Gestapo é o acrónimo em alemão de Geheime Staatspolizei, significando "polícia secreta do
Estado".
Sob a administração geral da SS
(Schutzstaffel, em português "Tropa de Proteção"), era supervisada
pela RSHA (Reichssicherheitshauptamt, em português Escritório Central de
Segurança do Reich) e considerada uma organização dual da Sicherheitsdienst e
até 1939 uma parte da Sicherheitspolizei. Reinhard Heydrich foi o principal
chefe de operações, sendo substituído por Heinrich Müller após o atentado
contra a vida de Heydrich.
História
A Gestapo foi criada em 26 de
abril de 1933, na Prússia, a partir da Polícia Secreta Prussiana. No início,
era apenas um ramo da polícia prussiana, conhecida como "Departamento 1A
da Policial do Estado Prussiano".
Seu primeiro comandante foi
Rudolf Diels, que recrutou membros de departamentos policiais profissionais e
fez com que ela funcionasse como uma Polícia federal, semelhante ao FBI dos
Estados Unidos.
O papel da Gestapo como polícia
política só foi estabelecido quando Hermann Göring foi designado para suceder
Diels como comandante, 1934. O termo Gestapo vem da abreviação de Geheime
Staatspolizei (Polícia secreta do Estado) e levou o governo nazista a expandir
sua força para além da Prússia, para toda a Alemanha. Só não teve sucesso na
Baviera, onde Heinrich Himmler, chefe da SS, era o presidente de polícia e
usava as forças locais da SS como polícia política.
Em abril de 1934, Goering e
Himmler concordaram em colocar de lado as diferenças e, principalmente por um
ódio combinado às Sturmabteilung, Göring aceitou colocar o comando da Gestapo
sob a autoridade das SS. Naquele ponto, a Gestapo foi combinada com a
Sicherheitspolizei e considerada uma organização irmã da Sicherheitsdienst ou
SD.
Época nazista
A Gestapo era a garantia do
completo domínio da população pelo Partido nazista.
Ela foi a polícia política da
Alemanha nazi; criada em 26 de abril de 1933 por Hermann Göring e reorganizada
em 1936 por Reinhard Heydrich, passou sob o controle de Heinrich Himmler em
1934.
Esta polícia funcionava sem
tribunal, decidindo ela mesma as sanções que deviam ser aplicadas. Tornou-se
célebre primeiramente na Alemanha, e depois em toda a Europa ocupada, pelo
terror implacável de seus métodos. A Gestapo representou o arbítrio e o horror
das forças nazistas. A sua sede ficava na rua Prinz-Albrechtstrasse, em Berlim
- onde há um museu sobre a sua história.
Um dos métodos de actuação de
seus membros era disfarçando-se de operários e indo "trabalhar" nas
fábricas; lá, eles aguçavam os outros operários para uma revolta contra o
governo, a polícia secreta passava uma lista onde os operários que estavam a
favor assinavam seus nomes. Durante a noite os operários que assinavam a lista
recebiam uma visita de alguns policiais fardados e com um botton de um crânio e
uma águia de ferro no quepe. No dia seguinte o operário era substituído por
outro, pois ninguém mais o via. O bótom em forma de crânio é a caveira símbolo
das SS, ou "totenkopf", em alemão. Foi inspirada no emblema de
guardas prussianos do século XVIII.
A Gestapo também era famosa pelo
jogo de "gato e rato" que fazia com todos aqueles que julgava
suspeitos. Em outras palavras, jamais prendia alguém imediatamente; mas
estimulava suas supostas atitudes subversivas, para pegar não somente um
suspeito mas, se possível, todos aqueles que com ele tivessem ligação.
Um centro de torturas
Um capítulo à parte deve ser
reservado aos métodos de prisão, interrogatório e tortura da Gestapo. Todo
preso pela polícia secreta nazista podia esperar as formas mais selvagens de
suplícios, com tal de arrancar-lhe qualquer informação ou delação que viesse a
ser útil.
O nº 8 da Prinz Albrecht Straße
tornou-se conhecido como um centro de torturas ou “técnicas de interrogatório”,
segundo os agentes da Gestapo, relatando-se que pessoas que passavam pelo local
ouviam gritos vindos do interior do prédio.
Os métodos de interrogatório
incluíam repetidos afogamentos de prisioneiros em uma banheira de água gelada;
choques elétricos ligando os fios às mãos, pés, orelhas e genitália;
esmagamento de testículos; levantamento do prisioneiro pelas mãos amarradas
atrás das costas, causando a luxação do ombro (prática conhecida durante a
Inquisição católica como o pêndulo); espancamentos com cassetetes de borracha
ou chicotes e queimaduras com charutos ou ferro de soldar.
A organização da Gestapo possuía os seguintes departamentos:
Departamento A (Inimigos)
- Comunistas (A1);
- Sabotadores (A2);
- Reacionários e Liberais (A3);
- Assassinos (A4).
Departamento B (Seitas e Igrejas)
- Católicos (B1);
- Protestantes (B2);
- Testemunhas de Jeová, Franco-maçons e outros (B3);
- Judeus (B4);
- Negros (B5).
Departamento C (Administração e Negócios internos)
- Opositores do regime (C1);
- Igrejas e seitas (C2);
- Negócios do Partido (C3);
- Territórios ocidentais (C4);
- Contra-espionagem (C5);
- Estrangeiros (C6).
Departamento D (Territórios ocupados)
- Na Alemanha (D1);
- Nas unidades de polícia (D2);
- No oeste (D3);
- Na Escandinávia (D4);
- No Leste (D5);
- No Sul(D6).
Departamento E (Contraespionagem).
(Fonte: Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gestapo).
Um pouco sobre a biografia e vida de Martin Fischer, grande historiador e pesquisador da história de Ijuí. Fundador e diretor do Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí.
Ele foi perseguido, pressionado e ameaçado pela GESTAPO...
Ele foi perseguido, pressionado e ameaçado pela GESTAPO...
O jornalista e historiador Martin
Robert Richard Fischer, nascido em Konigsberg, capital da Prússia Oriental, no
dia 10 de fevereiro de 1887, viveu os primeiros anos de sua vida na Alemanha
onde experimentou as crueldades da 1a. Guerra Mundial.
Como capitão, lutou no “front” russo em 1914-1918, ferindo-se quase que
mortalmente, sob as ordens diretas do kaiser Guilherme II. Foi condecorado com
a Cruz de Ferro (Eisernes Kreuz) por
serviços prestados ao governo da Alemanha.
Segundo
pesquisas e artigo da historiadora Márcia Krug, publicado no Blog "IJUÍ -
MEMÓRIA VIRTUAL" (disponível em: http://ijuisuahistoriaesuagente.blogspot.com.br/2012/08/serie-dr-martin-fischer-03-sobrevivente.html):
"Martin Fischer chegou pela primeira vez ao Brasil em 28 de fevereiro de
1921, para trabalhar como redator-chefe do jornal alemão “Deustsche Post,” de
São Leopoldo, pertencente à firma de Wilhelm Rotermund, criador do Sínodo Rio Grandense, que congregou a
maioria dos luteranos gaúchos e tinha estreita relação com a Igreja Evangélica
Alemã.
Com as divergências entre os luteranos e católicos
travadas através de artigos dos jornais, mais as questões políticas da época, o
“Deustsche Post” sofreu vários atentados. Mas o de 28 de janeiro de 1928, foi o
mais grave, aonde se deu o empastelamento do jornal. Após este triste episódio, Dr. Martin
Fischer volta para a Alemanha e segue
trabalhando como gerente na
Agência Oficiossa do Governo em Berlim (WTB) e DNB ao qual dominavam as comunicações na Alemanha".
Em 1933, Martin Fischer deixa definitivamente a
Alemanha. Depois de uma breve permanência no Brasil, foi morar em Buenos Aires,
Argentina, assumindo a direção do escritório da Agência de Notícias Alemã
(D.N.B), cargo que abandonou em 1937, por divergir do nazismo e seus líderes.
Márcia continua em seu artigo: "... Com a
ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, houve a pressão para que Dr.
Martin Fischer, então na Argentina, fizesse o juramento ao nazismo. Ato
impraticável por este homem, que acreditava em valores e ideais de liberdade e
conhecimento que já tinham sublimado em sua alma. Como poderia ele trair suas
crenças?
Restava então,
redigir a sua carta de demissão e vir embora para o Brasil. Podemos encontrar a
cópia desta carta, como também a resposta dela feita pelo partido nazista, nas
páginas do livro do Tenente Coronel Aurélio da Silva Py, então chefe da polícia
do Rio Grande do Sul com o título de “A quinta coluna - A conspiração Nazista
no Rio Grande do Sul”. Nesta publicação Py torna público todas as declarações
feitas pelo Dr. Martin Fischer sobre o nazismo e a atuação da Gestapo na
Argentina, selando assim a sua impossibilidade de retorno para a Alemanha.
Segundo a Wikipédia a "Quinta-coluna"
é uma expressão usada para se referir a grupos
clandestinos que atuam, dentro de um país ou região prestes a entrar em
guerra (ou já em guerra) com outro, ajudando o inimigo, espionando e
fazendo propaganda subversiva, ou, no caso de uma guerra civil,
atuando em prol da facção rival. Por extensão, o termo é usado para
designar todo aquele que atua dentro de um grupo, praticando ação
subversiva ou traiçoeira, em favor de um grupo rival.O quinta-colunismo
não se dá no plano puramente militar mas também por meio da sabotagem ou
da difusão de boatos, "atacando de dentro" ou procurando desmobilizar
uma eventual reação à agressão externa. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta-coluna).
Diante de todo
este contexto, Martin Fischer largou tudo e foi morar as margens do Rio
Uruguai, na cidade de Iraí, no noroeste do Estado. Tentar a vida como
agricultor, em uma pequena propriedade, plantando cana de açúcar. [...].
Mesmo
morando em Iraí a vida lhe trouxe muitas surpresas, algumas boas, como a
inspiração para escrever o livro “Iraí, cidade saúde”.
Delegado Plínio Brasil Milano |
E outras que deixariam
marcas profundas para o resto de sua existência, como [...] sua prisão pelo
delegado de Iraí, que foi feita baseada em acusações fornecida por um antigo
sócio (numa fábrica de aguardente) chamado Sr. Antonio Pauly. A acusação era de
que ele pertencia a “Quinta coluna”, e
era um “espião nazista”. Entretanto, tal denúncia não foi longe. Ele
imediatamente teve sua prisão anulada e sua liberdade concedida depois que o
Delegado de Iraí recebeu um simples telefonema de Plínio Brasil Milano, então
chefe da Delegacia de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul (DOPS/RS),
treinado pelo FBI e que desmantelou a rede de espionagem no Rio Grande do Sul
no inicio dos anos quarenta...".
Tempos depois, depois
de encerrado todo esse processo no qual foi envolvido, ele juntamente com sua
esposa Carlota, deixam de morar em Iraí para se mudar de vez para a cidade de
Ijuí, onde assumiu a função de redator do jornal Correio Serrano e
"Die Serra-Post", bem como também passou a colaborar com o programa
"Hora Alemã" que era transmitido por muitos anos na Rádio Repórter de
Ijuí. Nesse período conhece Mário Osório Marques, o
ainda Frei Matias, que o convidou para organizar um Museu ligado a FAFI, que
mais tarde irá se transformar no atual Museu Antropológico Diretor Pestana -
MADP de Ijuí, hoje com mais de 50 anos difundindo e preservando a história de
Ijuí e região.
Conhecedor profundo da política alemã e antevendo os interesses egoísta e maléfico do nazismo o jornalista Dr.Martin Fischer revela o "Modus operandi" da GESTAPO na América Latina e no Brasil... e por extensão também na região colonial de Ijuí....
As fotos publicadas nesta postagem tem o objetivo de compartilhar algumas imagens publicadas no livro "A Quinta Coluna do Brasil", especial sobre a presença nazista no estado do Rio Grande do Sul. |
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