quinta-feira, 20 de julho de 2023

Um pouco mais sobre as personalidades que dão nome as ruas de Ijuí!


CONHEÇA UM POUCO MAIS DAS PERSONALIDADES que LEVAM NOMES DE RUAS EM NOSSA CIDADE! O canal da Rose compartilha conhecimento, história e fatos de nossa cidade, de nossa região e da grande Ajuricaba!
Conheça, curta e se inscreva no Canal da Rose: https://www.youtube.com/watch?v=1p-8KPb8ddQ

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Documentário "Mein zweites Zuhause - A Trajetória e o Legado do Centro Cultural de Julho Ijuí".


O vídeo conta com depoimentos de alguns dos primeiros integrantes da entidade, de famílias que têm suas histórias ligadas diretamente à casa alemã e de jovens que se comprometem a levar adiante as tradições dos antepassados. O fio condutor do documentário é como a casa alemã, desde a sua fundação, em 1987, se tornou o segundo lar de muitas famílias de Ijuí e região, sendo parte fundamental da história de várias delas. O documentário é financiado com recursos da Lei Aldir Blanc 14.017/2020, por meio de edital da Fundação Marcopolo.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

O roubo da “Gata Preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 3 de 5

 Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.

Porque o nome "Gata Preta" e seu uso não oficial...












O que desperta curiosidade é a origem do apelido Gata Preta para um carro Mercury, da FORD. Segundo vários entrevistados o apelido deve-se ao fato do carro ter desenhado no painel uma gata preta, cujo desenho deixou de existir em modelos de 1949 em diante. A partir deste desenho é que o automóvel passou a ser tratado por motoristas e mecânicos da garagem municipal por Gata Preta.

A expressão “a Mercury do Prefeito” simplesmente não pegou e foi ignorada. De motoristas e mecânicos, o apelido logo estendeu-se ao domínio público e o carro, onde chegava, imediatamente era identificado como a "Gata Preta". E com este charmoso apelido passou à história de Ijuí.

A bem da verdade, o que motoristas e mecânicos definiram apressadamente como “Gata Preta” era o brasão da Família Ford, representado por uma “Pantera Negra”, cujo símbolo passou a ser colocado em diversos carros da linha FORD. Do brasão constituído por uma “Pantera Negra”, os ijuienses fizeram uma leitura criativa e não tiveram dúvidas em cunhar o carro do Prefeito com o sugestivo nome: a "Gata Preta".

Em inúmeras entrevistas realizadas ao longo de mais de um mês de pesquisa, aflorou em diversas conversas que, além do roubo da Gata Preta, o automóvel foi usado muitas vezes para conduzir homens ávidos por noitadas de farra, magia, orgasmo e prazer em diversos prostíbulos de Ijuí e mesmo de cidades da região. Mas os entrevistados sempre deixaram claro que isso acontecia sem o conhecimento dos Prefeitos.

PRÓXIMO CAPÍTULO AMANHÃ: o roubo da "Gata Preta"...

🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

  A primeira Serraria à vapor, na sede, foi instalada em 1896, pelo Coronel Augusto Ilgenfritz, no local onde há alguns anos funcionava o extinto hotel Brasil. Anos mais tarde todo terreno e prédios foi adquirido pelo empresário Bernardo Gressler, na rua José Bonifácio, onde hoje está construído o Shopping JB.

✳️ O primeiro açougue da cidade foi de Domingos Verdi, que veio aqui morar vindo de Santo Ângelo.

 IMPORTANTE: Amigo(a) você que está lendo diariamente uma postagem exclusiva do IJUHY de ANTIGAMENTE via WHAT´s. Gostaria de nos ajudar e apoiar o projeto IJUÍ - MEMÓRIA VIRTUAL?

  Assinatura semestral R$ 35,00 ou ANUAL R$ 60,00. PIX celular: (47) 99786-3115.            Agradecemos desde já sua ajuda e apoio ao nosso trabalho.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

O roubo da “Gata Preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 2 de 5

 Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.


🤔Quem era a "Gata Preta"?😿

 A Gata Preta era o carro oficial dos Prefeitos de Ijuí entre 1952 a 1965. Tratava-se de um automóvel Mercury Sedan, da FORD, ano 1948, quatro portas, de cor preta – pomposamente chamada por revistas de  “Black Mercury”. Era considerado na época o carro “símbolo nos Estados Unidos”.

Em Ijuí era o carro mais bonito, mais luxuoso e o mais cobiçado por homens de poder e de dinheiro.  Onde quer que chegava, despertava enormes atenções. E mais ainda quem dele saía, tal o glamour que o envolvia. Para se ter uma ideia, em todo município houve apenas mais três Mercury pertencentes a Franklim Thomé da Cruz, Atílio Berno e família Noronha.

O que pertenceu à Prefeitura serviu aos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich, Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e Walter Müller (que o leiloou em 1965).

A Gata Preta foi comprada Zero Km por Ruben Kessler da Silva no início da sua administração, em 1952, com a finalidade de servir como carro oficial do Prefeito. A compra visava levar um alívio financeiro a Leopoldo Hepp, dono da Revenda FORD em Ijuí, que como Presidente da SOGI - que estava em construção - tinha empenhado muitos recursos próprios que o levaram a uma situação difícil. Kessler da Silva, ciente da sua situação, decidiu ajudá-lo com a compra da Gata Preta, já que o Gabinete precisava de um automóvel.

Embora tendo sido adquirida em 1952, na condição de Zero Km, a Gata Preta foi fabricada em 1948, nos Estados Unidos. O tempo da demora explica-se em razão das dificuldades subsequentes à 2ª Guerra Mundial, aliado ao tempo necessário ao transporte de navio e à importação.

PRÓXIMO CAPÍTULO AMANHÃ: Porque o nome "Gata Preta" e seu uso não oficial...

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

  A primeira Escola pública da cidade foi construída em 1893, onde por muitos anos também funcionou o Cine Teatro Serrano, em frente a Praça da República. O seu primeiro diretor foi o professor Roberto Roeber.

🍺 A primeira cervejaria em Ijuí foi instalada pelo comerciante Henrique Kopf, no início do século 20. Situada na rua 7 de Setembro, esquina com a rua do Comércio.

 IMPORTANTE: Amigo(a) você que está lendo diariamente uma postagem exclusiva do IJUHY de ANTIGAMENTE via WHAT´s. Gostaria de nos ajudar e apoiar o projeto IJUÍ - MEMÓRIA VIRTUAL?

 Assinatura semestral R$ 35,00 ou ANUAL R$ 60,00. PIX celular: (47) 99786-3115.  Agradecemos desde já sua ajuda e apoio ao nosso trabalho.

terça-feira, 11 de julho de 2023

O roubo da "gata preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 1 de 5

Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.

Por ser uma história um pouco comprida iremos repartir ela em 5 capítulos/dias - em série - para não ficar muito cansativo e mais emocionante.














A Gata Preta é o carro que está estacionado a direita da foto (dentro do círculo amarelo) e que foi o veículo oficial dos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich, Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e Walter Müller (que o leiloou em 1965).

Na noite de 27 de fevereiro de 1959, uma sexta-feira, em torno das 23h, quando estava estacionada na rua do Comércio, em frente a Prefeitura Velha, a 'Gata Preta' foi roubada misteriosamente, enquanto se realizava uma reunião da direção do Partido de Representação Popular (PRP) no Stúdio Fotográfico de Alfredo Beck. O Prefeito era Lothar Friederich, que pertencia ao PRP, e a Gata Preta era seu carro oficial.

Ao longo da história de Ijuí não houve nenhum outro carro oficial do Prefeito que fosse tão conhecido, tão comentado e também tão criticado quanto a Gata Preta.

No final da década de 1950 e inícios de 1960 não havia munícipe que desconhecia a história da Gata Preta. Os que nasceram depois de 1960 não tomaram conhecimento de todas as intrigas, roubos, desavenças e, sobretudo, seu espetacular resgate de uma Província da Argentina para onde tinha sido levada depois de um duplo roubo.

Já os que têm mais de 55 anos lembram, às vezes com detalhes, a história que o tempo teima em não apagar. Simplesmente porque entre 1952 e 1965 – por um período de 13 anos – a Gata Preta era presença constante, quando não obrigatória, nas conversas entre funcionários da Prefeitura, políticos e demais pessoas. Principalmente, depois de fevereiro de 1959, quando foi furtada em pleno centro de Ijuí.

  🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

  A primeira padaria da cidade pertenceu a Guilherme Töniges e estava instalada na esquina do antigo Banco Nacional do Comércio S/A. Isto é, na esquina das ruas Benjamin Constant com a do Comércio. Mais tarde, no mesmo local funcional o Banco Nacional. Frente ao prédio da antiga Intendência, “Prefeitura Velha”.

✳️ O primeiro moinho de Ijuí na sede da colônia teria sido de Jacob Runke.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Fundadores da Sociedade União Israelita de Ijuí

 

A presença Judaica no interior do estado do Rio Grande do Sul sempre foi marcante, desde a chegada de seus primeiros imigrantes para a região de Santa Maria, Passo Fundo.

Nesse contexto encontramos junto ao site da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (http://www.firs.org.br/), tempos atrás, e hoje não mais disponível, um registro histórico muito importante para a história de Ijuí, por não haver nenhum outro registro semelhante, dentro de nosso conhecimento histórico. No site havia uma foto histórica do ano de 1915 onde aparecem os fundadores da Sociedade União Israelita de Ijuí. No momento, não temos mais informações sobre esse grupo de moradores/colonizadores de Ijuí.

Nem o jornalista, e principal historiador de Ijuí, Martin Fischer registrou em suas pesquisas e escritos algo sobre a existência de uma colônia de judeus nos primeiros tempos da Colônia de Ijuí. No principal artigo escrito por Martin Fischer sob o título “Etnias diferençadas na formação de Ijuí”, publicado no jornal Correio Serrano, no dia 05 de novembro de 1967, não há nenhum registro desse grupo de imigrante. Não obstante ele registrar amplamente a chegada e presença dos alemães, italianos, árabes, russos, poloneses, letos, austríacos, japoneses, africanos, ameríndios, na colonização e desenvolvimento do município de Ijuí.

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

O primeiro bolicho da sede foi  de propriedade de Antônio Soares de Barros, o Cel. Dico. O mesmo estava localizado à rua 7 de Setembro, esquina com a rua do Comércio, onde por muitos anos funcionou a empresa Organização Hass.

✳️ A primeira olaria de nosso município foi montada por João Batalha e estava localizada defronte à antiga Empresa Hass Transportes Ltda, na rua 7 de Setembro.

❇️ A primeira sapataria da cidade de Ijuí era de propriedade do sr. Fernando Krüger, instalada na rua 7 de Setembro.

domingo, 9 de julho de 2023

A cidade de Ijuí quase foi transferida para às margens do rio Ijuí...

 Esse movimento e expectativa de transferir a recém-criada Colônia de Ijuhy para mais próxima do rio Ijuí surgiu por volta de sete ou oito anos, depois de sua fundação em 1890, quando já estava sendo administrada pelo engenheiro Dr. Augusto Pestana.

Ainda não sabemos, mesmo com muita pesquisa em documentos antigos, qual seria o motivo para tal decisão, que certamente iria afetar muitos imigrantes já estabelecidos na área central da Colônia. Por outro lado, houve também pessoas que levaram a sério a decisão e proposta que ora estava sendo apresentada.

Entre elas, o imigrante russo Emil Glitz, que já estava estabelecido na vila com uma casa comercial e hospedaria (hotel Glitz), na esquina das ruas 19 de Outubro com a do Comércio. Atendendo apelo do engenheiro Augusto Pestana, administrador da Colônia de Ijuhy, em 1898, Emil Glitz transferiu sua casa comercial para as proximidades do rio Ijuí, onde atualmente está a ponte da RS-155. Ali dedicou-se também a plantação de cana-de-açúcar, construiu um alambique e ainda cuidava de uma barca que fazia a travessia do rio.

Porém, em 1906, dando-se conta de que o centro da Vila continuava a se expandir onde está até os dias de hoje, Emil Glitz decidiu retornar com sua família ao local de origem, passando a cuidar, novamente, de sua casa comercial e do hotel, que já existia, próxima dos trilhos... que seria construído em 1912...

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

 ✅ Num breve momento da história política de Ijuí, 1925-27, o coronel Dico esteve ausente da liderança política: *"Nesse período ele não foi intendente em decorrência do Pacto de Pedras Altas, que não permitia a reeleição. Nesse período, o Coronel Steglich esteve à frente do governo Municipal e, após a sua renúncia, o médico Ulrich Kulhmann assumiu a Prefeitura.

✳️ Em fins de 1934, houve eleições municipais em Ijuí e, pela primeira vez, o Cel. Dico levava um número expressivo de votos contrários. Acontecia que os colonos estavam descontentes com o preço pago pela banha, pelos donos dos chamados "Sindicatos da Banha". Os colonos aproveitaram a primeira vez que o voto era secreto e votaram contra. (Fonte: Programa Memória Viva do MADP).

 REFERÊNCIAS:

- BINDÉ, Ademar Campos. Obras centenárias de um pioneiro. O Repórter, Ijuí, 16 abr. 2011. História, p. 10.

- IJUÍ – 1912 – 1962. Revista histórica dos 50 anos da emancipação de Ijuí. Ijuí: Livraria Serrana, 1962.

sábado, 8 de julho de 2023

O então Governador do RS: General Flores da Cunha esteve em Ijuí para inaugurar o Frigorífico Serrano em 1934

 

O prédio da Prefeitura Municipal foi inaugurado em 1933. A foto acima mostra no ano seguinte, em 1934, a visita do Interventor Estadual (Governador) do Rio Grande do Sul, General Flores da Cunha a cidade de Ijuí. Na oportunidade ele foi recebido pelas autoridades e apresentado ao povo. A imagem mostra o momento em que ele falava da sacada da Prefeitura Municipal ao povo reunido na rua Benjamin Constant. Um grupo de cavalarianos participaram deste ato público e político.

No mesmo dia Flores da Cunha participou da inauguração do antigo Frigorífico Serrano, na rua 19 de outubro. A foto abaixo (raríssima) mostra o General Flores da Cunha, o então Prefeito Coronel Dico, Rosalvo Scherer (diretor presidente do Frigorífico), e outras autoridades e políticos presentes na inauguração.


🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

 ✅ A Cooperativa Frigorífico Serrano, fundada em 1934 e que, na década de 50, chegou a ocupar a 4ª colocação nas empresas do gênero no Rio Grande do Sul. Foi essa indústria que inaugurou o 1º vagão frigorífico da Viação Férrea do Estado do Rio Grande do Sul (WEBER, Regina. "Os inícios de industrialização em Ijuí". UNIJUÍ Editora, 1987, p.113). Nos anos 60, assume o frigorífico um grupo alemão chamado Herta Schweisfurth. Nos momentos de safra, o Frigorífico chegou a ter 500 empregados. Porém, nos anos 80 foi decretada a falência do Serrano.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Inauguração do monumento e busto em homenagem ao engenheiro Augusto Pestana, primeiro Diretor da Colônia de Ijuhy

 

A direita, o primeiro ao lado do busto é Crisanto Leite, que foi Coletor Estadual de impostos. A esquerda de terno claro e óculos, João Hoffmann, que era conhecido como João “da Ponte”, por fabricar pontes. Ao fundo o Salão Paroquial São Luiz, ainda em construção pela Igreja da Natividade.  Fonte: Jornal da Manhã, edição do dia 19/10/1991.

O busto em homenagem ao engenheiro Augusto Pestana é um dos mais antigos monumentos construído na Praça da República, numa justa homenagem ao principal impulsionador do desenvolvimento da Colônia de Ijuí, e também seu primeiro Administrador e Intendente.

Sua inauguração aconteceu no dia 19 de outubro de 1940, dentro das comemorações do cinquentenário da colonização de Ijuí. Além do busto foi colocado também um escudo da República do Brasil e ainda uma placa com os seguintes dizeres: “Ao benemérito engenheiro Augusto Pestana. O povo de Ijuí”.

Segundo o historiador e jornalista Ademar Campos Bindé, a “...atuação de Augusto Pestana como administrador da então Colônia de Ijuí começou no dia 1º de janeiro de 1899 e se estendeu por quase 14 anos. O coroamento de sua…

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

✅ A cidade de Ijuí também ficou conhecida como "Colmeia do Trabalho", título este escolhido através de um concurso promovido pelo Jornal Correio Serrano no ano de 1944: "O nome simbólico escolhido em 06/10 de 1944 para a nossa querida Ijuí foi 'Colmeia do Trabalho', nome conservado até hoje, que bem sintetiza o labor constante e progressivo do povo de nossa terra" (Fonte: CORREIO SERRANO, 27 de outubro de 1944, p.5). No entanto, já encontramos registros deste codinome "Colmeia do Trabalho" antes da referida data.

✅ Nos anos 90 a população de Ijuí passou a ser predominantemente urbana, em torno de 80% morando na área urbana. Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Os primeiros times amadores de futebol de campo de Ijuí

 

Eduardo Macuglia, bacharel em Educação Física, escreveu em 2018 seu trabalho de conclusão, ao curso de graduação em Educação Física pela UNIJUÍ, através do qual tinha como principal objetivo entender de que maneira se desenvolveu o futebol de campo amador na cidade de Ijuí, sob os relatos de ex-atletas e/ou dirigentes que hoje possuem graduação em Educação Física. Os resultados desse estudo mostram que o desenvolvimento do futebol amador no município de Ijuí decaiu com o passar das gerações, por forte influência de fatores externos como política, violência, financeiro e do incentivo por parte das famílias a dar continuidade às histórias do mundo futebolístico vivenciadas por seus familiares. A íntegra da pesquisa está disponível em: https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/5446

Do trabalho de pesquisa de Eduardo Macuglia extraímos algumas anotações e informações históricas sobre os primeiros times amadores de futebol de campo do município de Ijuí:

Com base no livro de Ademar Bindé (1988, p. 16-17) Eduardo relaciona a identificação dos quatros primeiros times da cidade. São eles: o Sport Club Oriental – 1916; o Sport Club Riograndense – 1918; o Gaúcho da Linha 8 Leste – 1940, considerado o clube mais antigo do interior do município; e o time dos Onze – 1925.

Ademar Campos Bindé, em seu livro “O Futebol em Ijuí”, nos informa que “[...] o futebol chegou em Ijuí na primeira década do século 19 e se desenvolveu já na década seguinte, tanto na cidade quanto no interior. Durante a década de 60, muitas equipes conhecidas como amadoras fizeram o município de Ijuí ter um grande destaque, sobretudo, por conta de alguns clubes de futebol que tiveram visibilidade nacional.

Os primeiros times de futebol em Ijuí começaram a se formar em 1907. Segundo Bindé (1988), os primeiros praticantes tinham idade de dez a doze anos. No entanto, em seguida, os menores com idade de seis a oito anos também faziam parte do desenvolvimento do esporte na cidade.


Logo nos primeiros anos, o futebol era praticado como uma forma de lazer, digo, em campinhos, ruas dos bairros ou pátio das escolas pelas pessoas que ali habitavam, sem objetivar resultados ou metas estabelecidas. A prática do futebol também teve registros que não havia materiais específicos, como a bola que muitas vezes era improvisada, sem chuteiras ou tênis e até mesmo sem uniformes para distinguir os times que foram organizados.

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

 ✅ Uma área desabitada onde hoje se localiza a Escola Estadual de 1º Grau Rui Barbosa (Ruizinho), segundo Bindé, era o local preferido para a prática do futebol na então Vila de Ijuhy;

✳️ Os primeiros registros históricos relatam que o futebol de campo começou a ser praticado no local que se tornou conhecido como a Baixada, mesma área que hoje encontra-se o Estádio 19 de Outubro, do Esporte Clube São Luiz.

✅ Segundo Bindé ainda não foi descoberto em que época a Baixada passou a ser campo de futebol, apenas há relatos que  a partir do ano de 1916 já se jogava futebol no local. Por outro lado, pode-se afirmar que os dois primeiros clubes da cidade foram o Oriental e o Riograndense, surgidos por volta de 1916 e 1918, respectivamente.

REFERÊNCIAS:

BINDÉ, A. C. O futebol em Ijuí: documentário. Ijuí: Jornalística Sentinela, 1988.

MACUGLIA, Eduardo. Futebol amador em Ijuí - RS: fragmentos da história sob a ótica de profissionais de educação física. 2018. Monografia (Bacharelado em Educação Física) - Curso em Educação Física - Universidade de Ijuí - UNIJUÍ, Ijuí, 2018.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Realização do primeiro recenseamento da Colônia de Ijuhy, em 1895

 

Durante administração da Colônia de Ijuhy, em 1892-1898, a cargo de Horácio da Silva Lima (filho de José Gabriel da Silva Lima, que abriu a Picada da Conceição), considerada fraca, aconteceu a Revolução de 1893-1895, conhecida também como a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul. Muito afetou o desenvolvimento da Colônia. Os créditos para as Comissões de Terras foram restritos ao mínimo.

Nessa época registra o professor Danilo Lazzarotto, em seu livro sobre a história de Ijuí, que a colonização estava num estado bem precário, tudo ainda para construir, e inúmeros imigrantes chegando. Nem as quadras da Sede estavam demarcadas. O estado sanitário por muito tempo era péssimo. Não havia remédio para a população. Ainda assim, com os esforços dos colonos e a inauguração da estrada de ferro em Cruz Alta (1894) que facilitava um tanto a comercialização de vários produtos, a situação na Colônia de Ijuhy começava a melhorar. Em 1895, é realizado o primeiro censo geral da Colônia de Ijuí e se constata uma população de 6.068 habitantes. A produção local que foi registrada no recenseamento já era expressiva, tanto na agricultura, na pecuária como na indústria, comércio e no setor de serviços.

Por causas de desavenças antigas do então Intendente de Cruz Alta, General Fermino de Paula com o pai de Horácio, o agrimensor José Gabriel (que abriu a Picada da Conceição), motivou que Horácio da Silva Lima recebesse poucos recursos do Governo do Estado e que fosse substituído de seu cargo, no dia 6 de dezembro de 1898, por decisão do então Presidente (Governador) Augusto Borges de Medeiros. Um novo Chefe da Comissão de Terras de Ijuhy seria então nomeado, o engenheiro Augusto Pestana, que tomou posse no dia 8 de janeiro de 1899.

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

 No primeiro recenseamento feito na Colônia de Ijuí, em 1895, se registrou os seguintes números:

🗒️- na agricultura: 19.439 sacos; feijão 2.799 sacos; centeio 1.483 sacos; cevada 620 sacos; trigo 2.103 sacos; batata 347 sacos; arroz 152 sacas; 15 pipas de aguardente; 7 pipas de vinho.

🐮- na pecuária: 1.177 vacuns; 73 muares; 769 cavalos; 4.979 suínos.

🏭- na indústria, comércio e no setor de ser serviços: 1 curtume; 1 fábrica de cerveja; 3 olaria; 9 moinhos; 13 casas de negócios; 3 ferrarias; 1 armeiro; 1 hotel.

 REFERÊNCIA:

LAZZAROTTO, Danilo. História de Ijuí. Cadernos do Museu, nº 06. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2002, pp. 75-76.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Os primeiros administradores da Comissão de Terras da Colônia de Ijuhy

 

Segundo pesquisas do professor e historiador Danilo Lazzarotto, o início da colonização de Ijuí foi orientado pelo engenheiro, José Manuel da Siqueira Couto, que era chefe da Comissão de Terras de Silveira Martins, então Distrito de Santa Maria. “Mal inaugurado o núcleo colonial a Comissão de Terras foi transferida para Ijuí e, em ofício de 20/1/1891, Siqueira Couto recebeu ordens para providenciar a sede para a instalação da Comissão (atual Prefeitura Velha) e ‘que os imigrantes se dirijam agora diretamente para Ijuí...”

No entanto Siqueira Couto ficou pouco tempo nessa comissão, segundo Danilo. Em 19/5/1891 ele foi transferido “para o lugar de Delegado das Terras de Espírito Santo”. Em seu lugar ficou, embora não nomeado, o agrimensor Luiz Augusto de Azevedo, que aliás administrou quase sempre a Colônia de Ijuí, pois na maioria do tempo Siqueira Couto permanecia em Silveira Martins.

Em 10 de maio de 1892, foi assinado uma nova Portaria designando para a Comissão de Terras de Ijuhy o agrimensor Ernesto Mutzzel Filho. Esse foi substituído pelo agrimensor Horácio da Silva Lima (filho de José Gabriel da Silva Lima). Deixou fama de “homem bom, mas fraco”. Não realizou muita coisa. Evidentemente a culpa não foi sua, segundo Lazzarotto. A colonização estava começando, não havia capitais disponíveis. O mercado mais próximo era o de Cruz Alta. Os caminhos, já em bom número, eram de difíceis manutenção, o colono mal produzia para viver. Era a “fase de subsistência” da Colônia de Ijuhy.

 🤔VOCÊ SABIA QUE:🙃

✳️Em 1895 realizou-se o *primeiro recenseamento geral da Colônia de Ijuhy. A população contada foi de 4.225 habitantes, todos moradores na margem esquerda do rio Ijuí. Os quais estavam distribuídos em 2.127 habitantes nas Linhas de Oeste e 2.098 nas Linhas Leste.

A esse recenseamento acrescentou-se um complementar, de 31 de julho de 1897, dizendo que em 1896 entraram mais 289 pessoas; em 1897 até 31 de julho, mais 166; mais os espontâneos de 1896 a 1897 em  número de 52 e ainda os mais ou menos 1.000 posseiros que invadiram os lotes medidos pelo Banco Iniciador de Desenvolvimento na margem direita, dando um total de 6.068 habitantes.

 REFERÊNCIA:

LAZZAROTTO, Danilo. História de Ijuí. Cadernos do Museu, nº 06. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2002, pp. 72-73, 75-76.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

A Colônia de Ijuhy foi chamada e considerada a “Babel do Novo Mundo”!

 

Colônia de Ijuí em 1902, na rua do Comércio, na altura onde hoje passa os trilhos da rede ferroviária...

A Colônia de Ijuhy é considerada o primeiro projeto de colonização planejada e organizada da Primeira República. O governo do Brasil decidiu fazer um modelo diferente de povoação, não como era anteriormente na qual juntavam famílias imigrantes italianas ou alemãs e no máximo mais uma etnia, num só local, mas sim a nova proposta era reunir na nova colônia famílias vindas de locais diversificados, ou seja, de diversos países e língua. 

Tal fato aconteceu e saiu do papel oficialmente no dia 19 de outubro de 1890, com a implantação da “Colônia de Ijuí”, entre as terras de Cruz Alta e Santo Ângelo. Uma região de mata densa e fechada, no noroeste gaúcho. Ela, mais tarde foi chamada de “Babel do Novo Mundo” por um sacerdote católico polonês, Padre Antoni Cuber, em alusão a presença de habitantes oriundos de diversos locais do mundo. Num artigo do padre Antoni Cuber, publicado em polonês no “Kalendarz Polski”, de 1898, o mesmo nos informa que já naquela época havia no município cerca de 19 nacionalidades: “[...] pois este é o número de idiomas que se ouvem por aqui. Até parece a “Babel do novo mundo”... 

Pesquisas realizadas, nos tempos atuais, se constatou que no total, e no decorrer das primeiras décadas da Colônia aqui se estabeleceram no município mais de 40 etnias.

Os primeiros colonos aqui chegados se instalaram em lotes rurais de 25 hectares para cada família, fornecidos pelo governo Estadual do Rio Grande do Sul, que ficou responsável pela implantação e administração da Colônia. Os mesmos, em sua maioria eram constituídos de pequenos agricultores vindos da Europa, ou descendentes. Também estavam presentes, nesses passos iniciais de ocupação das novas terras alguns habitantes de origem indígena, africana e portuguesa que já ocupavam a região antes da criação oficial do núcleo colonial.

Portanto, segundo o professor do curso de história da UNIJUÍ, Paulo Afonso Zarth, “a presença de imigrantes de diversas procedências foi uma política deliberada do governo para evitar “quistos étnicos”, expressão utilizada para se referir aos núcleos coloniais criados anteriormente, com hegemonia de um único grupo étnico”.

VOCÊ SABIA:

  • LOCALIDADES ONDE SE FIXARAM ALGUNS GRUPOS DE IMIGRANTES: Espanhóis no Itaí; Poloneses no Povoado Santana; Letos no Distrito de Floresta; Austríaco fundaram o Rincão dos Austríacos na Linha 6 Leste, Letos no Distrito de Floresta; Italianos no Barreiro.
  • PRIMEIRO CHEFE DA COMISSÃO DE TERRAS DA COLÔNIA: O início da colonização de Ijuí foi orientado e coordenado pelo engenheiro José Manuel da Siqueira Couto, vindo de Silveira Martins, então Distrito de Santa Maria, onde já era chefe da Comissão de Terras local.

REFERÊNCIA: 
CUBER, Antoni. Nas margens do Uruguai. Ijuí: editora da UNIJUÍ. 2002. (Original polonês publicado no Kalendarz Polski, Porto Alegre. 1898.) Tradução de Edmundo Gardolinski.

ZARTH, Paulo Afonso. A “Babel do Novo Mundo”: história das relações étnico culturais através da imprensa de Ijuí, Brasil. Cultura Escolar Migrações e Cidadania ¬ Actas do VII Congresso LUSO¬BRASILEIRO de História da Educação. Dias 20 a¬ 23 Junho 2008, Porto: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (Universidade do Porto). Disponível em: https://pt.scribd.com/document/411706279/A-Babel-Do-Novo-Mundo-A-Historia-Das-Relacoes-Etnico-Culturais-Atraves-Da-Imprensa-de-Ijui#


domingo, 2 de julho de 2023

A primeira energia elétrica de Ijuí era movida a locomóvel!

 

Na foto acima (em 1999, recém reformado), um Locomóvel importado da Europa e que foi muito usado pelos primeiros imigrantes, também de Ijuí para produzir energia elétrica. Era a única forma de gerar luz, energia, para o funcionamento de engenhos de cana, alambiques, olarias, serrarias, etc... Tinha um potencial de 8 HP, movido a vapor. 

No site do Departamento Municipal de Energia de Ijuí - DEMEI (https://www.demei.com.br/pagina/view/3) temos o registro de que em outros tempos, quando a praticidade da luz elétrica não fazia parte do cotidiano dos ijuienses, as formas de obtenção de energia eram rudimentares e não supriam a demanda que crescia rapidamente. Singelas lamparinas e lampiões, a energia movida por animais e a energia hidráulica, não eram mais suficientes à crescente industrialização de nosso município. A seguir transcrição do site do DEMEI:

“Com a emancipação da cidade em 1912 e a ampliação da estrada ferroviária, o desenvolvimento era flagrante e, para acompanhá-lo, fazia-se imprescindível o uso da energia elétrica, mas enquanto ela não chegava, a luz que era oferecida à comunidade provinha de um ‘Locomóvel’, uma máquina a vapor sobre rodas. Esta iluminação iniciava ao escurecer e terminava à meia-noite. Aos notívagos, restava recuperar as lamparinas e lampiões...

Esse Locomóvel (da foto) da marca Heinrich Lanz, foi doado por Carlos Fricke e Ari Weiler, sócios da empresa Aço e Ferros Colméia Ltda. Foi reformado em 1999 pela firma Fösch & Cia. Ltda, e hoje está exposto – infelizmente malconservado - no museu localizado na Usina Velha, como um testemunho vivo de como se produzia energia elétrica no início do século passado”.

VOCÊ SABIA QUE: 

A PRIMEIRA AGÊNCIA CHEVROLET DE IJUÍ funcionava como outra empresa anexa à Casa Dico, administrada pelo filho do Cel. Dico, João Dico. A Agência de revenda, loja de peças e assessórios ficava em diagonal a Casa Dico. Ou seja, na esquina das ruas 7 de Setembro, com a rua do Comércio, onde mais tarde existia a Farmácia do “Cinco”. No prédio construído, por volta de 1925-1927, no dia 4 de julho de 1927, aconteceu uma grande exposição de automóveis em Ijuí que assinalou festivamente a inauguração do prédio com as novas instalações da agência Chevrolet, na cidade de Ijuí.

sábado, 1 de julho de 2023

A etimologia da palavra “Ijuhy” na língua Guarany

 A etimologia da palavra Ijuhy tem sua origem e uso indígena, na língua Guarany, com um ou mais significados interessantes. Fato esse que nos remete aos primeiros habitantes das terras onde mais tarde seria criada a Colônia de Ijuhy, mas também por extensão a região do Planalto Médio, Missões e Alto Uruguai...

Seu significado representa sua geografia originária, rodeada de matas e rios. Primeiramente Ijuí era escrito com a letra Y, que em guarani significa rio. Já a sílaba ‘ju’ corresponde a algo divino, celeste, pleno, completo. Houve muitas mudanças até chegar ao nome atualmente conhecido. Também é fato histórico que o nome da “nova Colônia” foi definido com base na denominação de um dos afluentes do rio Uruguai, chamado de “Ijuí”.  Inicialmente, o rio, na língua indígena, era conhecido como “rio dos Espinhos”. A forma atual somente foi definida depois que Cruz Alta se emancipou, em 1834. A partir daí, Ijuí tornou-se um Distrito, o 5º da vizinha cidade. O crescimento rápido da Colônia permitiu que ela se tornasse um município em 21 de janeiro de 1912. Homologado no dia 31 do mesmo mês, em ato solene nas dependências do Clube Ijuí...

O professor e historiador Danilo Lazzarotto em seu livro sobre a ‘História de Ijuí”, (MADP, Editora UNIJUÍ, 2002, p. 13) diz o seguinte: 

“O nome Ijuhy, ao rio, foi dado pelos índios guaranis e conservado pelos missioneiros. O seu significado varia conforme a grafia que se lhe dá. Escrevendo ‘Ïhjui’ entende-se ‘rio das rãs’, talvez o significado original; ‘Juhy’ significaria ‘rio dos espinhos’; ‘Jujuhy’, ‘rio dos pintassilgos’; mas ‘Ijuhy”, a grafia que aparece em todos os documentos até a década de 1940, só pode significar ‘rio das águas divinas’ (nobres, plenas, áureas) ou ‘rio da abelha divina’ (sincope de ‘ei’ [abelha em ‘i´, como acontece em ‘Iraí’)”. Danilo ressalta também que os “índios denominavam o rio de ‘Yjuhy Guaçu’ (Ijuí Grande) daí que se poderia dizer ‘rio das águas grandes’, mas não se derivaria do termo ‘Yjuhy”.

VOCÊ SABIA QUE: A casa antiga que ainda existe na rua Venâncio Aires, após o cruzamento com José Bonifácio, perto da antiga rodoviária e da filial do também antigo supermercado Schneider, era da Família Hintz. Nela moravam “três irmãs”...

PARTICIPE DO IJUHY de ANTIGAMENTE via WHAT´s e receba diariamente uma postagem exclusiva. Faça sua assinatura pelo whats/PIX: (47) 99786-3115. Assinatura semestral: R$ 35,00 e ANUAL: R$ 60,00.