado no dia 31 do mesmo mês, em ato solene nas dependências do Clube Ijuí...
O professor e historiador Danilo Lazzarotto em seu livro sobre a ‘História de Ijuí”, (MADP, Editora UNIJUÍ, 2002, p. 13) diz o seguinte:
“O nome Ijuhy, ao rio, foi dado pelos índios guaranis e conservado pelos missioneiros. O seu significado varia conforme a grafia que se lhe dá. Escrevendo ‘Ïhjui’ entende-se ‘rio das rãs’, talvez o significado original; ‘Juhy’ significaria ‘rio dos espinhos’; ‘Jujuhy’, ‘rio dos pintassilgos’; mas ‘Ijuhy”, a grafia que aparece em todos os documentos até a década de 1940, só pode significar ‘rio das águas divinas’ (nobres, plenas, áureas) ou ‘rio da abelha divina’ (sincope de ‘ei’ [abelha em ‘i´, como acontece em ‘Iraí’)”. Danilo ressalta também que os “índios denominavam o rio de ‘Yjuhy Guaçu’ (Ijuí Grande) daí que se poderia dizer ‘rio das águas grandes’, mas não se derivaria do termo ‘Yjuhy”.
VOCÊ SABIA QUE: A casa antiga que ainda existe na rua Venâncio Aires, após o cruzamento com José Bonifácio, perto da antiga rodoviária e da filial do também antigo supermercado Schneider, era da Família Hintz. Nela moravam “três irmãs”...
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sexta-feira, 30 de junho de 2023
A Comunidade Evangélica é a mais antiga congregação religiosa da então Colônia de Ijuhy
Luiz Henrique Bergel do canal o "TempoTodo" entrevista o professor Leopoldo Schonardie Filho, com longa trajetória no ensino e na educação física de Ijuí
domingo, 18 de junho de 2023
Antigo prédio ABANDONADO, na rua 19 de Outubro, em Ijuí, onde acontecia os ensaios da Banda "Os Rebeldes"....
sexta-feira, 16 de junho de 2023
Ijuhy da delicadeza das sedas ao tiro de um 38! Uma história real e tragicômica. Histórias do IJUHY DE ANTIGAMENTE - (1949)
Texto e colaboração de Luiz Carlos Sanfelice
Vá no Google Maps e se não tens como, podes passar lá pessoalmente e ver na esquina da rua 7 de setembro com a rua 20 de setembro, na beira da calçada, uma velha casa cor-de-rosa, antiga no estilo e na existência, decadente, praticamente no centro da cidade de Ijuí, RS, eivada de histórias, inclusive desta que vou contar.
Que eu saiba e tenho na memória, em 1946 morava nessa casa o Sr. Vitorino Marin com sua esposa dona Cecília Lucchese Marin, filha do Fermino Lucchese e pais do conhecido Décio Régis Lucchese Marin, que foi formando da 1ª turma do Científico do CEAP (1958), junto com a Gerda Gressler, o Hervigo Costa, Hedio Heinen e outros. Ele depois foi Gerente do Banrisul e mora, hoje, aposentado, em Osório. Eram pais, também, da Denise, do Vinicius e do Enio Lucchese Marin.
Já em 1948/49 morou nessa casa o Sr. Pedro Kossa e sua esposa Maria Sanfelice Kossa, que morando e tendo comércio em Castro no Paraná, para cá vieram acompanhando seu único filho Oswaldo que deveria cumprir o Serviço Militar. Tendo servido o Exército a família voltou para Castro e ao mesmo negócio. Depois que Pedro Kossa foi embora, comprou e habitou essa casa a família de Anael Viecilli, que poucos lembram, mas ele e o Fiorindo Fantinelli eram donos do Cine Serrano e do Cine América.
Depois disso, quando a família do Anael Viecilli deixou a casa nunca mais eu soube de nada. Mas a nossa história se dá, justamente, quando Pedro Kossa ali morava.
Em Castro, Pedro tinha uma Loja que só vendia Seda, a metro. Aqui chegando instalou nessa dita casa uma loja a que deu o nome de “Casa das Sedas” (ela tinha uma porta – que foi fechada – que dava para a calçada). Os mais velhos em Ijuí talvez lembrem. Peças e mais peças de tecido de seda de tudo quanto é cor, ele tinha na Loja. As Senhoras de Ijuí e da região, adoraram. Na época não era comum. O negócio ia bem.
De certa feita, Pedro foi à Santos buscar cortes de seda, pois chegara uma importação e ele tinha que liberar os lotes. O filho no Quartel, arranchado como se dizia, Maria ficou sozinha em casa. Uma noite ela já tendo se recolhido, começou ouvir pequenos ruídos estranhos na loja, depois no escritório, gavetas abrindo, portas do birô sendo abertas. Maria levantou-se, vestida com camisola branca, longa, abriu o guarda-roupas, pegou o revólver >38 que lá guardava e ficou ali em pé, no escuro, de arma na mão, virada para a porta do quarto, esperando...
E era um ladrão... não demorou e o cara abriu a porta do quarto e na obscuridade deu de cara com o vulto daquele “fantasma” e, antes que se desse conta, ...pum... recebe um tiro nos pés...
Não dá nem para imaginar o susto e a correria louca desse cara em direção ao escuro da rua... e sumiu. Se as tábuas do assoalho não foram trocadas, ainda deve estar lá o furo da bala no chão, que atravessou o chão, e foi parar na cozinha, que era na parte de baixo.
Eu sei e conheço esta história em detalhes pois que essa ‘dona’ Maria, esposa do Pedro Kossa, era irmã mais velha do meu pai e, pois, minha tia. (Que aliás era um doce de mulher - sem o .38 na mão - a quem eu queria muito bem). Na época eu tinha 9 anos. Então, agora quando você passar por essa esquina, vai olhar e lembrar que nessa velha casa, um dia um folgado fez acontecer aquilo que se diz quando um cara se dá mal: “deu um tiro no pé”. Esse “NÃO DEU” um tiro no pé, esse “LEVOU” um tiro no pé. De graça.
Luiz Carlos Sanfelice – Porto Alegre, junho de 2023. Colaborador do Grupo IJUHY de ANTIGAMENTE.