sábado, 17 de maio de 2014

Ataques e tentativas da Coluna Prestes em dominar a cidade de Ijuí - 29 de outubro de 1923 - Relatório Municipal de 1924 - Relato do próprio Cel. Dico - parte II

Um mapa da região por onde poderia ter passado a Coluna Prestes em seu ataque e tentativa de entrada na cidade de Ijuí, através da "Picada da Conceição", e que passava sobre o rio Conceição.

Capitão Luiz Carlos Prestes
Principais lideranças da Coluna Prestes
Coluna Miguel Costa–Prestes: Costa é o quarto sentado (esq. para dir.) e Prestes, o terceiro.
Rio Conceição no Distrito do Barreiro, também chamado de "Picada da Conceição". Em alguma dessas passagens do rio deve ter acontecido os principais combates entre a Coluna Prestes e a resistência de Ijuí.

Tte. Cel. Martim Leonardo - primeira autoridade polícial da cidade de Ijuí e um dos líderes da resistência ijuiense.
Coluna Provisória (contra a Coluna Prestes), em 1924. Foto faz parte da Coleção Ijuí do Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP, publicada o livro "História Visual da Formação de Ijuí", organizado por MARQUES, Mário Osório; GRZYBOWSKI, Lourdes Carvalho.  Livraria UNIJUÍ Editora, p. 100.
Chrysanto Leite um dos feridos gravemente o ataque da Coluna Prestes em Ijuí
Grupo de civis e policiais que rechaçou o assalto dos revolucionários de Prestes a Ijuí na madrugada de 29 de outubro de 1924. Sentados: Bento Antunes, Cabo Luiz, Hildebrando de Andrade (Brandino), Martim Leonardo (Martinzinho), delegado de polícia e comandante, Fernando Soares, Peri Leonardo e (o último não foi possível identificar). Foto publicada na edição do jornal Correio Serrano do dia 19 de outubro de 1970.


Ponte sobre o Rio Conceição, medindo 60 metros de comprimento. Liga o 1o. Distrito (Alto da União) ao então Distrito de Augusto Pestana. Fonte: Álbum Comemorativo ao Cinqüentenário de Dr. Pestana (hoje "Augusto Pestana") - 2o. Distrito de Ijuí, publicado em 29/09/1951. Organizado pelo Dr. Orlando Dias Athayde. Não temos certeza, mas possivelmente seria a mesma citada e projetada no Relatório Municipal do Cel. Dico, no ano de 1924, que seria ainda construída por sua administração.
Ten. Cel. Alfredo Steglich - Intendente eleito no dia 21 de abril de 1925 a 14 de janeiro de 1928.

       Após estar por dois períodos a frente do município de Ijuí, uma vez como Intendente Provisório e outra vez como Intendente eleito, o Cel. Antônio Soares de Barros deixa a prefeitura, e a partir das eleições ocorridas no dia 21 de abril de 1925, o Ten. Cel. Alfredo Steglich assume o cargo de Intendente Municipal,  até o dia 14 de janeiro de 1928. O Cel. Dico voltará , ainda, ao cargo de Intendente Municipal  eleito (Prefeito), por mais um período, ou seja, de 12 de fevereiro de 1929 a 03 de janeiro de 1938.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A diversidade urbana da cidade de Ijuí, de 1890 a 2010 - Um dos assuntos do Informativo Kema/34 do MADP

Informativo Kema – do Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP de Ijuí - edição de novembro de 2013

KEMA, da língua Kaingang, quer dizer "experimentando". O Informativo do MADP, concebido em maio de 2008, objetiva divulgar de forma bimestral as atividades desenvolvidas pelo Museu Antropológico de Ijuí, Rio Grande do Sul.
      Interessados poderão fazer download de todas as 36 edições já publicadas até o momento. Também mediante cadastro no site do MADP (http://www1.unijui.edu.br/museu/informativos-kema-museu-ijui) poderão receber o mesmo em seu e-mail pessoal.
     - Por sua importância e conteúdo histórico iremos gradativamente publicando no Blog as edições anteriores. 

 Edição n. 34 - novembro de 2013
  • Universidade Urbana: a cidade de Ijuí 1890-2010
  • Editorial
  • Projeto: "Preservação do Acervo Cartográfico"
  • Imagens em Negativos de Vidro da DIS
  • Agenda Cultural
  • Incentivadores - Fernanda Betinelli

 

A edição número 34 do KEMA está disponível em: http://www.unijui.edu.br/arquivos/janeiro-2014/34kema.pdf

domingo, 11 de maio de 2014

Um rápido histórico da construção da CENTENÁRIA Igreja Evangélica de Ijuí - "Igreja da Cruz" ou "Igreja do Relógio"!

As lutas e controvérsias na manutenção da construção da centenária Igreja!


De acordo com o blog “Polêmica” da Rádio Jornal da Manhã (http://polemicajm.blogspot.com/); site da Rádio Progresso de Ijuí (http://radioprogresso.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=26736:juiz-proclama-decisao-sobre-igreja-do-relogio&catid=21&Itemid=50); ong Defender (http://www.defender.org.br/ijuirs-justica-determina-restauro-de-templo/) parece estar próximo do fim a celeuma instalada no caso da Igreja do relógio em Ijui. A questão que tramitava na justiça a dois anos teve decisão na quinta-feira, dia 04/11/2010, quando o juiz da 3ª Vara  Civel Nasser Hatem sentenciou a necessidade de os réus, no caso da prefeitura e da Comunidade Evangélica a restaurar a igreja mantendo as características estruturais hoje existentes no templo religioso. 


Segundo a decisão do juiz, estas obras que vão abarcar tanto a parte interna quanto externa precisam obedecer os critérios e parâmetros normativos e técnicos concernentes à intervenção num prédio de valor histórico,cultural, artístico e arquitetônico, a fim de que a estrutura original seja preservada.
Na mesma ação, o titular da 3ª Vara Cível também determinou que o executivo municipal instaure processo administrativo para que este mecanismo culmine, no prazo máximo de um ano, com a decisão de tombar ou não este imóvel tradicional da Colméia do Trabalho.
 Portanto, de acordo com a sentença o município e a comunidade religiosa tem 30 dias para elaboração de um novo projeto, com multa de três mil reais por dia de atraso a determinação judicial. A ação ainda tramita em julgado, e há possibilidade de defesa. 

Histórico das discussões e causas do impasse jurídico 


O projeto inicial de reforma apresentado pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil - IECLB mantém a torre frontal e a parte do altar, nos fundos, propondo a demolição e construção do corpo da igreja em tamanho maior. Os defensores dessa proposta chegaram a coletar diversas assinaturas de apoio ao projeto. Já o Conselho Municipal de Cultura de Ijuí (Comuci), que retomou os projetos de preservação do patrimônio histórico e cultural do município, defende a preservação da Igreja por seu ‘significativo valor histórico e cultural’. Segundo a presidente do conselho, Leonilda Preissler, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também emitiu parecer recomendando a restauração do templo pelo seu valor histórico.
Sem alvará do Corpo de Bombeiros, nos últimos anos a Igreja da Cruz deixou de ser utilizada para as celebrações, que ocorrem no Centro Evangélico. O prazo de 30 dias estabelecido para que a comunidade evangélica dê início à restauração é o mesmo tempo que o Executivo tem para proceder o tombamento do prédio.

Resgate histórico da construção da Igreja Evangélica de Ijuí

Quando se vê uma grande discussão judicial sobre a restauração ou não de um cartão postal, patrimônio cultural e religioso de Ijuí, mesmo que ainda não oficialmente, gostaria de trazer a tona um pouco da história da construção da Igreja Evangélica de Ijuí “do relógio”, como é mais conhecida. Nossa fonte de pesquisa é o livro comemorativo  lançado em setembro de 1979, anunciando as festividades no ano seguinte (1980) dos 85 anos da Comunidade Evangélica de Ijuí, RS,  fundada em 1895.
O livro  foi organizado pelo professor Alexandre Heim, e segundo ele informa no prefácio, “o presente trabalho estava estruturado em duas partes: a primeira, uma tradução quase literal da ‘Tentativa de uma Apresentação Histórica’da Comunidade Evangélica de Ijuí, de autoria do ilustre antropólogo e jornalista Dr. Martin Fischer...; a segunda, um relato dos acontecimentos mais significativos da nossa Comunidade, de 1964 até a atualidade (1979)”.
O primeiro artigo, escrito pelo Dr. Fischer na verdade foi publicado, inicialmente em língua alemã, quando da Festa do Cinqüentenário da Igreja da Cruz, como também é conhecida a Igreja Evangélica de Ijuí, centro. No prefácio escrito pelo autor em 8 de maio de 1964, o mesmo  informa que por não existirem documentos originais e oficiais dos primeiros 15/20 anos de trabalho da Igreja (destruídos durante a I Guerra Mundial) ele precisou escrever seu artigo baseado num “estudo minucioso da literatura correspondente e pesquisa em jornais e registros locais.... A tarefa, então, não consistia mais em redigir uma história da Comunidade Evangélica de Ijuí, mas em reunir e pôr a salvo tanto quanto possível do indireto material da consulta disponível, para um futuro relato histórico, antes que essas fontes indiretas de pesquisa ‘secassem’, fossem ‘soterradas’ou simplesmente desaparecessem”.
Nosso espaço aqui, no momento, não é registrar ou transcrever o início ou a história completa da Comunidade Evangélica de Ijuí. Queremos aqui apenas recuperar, registrar e socializar algumas informações escritas pelo Dr. Martin Fischer e pelo professor Alexandre Heim sobre todo o movimento comunitário, o contexto da época, e toda a caminhada em prol da construção, e manutenção do principal templo religioso dos evangélicos de Ijuí, isto é, a Igreja da Cruz ou “do relógio”.
Para tanto vamos recortar e trazer aqui alguns trechos (fac-simile) publicados no livro, editado pela então Gráfica Michaelsen, intitulado “Comunidade Evangélica de Ijuí. 85 anos, 1895-1980”.

No princípio!

A Comunidade Evangélica iniciou suas atividades oficialmente na então “Colônia de Ijuhy” no dia 19 de janeiro de 1895.  Foi somente na gestão (1903-1912) do Pastor Hermann Rosenfeld que se iniciou os preparativos e o movimento para a construção do templo principal dos evangélicos da Colônia.

Lançamento da Pedra Fundamental da Igreja da Cruz, em 7 de janeiro de 1909

Assim, de acordo com o livro comemorativo dos 85 anos da Comunidade Evangélica, e artigo escrito pelo dr. Martin Fischer, através da ousadia – para a época – do Pr. H. Rosenfeld foi lançado festivamente, a 7 de janeiro de...

Festa da Cumeeira (Richtfest) da Igreja da Cruz, em 1912
Outro aspecto da Festa da Cumeeira (Richtfest), em 1912
Flagrante dos serviços de reforma e pintura para a comemoração do 85o aniversário - 1979

Comunidade Evangélica completou 115 anos no dia 19 de janeiro de 2010.

O Portal Ijuhy.com fez uma excelente e completa reportagem histórica sobre todo trabalho e presença da Igreja de Confissão Evangélica Luterana de Ijuí. 
No site há muitas fotos que mostram todo trabalho desenvolvido durante mais de século. Acesse:

sexta-feira, 9 de maio de 2014