sexta-feira, 10 de abril de 2015

Rádio Repórter de Ijuí completa hoje, 10 de abril 65 anos de fundação. Instalada em 1950 como Rádio Sulina.... Vendida em 1964 já com o nome de "Rádio Repórter" para o empresário, radialista e ex-prefeito de Ijuí Wilson Mânica. Hoje formando o Grupo Repórter de Comunicação!

Sede do Grupo Repórter - Rádios Repórter AM e FM, na Av. Davi Martins
Casal Wilson e Salete Mânica
Nota publicada na revista "Guia Publicitário e Histórico de Ijuí e Panambi - 1955/56", organizado por Fraiem Cotliarenco Editora, de Porto Alegre, RS.
Reprodução de mensagem comercial no jornal Correio Serrano no dia 05/11/1967.
A seguir Caderno Especial sobre o "Grupo Repórter" publicado no Jornal "O Repórter" do dia 09/04/2008.
 
 
Página da Revista Comemorativa ao Cinqüentenário de criação do município de Ijuí - 1912-1962. Nela a presença da Rádio Repórter de Ijuí temo seu destaque.
Registro histórico feito pelo jornalista Ademar C. Bindé, em sua tradicional coluna no Jornal "O Repórter". Infelizmente não temos a data da publicação.
Confira o histórico da rádio:

A história da radiodifusão teve inicio em Ijuí no ano de 1950, quando muitas pessoas, no dia 10 de abril daquele ano, se aglomeraram em frente a Praça da República para ouvir pela 1ª vez a transmissão da Rádio Repórter.
 Há 64 anos, no centro da cidade, nas acanhadas instalações do Edifício Scharnberg, hoje Maffei Tecidos, rua do Comércio, esquina com a rua 15 de Novembro, começava a funcionar “a pioneira” com 100 watts de potência e com prefixo de ZYY-5 na freqüência de 1.510 Khz., a então denominada Rádio Sulina integrante do chamado Triângulo Missioneiro de Emissoras que eram as rádios de Ijuí, Santo Ângelo e Três Passos.

Seus primeiros sócios foram:
- JORGE ATHANÁSIO JOAQUIM QUERUZ;
- HUMBERTO DE NEGRI;
- REMIRO MURARO;
- EMIDGIO ARÃO PUCCINI e
- WANDOALDO VIEIRA KOPF.
A denominação de Rádio Repórter surgiu através de concurso realizado na época, sugerido por Mari Mendes, integrante de uma família ligada ao meio radiofônico, irmã de Luiz Mendes que até então mantinha em Ijuí “A VOZ DO POSTE”, com alto falantes funcionando em um poste de aço instalado na rua Benjamin Constant, em frente a Praça da República.
A primeira equipe de locutores foi formada por Célio Osório Coimbra, Armindo Krüger, Juvêncio Mendes, Ubirajara de Quadros e Irlei Fialho.


Em 1952, a Rádio Repórter, mudava de endereço, passando as instalações para o Edifício De Negri, na esquina das ruas Benjamin Constant e Ernesto Alves. 

PROGRAMAS DE AUDITÓRIO!
Neste prédio tinha um pequeno auditório para umas 50/100 pessoas. Muitos programas de auditório foram feitos e sempre com grande participação do público ijuiense e regional. Muitas vezes o tradicional programa "Oh! de Casa!" era feito ao vivo, e no auditório, com participações do público e grupos musicais de Ijuí e região.

Em 29 de julho de 1964, o Jornal Correio Serrano, informava em manchete uma nova mudança: “VENDIDA AO SR. WILSON MAXIMINO MÂNICA A RÁDIO REPÓRTER DE IJUÍ”.
Aquele jovem que iniciou sua vida profissional trabalhando como montador de calçados na empresa Geiss S.A. e que na época era narrador esportivo da Rádio Progresso viu seu sonho de radialista realizado e tornava-se empresário do setor de radiodifusão.
Sob a direção do Sr. Wilson Mânica tendo ao seu lado a professora Salete Mânica, a Rádio Repórter deu seqüência ao pioneirismo radiofônico da cidade, passando a imprimir uma nova dinâmica na emissora.  
Pensando sempre em crescimento, o empresário-radialista adquire uma área de 5 hectares e continua com sua luta incessante de crescimento em buscar maior potência de transmissão, passando para l Kw, 5 Kw e hoje 10 KW sendo a maior potência regional.
Em 1975, muda-se para o primeiro andar do Edifício Taba, na Rua Venâncio Aires, próximo ao Corpo de Bombeiros.
Dois anos mais tarde, em 1977, em grande momento festivo e aguardado pela comunidade e com a presença de muitas autoridades, era inaugurado o complexo construído na Avenida David José Martins, onde atualmente encontra-se instalada.
Jornalista Ademar Bindé registrou em sua coluna no jornal "O Repórter", do 07/01/2009, a história da Rádio Repórter e em especial a inauguração das novas instalações na Av. Davi José Martins, com a presença do Governador José A. Amaral de Souza e do Ministro das Comunicações Euclides Quandt de Oliveira.
Eram 5 horas da tarde do dia 14 de setembro de 1977, quando a Repórter começou a transmitir dos novos estúdios. A solenidade trouxe para Ijuí o então governador do Estado José Augusto Amaral de Souza e o Ministro das Comunicações Euclides Quandt de Oliveira. Nesta data, o ministro, vendo as belas instalações e sabendo da vontade e perseverança do radialista Wilson Mânica, autorizou a implantação de uma emissora de FREQUÊNCIA MODULADA.
Iniciou-se então um novo desafio – o de montar uma rádio em FM, num momento que nem mesmo existiam no comércio receptores com faixa de FM.
Mas o espírito empreendedor do radialista falou mais forte, e em menos de dois anos entrava em operação a Rádio Repórter FM, hoje, Iguatemi FM,  a primeira emissora de FM do interior do Rio Grande do Sul, montada numa única torre de transmissões, algo inédito no Brasil para a época.
As instalações conjugadas da Rádio Repórter AM e Iguatemi FM, formam um modelo de parque radiofônico.
Seus prédios foram construídos especialmente para abrigar todos os departamentos com amplos estúdios, setor de jornalismo, publicidade, roteiristas, esportes, administração e uma discoteca com um acervo de mais de 15 mil LPs, milhares de CDs, sala de transmissores e anexos onde está um grupo gerador para manter as estações no ar quando da falta de energia e outros equipamentos, que dão suporte a uma estrutura totalmente informatizada.
A audiência de Rádio Repórter de Ijuí e da Iguatemi FM é reconhecida em todos os segmentos da comunidade regional, pois há mais de 10 anos são apontadas como as rádios mais ouvidas na região, abrangendo mais de 50 municípios e aproximadamente um milhão de ouvintes.
Wilson Mânica deixou também sua marca no ramo agropecuário, por gostar do campo. A Agropecuária Repórter, mantem-se ativa com a criação de ovinos e cultura de sementes.
O GRUPO MÂNICA como é conhecido ainda hoje sente a perda de seu propulsor maior WILSON MÂNICA, falecido havia mais de 5 anos, mas a diretora Mathilde Salete Mânica com os filhos, Enzo, Silvio, Cínara e Cibele, e mais uma equipe de abnegados funcionários,  continuam a semear o produto das sementes implantadas pelo seu grande e saudoso gestor.
Capa de uma das edições do jornal "O Repórter", de circulação regional.
Se um dia, um jornal local anunciou a implantação de uma rádio em Ijuí, hoje as Rádios Repórter AM que comemora 64 anos no dia 10 de abril, a Iguatemi FM, que no dia 25 julho completa 37 anos, também possuem o seu jornal regional:  “O REPÓRTER”.
Sede do jornal "O Repórter", situada também no mesmo terreno da Av. Davi José Martins.




Recordando... e registrando....!
Jornal Correio Serrano do dia 03/01/1970.
Jornal Correio Serrano dia 04/10/1971.
Jornal Correio Serrano do dia 23/10/1971.

Equipe Repórter nos jogos do São Luiz no 19 de Outubro!




quarta-feira, 8 de abril de 2015

Relatório parcial da Administração do prefeito Emídio O. Perondi e do Vice-Prefeito Wilson M. Mânica - nos anos de 1973 a 1977. Parte IV - Final








Relatório parcial da Administração do Prefeito Emídio Odósio Perondi e Vice-Prefeito Wilson Maximino Mânica  publicado como encarte no Jornal da Manhã de Ijuí, no dia 31 de janeiro de 1976.















terça-feira, 7 de abril de 2015

Uma amostra do comércio e indústria no ano de 1931, através de anúncios publicitários no almanaque anual em língua alemã "Kalender der Serra-Post"...



O almanaque anual "Kalender der Serra-Post" foi publicado em Ijuí pela família Löw & Becker, editoras dos jornais "Die Serra-Post" e "Correio Serrano". Desde 1922 até 1978, o calendário trazia dicas de agricultura, saúde e economia em suas edições anuais.







sexta-feira, 3 de abril de 2015

Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores no Rio de Janeiro - Porta de entrada para muitos imigrantes que chegavam ao Brasil. Por onde muitos Pioneiros que vieram para a Colônia de Ijuhy passaram a quarentena...!





A Hospedaria de imigrantes da Ilha das Flores localizava-se na Ilha das Flores, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.
Constituiu-se numa hospedaria de imigrantes instituída pela então "Inspetoria de Terras e Colonização" do Ministério da Agricultura em 10 de maio de 1883, segundo alguns documentos; sabe-se, porém, que o primeiro livro de Registro de Imigrantes é datado de 1877. Foi desativada em 1966, sendo ocupada pela Marinha do Brasil.


     A ilha teve a função de hospedaria até 1966, tendo recebido imigrantes de dezenas de nacionalidades, destacando-se os portugueses, os italianos, os espanhóis, os polacos e os alemães.
   Em 2012, foi anunciado que o complexo de 10 edifícios e com capacidade de receber até 3.500 pessoas será reformado e transformado num museu de imigração, uma parceria da Faculdade de Formação de Professores da Uerj (câmpus de São Gonçalo) com a Marinha (CFN) e a Faperj, que criará o Centro de Memória da Hospedaria da Ilha das Flores, inaugurado em 13 de novembro de 2012.
História...

      Os principais portos de entrada de estrangeiros no Brasil eram Rio de Janeiro, Santos (em São Paulo) e Salvador (na Bahia). Aqueles que chegavam pelo Rio de Janeiro, depois de registrados pela Agência Central de Imigração, eram encaminhados para a Hospedaria da Ilha das Flores.
      Foi construída em uma ilha na Baía de Guanabara, em São Gonçalo, hoje município do Estado do Rio de Janeiro, onde, na época, havia um porto com grande movimento e também uma linha férrea que ligava São Gonçalo, Niterói, Magé e Itaboraí.
   Sua criação e construção tinham o objetivo de manter os imigrantes concentrados, para que dali fossem remanejados para as fazendas, principalmente as de café na então Província do Rio de Janeiro, onde, desde a Lei Áurea – lei de libertação dos escravos, a necessidade da mão-de-obra era grande.
     Ao desembarcar, os passageiros eram instalados nas diversas acomodações existentes, onde recebiam assistência médica, faziam suas refeições, tomavam banho, alojavam-se, e ali permaneciam por alguns dias, até que pudessem tomar o rumo do novo trabalho e da nova vida. Contratadores vinham à Hospedaria e forneciam meios para a locomoção das pessoas, muitas vezes famílias inteiras. Estes intermediadores eram chamados de “gatos”.
      Mas muitos imigrantes vinham com a ideia de atuar no comércio ou em outras profissões das cidades grandes, e recusavam os contratos para trabalhar como simples lavradores nas fazendas. Assim, ao desembarcar, preferiam desertar da Hospedaria e instalar-se nas cidades próximas, como Rio de Janeiro, Niterói, por exemplo, porque eram lugares maiores e que atendiam às suas ambições de “fazer a América”, como sonhavam.
     O primeiro livro de registros de entrada de imigrantes na Hospedaria da Ilha das Flores tem início apenas em 1877, e a série vai até 1913. Eram livros grandes manuscritos, e neles havia colunas para número de ordem, porto de embarque no país de origem ou de trânsito, nome, idade, sexo, parentesco dentro do grupo familiar, nacionalidade, profissão e destino.
     Com um movimento de desembarque intenso, navios que traziam, às vezes, mais de mil imigrantes cada, gente que tinha viajado por meses, muitos deles doentes, muitas crianças - o funcionário encarregado de tais anotações não primava por observações precisas. Certamente não imaginava que aqueles livros seriam, um dia, uma das maiores fontes de pesquisas( de que o genealogista de hoje dispõe para encontrar seus antepassados e suas origens.
     Também é preciso lembrar que os imigrantes não eram, em sua esmagadora maioria, pessoas com baixo grau de instrução formal, a maioria era composta de analfabetos, além também da grande diversidade de idiomas e de escrita, o que fazia com que nomes fossem anotados da maneira que se ouvia e o passageiro, sem conhecimento, não os corrigia.
Estatísticas
A hospedaria funcionou entre 1877 (ou 1883) a 1966 e os registros vão de 1877 a 1913. No período da Grande Imigração (1870–1920), o Brasil se tornou o quarto destino mais procurado pelos imigrantes e segundo algumas algumas estatísticas, em alguns anos recebeu 70 mil imigrantes e no total mais de 300 mil imigrantes estiveram ao longo dos anos na hospedaria.

Número de imigrantes que passaram pela hospedaria.
1883: 7 400
 •1885: 10 600
 •1886: 18 800
 • 1888: 33 400
 • 1890: 66 500



Fonte: Revista da FAPERJ, disponível em: www.faperj.br/downloads/revista/rio_pesquisa_21_2012.pdf
Mais fotos no site oficial do Centro de Memória da Imigração da Iha das Flores:

quinta-feira, 2 de abril de 2015

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Padre Pio José Busanello - que atuou na Paróquia da Natividade entre os anos de 1932 a 1956 - além de ser vigário da Paróquia, nas horas vagas, também era Radio Amador!

Padre (depois Monsenhor) Pio José Busanello

 Descobrimos via o Blog "PY3RG IJUÍ > RADIOAMADOR HAM" (http://py3rg.blogspot.com.br/) de nossa cidade que o ex-Padre da Igreja Católica de Ijuí - então Paróquia da Natividade foi por longos anos também radiomador. 
Reproduzimos aqui uma postagem histórica sobre o fato, postada no dia 23 de agosto de 2011, (http://py3rg.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html)  pelo radiamador denominado "


"Padre Pio José Busanello nasceu em Nova Treviso, então município de Julio de Castilhos, em 1904. De 28 de Fevereiro de 1932 a 1956 foi vigário da Paróquia da Natividade de Ijuí, período durante o qual fundou o Círculo Operário de Ijuí e atuou como rádio amador. Em 1956, com o título de Monsenhor, passou a exercer o cargo de chanceler da Diocese de Santa Maria, vindo a falecer em junho de 1968. Os Correios e Telégraphos deram a licença de operação de estação de radioamador para o padre Pio com as letras de chamada py3dr. No ano de 1952 o Grêmio Esportivo Gaúcho de Ijuí acertou uma excursão a cidade argentina de Oberá, na província de Missiones, todas as tratativas foram feitas através do equipamento de radioamador do Padre Pio. Com um colega argentino Padre Pio recebia as notícias do Gaúcho em terras argentinas e as repassava para a imprensa local. Padre Pio tinha sua estação de radio montada na casa canônica, Paróquia Nossa Senhora da Natividade no centro de Ijuí ao lado do cinema Serrano, sua antena, uma dipolo de 80 metros estava com uma das pontas atadas em cima da torre da igreja. Seguidamente alguém chegava correndo pedindo para o Padre Pio parar de transmitir porque estava saindo a sua voz no meio do filme que estava sendo exibido no Cinema Serrano. Padre Pio tinha um colega padre radioamador em Caxias do Sul que ele mantinha contato costumeiramente, o prefixo do colega era py3dv e padre Pio quando fazia as suas chamadas em 80 metros dizia "atenção atenção py3 Delta Rádio chamando py3 Disco Voador" o povo de Ijuí escutava em seus rádios receptores de casa os chamados "noveleiros" e diziam "acho que o padre Pio está louco, querendo falar com discos voadores!"
Em 03 de Março de 1957 o então prefeito de Ijuí Lothar Friedrich no uso de suas atribuições legais, considerando os relevantes serviços prestados os Municípios pelo Monsenhor Pio José Busanello, tanto no setor espiritual, como no temporal e, considerando o transcurso do seu jubileu no vicariato da cidade, Decreta: É declarado "Cidadão de Ijuí", o Monsenhor Pio José Busanello".


Postado por py3rg