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Esta foto é considerada uma das mais antigas imagens
da “Colônia de Ijuhy”, fundada em 1890. Provavelmente a foto é de 1905. Na mesma aparece os primeiros imigrantes e colonizadores
de Ijuí, entre eles Antonio Soares de Barros o (depois coronel e Intendente) de
capa e chapéu aba larga, quando ainda era um comerciante, e Augusto Pestana, à
direita, de chapéu preto. Ao fundo
aparece o conhecido “barracão” que serviu durante muitos anos aos imigrantes
como pousada. Estaria localizado onde hoje está o Banco Santander, na rua 15 de
Novembro. Na parte superior ficavam os dormitórios, no porão, a guarda de
carroças e animais.
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(Publicado em nosso Blog com a devida autorização do autor).
A exploração colonizadora teve bons olhos na vasta região da bacia do
Rio Ijuí e seus afluentes, zona noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (ver
mapa), sendo uma região de terras férteis e ricas em madeira de lei, cujas
matas fechadas, de imensas extensões.
A terra condicionou todas as atividades humana no
processo de desenvolvimento de Ijuí.
O domínio da natureza pelo homem foi transformando
aos poucos pelo esforço para superar o lado bruto, hostil das matas em lavouras
com plantações de cereais e criação de animais de várias espécies, como
agricultura diversificada.
Mais a lentidão da política do império na
colonização, que não tinha forças para agilizar o processo de assentamento e
distribuição dos lotes de terra, visto a dificuldade de transporte e
comunicação, além de recursos humanos, mais a falta de dispor recursos para
funcionar com agilidade.
Na sequência, como seriam os pioneiros ao meio de
imensas matas impenetráveis e misteriosas com sua paisagem exuberante do mundo
silvestre, sem comunicação e transporte. Comparando ao campo, as atividades
pastoris agropecuárias se rendem a poucos esforços do homem, ao passo que as
matas são muralhas a serem obstruídas para ocupar espaço para produção
agrícola.
Para cultivar a terra e plantar várias espécies,
limpar e defender de insetos predadores, no trabalho de sol a sol sem trégua,
implica na disciplina e persistência, na atividade física de encharcar a camisa
de suor, sendo a nossa genética cultural, de uma geração escrava do dever, são
marcas na alma do colonizador, que hoje o povo de Ijuí não esquece.
A fertilidade da terra deu lugar a prosperidade ao
trabalhador com o crescimento econômico e tecnológico, promovendo o desenvolvimento cultural da civilização
desafiadora de 1898, que tomou posse da terra prometida.
Imaginar o passado e expressar através da escrita.