domingo, 13 de novembro de 2011

O roubo - em 1959 - da "Gata Preta" - o carro oficial de 5 ex-prefeitos de Ijuí

 Na noite de 27 de fevereiro de 1959, uma sexta-feira, em torno das 23h, quando estava estacionada na Rua do Comércio, em frente a Prefeitura Velha, a "Gata Preta" foi roubada misteriosamente, enquanto se realizava uma reunião da direção do Partido de Representação Popular (PRP) no Stúdio Fotográfico de Alfredo Beck. O Prefeito era Lothar Friederich, que pertencia ao PRP, e a Gata Preta era seu carro oficial.

A Gata Preta é o carro que está estacionado a direita da foto (dentro do círculo amarelo) e que foi o veículo oficial dos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich, Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e Walter Müller (que o leiloou em 1965). A Gata Preta é o carro que está estacionado a direita da foto e que foi o veículo oficial dos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich, Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e Walter Müller (que o leiloou em 1965).

Pesquisas e texto do professor Hilário Barbian*

         Histórico
Ao longo da história de Ijuí não houve nenhum outro carro oficial do Prefeito que fosse tão conhecido, tão comentado e também tão criticado  quanto a "Gata Preta".
No final da  década de 1950 e inícios de 1960 não havia munícipe que desconhecia a história da "Gata Preta". Os que nasceram depois de 1960 – que tem hoje no máximo 45 anos – não tomaram conhecimento de todas as intrigas, roubos, desavenças e, sobretudo, seu espetacular resgate de uma Província da Argentina para onde tinha sido levada depois de um duplo roubo.
Já os que têm mais de 55 anos lembram, às vezes com detalhes, a história que o tempo teima em não apagar. Simplesmente porque entre 1952 e 1965 – por um período de 13 anos – a "Gata Preta" era presença constante, quando não obrigatória, nas conversas entre funcionários da Prefeitura, políticos e demais pessoas. Principalmente, depois de fevereiro de 1959, quando foi furtada em pleno centro de Ijuí.

O que foi a "Gata Preta"
O Mercury Sedan, ano 1948. 
Acima e abaixo
fotos ilustrativas 
extraídas da internet
 A "Gata Preta" foi o carro oficial dos Prefeitos de Ijuí entre 1952 a 1965. Tratava-se de um automóvel Mercury Sedan, da FORD, ano 1948, quatro portas, de cor preta – pomposamente chamada por revistas de  “Black Mercury”. Era considerado na época o carro “símbolo nos Estados Unidos”.
Em Ijuí era o carro mais bonito, mais luxuoso e o mais cobiçado por homens de poder e de dinheiro.  Onde quer que chegava, despertava enormes atenções. E mais ainda quem dele saía, tal o glamour que o envolvia. Para se ter uma idéia, em todo município houveram apenas mais três Mercury pertencentes a Franklim Thomé da Cruz, Atílio Berno e família Noronha.
O que pertenceu à Prefeitura serviu aos Prefeitos Ruben Kessler da Silva, Lothar Friedrich, Beno Orlando Burmann, Eugênio Michaelsen (terminou o mandato de Burmann) e Walter Müller (que o leiloou em 1965).
A "Gata Preta" foi comprada Zero Km por Ruben Kessler da Silva no início da sua administração, em 1952, com a finalidade de servir como carro oficial do Prefeito. A compra visava levar um alívio financeiro a Leopoldo Hepp, dono da Revenda FORD em Ijuí, que como Presidente da SOGI - que estava em construção - tinha empenhado muitos recursos próprios que o levaram a uma situação difícil. Kessler da Silva, ciente da sua situação, decidiu ajudá-lo com a compra da "Gata Preta", já que o Gabinete precisava de um automóvel.
Embora tendo sido adquirida em 1952, na condição de Zero Km, a "Gata Preta" foi fabricada em 1948, nos Estados Unidos. O tempo da demora explica-se em razão das dificuldades subseqüentes à 2ª Guerra Mundial, aliado ao tempo necessário ao transporte de navio e à importação.

Porque o nome 'Gata Preta'
 O que desperta curiosidade é a origem do apelido "Gata Preta" para um carro Mercury, da FORD. Segundo vários entrevistados o apelido deve-se ao fato do carro ter desenhado no painel uma gata preta, cujo desenho deixou de existir em modelos de 1949 em diante. A partir deste desenho é que o automóvel passou a ser tratado por motoristas e mecânicos da garagem municipal por "Gata Preta".
A expressão “a Mercury do Prefeito” simplesmente não pegou e foi ignorada. De motoristas e mecânicos, o apelido logo estendeu-se ao domínio público e o carro, onde chegava, imediatamente era identificado como a "Gata Preta". E com este charmoso apelido passou à história de Ijuí.
A bem da verdade, o que motoristas e mecânicos definiram apressadamente como “Gata Preta” era o brasão da Família Ford, representado por uma “Pantera Negra”, cujo símbolo passou a ser colocado em diversos carros da linha FORD. Do brasão constituído por uma “Pantera Negra”, os ijuienses fizeram uma leitura criativa e não tiveram dúvidas em cunhar o carro do Prefeito com o sugestivo nome: a "Gata Preta".
Em inúmeras entrevistas realizadas ao longo de mais de um mês de pesquisa, aflorou em diversas conversas que, além do roubo da "Gata Preta", o automóvel foi usado muitas vezes para conduzir homens ávidos por noitadas de farra, magia, orgasmo e prazer em diversos prostíbulos de Ijuí e mesmo de cidades da região. Mas os entrevistados sempre deixaram claro que isso acontecia sem o conhecimento dos Prefeitos.

O Roubo da 'Gata Preta'
 Era noite de 6ª feira, dia 27 de fevereiro de 1959. Uma reunião  política estava em andamento. Na Foto Beck, de propriedade de Alfredo Adolfo Beck, na rua do Comércio, onde hoje se situa a  Loja Beck's, realizava-se a reunião da direção do PRP – Partido de Representação Popular – que na época administrava o município. O Prefeito Lothar Friedrich chegou ao local dirigindo ele mesmo a "Gata Preta". Estacionou o carro e foi participar da reunião. Junto, no porta-luva, ficaram os documentos do veículo. Na época não se temiam roubos. Afinal, todos conheciam todos.
Quando terminou a reunião o Prefeito se dirigiu ao carro. Mas cadê a "Gata Preta"? Ela simplesmente havia sumido. Investigações preliminares não levaram ao seu paradeiro.  Como de praxe foi registrada queixa na Polícia. O jornal Correio Serrano na sua edição de 4 de março de 1959, quarta-feira, fez o registro na crônica policial: “Na noite de sexta para sábado, aproximadamente às 23 horas foi roubado da frente da Foto Beck, onde encontrava-se estacionado, o automóvel Mercury, preto, ano 1948, pára-sol verde, porta traseira amassada, motor nº 799 A 201.8079, placa branca 2 – 81 – 78, pertencente à Prefeitura Municipal. A polícia cientificada da ocorrência, logo após, procedeu várias diligências e manteve contato com as autoridades policiais da comunas vizinhas (...) e com a polícia catarinense e costeiras com a República Argentina”.
Informa ainda a notícia do Correio Serrano que diligências iniciais da Polícia constatou que a "Gata Preta" passou por Chorão e seguiu para a Linha 30 – hoje Ajuricaba – “tendo tomado a rumo de Palmeira das Missões onde desapareceram os indícios”. As investigações da Polícia estavam corretas. A "Gata Preta" efetivamente tinha tomado aquele rumo.
Chama atenção a providência da Polícia em comunicar as Delegacias de Santa Catarina e as que estão localizadas ao longo da fronteira com a Argentina. A preocupação tinha procedência uma vez que na época – hoje tomam o rumo do Paraguai - os carros roubados tomavam a direção da Argentina, principalmente, à Província de Misiones, que se situa do outro lado do Rio Uruguai. E, secundariamente, à República do Uruguai.

Os Destinos da 'Gata Preta'
A partir do roubo o carro percorreu caminhos que só muito depois puderam ser reconstituídos. Efetivamente, os três homens envolvidos no roubo tomaram o caminho que demandava a Chorão, Ajuricaba, Panambi (onde abasteceram o tanque colocando a conta em nome da Prefeitura) e, finalmente, Palmeira das Missões. Nesta cidade, os três “caíram na zoiera”, isto é, foram completar a noite fazendo a festa num prostíbulo. Até ali tudo tinha transcorrido em perfeita ordem.
Já no sábado resolveram esticar a festa rumando para Carazinho onde caíram em outro bordel. De festa em festa, o roubo ia se consumando sem que em Ijuí se descobrisse o paradeiro da Gata Preta. Segundo uma versão, de Carazinho o luxuoso carro foi conduzido por precárias estradas até Foz do Iguaçu, onde teria sido comercializado por quatrocentos mil cruzeiros. De lá tomou o rumo de uma cidadezinha do interior de uma província da Argentina.

Aparece um dos três Envolvidos
Após minuciosas investigações, checagem de informações e contra-informações, acabou por ser preso nas cidades de Dionísio Cerqueira e Barracão, dois dos envolvidos, sendo um deles o próprio motorista da Gata Preta: Adolfo Seib, que era também funcionário da Prefeitura. Conduzido a Ijuí, passou a responder processo, sendo condenado a dois anos de prisão, que cumpriu na penitenciária do bairro da Penha, perto do 27º GAC.
Tido como bem apresentável, falante, galanteador e fanfarrão, Adolfo Seib garantiu que foi envolvido na história do furto do carro por outras pessoas e que por trás tinham outros interesses, até político-partidários. Para sua mãe, Adolfo jurava: “Mãe, não tava sabendo de nada.Fui envolvido e fui enganado. De tanto desgosto em ver seu filho, que então tinha apenas dezoito anos, envolvido num caso tão rumoroso, ela veio a falecer seis meses depois da prisão do filho – antes já estava adoentada. Adolfo Seib ganhou permissão para acompanhar parte do velório e assistir ao enterro da mãe, sempre acompanhado por policiais.
Fonte: Internet. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/906091/lei-562-59-ijui-0
Depois que saiu da prisão, Adolfo Seib foi trabalhar no então Distrito de Bozano. Depois veio a residir em Curitiba e, posteriormente, em São Paulo, sempre na condição de motorista. Ele veio a falecer em 22 de julho de 2004, aos 67 anos de idade. Segundo familiares, optou por fazer sua vida fora de Ijuí para não ter que ostentar a fama do roubo da Gata Preta ao longo da sua existência.

Fontes
Antônio Luiz Beck de Mello, Beno Orlando Burmann, Walter Muller, Sady Strapazon, Juarez Aires da Silva, Guilherme Rodrigues Beck, Irene Weber Franzen, Jolmar Antônio Basso, Argemiro Jacob Brum, Lorena Therezinha Jung e Flávio Friedrich. Jornal Correio Serrano – 04/mar/1959.

* Este artigo originalmente foi publicada inicialmente no Jornal Hora H. Atualmente o mesmo foi editado por seu autor e reproduzido no dia 14/07/2011, no Portal Ijuí.Com. Disponível em: http://www.ijui.com/especiais/historia-em-foco/23309-o-duplo-roubo-da-gata-preta-em-1959-o-carro-oficial-do-prefeito-de-ijui-por-hilario-barbian


A história e vida de um motorista de confiança de 5 prefeitos de Ijuí - que também dirigiu a "gata preta":

Jornalista Ademar C. Bindé em sua coluna tradicional no jornal "O Repórter", do dia 10/02/2010, trouxe à luz a história do "Cabo João", que foi o motorista oficial de 5 prefeitos de Ijuí, e que dirigiu a "Gata Preta" durante muito tempo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Ijuí - em 1965 - Francisco Assis Costa

Francisco Assis Costa atuou também, anos depois, como advogado na cidade de Ijuí 
Fonte: "Álbum Comemorativo" dos 75 anos de Colonização de Ijuí, publicado em 1965, pela Editora Revista Brasileira (que tinha por objetivo mostrar os municípios do Brasil). Infelizmente na edição publicada não consta a sede da Editora, apenas cita o nome de seu editor: H. P. Müller. (Oportunamente iremos publicar de forma integral toda publicação/Álbum dos 75 anos na seção de "Documentos e séries completas" de nosso Blog).

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Uma análise da administração do ex-prefeito de Ijuí Lothar Friedrich (de 1º de janeiro de 1956 a 31 de dezembro de 1959)

A construção da Usina Hidroelétrica do Passo do Ajuricaba foi uma das grandes e principais obras da administração de Lothar Friedrich
Fonte: Reprodução de reportagem publicada no Álbum Comemorativo aos 50 anos da emancipação política/administrativa de Ijuí - 1912-1962.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Recepção ao Senador Pinheiro Machado em Ijuí - no ano de 1906

Associação Rural de Ijuí - fundada em 16 de junho de 1945

Fonte: "Álbum Comemorativo" dos 75 anos de Colonização de Ijuí, publicado em 1965, pela Editora Revista Brasileira (que tinha por objetivo mostrar os municípios do Brasil). Infelizmente na edição publicada não consta a sede da Editora, apenas cita o nome de seu editor: H. P. Müller. (Oportunamente iremos publicar de forma integral toda publicação/Álbum dos 75 anos na seção de "Documentos e séries completas" de nosso Blog).
Destaques comerciais e industriais  de Ijuí publicados no Álbum dos 75 anos da Colonização de Ijuí, em 1965:
A "Casa do Disco" de Renauto Fischer funcionou por muitos anos no antigo prédio que era a sede da empresa jornalística "Ulrich Löw", editora dos jornais Correio Serrano e "Die Serra-Post", na esquina da rua 15 de Novembro com Praça da República. O sr. Renauto A. Fischer também tinha também um pequeno quiosque de balas, revistas, doces e chocolares dentro do próprio Cine Serrano, por muitos anos. Como era gostoso assistir um bom filme comendo diversas guluseimas!
Nesse prédio, antiga sede do jornal Correio Serrano e "Die Serra-Post" estava instalado por longos anos a "Casa do Disco" de Renauto A. Fischer.

domingo, 6 de novembro de 2011

História da imprensa de Ijuí: artigo em alemão do dr. Martin Fischer sobre os 50 anos - Jubileu de Ouro - da Empresa Jornalísitca Ulrich Löw, editora dos jornais "Die Serra-Post" e "Correio Serrano". Almanaque anual "Serra-Post Kalender". Ambos não circulam mais.

Reprodução da capa do primeiro exemplar do jornal "Die Serra-Post", fundado em 1911. Editado em língua alemã por muitas décadas.
Reprodução da capa do primeiro exemplar do jornal "Correio Serrano", publicado a partir de 1917, na língua portuguesa.
Capa da edição do "Kalender Serra-Post", do ano de 1961. Almanaque anual publicado por muitas décadas, em língua alemã.
O jornal em alemão "Die Serra-Post" começou a ser publicado em 1911, mas impresso em Cruz Alta. Mais tarde passou a ser impresso totalmente em Ijuí. O prédio acima construído em 1914, na esquina das ruas 15 de Novembro com rua da Praça da República (um pouco acima do antigo cinema Serrano - e hoje substituída por um grande e moderno edifício) foi a sede da empresa jornalística, tipografia e gráfica "Roberto Löw" e mais tarde Empresa Jornalística Ulrich Löw.
Abaixo na forma de slides o artigo em alemão do Dr. Martin Fischer 
- para ter acesso ao conteúdo integral é só clicar em cima da imagem: 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Carlos Franke S.A. - CAFRASA - fundou em Ijuí a primeira fábrica de manteiga do Estado e circulou com o primeiro automóvel nas ruas de Ijuí. Max Franke deu continuidade ao comércio e indústria de laticínios!

O que sobrou da CAFRASA, na rua Max Franke, esquina com a rua professora Luiza Couto
Reportagem histórica no jornal Correio Serrano do dia 05/11/1967.
Notícia no jornal Correio Serrano do dia 19/10/1970 informava a chegada de novos equipamentos na CAFRASA e ampliação de novos mercados
Pátio onde era recebido e distribuído o leite/manteiga produzido na fábrica. Grande era a movimentação diária de caminhões quando a indústria estava em plena atividade.
A vida e obra do fundador da CAFRASA: Carlos Franke - e também de Max Franke foi abordada na coluna "História", do jornalista Ademar Campos Bindé, no jornal "O Repórter", no dia 04/11/2009.
Destaque publicitário da CAFRASA no Álbum Comemorativo aos
50Aniversário da criação do município de Ijuí - 1912-1962.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Granjas de Henrique Schmaltc na Linha 8 Oeste e de Helmuth Scheffler na Linha 9 Oeste - em Ijuí - no ano de 1965

Fonte: "Álbum Comemorativo" dos 75 anos de Colonização de Ijuí, publicado em 1965, pela Editora Revista Brasileira (que tinha por objetivo mostrar os municípios do Brasil). Infelizmente na edição publicada não consta a sede da Editora, apenas cita o nome de seu editor: H. P. Müller. (Oportunamente iremos publicar de forma integral toda publicação/Álbum dos 75 anos na seção de "Documentos e séries completas" de nosso Blog).
 Destaques comerciais e industriais  de Ijuí publicados no Álbum dos 75 anos da Colonização de Ijuí, em 1965:

Granjas de Harry Carlos Wächter na linha 2 Oeste e de Vitório Ângelo Buratti na Vila Santo Antônio - Itaí - Ijuí - no ano de 1965

Fonte: "Álbum Comemorativo" dos 75 anos de Colonização de Ijuí, publicado em 1965, pela Editora Revista Brasileira (que tinha por objetivo mostrar os municípios do Brasil). Infelizmente na edição publicada não consta a sede da Editora, apenas cita o nome de seu editor: H. P. Müller. (Oportunamente iremos publicar de forma integral toda publicação/Álbum dos 75 anos na seção de "Documentos e séries completas" de nosso Blog).

 Destaques comerciais e industriais  de Ijuí publicados no Álbum dos 75 anos da Colonização de Ijuí, em 1965:

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Escola Municipal Fundamental Dr. Ruy Ramos de Ijuí - 63 anos de ensino!

Coluna do Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP de Ijuí - publicada no Jornal da Manhã:

Frente atual da Escola localizada na rua Bento Gonçalves, no Bairro São José

Reprodução da Coluna do MADP publicada no Jornal da Manhã, no dia 22/05/2010.
 Histórico oficial da publicado no site e blog da Escola:

Em 1948 iniciou suas atividades no bairro São José em prédio de madeira e uma sala de aula o Grupo Escolar São José. A 1ª professora que lecionou neste educandário era paga pelo círculo operário e a sua identidade não consta nos arquivos. A 2ª professora foi Fiorina Celle ainda no mesmo ano. Em 1950 assumiu a professora Leopoldina François e permaneceu até 1959. Nesse ano o prédio foi aumentado de uma para 3 salas de aula e cozinha.
Em 1963 foi construído o 1º prédio em alvenaria com 4 salas de aula, secretaria, cantina com refeitório, uma pequena dispensa e instalações sanitárias. A escola passou a chamar-se GRUPO ESCOLAR MUNICIPAL DR. RUY RAMOS em homenagem a um deputado gaúcho da época.
Em 1966 devido ao grande nº de alunos, foi construído novo pavilhão com mais  5 salas de aula e porão.
Em 1971 foi construído um salão de alvenaria pelo CPM e Prefeitura Municipal para reuniões e aulas.
Em 1972 foi implantada em caráter experimental a 5ª série e logo a seguir a 6ª série.
Em 1973 passou a chamar-se ESCOLA MUNICIPAL DE 1º GRAU DR. RUY RAMOS.
Em 1983 surgiu o ensino noturno para os alunos trabalhadores, funcionando de 6ª a 8ª série. Em 1984 foi implantada a 5ª série.
No ano de 2000, buscando sanar dificuldades que o ensino noturno vinha enfrentando e oportunizar aos alunos excluídos a oportunidade de concluir o ensino fundamental implantou-se o Curso em Módulos por Disciplinas e Qualificação de Jovens e Adultos.
Atualmente, a escola conta com uma matrícula de aproximadamente 534 alunos distribuídos em 21 turmas do diurno e 06 do noturno.
São 43 professores e 13 funcionários construindo a história da nossa escola.

Fonte: Texto disponível em: http://escolaruyramos.blogspot.com/p/historico.html
http://sites.google.com/site/escolaruyramos/historico-1 



Ruy Ramos e sua esposa e companheira inseparável Nehyta Martins Ramos
RUY RAMOS nasceu em Alegrete em 1909, era advogado, pecuarista, poeta, tradicionalista, historiador, agente religioso (metodista) e político. Foi prefeito de Alegrete (1947-50) e deputado federal (1951-55; 1959-62). Ele marcou sua atuação pela defesa da terra. Foi autor de várias ementas de grande impacto na área social e agrícola.
Era conhecido como "Tribuno do Rio Grande" - teve a iniciativa de trazer a Escola Agrotécnica Federal para Alegrete. Em 17-09-1952, RUY RAMOS pleiteou à Secretaria da Agricultura do Estado a criação de ..." uma escola aos moldes daquela que o Ministério da Agricultura mantinha em Pelotas/RS". O Deputado defendia a idéia de que esta escola traria um grande impulso para a região e que, em decorrência disso, derivaria dela a Universidade Rural da Fronteira.
Faleceu tragicamente em um acidente aéreo, em 20 de setembro de 1962, juntamente com sua esposa, Nehyta Martins Ramos, professora e líder metodista. Neste acidente faleceram, também, o prestigiado médico alegretense Dr. Emílio Zuñeda e o Prof. Francisco Brochado da Rocha, ex-Presidente do Conselho de Ministros.
Em 27-06-2006, por unanimidade, os deputados gaúchos aprovaram projeto de lei do deputado Giovani Cherini (PDT) que denomina a estrada RS-640 de "Rodovia Ruy Ramos" em toda sua extensão. A estrada liga a BR-290 nas proximidades de Rosário do Sul, passando por Cacequi, à RS-241, na localidade de São Rafael, próximo à cidade de São Vicente do Sul. Na justificativa da matéria, Cherini ressaltou que o poeta nativista era um homem à frente de seu tempo. "E pagou caro por isso", salientou o parlamentar. RUY RAMOS sofreu perseguições por sua defesa intransigente do direito ao divórcio, da igualdade às mulheres em todos os campos, das garantias elementares a todos, sobretudo àqueles destituídos de educação, moradia e trabalho. "Ruy Ramos era trabalhista, antes do Partido Trabalhista", definia Alberto Pasqualini.

Fonte: Biografia disponível em: http://assisbrasil.org/joao/vultos2.htm

domingo, 30 de outubro de 2011