Residências do primeiro Intendente e Prefeito de Ijuí por vários anos: Antonio Soares de Barros - conhecido também como "Coronel Dico"!
Reprodução de artigo publicado no jornal Correio Serrano do dia 19-10-1973
Nos primeiros tempos da criação da "Colônia de Ijuhy", a partir de 1890, Antônio Soares de Barros trazia produtos de Cruz Alta e Porto Alegre para revender - porta a porta - aos primeiros colonos imigrantes recém-chegados. Fonte das ilustrações publicadas nesta postagem: Livro "CASA DICO SOCIEDADE ANÔNIMA. 60 anos dentro de uma firma, 1890 - 1950. Porto Alegre, RS. Globo, 1951".
Os negócios prosperaram imensamente que já em em
1900 Antonio Soares de Barros adquire seu primeiro pedaço de terra para
construir ali seu armazém e posto comercial. A bela edificação de alvenaria
(01) estava construída na esquina da rua 7 de Setembro com rua do Comércio, onde
hoje encontra-se o edifício da Organização Hass (03). Logo após concluir o prédio da esquina, (01)no início do século XX, ele já inícia a construção de sua nova residência ao lado e de frente para a rua do Comércio (02), onde mora até 1927. (Esta casa não existe mais. Foi destruída no final do século passado, isto é, entre os anos de 1990-2000. Ali foi construído outra casa moderna - 04). No ano de 1927 o Cel. Dico inaugura as novas e amplas instalações da Casa Dico na esquina em frente, isto é, da rua 7 de Setembro com a do Comércio (ver fotos e montagem abaixo). Nesse amplo e bonito prédio ele instala a loja comercial no andar térreo, e a parte de cima passa a ser sua residência até momentos antes de se transferir
definitivamente para Porto Alegre (nos anos no final de 1938), onde morou até
22 de dezembro de 1955, quando faleceu.
Visual interno da Casa Comercial Dico no ano de 1917, bastante variado e movimentado atendendo a todos imigrantes não só da "Colônia de Ijuhy", mas de toda região das missões e alto uruguguai. Fonte: Livro "CASA DICO SOCIEDADE ANÔNIMA. 60 anos dentro de uma firma, 1890 - 1950. Porto Alegre, RS. Globo, 1951".
Nesta foto publicada na Revista Comemorativa ao Centenário da Independência do Brasil, em 1922, aparece a rua do Comércio já bastante arborizada. Em primeiro plano podemos ver a esquerda, na esquina com a rua 7 de Setembro a Casa Comercial "Dico" e em seguida antiga residência do ex-Intendente de Ijuí e proprietário da Casa Dico, o Coronel Antonio Soares de Barros.
Fonte: Livro "CASA DICO SOCIEDADE ANÔNIMA. 60 anos dentro de uma firma, 1890 - 1950. Porto Alegre, RS. Globo, 1951".
As imagens acima (01 e 02) mostram o majestoso prédio
construído em 1927, para abrigar no andar térreo as novas instalações da "Casa Dico" e na parte superior a residência da família de Antonio Soares de Barros. Na parte inferior da montagem (03) podemos ver um visual atual, no ano de 2012, do mesmo prédio
localizado na esquina da rua do Comércio com 7 de Setembro. Após a mudança do Cel. Dico para Porto Alegre, em 1938, o prédio passa a ser ocupado e de propriedade do comerciante Alcindo Pereira Gomes, então representante da Chevrolet para a região.
(Publicado em nosso Blog com a devida autorização do autor).
A vida urbana oferece muitos
recursos, mas ninguém consegue viverpreso dentro de casa ou em cima de pedras, a vida toda.
Lazer são ocupações que as
pessoas se entregam de livre vontade, tanto para descansar, repousar, recrear e
entreter-se ou para desenvolver informações desinteressadas voluntariamente
livres, sendo uma necessidade de relaxamento, após sair das obrigações de
trabalho, aos fins de semana e feriados.
Percebe-se que aos sábados,
domingos ou feriados no Campus da Unijuí
há grande quantidade de pessoas
da cidade lá, com suas famílias.
Os adultos tomando mate e
dialogando, as crianças de bicicleta ou brincando com bolas e outros
brinquedos, pessoas caminhando; uma
descontração licita e aconselhável.
Ali as pessoas se conhecem, vivem
juntos, refletem e aprendem a ser. Muito bom. Como é importante o município ter
espaços para dispor ao povo da cidade um lugar
para as pessoas viver. Os grandes projetos são aqueles que também pensam na vida e bem
estar do cidadão. Ijuí é carente de
espaço público para o encontro e convívio da população.
Vejo também a grande lotação na
Fonte Ijuí em épocas de verão, mesmo que pouco distante; vezes de não se
conseguir lugar para permanecer lá, de tanta gente. Sabemos que somente dentro de casa ninguém
aguenta. A vida urbana é assim.
Existem locais com valor
admirável dentro da cidade, como é o caso do Bosque São Geraldo.
O Bosque tem quase três hectares
de área e para a cidade de Ijuí é um local valioso em todos os sentidos.
O seu valor natural, além do
lazer, para a saúde e pesquisas relacionadas
a vida vegetal , animal e humana.
A importância do oxigênio do
ar e da energia fornecida pela natureza
das matas nativas existente no Bosque, não tem como deixar de falar em saúde e
qualidade de vida. O Bosque São Geraldo é o cartão de visitas localizado no
centro da cidade, esquecido, de grande
importância, mas parece o fundo do pátio da casa, talvez porque
investimento nisso não vai gerar lucro,
não é prioridade.
É inadmissível não aproveitar uma
área nobre para criar além do lazer, um laboratório, pequeno zoológico, praça
com área esportiva e passeio para
caminhada, etc., importante para a
educação, saúde e lazer, sendo um espaço que não está sendo valorizado como
um dos maiores patrimônios
natural para lazer e pesquisa.
Também se percebe, que não há
um comprometimento com o meio ambiente
de modo geral da população com a natureza limpa, no local do bosque.
Outro local é a área pública do Itaí que está abandonada com
um espaço maravilhoso, com torneiras de água mineral, ao lado do Rio Ijuí, com
matas e riacho a disposição da sociedade, esperando surgir uma inteligência
para elaborar projetos e criar um mundo onde
as pessoas possam recrear. Assim, tanto outros lugares.
Os aspectos culturais de cada
cidade se vê de longe ao chegar nela, que está a cargo dos administradores, que
definem as prioridades do município. A aparência e aproveitamento dos espaços
justificam como a cidade foi construída, desde ruas, passeios, praças e áreas
de lazer etc..
Considera-se Ijuí ser uma cidade
centro regional por ter uma das melhores universidades do sul do país, com
centro regional de saúde, uma cadeia de indústrias, comércio que atende a toda
região, representações públicas, estadual e federal, com várias unidades de
militares na cidade, escolas e preparação para o trabalho, maior organização
cultural étnica do país, enfim, um município que devia cuidar da sua aparência.
Áreas de lazer e limpeza pública
também faz parte do cidadão e da organização da família.
O Museu Antropológico Diretor
Pestana, mantido pela Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do
Noroeste do Estado – FIDENE, foi criado em 25 de maio de 1961, com o objetivo
de resgatar e preservar a memória regional, promover a cultura, a educação e o
lazer.
Stela Mariz Zambiazi
de Oliveira é a atual diretora do MADP
Hoje, dia 25 de maio, o Museu
Antropológico Diretor Pestana - MADP - está de aniversário.
São 51 anos de sonhos e ideais,
sempre com o objetivo de buscar maior visibilidade a esta instituição de
memória, atraindo os mais diversos segmentos sociais, seja através de
exposições ou de outras ações educativas desenvolvidas com o intuito de
disseminar conhecimentos ou oferecer formas de laser e entretimento, como um
processo capaz de incentivar novos diálogos.
O Museu é um lugar de
aprendizado, é um lugar vivo, de socialização. Nele nós preservamos a memória
das identidades individuais e das memórias coletivas e culturais. Muito do
passado das gerações que por aqui passaram estão preservadas pelo Museu. São
peças museológicas e documentais que ao longo destes 51 anos foram preservados
junto ao acervo.
A Semana de Aniversário do Museu
iniciou sua programação no dia 17 de maio encerrando-se hoje. Foram várias
atividades desenvolvidas nestes dias. Como atividade paralela a Exposição
“Conhecer para Preservar: plantas medicinais e aromáticas e princípios
bioativos”, acontecerá uma palestra sobre o preparo e uso de plantas
medicinais, com a professora da UNIJUÍ, Chistiane Coleto, hoje, dia 25 de maio,
no Auditório do Museu, às 19h30min.
O museu conta hoje com nove
técnicos-administrativos e dois estagiários. É dirigido pela Diretora Stela
Mariz Zambiazi de Oliveira, conta com a seguinte equipe: Museologa, Educadora
do Museu, Arquivista, Técnico Fotógrafo/Laboratorista, Assistente de Pesquisa e
Extensão, Assistente de Museu e Auxiliar de Limpeza, Copa e Cozinha.
O Museu, Instalado, inicialmente,
em prédio alugado, possui hoje sede própria, com área de 1.641m², climatizada.
É constituído por mais de 30 mil objetos museais, além de um acervo documental
riquíssimo, disponibilizados ao público através das exposições de longa
duração, itinerantes e temporárias e disponíveis à pesquisa nos espaços
específicos do Museu.
Possui, também, uma reserva
técnica e espaço específico destinado à guarda documental com 975,56 metros
lineares de documentação.
Dos 1.641m², 503m² são ocupados
pela Exposição de Longa Duração, onde estão retratados aspectos da caminhada do
homem que viveu e vive nesta região do Estado, especialmente no município de
Ijuí, desde o índio pré-missioneiro, primitivo habitante desta região, com seus
instrumentos em pedra e cerâmica, seguida do índio missioneiro, do negro e do
caboclo que aqui habitaram antes da chegada dos imigrantes.
Aspectos da fundação e
colonização do município, a imigração, as diferentes fases da agricultura e
trabalho rural, os processos produtivos artesanais, comunicação e transporte,
indústria e comércio, energia elétrica, serviços, esporte e lazer, ensino, religião,
usos e costumes e a moradia são igualmente mostrados.
A exposição também tem espaço
reservado às manifestações culturais da atualidade.
Ainda, com relação a espaço
físico, o museu disponibiliza a seus visitantes, outra área, com 135m², para
exposições temporárias, a fim de possibilitar a apresentação de outras
manifestações culturais e, ao mesmo tempo, atrair públicos com interesses
diferenciados. Contíguo a esse espaço, há ainda, um auditório para 60 pessoas,
todo equipado.
O acervo museológico é
constituído, desde 1961, através de doações da comunidade, e totaliza hoje
cerca de 30.000 objetos, assim classificadas: 24.217 relacionadas à Seção
Arqueológica, fruto de pesquisas realizadas na região em conjunto com o
Instituto Anchietano de Pesquisas da Universidade do Vale dos Sinos - UNISINOS
e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, quando foram localizados
134 sítios arqueológicos; outras 5.000 peças pertencem à Seção Antropológica,
que subdivide-se em: Indígena, Artes Visuais, Numismática, Filatelia e
Povoamento.
O acervo documental arquivístico
do Museu é constituído de valiosa, abrangente e volumosa documentação de
natureza pública e privada relacionada ao município de Ijuí e à região noroeste
do Rio Grande do Sul.
Em seu conjunto documental
encontra-se preservada parcela significativa da memória regional, que o torna
referência para estudantes e pesquisadores da cultura e da história de Ijuí e
região.
A documentação textual,
bibliográfica e iconográfica está classificada em arquivos, entre eles o
arquivo Ijuí, Regional, Sindicalismo, Cooperativismo, Kaingang, Guarani e Xetá,
e Fidene, totalizando 975,41 metros lineares de documentos.
O Museu dispõe em seu acervo de
uma Hemeroteca, cujo objetivo principal é preservar os jornais produzidos no
município de Ijuí, os de cunho histórico e político, que apresentem temáticas
relacionadas a indígenas e ao patrimônio histórico-cultural, totalizando 39
títulos de jornais.
Entre os títulos preservados, o
Jornal Die Serra Post possibilita resgatar a história do município de Ijuí a
partir de 1911, e o Jornal Correio Serrano, editado pela primeira vez em 1917.
Os mesmos deixaram de circular respectivamente em 1978 e 1988, sendo
microfilmados e digitalizados, e atualmente são disponibilizados para pesquisa
através de banco de dados no Museu.
Entre os gêneros documentais, o
Museu também preserva fotografias, negativos flexíveis, negativos de vidro,
discos, fitas, filmes e vídeos, classificados e organizados em arquivos e
coleções na Divisão de Imagem e Som.
O acervo fotográfico é
constituído de aproximadamente 300 mil imagens, em sua maioria, relacionadas a
fatos vinculados a Ijuí que possibilitam reconstituir a história através de
imagens a partir de 1902, portanto, antes da instalação oficial do município.
Deste acervo fazem parte as
produções fotográficas de dois dos mais antigos fotógrafos do município: a
Família Beck e Eduardo Jaunsem, cuja produção possibilita recuperar parcela
significativa da história urbana e rural do município/região, até meados do
século XX. O acervo iconográfico conta com aproximadamente 14 mil negativos em
vidro.
O Museu Antropológico Diretor
Pestana é uma mantida da FIDENE.
Durante toda esta trajetória o
Museu, enquanto guardião de objetos culturais mantém constante a preocupação em
democratizar informações, conhecimentos, saberes, fortalecendo a troca de
experiências, permitindo mediações pedagógicas, considerando também as
experiências e expectativas dos professores e seu grupo de escolares e os programas
curriculares.
Conheça ainda mais o MADP através de seu vídeo institucional:
Passeio virtual pelo Museu Antropológico Diretor Pestana de Ijuí:
Ainda para conhecer mais sobre a história, atividades e propostas do MADP leia também:
Imagens reproduzida do jornal Correio Serrano publicado no dia 09/12/1934, em edição especial a criação e instalação da Comarca; e elevação de Ijuí a categoria de cidade. (Ver a edição integral e especial do jornal Correio Serrano alusivo a data em nossa página do Blog "Documentos/séries Completas"). Não sabemos e não podemos afirmar que essa casa teria sido construída pelo dentista Norberto Hoff. Mais detalhes, infelizmente, não temos.
Visão atua do prédio situado na baixada da rua do Comércio.
Com muita propriedade e sabedoria o jornalista e historiador Ademar Campos Bindé publicou a história do "Casarão " da rua do Comércio, esquina com 19 de Outubro, no jornal "O Repórter" do dia 16 de abril de 2011.
Visão da Casa Comercial Glitz em 1929, conforme publicidade no jornal Correio Serrano do dia 05/11/1967.
Jornalista e historiador Ademar Campos Bindé já registrava esse debate sobre o Patrimônio Histórico de Ijuí em sua coluna semanal no jornal "O Repórter", na edição do dia 02/08/2008.
Inédito: Imagens e algumas informações históricas de muitos prédios/construções antigas que AINDA embelezam nossa cidade. Observem alguns detalhes arquitetônicos da construção! Nos ajude também a identificar a história (os detalhes de quem construiu, quem morou ali...) de muitos prédios, que se perderam na memória pública...
Neste prédio situado na rua do Comércio, esquina com a rua Tiradentes funcionou por muitos anos, no porão, uma loja que vendia diversos produtos para fabricação de bebidas artesanais/caseiras. Diversas essências. Não sabemos quem construiu ou morou inicialmente no prédio que passou recentemente por uma reforma e está servindo como agencia dos Correios.
Residência do Cel. Dico e de Alcindo Pereira Gomes
Este prédio na rua do Comércio, esquina com a rua 7 de Setembro foi erguido pelo Cel. Antônio Soares de Barros - Cel. Dico, no início do século passado. Inicialmente serviu como sua residência e também como loja comercial. Mais tarde morou também neste prédio Alcindo Pereira Gomes que era proprietário da revenda Chevrolet, construída em prédio anexo na rua 7 de Setembro, e que posteriormente no mesmo também funcionou a extinta Gráfica Michaelsen. No decorrer dos anos o prédio tem servido para diversas lojas comerciais.
Prédio construído em 1903, para abrigar a Administração da "Colônia de Ijuhy"
Construção histórica de Ijuí, situada na esquina das ruas Benjamin
Constant e rua do Comércio. Foi construído em 1903 para abrigar a
Comissão de Terras que administrou a Colônia de Ijuí. Também foi onde
por muitos anos funcionou a administração do município de Ijuí, até
1933, quando seria inaugurado o atual prédio da Prefeitura Municipal.
Após isso sempre tem abrigado diversos departamentos da administração
municipal.
Continuação
da reprodução de parte do Relatório Administrativo da Prefeitura
Municipal de Ijuí publicado no ano de 1925 pelo então Intendente
Tenente Coronel Alfredo Steglich, eleito em 1925 no lugar do Cel.
Antônio Soares de Barros - o Cel. Dico. A primeira parte do Relatório
já
publicamos no dia 01 de maio de de 2011:
Hoje publicamos a quarta parte, que se constituí de anexos do Relatório das atividades desenvolvidas. Para não tornar "maçante" dividimos o ano de 1925 em cinco partes.
IMPORTANTE REGISTRAR QUE TODOSos
Relatórios Municipais na forma completa estarão disponível -
paulatinamente - de forma integral numa página especial de nosso Blog
denominada “Relatórios Municipais – Administração Cel. Dico e outros...”. Eles
estão na forma de apresentação em slides para ganharmos espaço. Mas
clicando em cima abrirão no “Picasa” e poderão ser facilmente
consultados, impressos ou baixados em seu computador. No momento iremos
manter os mesmos na seqüência dos anos já publicados, entretanto,
mais tarde a partir do momento
que iniciarmos a publicação integral
dos novos Relatórios a partir de 1912,
iremos colocar então os mesmos
na ordem cronológica correta.