NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DE UM CEMITÉRIO JUNTO A PICADA DA
CONCEIÇÃO, BARREIRO, NO INICIO DO SÉCULO PASSADO...
O PRIMEIRO
IMIGRANTE ENTERRADO NO CEMITÉRIO
DA PICADA DA CONCEIÇÃO - BARREIRO
Segundo Argemiro Brum, a memória oral de pessoas mais antigas da localidade, nascidas já no século XX, indicava ser (Luigi) (Luís) Anderloni, a primeira pessoa falecida na localidade e a ser enterrada no Cemitério do Barreiro. O Monesenhor Pio José Busanello, no entanto, em seus apontamentos, guardados no arquivo do Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP, junto a FIDENE/UNIJUÍ, registra Francesco (Francisco) Anderloni. Em levantamento realizado no arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, Argemiro encontrou registro referente ao imigrante italiano Francesco Anderloni, casado com Luigia (Luísa), com uma filha solteira de nome Giocunda (Gioconda), que recebeu o lote rural 531, na então Colônia de Silveira martins. Não foi encontrada nenhuma referência a um possível imigrante italiano de nome (Luigi (Luís) Anderloni.
O nome da esposa
(Luigia = Luísa) poderia ter influenciado a memória oral. O nome Francesco
(Francisco) Anderloni também se confirma em outra prova documental. Trata-se do
registro da escritura da compra de uma colônia de terra na Picada Conceição,
sob o no 1.584, efetuado em 22 de maio de 1901, realizado no Cartório de
registro de Imovéis de Cruz Alta, tendo José Gabriel da Silva Lima como
vendedor e Pietro (Pedro) Cerezer como comprador, sendo que a dita colônia, de
acordo com o referido registro, faz divisa “ao Oeste, com a colônia da viúva de
Francisco Anderloni”. (Página 75).
O VELÓRIO –
SEPULTAMENTO ENTRE OS IMIGRANTES
O VELÓRIO –
SEPULTAMENTO ENTRE OS CABOCLOS –
moradores nativos das terras do IJUHY de
ANTIGAMENTE
Entre os caboclos o ritual fúnebre era bastante diferente, além de bem mais simples. Tanto o velório como enterro, em geral ficava restrito a eles próprios. Raramente algum descendente de imigrantes participava. Uma das primeiras providências, quando morria alguém dentre eles, era fazer uma cotização para adquirir uma quantidade razoável de cachaça, destinada a entreter e animar os que participavam do velório. Isso, e outras atitudes estranhas, bastante comuns, era visto como falta de respeito pelos imigrantes e seus descendentes, e, consequentemente, condenado e até ridicularizado.
FONTE: Extrato do livro “História da Picada Conceição (Barreiro)”, de Argemiro Jacob Brum, publicado em 1990, no ano do Centenário de Ijuí, pela Livraria UNIJUÍ Editora, em parceria com o MADP. Livro Esgotado. Página 76.
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