sexta-feira, 27 de julho de 2012

COTRIJUÍ representando mais de 18.500 associados distribuídos em mais de 42 municípios do RS completou 55 anos de fundação - parte I

Vista área da Agroindústria, sede e armazens da COTRIJUÍ, em Ijuí

  No dia 01 de setembro de 1957 a Cooperativa contratava a construção do seu primeiro armazém: um armazém metálico, com 2.400 m² de área coberta, à oeste da Viação Férrea em Ijuí. 
 Com recursos provenientes da primeira integralização de capital e financiamentos conseguidos em bancos locais, levou-se à diante a construção do armazém da Cooperativa, que em 4 de dezembro de 1957 recebia suas primeiras cargas de trigo. Naquele ano ainda receberia 4.295 toneladas de trigo. 
 O fato da Cooperativa ter conquistado a infra-estrutura inicial em tempo hábil e atendido a demanda da safra, surtiu um efeito positivo e conquistou a confiança dos seus associados. Logo após a Fundação, a primeira sede da Cooperativa Tritícola Serrana funcionou em um prédio alugado, à Rua Tiradentes nº 404.
 O quadro social da Cooperativa, que não ultrapassara 60 associados até o final de 1957, atingiria menos de 10 anos depois, em 1964, a casa dos 2.400 associados. Neste ano a Cooperativa passou a funcionar em sua primeira sede própria, situada na Rua José Hickembick s/n, onde hoje funciona a atual reitoria da UNIJUI.
 Em 1972 a COTRIJUI iniciou a construção de sua nova sede, junto ao complexo industrial e de armazéns graneleiros. A mudança para o novo escritório foi feita no dia 03 de dezembro de 1975, e nesta estrutura funciona a sede da Cooperativa até os dias atuais. 
 A expansão da COTRIJUI teve início em 1969, com a construção de um armazém graneleiro (projetado pela própria Cooperativa) na cidade de Santo Augusto.
Em dezembro do mesmo ano, a Assembléia Geral aprovou a construção de um terminal portuário em Rio Grande. 
O Terminal Graneleiro, que ficou pronto em 1972 e levou o nome do seu idealizador: Terminal Graneleiro Luiz Fogliatto, foi o impulsionador das exportações gaúchas de grãos na década de 1970, responsável pelo escoamento de 80% dos grãos produzidos no RS. Pertence atualmente ao Grupo CCGL.
 Em 1970 foi a vez da cidade de Tenente Portela receber a COTRIJUI;
 Em 1973, novas Unidades em Jóia, Coronel Bicaco e Chiapetta; 
Em 1975 era a vez de Ajuricaba e Augusto Pestana.
Em 1977 a incorporação das cooperativas Pedritense Agro-Pastoril de Dom Pedrito-RS.
Também em 1977 a Copermará de Maracajú-MS, alargam ainda mais as fronteiras da COTRIJUI.
Em 1979 eram criadas as Regionais Dom Pedrito e Mato Grosso do Sul, esta última desencorporada em 1993, após decisão da Assembléia Geral.
Em 2003, após assinatura de um acordo comercial com a CAAL e a Cooperativa Assisense, a COTRIJUI estendeu seus serviços na região da campanha, passando a atuar nas cidades de Manoel Viana e São Francisco de Assis. 
 Em 2004 ambas são incorporadas, passando São Francisco de Assis a constituir a mais recente Unidade da COTRIJUI em 2007.
Atualmente esse complexo atende as demandas de mais de 18.500 cooperados e proporciona mais de 2.500 empregos diretos.
A COTRIJUI diversificou suas atividades, ampliando suas ações através da agro-industrialização, em especial na indústria de cereais, frigorífico, fábrica de rações e moinho, todas voltadas à agregação de valor no produto primário, buscando assim o melhor atendimento aos associados.
 Administrada por um colégio de Conselheiros que representa todas as Unidades, integram a Diretoria Executiva da COTRIJUI para o período 2009/2013, os associados: Carlos Domingos Poletto, Diretor Presidente; Luiz Ottonelli, Diretor Vice Presidente; Osmildo Pedro Bieleski, Diretor Secretário.

Fonte das fotos e texto: Site da Cotrijuí. Disponível em: http://www.cotrijui.coop.br:8080/historia/historia.html

COTRIJUÍ - 55 anos de história

Atual presidente da COTRIJUÍ
 Carlos Domingos Poletto
Como parte da Família COTRIJUI, nós produtores, funcionários, parceiros comerciais e de serviços, instituições de caráter privado ou público, todos merecemos uma reflexão sobre esta empresa diferenciada cuja fundação se deu há exatos 55 anos, no dia 20 de julho de 1957.
Pelo emprego de vários meios, temos preservado a história desta saga vitoriosa, só possível pela visionária iniciativa dos pioneiros, que colocaram em prática os ideais do cooperativismo e deram forma à Cooperativa Tritícola Serrana Ltda. Os registros mais recentes estão no livro editado em 2007, “COTRIJUI 50 anos de história”; na mostra fotográfica que naquele mesmo ano percorreu todas as Unidades da COTRIJUI, proporcionando um visual da caminhada do homem e sua cooperativa.
O empreendedorismo que não mediu esforços para exercer uma vocação cuja importância não tem precedentes na história: produzir alimentos. Sabendo, no entanto, que essa grandeza nem sempre tem ou terá o reconhecimento que lhe é devido. Homens e mulheres investiram em sí próprios, apostaram na força da união e ultrapassaram fronteiras para buscar mercado e reconhecimento à sua nobre função.
A COTRIJUI deve muito do que é, a si mesma. E outro tanto à sua crescente aceitação como defensora dos agropecuaristas, no seu próprio meio, no âmbito dos parceiros comerciais e na esfera pública, em todas as instâncias, municipal, estadual ou federal.
Nominar mais de 19 mil famílias cooperadas é impraticável, aqui. Permitam-me abraçar a cada associado e familiares, através desta mensagem. Em sua fidelidade à COTRIJUI e aos princípios cooperativistas está a razão de sermos hoje uma das maiores cooperativa do ramo agropecuário no Rio Grande do Sul. De gerarmos importante arrecadação de tributos e tantas vagas de trabalho, em paralelo à assistência técnica e acompanhamento comercial e de serviços a todos os produtores.
Diversificação de culturas, plantio direto na palha, programas voltados à sustentabilidade priorizando o meio ambiente, verticalização da produção, irrigação de culturas, programas de Leite e Carne a Pasto e Agricultura de Resultados, dentre outros, foram ações que tornaram a nossa COTRIJUI reconhecida nacional e internacionalmente.
Este recado expressa de forma solidária o que gostariam de transmitir todos os membros da diretoria da COTRIJUI, seus conselheiros de administração e fiscais, representantes eleitos e membros das Comissões Setoriais de Produção.
Sinta-se protagonista desse grande projeto que é a COTRIJUI. No Ano Internacional das Cooperativas, integre-se aos que juntos vêm defendendo ações mais solidárias, que priorize e valorize o homem.

   Fonte: Depoimento do Presidente Carlos Domingos Poletto em nota oficial distribuída à imprensa nas comemorações dos 55 anos da COTRIJUÍ. Disponível em: http://www.cotrijui.coop.br:8080/pg_noticias/noticiaunica.jsp?id_noticia=712

Fundadores da COTRIJUÍ
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte das imagens e textos: Site da COTRIJUÍ. Disponível: www.cotrijui.coop.br

quarta-feira, 25 de julho de 2012

MDB foi o grande vencedor em Ijuí na eleição presidencial de 1974. Ernesto Geisel foi eleito presidente vencendo Ulysses Guimarães. Eleitos também: Paulo Brossard, Amaury Müller, Antonio Bresolin, Alberto Hoffmann, Waldir Walter, Ruby Diehl, entre outros...

Ernesto Geisel venceu Ulysses Guimarães
    Em 15 de novembro de 1974 (sexta-feira) foram eleitos os membros do Congresso Nacional do Brasil renovando-se um terço do Senado Federal e todos os assentos da Câmara dos Deputados. Foi a primeira eleição realizada pelo governo Ernesto Geisel.
   A eleição presidencial brasileira de 1974 foi a vigésima-primeira eleição presidencial do país e a quarta do regime militar. Ocorreu de forma indireta, através de votação no Congresso Nacional.

Contexto histórico
   Todas as eleições durante o regime militar elegeram candidatos militares do partido da Aliança Renovadomra Nacional (ARENA), porém durante as eleições de candidatos militares da linha-dura (1966 e 1969) não houve outros candidaturas, sendo uma eleição de chapa única. Nas eleições dos candidatos militares moderados havia uma outra chapa de oposição (1974 e 1978), com exceção de 1964, onde todas as chapas eram de militares. A candidatura militar foi indicada pelo presidente Médici  tendo como oposição a chapa do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Capa do jornal Correio Serrano do dia 17/11/1974.
 
 
 
 
Jornal Correio Serrano do dia 19/11/1974.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ricardo Becker foi o primeiro redator do jornal "Correio Serrano" de Ijuí - e conta como ele nasceu!

Ricardo Becker a direita sendo entrevistado por Wilmar Campos Bindé, então Delegado Regional de Polícia
Entrevista publicada na edição comemorativa dos 50 anos de publicação do jornal Correio Serrano, publicada em 05/11/1967.

sábado, 21 de julho de 2012

Relatório da Administração Municipal de Ijuí - ano de 1927. Intendente Municipal (Prefeito) o Ten. Cel. Alfredo Steglich - parte III

Continuação da reprodução de parte do Relatório Administrativo da Prefeitura Municipal de Ijuí publicado no ano de 1927 pelo então Intendente Tenente Coronel Alfredo Steglich, eleito em 1925 no lugar do Cel. Antônio Soares de Barros - o Cel. Dico. A primeira parte do Relatório já publicamos no dia 08 de maio de de 2011: 
   Hoje publicaremos a terceira parte, que se constituí de anexos do Relatório das atividades desenvolvidas. Para não tornar "maçante" dividimos o ano de 1927 em seis partes.

Destaques na administração municipal de Ijuí - no ano de 1927:
  • Intrução pública em Ijuí;
  • Serviços de mão de obra e melhoramentos no município;
  • Produção e distribuição de energia elétrica em franco crescimento;
  • Ampliação do serviço de abastecimento de água potável aos moradores da cidade - abertura de poços de artesiano na Praça da República;
  • Cobrança e sonegação de impostos municipais por parte de criadores de gado no município;
  • Crescimento na circulação de automóveis em Ijuí;
  • Resultado das eleições para presidente (Governador) do Estado do Rio Grande do Sul, em 1927, na cidade de Ijuí. Getúlio Vargas tem ampla votação entre os moradores.
Jornalista e historiador Ademar Campos Bindé, em sua coluna no jornal "O Repórter", do dia 19/01/2008 trouxe o histórico da chegada do primeiro automóvel em Ijuí, no ano de 1912.
Os Relatório da Administração Municipal de Ijuí - desde o primeiro ano de administraçãoe do Intendente Cel. Dico em 1912, já registrava anualmente e nominalmente os proprietários de automóveis na cidade, incluíndo todas as características do veículo. Abaixo podemos constatar que em 1927 o movimento de automóveis já era grande na cidade, pois existiam mais de 300 veículos registrados em Ijuí, fora os que vinham de outras cidades vizinhas, como de Cruz Alta e Santo Ângelo.
 
 
 
 
 
 
 
O Informativo "Kema" do Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP, edição 24, de março de 2012 relata da existência de um Ford 1927 - que circulou pelas ruas de Ijuí por muito tempo - como patrimônio do Museu e que o mesmo está em exposição permanente aos visitantes do MADP.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Aceitamos doação de jornais antigos e revistas antigas sobre a cidade de Ijuí, tais como:

- Jornal Correio Serrano:
 - Jornal da Manhã:

- Jornal Imparcial:

- Jornal Hora H:

- O Repórter:
- Cidade:

- Die Serra-Post:
- Cotrijornal:

- Sentinela da Região e outros

 Também de revistas históricas sobre Ijuí:

- Revistas do Centenário da Independência – 1922;
- Revista de 1962 alusiva ao  50º aniversário de emancipação política de Ijuí;
- Revista de 1940 alusiva ao cinquentenário de fundação da cidade de Ijuí;
- Outras mais recentes....

- Também fotos antigas da cidade...

- Caso não queira doar para nossa biblioteca pedimos então para fotografar o material, digitalizá-lo. Ou, melhor ainda, se o amigo(a) puder fazer isso e nos mandar as imagens por e-mail.
- Nosso propósito é resgatar cada vez mais a história do dia-a-dia da cidade e socializá-lo em nosso Blog, na internet para que milhares de outras pessoas, interessados, pesquisadores, estudantes e  ijuienses  de coração possam também ter acesso a este material, conhecer a história de nossos antepassados, fatos e acontecimentos que  marcaram a vida da “Colméia do Trabalho”.
Entre em contato conosco por e-mail: bage.blumenau@gmail.com ou pelo telefone
(47) 3237-7668.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Série Dr. Martin Fischer - 01: “Os Campos de Concentração no Brasil” – Pedido de ajuda!

Fonte do documento: Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP de Ijuí
 Como escreveu o escritor e jornalista Stefen Zweig (http://pt.wikipedia.org/wiki/Stefan_Zweig) ”O Brasil é o país do futuro!”...
Toda uma geração de imigrantes teuto brasileiros acreditaram, neste lema nos anos 30 e inicio dos anos 40. Mas, em 1942, tudo mudou. O Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo - cujos cidadãos passaram a ser considerados inimigos. O governo brasileiro precisava criar então os campos de concentração para se alinhar com as estratégias dos Aliados e dos EUA. Iniciou então  uma das faces tristes que os livros escolares não contam de nossa história. Principalmente imigrantes alemães e japoneses foram levados a estes campos de trabalhos forçados, que não tinham a crueldade dos campos de concentração da Alemanha, mas também deixaram suas marcas. A maioria eram pessoas comuns. Muitos casados com mulheres brasileiras e com filhos nascidos no Brasil. Falar em língua estrangeira ou mesmo cantar “Noite Feliz” em alemão era vistos como uma ameaça. A reclusão nos “campos de concentração” praticamente foi uma pré-condição para o apoio brasileiro aos Aliados. O tratamento dado aos imigrantes foi um dos elementos de negociação no campo da política internacional.

 Foram criados oficialmente 12 Campos de Concentração, mas a história oral conta mais de 30, espalhados por este Brasil:

1. Tomé-Açú (PA) - A 200 km de Belém. Recebeu alemães e japoneses;
2. Chã de Estêvão (PE) - Abrigou empregados alemães da Cia Paulista de Tecidos (hoje conhecida como Casas Pernambucanas);
3. Ilha das Flores (RJ);
4. Pouso Alegre (MG) - O campo de Pouso Alegre reunia presos militares: os 62 marinheiros do navio Anneleise Essberger;.
5. Guaratinguetá e Pindamonhangaba (SP) - Fazendas que pertenciam ao governo e foram adaptadas para receber alemães; 
Um dos alojamentos do antigo campo em Guaratinguetá
 6. Oscar Schneider (SC) - Hospital transformado em colônia penal;
7. Daltro Filho(RS);
8. Presídio de Curitiba(PR);
9. Bauru(SP);
10. Ribeirão Preto(SP);
 11.Trindade(SC);
12. Pirassununga(SP).

Martin Fischer possui em sua coleção (guardada no Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP, em Ijuí, RS) uma carta enviada por John Heimmeister (MADP 0.6.4 pasta 05 documento 284) à ele vinda da Colônia Penal Daltro Filho, localizada em Charqueadas, RS, e datada do ano de 1942. 
Fonte da foto: http://fotosantigas.prati.com.br/FotosAntigas/Diversos/Novas201203/Col%C3%B4nia_penal_General_Daltro_Filho_%C3%A0s_margens_do_Rio_Jacu%C3%AD.htm
 A mesma relata que  a cinco meses estava recluso naquela  prisão. Tal pessoa solicita ajuda e roupas de Martin Fischer, tais como: pijamas, meias e outros objetos pessoais. Através deste relato temos uma  testemunha viva da história sobre os campos de Concentração do Brasil (http://segundaguerra.net/no-brasil-tambem-houve-campos-de-concentracao-durante-a-segunda-guerra/). Nos seus escritos nos faz entender muitos fatos/acontecimentos não contados por nossos avôs e bisavôs (e muito menos na imprensa e livros) sobre esta época, ou seja, dos sentimentos e tristezas que endureceram muitos  corações e vidas.
 Tais imigrantes já não pertenciam mais a velha Europa devastada pela guerra, mas de repente eles também eram/foram considerados inimigos  da terra que os acolheu e se tornou seus novos lares...
 No Brasil pouco se ouve falar sobre a resistência ao nazismo feita pelos próprios alemães, aqueles que não apoiavam e não queriam a funesta guerra de Adolf Hitler. Mas ela existiu, e podemos  encontrar a mesma nos textos do jornalista Ernest Feder (http://www.casastefanzweig.org/sec_canto_view.php?id=32 e http://de.wikipedia.org/wiki/Ernst_Feder). O qual após sua incansável luta criou  um dos grandes movimentos de resistência ao nazismo no mundo, reunindo grandes nomes literários e sociais do mundo em 1945.
Enfim, John Heinmeister, através de sua “anônima e singela carta” ao jornalista e pesquisador Martin Fischer, que também era alemão e morava em Ijuí, nos revela uma grande e histórica visão daqueles terríveis anos vividos nos anos 40, não só no Brasil, mas em todo o mundo.  

 Pesquisadora e historiadora Marcia Adriana Krug

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Internacional de Porto Alegre jogou partida amistosa em Santo Ângelo em 1973, no centenário da cidade. O grande destaque é que ele se concentrou para o jogo em Ijuí - uma honra e uma festa para nossa cidade!

Jornal Correio Serrano de Ijuí do dia 22-03-1973
Jornal A Tribuna de Santo Ângelo do dia 03-03-2012 relembrava o grande jogo do centenário da cidade. Através deste registro descobrimos o resultado final do jogo, isto é: 4 a 2 para o colorado de Porto Alegre.

domingo, 15 de julho de 2012

Poloneses integram a diversidade étnica de Ijuí - texto em português e em polonês

Reprodução de artigo sobre a presença da etnia polonesa em Ijuí publicado no jornal dos descendentes poloneses no Brasil "Polska W Brazylli", editado em Sâo Bento do Sul, SC 1a. Quinzena de outubro de 2007, edição n- 13.

sábado, 14 de julho de 2012

Imagens aéreas do edifício Santa Lúcia e uma parcial do centro de Ijuí - I

      Em um vôo panorâmico em março de 2012 foram gravadas estas imagens do Edifício Santa Lúcia em Ijuí. O vídio postado no You Tube pela Construtora Arquienge, no dia 23/03/2012, está disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Fd721QJpEec

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Caixa Rural União Popular de Ijuí

Reportagem/registro publicitário publicado em 1965 no  "Álbum Comemorativo" dos 75 anos de Colonização de Ijuí, publicado  pela Editora Revista Brasileira (que tinha por objetivo mostrar os municípios do Brasil). Infelizmente na edição publicada não consta a sede da Editora, apenas cita o nome de seu editor: H. P. Müller.
 Para conhecer mais sobre a história e importância das Caixas de União Popular veja também os seguintes artigos:

- Cooperativismo de crédito na região noroeste do Rio Grande do Sul nas prímeiras décadas do século XX. Trabalho de Josei Fernandes Pereira.

RESUMO do trabalho de Josei publicado na Revista Semina da Universidade de Passo Fundo - UPF, v.09, n- 1 de 2010:
Analisando a conjuntura histórica e a experiência social e econômica do cooperativismo de crédito, procurou-se apresentar um panorama das condições enfrentadas num espaço e tempo específico: a região de Ijuí-RS, no início do século XX. O cooperativismo de crédito emerge na pós-revolução industrial e, junto com a imigração, foi considerado modelo de reação não-governamental dos camponeses. A região noroeste do RS, habitada primordialmente por indígenas, lusos e caboclos, foi colonizada por imigrantes das colônias velhas a partir de 1890. Buscavam novas terras para exploração agrícola utilizando um modo de divisão familiar do trabalho, orientado para a obtenção da propriedade da terra, mesclado com atividades de subsistência. A mercantilização da produção era inevitável para o sucesso da colônia; dependia da inserção da família na economia regional e a obtenção de recursos financeiros para o lote, que eram escassos na colônia. No RS pré-1930 inexistiam bancos fora dos centros econômicos e nas colônias atuavam comerciantes e correspondentes bancários que sujeitavam os imigrantes à prática da usura. O projeto colonial auto ordenou-se a partir de formas de organização social e econômica, como o cooperativismo de crédito que, capitalizando coletivamente as pequenas economias coloniais, interferiu na vida pública destas comunidades, financiando a produção e a mercantilização necessária para o sucesso da colônia, defendendo os interesses dos colonos associados e até executando obras de infra-estrutura.
(Para ver o artigo completo, em PDF, clique no título).


 INTRODUÇÃO
Em outra oportunidade ocupei-me da socioeconomia solidária, tratando de tema do social-catolicismo enquanto conjunto doutrinário básico de um estatuto social fundado nas relações de cooperação e com forte recorrência à força do fenômeno religioso-criador.1 Na Europa, as idéias do social-catolicismo foram criando corpo, principalmente na segunda metade do século XIX, em virtude dos efeitos inesperados da revolução industrial sobre o tecido social, desencadeando um processo acelerado de concentração de capital, de exploração da força de trabalho e de exclusão social. Numa conjuntura de deslocamentos e de conflitos sociais, emergiram novas propostas de inclusão social, notadamente a que se opôs à apropriação individual da propriedade, dos bens da produção e do trabalho alheio.
No sul do Brasil, os efeitos da revolução industrial podem ser identificados no processo da imigração, pelo deslocamento de contingentes significativos de trabalhadores da Europa. Esse processo adquiriu força e sentido a partir de um triplo movimento histórico: o da pressão sobre o espaço e sobre o excedente da força de trabalho na Europa, o da utopia dos contingentes emigráveis de encontrarem um novo espaço para a construção da sua liberdade, da auto-suficiência e da recriaão da sua identidade e o da política do estado brasileiro de integrar fronteiras e prover a produção nacional de força produtiva. Os imigrantes, mesmo que subsidiados no início pelo Estado, viram-se desamparados de políticas públicas que lhes garantissem a sociabilidade, o fomento à cultura e a logística em torno da produção e do mercado dos produtos coloniais.
A ausência de políticas públicas revela a face de um estado que não via os imigrantes além do seu papel social. Não reconhecia neles o horizonte utópico, no sentido de transpor os próprios limites na direção da construção de uma nova nacionalidade. Não lhes facultou práticas cidadãs e, tampouco, buscou mecanismos de coesão que os libertassem da postura introspectiva de não perder o elo identificador da nação de origem. No vazio institucional e político deste espaço apresentou-se a Igreja da Imigração, católica e evangélico-luterana, identificada com as correntes imigratórias porque oriunda do mesmo ambiente, para servir de elo de coesão social, de fermento cultural e para legitimar as ações dos sujeitos sociais e os espaços públicos em construção.
A dinâmica organizativa resultante da ação integradora e articuladora dos agentes eclesiásticos e das lideranças por eles formadas ou a eles associadas promoveram a uma organização que corroborou e, ao mesmo tempo, transcendeu a consolidação do campo missional. O capital religioso contribuiu com a arregimentação dos ideais dos sujeitos sociais da colonização, no sentido de fazerem convergir interesses em torno de uma integração mínima capaz de arranca-los da precária organização social e criar institutos fomentadores do avanço cultural e da melhoria das condições materiais de vida. Foi este o espírito que arregimentou os valores étnicos para transcender as diferenças confessionais. A fundação da Associação Rio-grandense de Agricultores, em 1899, ocorrida num contexto de emergência de associações com fins de defesa dos interesses econômicos, foi concebida como instituição interconfessional para promover o bem-estar material e espiritual dos colonos, entenda-se de descendência alemã.
A trajetória da Associação Rio-grandense de Agricultores foi marcada por profundas contradições. Os elos de identidade e de cooperação desejados por seus idealizadores encontraram resistência de ordem psico-social, resultante da ruptura da tradição e da representação religiosa, que afastava católicos e protestantes da cooperação e da comunhão de interesses em função das diferenças confessionais que, em última instância se distinguem na consciência, na esperança e, sobretudo, na fé e nas suas mediações para que o homem alcance a sua plenitude. Se a solidariedade étnica, independente do fator religioso, foi uma prática constante no cotidiano das zonas de colonização, o mesmo não se pode dizer da articulação de um poder local em função da materialização de projetos estratégicos, uma vez que a contradição e a divergência de interesses residem nas utopias, ou seja, na representação dos caminhos da realização plena dos homens. Neste caso, os limites da Associação Rio-Grandense de Agricultores esbarraram na necessidade da construção de uma nova identidade para que fosse possível a prática da solidariedade.
A Associação Rio-Grandense de Agricultores não esteve isenta da influência da cultura política. O padrão cultural presente entre os imigrantes alemães, católicos e protestantes, foi fator de inibição da cooperação.
Na origem, os alemães católicos vindos ao Brasil mantinham uma postura reativa diante do Estado, uma vez que sofreram forte retaliação, repressão e exclusão cidadã. Buscaram na tradição étnica e religiosa os elementos para a organização de comunidades cívicas, isto é, com obrigações dos indivíduos para com as comunidades, que visaram construir a sua auto-suficiência e conquistar, pelo reconhecimento da
igualdade étnica, o direito da liberdade religiosa. Os evangélico-luteranos, próximos do Estado liberal e autoritário alemão e liberados pela constituição republicana brasileira, pelo dispositivo da universalização dos direitos de profissão da fé, distinguindo o reino da fé do reino temporal, não tiveram dificuldade de se aproximar do ideário político do Estado.
De uma origem interconfessional comum, a Associação dos Agricultores Rio-grandenses, num contexto de pressão do Estado sobre a sociedade e em função dos padrões culturais prevalecentes e da cultura política dos católicos e dos evangélico-luteranos, foi dividida, dando origem a duas redes de associações que marcaram a trajetória da construção social do sul do Brasil – A Sociedade União Popular dos Alemães Católicos do Rio Grande do Sul e a Liga das Uniões Coloniais. É objeto do presente estudo marcar as diferenças e estabelecer relações comparativas entre as duas organizações, para deslindar os marcos social e político-econômico de cada uma no processo de desenvolvimento regional.
 (Para ver o artigo completo em pdf, clique no título).

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Inédito e exclusivo: conteúdo publicado no blog "Ijuí - Memória Virtual" disponibilizado em 4 DVDs - Material histórico, de pesquisa e para as futuras gerações. Adquira já esta coleção digital e histórica sobre Ijuí!


Informativo Kema – do Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP de Ijuí - edição de julho de 2012


      KEMA, da língu a Kaingang, quer dizer "experimentando". O Informativo do MADP, concebido em maio de 2008, objetiva divulgar de forma bimestral as atividades desenvolvidas pelo Museu Antropológico de Ijuí, Rio Grande do Sul.
      Interessados poderão fazer download de todas as 26 edições já publicas até o momento. Também mediante cadastro no site do MADP (http://www1.unijui.edu.br/museu/informativos-kema-museu-ijui) poderão receber o mesmo em seu e-mail pessoal.
     - Por sua importância e conteúdo histórico iremos gradativamente publicando no Blog as edições anteriores. 

 Edição n. 26 - julho de 2012:

Principais assuntos da edição:
  • Diversidade e Identidade em Discussão - Projeto Raízes Gaúchas
  • Editorial
  • Projetos de Sustentabilidade
  • Agricultura
  • Agenda Cultural
  • Incentivadores - Evelise Moraes Berlezi 
 
 
 Fonte: Disponível em: http://www1.unijui.edu.br/museu/informativos-kema-museu-ijui