Coluna publicada no Jornal da Manhã de Ijuí, edição do dia 23 de novembro de 2024. |
Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.
Porque o nome "Gata Preta" e seu uso não oficial...
O que desperta curiosidade é a origem do apelido Gata Preta para um carro Mercury, da FORD. Segundo vários entrevistados o apelido deve-se ao fato do carro ter desenhado no painel uma gata preta, cujo desenho deixou de existir em modelos de 1949 em diante. A partir deste desenho é que o automóvel passou a ser tratado por motoristas e mecânicos da garagem municipal por Gata Preta.
A expressão “a
Mercury do Prefeito” simplesmente não pegou e foi ignorada. De motoristas e mecânicos,
o apelido logo estendeu-se ao domínio público e o carro, onde chegava,
imediatamente era identificado como a "Gata Preta". E com este
charmoso apelido passou à história de Ijuí.
A bem da
verdade, o que motoristas e mecânicos definiram apressadamente como “Gata
Preta” era o brasão da Família Ford, representado por uma “Pantera Negra”, cujo
símbolo passou a ser colocado em diversos carros da linha FORD. Do brasão
constituído por uma “Pantera Negra”, os ijuienses fizeram uma leitura criativa
e não tiveram dúvidas em cunhar o carro do Prefeito com o sugestivo nome: a
"Gata Preta".
Em inúmeras
entrevistas realizadas ao longo de mais de um mês de pesquisa, aflorou em
diversas conversas que, além do roubo da Gata Preta, o automóvel foi usado
muitas vezes para conduzir homens ávidos por noitadas de farra, magia, orgasmo
e prazer em diversos prostíbulos de Ijuí e mesmo de cidades da região. Mas os
entrevistados sempre deixaram claro que isso acontecia sem o conhecimento dos
Prefeitos.
PRÓXIMO
CAPÍTULO AMANHÃ: o roubo da "Gata Preta"...
🤔VOCÊ
SABIA QUE:🙃
✳️
O primeiro açougue da cidade foi de Domingos Verdi, que veio aqui morar vindo
de Santo Ângelo.
Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.
🤔Quem
era a "Gata Preta"?😿
Em Ijuí era o
carro mais bonito, mais luxuoso e o mais cobiçado por homens de poder e de
dinheiro. Onde quer que chegava,
despertava enormes atenções. E mais ainda quem dele saía, tal o glamour que o
envolvia. Para se ter uma ideia, em todo município houve apenas mais três
Mercury pertencentes a Franklim Thomé da Cruz, Atílio Berno e família Noronha.
O que pertenceu
à Prefeitura serviu aos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich,
Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e
Walter Müller (que o leiloou em 1965).
A Gata Preta foi
comprada Zero Km por Ruben Kessler da Silva no início da sua administração, em
1952, com a finalidade de servir como carro oficial do Prefeito. A compra
visava levar um alívio financeiro a Leopoldo Hepp, dono da Revenda FORD em
Ijuí, que como Presidente da SOGI - que estava em construção - tinha empenhado
muitos recursos próprios que o levaram a uma situação difícil. Kessler da
Silva, ciente da sua situação, decidiu ajudá-lo com a compra da Gata Preta, já
que o Gabinete precisava de um automóvel.
Embora tendo
sido adquirida em 1952, na condição de Zero Km, a Gata Preta foi fabricada em
1948, nos Estados Unidos. O tempo da demora explica-se em razão das
dificuldades subsequentes à 2ª Guerra Mundial, aliado ao tempo necessário ao
transporte de navio e à importação.
PRÓXIMO
CAPÍTULO AMANHÃ: Porque o nome "Gata Preta" e seu uso não oficial...
🍺
A primeira cervejaria em Ijuí foi instalada pelo comerciante Henrique Kopf, no
início do século 20. Situada na rua 7 de Setembro, esquina com a rua do
Comércio.
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A Campanha da Legalidade (também conhecida como Legalidade) foi uma mobilização civil e militar em 1961 para garantir a posse de João Goulart como Presidente do Brasil, derrubando o veto dos ministros das Forças Armadas à sucessão legal do presidente Jânio Quadros, que tinha renunciado, ao então vice-presidente Goulart. Foi liderada pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, aliado ao comandante do III Exército, general José Machado Lopes. A crise resultou na negociação do parlamentarismo como novo sistema de governo do país.