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segunda-feira, 4 de novembro de 2024
ARCO ÍRIS em IJUÍ - Sinal do amor de Deus por Ijuí - RS!
sábado, 17 de agosto de 2024
Os primeiros e pioneiros na história de Ijuí - Curiosidades - parte 1
Compartilhamos hoje, 17/08/2024, nossa coluna publicada semanalmente no Jornal da Manhã de Ijuí. Em tempos de Olimpíadas pensamos em pesquisar e compartilhar com os amigos(as) quem foram os primeiros/pioneiros nas mais diversas áreas na colonização e desenvolvimento da Colônia de Ijuhy. A lista deverá ser imensa, pois já temos mais de 100 anos.... Não temos nada pronto e precisará ser construída, pesquisada ao longo dos anos, após muitas pesquisas e leituras, mas certamente deverá ser bem interessante e trará uma grande contribuição histórica para nosso município. Abaixo os primeiros fatos e acontecimentos, os primeiros passos, iniciativas empreendedoras de muitas pessoas/famílias para construir uma vida melhor e trazer o desenvolvimento social, econômico, cultural.... para nossa cidade.
sábado, 13 de julho de 2024
Antiga "Casa Dico": ponto comercial e social do IJUHY Colonial! - Parte 2
ANTIGA "CASA DICO" - PONTO COMERCIAL e SOCIAL do IJUHY COLONIAL!
sábado, 13 de abril de 2024
Significado das "inscrições, símbolos e figuras misteriosas" na Praça da República de Ijuí
Compartilhamos a coluna do IJUHY de ANTIGAMENTE no Jornal da Manhã de hoje procurando resgatar um fato curioso e misterioso para quem passa pela Praça da República de Ijuí. Em especial em frente ao palanque oficial, local em que ficam as autoridades, quando de algum momento cívico-militar na rua Benjamin Constant. Ou seja, o que significaria ou estaria escrito naquelas letras ou figuras em alto relevo no murinho de concreto que serve como balcão do palanque oficial?
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
terça-feira, 23 de janeiro de 2024
segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
sexta-feira, 19 de janeiro de 2024
quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
quarta-feira, 17 de janeiro de 2024
quinta-feira, 13 de julho de 2023
O roubo da “Gata Preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 3 de 5
Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.
Porque o nome "Gata Preta" e seu uso não oficial...
O que desperta curiosidade é a origem do apelido Gata Preta para um carro Mercury, da FORD. Segundo vários entrevistados o apelido deve-se ao fato do carro ter desenhado no painel uma gata preta, cujo desenho deixou de existir em modelos de 1949 em diante. A partir deste desenho é que o automóvel passou a ser tratado por motoristas e mecânicos da garagem municipal por Gata Preta.
A expressão “a
Mercury do Prefeito” simplesmente não pegou e foi ignorada. De motoristas e mecânicos,
o apelido logo estendeu-se ao domínio público e o carro, onde chegava,
imediatamente era identificado como a "Gata Preta". E com este
charmoso apelido passou à história de Ijuí.
A bem da
verdade, o que motoristas e mecânicos definiram apressadamente como “Gata
Preta” era o brasão da Família Ford, representado por uma “Pantera Negra”, cujo
símbolo passou a ser colocado em diversos carros da linha FORD. Do brasão
constituído por uma “Pantera Negra”, os ijuienses fizeram uma leitura criativa
e não tiveram dúvidas em cunhar o carro do Prefeito com o sugestivo nome: a
"Gata Preta".
Em inúmeras
entrevistas realizadas ao longo de mais de um mês de pesquisa, aflorou em
diversas conversas que, além do roubo da Gata Preta, o automóvel foi usado
muitas vezes para conduzir homens ávidos por noitadas de farra, magia, orgasmo
e prazer em diversos prostíbulos de Ijuí e mesmo de cidades da região. Mas os
entrevistados sempre deixaram claro que isso acontecia sem o conhecimento dos
Prefeitos.
PRÓXIMO
CAPÍTULO AMANHÃ: o roubo da "Gata Preta"...
🤔VOCÊ
SABIA QUE:🙃
✳️
O primeiro açougue da cidade foi de Domingos Verdi, que veio aqui morar vindo
de Santo Ângelo.
quarta-feira, 12 de julho de 2023
O roubo da “Gata Preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 2 de 5
Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.
🤔Quem
era a "Gata Preta"?😿
Em Ijuí era o
carro mais bonito, mais luxuoso e o mais cobiçado por homens de poder e de
dinheiro. Onde quer que chegava,
despertava enormes atenções. E mais ainda quem dele saía, tal o glamour que o
envolvia. Para se ter uma ideia, em todo município houve apenas mais três
Mercury pertencentes a Franklim Thomé da Cruz, Atílio Berno e família Noronha.
O que pertenceu
à Prefeitura serviu aos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich,
Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e
Walter Müller (que o leiloou em 1965).
A Gata Preta foi
comprada Zero Km por Ruben Kessler da Silva no início da sua administração, em
1952, com a finalidade de servir como carro oficial do Prefeito. A compra
visava levar um alívio financeiro a Leopoldo Hepp, dono da Revenda FORD em
Ijuí, que como Presidente da SOGI - que estava em construção - tinha empenhado
muitos recursos próprios que o levaram a uma situação difícil. Kessler da
Silva, ciente da sua situação, decidiu ajudá-lo com a compra da Gata Preta, já
que o Gabinete precisava de um automóvel.
Embora tendo
sido adquirida em 1952, na condição de Zero Km, a Gata Preta foi fabricada em
1948, nos Estados Unidos. O tempo da demora explica-se em razão das
dificuldades subsequentes à 2ª Guerra Mundial, aliado ao tempo necessário ao
transporte de navio e à importação.
PRÓXIMO
CAPÍTULO AMANHÃ: Porque o nome "Gata Preta" e seu uso não oficial...
🍺
A primeira cervejaria em Ijuí foi instalada pelo comerciante Henrique Kopf, no
início do século 20. Situada na rua 7 de Setembro, esquina com a rua do
Comércio.
Assinatura semestral R$ 35,00 ou ANUAL R$ 60,00. PIX celular: (47) 99786-3115. Agradecemos desde já sua ajuda e apoio ao nosso trabalho.
terça-feira, 11 de julho de 2023
O roubo da "gata preta" em 1959 - O Carro Oficial do Prefeito! - Parte 1 de 5
Este artigo escrito pelo ex-professor de história da UNIJUÍ, Hilário Barbian, foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Depois reproduzido no dia 14/07/2011, no extinto Portal Ijuí.Com.
Por ser uma história um pouco comprida iremos repartir ela em 5 capítulos/dias - em série - para não ficar muito cansativo e mais emocionante.
A Gata Preta é o
carro que está estacionado a direita da foto (dentro do círculo amarelo) e que
foi o veículo oficial dos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich,
Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e
Walter Müller (que o leiloou em 1965).
Na noite de 27
de fevereiro de 1959, uma sexta-feira, em torno das 23h, quando estava
estacionada na rua do Comércio, em frente a Prefeitura Velha, a 'Gata Preta'
foi roubada misteriosamente, enquanto se realizava uma reunião da direção do
Partido de Representação Popular (PRP) no Stúdio Fotográfico de Alfredo Beck. O
Prefeito era Lothar Friederich, que pertencia ao PRP, e a Gata Preta era seu
carro oficial.
Ao longo da
história de Ijuí não houve nenhum outro carro oficial do Prefeito que fosse tão
conhecido, tão comentado e também tão criticado quanto a Gata Preta.
No final da
década de 1950 e inícios de 1960 não havia munícipe que desconhecia a história
da Gata Preta. Os que nasceram depois de 1960 não tomaram conhecimento de todas
as intrigas, roubos, desavenças e, sobretudo, seu espetacular resgate de uma Província
da Argentina para onde tinha sido levada depois de um duplo roubo.
Já os que têm
mais de 55 anos lembram, às vezes com detalhes, a história que o tempo teima em
não apagar. Simplesmente porque entre 1952 e 1965 – por um período de 13 anos –
a Gata Preta era presença constante, quando não obrigatória, nas conversas
entre funcionários da Prefeitura, políticos e demais pessoas. Principalmente,
depois de fevereiro de 1959, quando foi furtada em pleno centro de Ijuí.
✳️ O primeiro moinho de Ijuí na sede da colônia teria sido de Jacob Runke.
domingo, 9 de julho de 2023
A cidade de Ijuí quase foi transferida para às margens do rio Ijuí...
Esse movimento e expectativa de transferir a recém-criada Colônia de Ijuhy para mais próxima do rio Ijuí surgiu por volta de sete ou oito anos, depois de sua fundação em 1890, quando já estava sendo administrada pelo engenheiro Dr. Augusto Pestana.
Ainda não sabemos, mesmo com muita pesquisa em documentos antigos, qual seria o motivo para tal decisão, que certamente iria afetar muitos imigrantes já estabelecidos na área central da Colônia. Por outro lado, houve também pessoas que levaram a sério a decisão e proposta que ora estava sendo apresentada.Entre elas, o imigrante russo
Emil Glitz, que já estava estabelecido na vila com uma casa comercial e
hospedaria (hotel Glitz), na esquina das ruas 19 de Outubro com a do Comércio.
Atendendo apelo do engenheiro Augusto Pestana, administrador da Colônia de
Ijuhy, em 1898, Emil Glitz transferiu sua casa comercial para as proximidades
do rio Ijuí, onde atualmente está a ponte da RS-155. Ali dedicou-se também a
plantação de cana-de-açúcar, construiu um alambique e ainda cuidava de uma
barca que fazia a travessia do rio.
Porém, em 1906, dando-se
conta de que o centro da Vila continuava a se expandir onde está até os dias de
hoje, Emil Glitz decidiu retornar com sua família ao local de origem, passando
a cuidar, novamente, de sua casa comercial e do hotel, que já existia, próxima
dos trilhos... que seria construído em 1912...
✅ Num breve momento da história política de Ijuí, 1925-27, o coronel Dico esteve ausente da liderança política: *"Nesse período ele não foi intendente em decorrência do Pacto de Pedras Altas, que não permitia a reeleição. Nesse período, o Coronel Steglich esteve à frente do governo Municipal e, após a sua renúncia, o médico Ulrich Kulhmann assumiu a Prefeitura.
✳️ Em fins de 1934, houve eleições
municipais em Ijuí e, pela primeira vez, o Cel. Dico levava um número
expressivo de votos contrários. Acontecia que os colonos estavam descontentes
com o preço pago pela banha, pelos donos dos chamados "Sindicatos da
Banha". Os colonos aproveitaram a primeira vez que o voto era secreto e
votaram contra. (Fonte: Programa Memória Viva do MADP).
REFERÊNCIAS:
- BINDÉ, Ademar Campos. Obras
centenárias de um pioneiro. O Repórter, Ijuí, 16 abr. 2011. História, p. 10.
- IJUÍ – 1912 – 1962. Revista histórica dos 50 anos da emancipação de Ijuí. Ijuí: Livraria Serrana, 1962.
sexta-feira, 16 de junho de 2023
Ijuhy da delicadeza das sedas ao tiro de um 38! Uma história real e tragicômica. Histórias do IJUHY DE ANTIGAMENTE - (1949)
Texto e colaboração de Luiz Carlos Sanfelice
Vá no Google Maps e se não tens como, podes passar lá pessoalmente e ver na esquina da rua 7 de setembro com a rua 20 de setembro, na beira da calçada, uma velha casa cor-de-rosa, antiga no estilo e na existência, decadente, praticamente no centro da cidade de Ijuí, RS, eivada de histórias, inclusive desta que vou contar.
Que eu saiba e tenho na memória, em 1946 morava nessa casa o Sr. Vitorino Marin com sua esposa dona Cecília Lucchese Marin, filha do Fermino Lucchese e pais do conhecido Décio Régis Lucchese Marin, que foi formando da 1ª turma do Científico do CEAP (1958), junto com a Gerda Gressler, o Hervigo Costa, Hedio Heinen e outros. Ele depois foi Gerente do Banrisul e mora, hoje, aposentado, em Osório. Eram pais, também, da Denise, do Vinicius e do Enio Lucchese Marin.
Já em 1948/49 morou nessa casa o Sr. Pedro Kossa e sua esposa Maria Sanfelice Kossa, que morando e tendo comércio em Castro no Paraná, para cá vieram acompanhando seu único filho Oswaldo que deveria cumprir o Serviço Militar. Tendo servido o Exército a família voltou para Castro e ao mesmo negócio. Depois que Pedro Kossa foi embora, comprou e habitou essa casa a família de Anael Viecilli, que poucos lembram, mas ele e o Fiorindo Fantinelli eram donos do Cine Serrano e do Cine América.
Depois disso, quando a família do Anael Viecilli deixou a casa nunca mais eu soube de nada. Mas a nossa história se dá, justamente, quando Pedro Kossa ali morava.
Em Castro, Pedro tinha uma Loja que só vendia Seda, a metro. Aqui chegando instalou nessa dita casa uma loja a que deu o nome de “Casa das Sedas” (ela tinha uma porta – que foi fechada – que dava para a calçada). Os mais velhos em Ijuí talvez lembrem. Peças e mais peças de tecido de seda de tudo quanto é cor, ele tinha na Loja. As Senhoras de Ijuí e da região, adoraram. Na época não era comum. O negócio ia bem.
De certa feita, Pedro foi à Santos buscar cortes de seda, pois chegara uma importação e ele tinha que liberar os lotes. O filho no Quartel, arranchado como se dizia, Maria ficou sozinha em casa. Uma noite ela já tendo se recolhido, começou ouvir pequenos ruídos estranhos na loja, depois no escritório, gavetas abrindo, portas do birô sendo abertas. Maria levantou-se, vestida com camisola branca, longa, abriu o guarda-roupas, pegou o revólver >38 que lá guardava e ficou ali em pé, no escuro, de arma na mão, virada para a porta do quarto, esperando...
E era um ladrão... não demorou e o cara abriu a porta do quarto e na obscuridade deu de cara com o vulto daquele “fantasma” e, antes que se desse conta, ...pum... recebe um tiro nos pés...
Não dá nem para imaginar o susto e a correria louca desse cara em direção ao escuro da rua... e sumiu. Se as tábuas do assoalho não foram trocadas, ainda deve estar lá o furo da bala no chão, que atravessou o chão, e foi parar na cozinha, que era na parte de baixo.
Eu sei e conheço esta história em detalhes pois que essa ‘dona’ Maria, esposa do Pedro Kossa, era irmã mais velha do meu pai e, pois, minha tia. (Que aliás era um doce de mulher - sem o .38 na mão - a quem eu queria muito bem). Na época eu tinha 9 anos. Então, agora quando você passar por essa esquina, vai olhar e lembrar que nessa velha casa, um dia um folgado fez acontecer aquilo que se diz quando um cara se dá mal: “deu um tiro no pé”. Esse “NÃO DEU” um tiro no pé, esse “LEVOU” um tiro no pé. De graça.
Luiz Carlos Sanfelice – Porto Alegre, junho de 2023. Colaborador do Grupo IJUHY de ANTIGAMENTE.