domingo, 20 de fevereiro de 2011

Grave acidente rodoviário sobre o rio Faxinal - entre Ijuí e Ajuricaba: ônibus da Empresa Stadler se chocou com uma caminhão Chevrolet - 19 pessoas morreram - 31 de março de 1973

O ônibus após o choque caiu de virado para baixo nas águas do rio Faxinal - a tragédia deixou enlutado inúmeras famílias de Ijuí e Ajuricaba
Aqui o ônibus já desvirado. Em seu interior viajavam 27 passageiros, mais o motorista e o cobrador
A capota do ônibus ficou quase totalmente amassada, provocando o esmagamento de algumas vítimas
O ônibus foi desvirado pouco depois do acidente - final da tarde de sábado, dia 31/03/1973, e somente retirado das águas na tarde de domingo (01/04/1973), com auxílio de um trator carregador e patrolas da Prefeitura de Ijuí e do DAER.

O motorista Sílvio Moresco não tinha habilitação para dirigir o ônibus
A sombra nesta foto identifica o local onde parou o caminhão e mostra onde se precipitou o ônibus - para dentro do rio
Fonte: Reprodução de notícia publicada no jornal Correio Serrano, edição do dia 03 de abril de 1973.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A transferência dos restos mortais dos primeiros moradores de Ijuí enterrados no cemitério "velho" gerou muita discussão e polêmica!


"Ossos humanos nas ruas de Ijuí, gera revolta em certos setores", dizia a manchete do jornal Correio Serrano, 30/08/1975
"No cemitério: a falta de respeito aos mortos, em nome do Progresso", outro comentário no jornal

No lugar do antigo cemitério, onde estavam enterrado os primeiros habitantes de Ijuí,  foi construído uma praça, a "Praça dos Imigrantes"


Na época,  parte dos restos mortais que ainda se encontravam no "Cemitério Velho", da rua Cel. Dico,  foram transferidos  para o "novo  e atual Cemitério", na rua Getúlio Vargas
No lugar do "cemitério velho" uma nova Praça surgiu, mas que atualmente carece de um maior cuidado, segurança e ajardinamento
Infelizmente, a "Praça dos Imigrantes" ainda não é muito aproveitada pelos ijuienses

Fonte: Reprodução de matéria publicada no jornal Correio Serrano, edição do dia 30/08/1975. Fotos atuais de nossa autorida.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

No começo da história de Ijuí: eram apenas 100 lotes rurais de terra

Centro da cidade de Ijuí no início do século 20 - por volta dos anos de 1900-1910
Fonte: Reprodução/formatado de artigo publicado no jornal Correio Serrano, dia 19/10/1976.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Seminário São Geraldo - dos Capuchinhos - de Ijuí - Parte II

Horário dedicado a Deus

Horário dedicado ao trabalho - horta

Capuchinhos em retiro espiritual

Fonte: Edição Histórica dos 50 anos de Emancipação Política Administrativa de Ijuí - 1912-1962.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um pouco sobre a história do Seminário São Geraldo dos PP. Capuchinhos - O dia-a-dia no Seminário - Parte I


Vista parcial do prédio onde funcionou o Seminário no Bairro São Geraldo

Texto publicado no "Guia Publicitário e Histórico de Ijuí e Panambi - 1955/56", organizado por Fraiem Cotliarenco Editora, de Porto Alegre, RS.
Foto área do ano de 1970, mostrando no lado direito o Seminário São Geraldo, inclusive parte da horta do Seminário. No centro a Igreja Matriz São Geraldo e a esquerda o edíficio da então FIDENE (depois UNIJUÍ). Ainda a construção da segunda parte da sede acadêmica da FIDENE. Fonte da foto: http://www.ijuhy.com/noticia-ler.php?id=9892

Outro visual da frente do prédio onde Funcionou o Seminário, mais tarde desativado. Atualmente no local funciona a Escola de Educação Básica Francisco de Assis - EFA/FIDENE. Podemos observar ainda as lindas palmeiras que sempre embelezaram o local, formando uma fileira em direção onde hoje está o conjunto residencial Bela Vista. Podiam serem vistas de longe. Nas últimas décadas as mesmas foram derrubadas, e poucas sobraram para contar muitas histórias....

 A cidade onde eu nasci
tinha uma coisa de lindo:
uma fileira de coqueiros
contra o céu
lá em cima
onde o trem passava
e apitava!

.....  .....

Foi onde eu aprendi a beleza
e amei o primeiro pôr-de-sol...


Sheila Gonçalves da Silva
Vista dos fundos do Seminário, onde havia uma grande horta e um grande parreiral de uva. A direita pode-se ver também uma parte do bosque dos "Capuchinhos". Aos fundos a torre da Matriz da São Geraldo e o prédio da FIDENE/UNIJUÍ.
Parte das terras que pertenciam ao Seminário São Geraldo foram usados para a contrução do conjunto habitacional Bela Vista









segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Vida de viajante nos 50 não era fácil - na região Noroeste do Rio Grande do Sul


 A foto acima foi enviada pelo nosso amigo Paulo Mühlbach e mostra o viajante Oskar Mühlbach (o baixinho do meio) - seu pai - nos anos 50, em mais uma de suas viagens de trabalho pelo Noroeste do Rio Grande do Sul (onde se localiza o município de Ijuí). 
Somos lembrados pelo Paulo que naquela época ainda não havia asfalto (o único trecho asfaltado era entre Carazinho - Não-Me-Toque), nem pontes suficientes. Com chuvas, havia o desafio de enfrentar estradas com o perigoso barro vermelho, liso como sabão, exigindo pneus lameiros, com correntes. No verão, o pó vermelho (talco de motorista) levantava nuvens e ninguém queria ser ultrapassado, para evitar o pó entranhar até nas narinas.

Se o amigo(a) tem fotos/documentos/histórias antigas, em especial relacionado a história da cidade de Ijuí mande para publicarmos em nosso blog. Não precisa mandar o original, faça uma cópia digital do mesmo através de um scanner, ou fotografe com uma máquina digital de boa resolução. Nosso endereço de contato é: Bagé.blumenau@gmail.com

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Monumentos existentes na Praça da República - a maioria não está mais em seu local original

Observem que na inauguração do busto em homenagem ao engenheiro Augusto Pestana, no dia 19 de outubro de 1940, o mesmo está de costa para a Igreja da Natividade, antigo Salão do São Luiz e a rua "Praça da República", diferente da situação atual.
A foto da década de 40, foi tirada provavelmente no dia da inauguração do busto em homenagem ao engenheiro Augusto pestana, ou seja no dia 19 de outubro de 1940. A direita, o primeiro ao lado do busto é Crisanto Leite, que foi coletor estadual. A esquerda de terno claro e óculos, João Hoffmann, que era conhecido como João “da Ponte”, por fabricar pontes. Ao fundo o Salão Paroquial São Luiz, ainda em construção pela Igreja da Natividade.  Fonte da foto e texto: Jornal da Manhã, edição do dia 19/10/1991.

Busto e monumento em homenagem ao Dr. Augusto Pestana
É o mais antigo monumento construído na Praça da República, numa justa homenagem ao principal impulsionador do desenvolvimento da Colônia de Ijuí, e também seu primeiro Intendente.
Sua inauguração aconteceu no dia 19 de outubro de 1940, dentro das comemorações do cinqüentenário da colonização de Ijuí. Além do busto foi colocado também um escudo da República do Brasil e ainda uma placa com os seguintes dizeres: “Ao benemérito engenheiro Augusto Pestana. O povo de Ijuí”.
Segundo o historiador e jornalista Ademar Campos Bindé, a “...atuação de Augusto Pestana como administrador da então Colônia de Ijuí começou no dia 1º de janeiro de 1899 e se estendeu por quase 14 anos. O coroamento de sua obra foi a emancipação da Vila de Ijuí e a sua elevação a município autônomo, no dia 31 de janeiro de 1912, quando assumiu como primeiro Intendente (provisório) de Ijuí até 11 de junho daquele ano, passando então o cargo ao seu sucessor, Antônio Soares de Barros, o Coronel Dico...”

Vários monumentos e até mesmo o busto e monumento em homenagem ao engenheiro Dr. Augusto Pestana trocaram de lugar. Por quê?....

Ao escrevermos este registro fizemos uma pequena e ao mesmo tempo grande descoberta, significativa e histórica, mas que não vem diminuir em nada a homenagem  realizada  pelo povo de Ijuí ao grande administrador  e um dos idealizadores da Colônia de Ijuí. Serve apenas como mais uma curiosidade na história de Ijuí.

Observando mais acuradamente a primeira foto  que ilustra este “post” notamos que a posição e o lugar do monumento atualmente está em local diferente de seu estado original. Claramente dá para ver e observar na foto que o busto (e o monumento) está de costa para a rua que passa na frente da Igreja da Natividade e antigo Salão do São Luiz denominada “Praça da República”. Já o atual monumento hoje (foto acima - em sua essência o mesmo) não está mais naquele local original e sim - em algum tempo e motivo que não sabemos – foi transferido para o lado direito, a poucos metros de seu ponto inicial. Ou seja, está de costa para a rua Benjamin Constant, lado oeste da Praça. Acreditamos que isso tenha acontecido durante alguma reforma/melhoramento executado na Praça da República. Encontramos mais duas fotos antigas da Praça da República que comprovam que o monumento em homenagem a Augusto Pestana por muito tempo estava no lado sul da Praça:

Não sabemos qual a data da foto, mas aqui Augusto Pestana aparece de frente para a Preitura Municipal, isto é, em seu lugar original.
Nessa aqui, outra foto da Praça da República de 1940, tirada talvez a partir do atual Clube Ijuí , mostra ao fundo (em destaque) o monumento em homenagem a Augusto Pestana também em seu lugar original.
Outros monumentos da Praça da República também trocaram de lugar
Uma visão parcial de onde estão os monumentos/bustos na Praça da República. Aqui nos serve como ilustração: O monumento em homenagem a Getúlio Vargas está bem a esquerda da foto (fora do foco); a seguir o monumento a Bíblia; aos fundos em homenagem ao "Dia do Colono"; a direita e lateral da foto homenagem ao Cel. Dico e bem a esquerda (fora do foco da foto) está a homenagem ao Dr. Augusto Pestana.
     
Diante do fato acima registrado - de que havia algo diferente - troca de posição  no monumento - fomos pesquisar, e encontramos um importante artigo e registro  do historiador Ademar Bindé sobre "Os monumentos da Praça da República", publicado no jornal “O Repórter”, edição do dia 04/10/2008. 

No mesmo ele apresenta cada um deles e trás um pequeno histórico. Até comenta que alguns deles foram mudados de lugar, mas em nenhum momento comenta que também o do dr. Augusto Pestana está em lugar diferente do original.


Obelisco em homenagem ao "Dia do Colono!"

O obelisco em homenagem ao “Dia do Colono” foi inaugurado em 25 de julho de 1950, com uma placa de bronze onde está escrito: “25 de julho – Homenagem ao Colono no 126º aniversário de imigração alemã. O povo de Ijuí – 1824-1950”. Interessante observar que existem sinais no monumento que havia ainda uma outra placa, mas parece que a mesma foi arrancada, talvez até roubada. O que estava escrito nela não sabemos.
Bindé informa, ainda, que o monumento em homenagem ao “Dia do Colono” (hoje localizado bem onde estava o do dr. Augusto Pestana) estaria inicialmente colocado  no lado norte da Praça da República ou melhor, bem no meio da Praça da República como podemos observar claramente em mais uma foto antiga da praça, sendo mais tarde transferido para o local onde atualmente se encontra.

Na foto (Coleção Família Beck, arquivo do MADP) aparece a Praça da República com as remodelações sofridas na década dos anos de 1940. Nela podemos ver claramente o monumento em homenagem ao "Dia do Colono" - (do Imigrante), no centro da Praça. Mais tarde ele será então transferido para a área sul da Praça, local atual, paralelo a rua Benjamin Constant e lateral a rua "Praça da República". Aproveitando  o visual da foto podemos ver também na mesma Praça as casinhas dos poços artesianos e da sede central do setor de energia elétrica (que administrava e distribuia a energia  vinda da Usina velha, situada no rio Potiribú).  Aparece, ainda, ao fundo, a partir do lado esquerdo: o edifício Scharnberg (esquina com a rua do Comércio); a loja Riograndense de Queruz Craidy (onde hoje está o edíficio Nelson Lucchese); o banco da Província (onde funcionou o antigo banco Sul Brasileiro e hoje o banco Santander); e depois temos a residência de Miguel Jorge Capssa (hoje local de várias lojas comerciais). Fonte das informações históricas: Ademar Campos Bindé, artigo "A Praça da República de antigamente", publicado no jornal "O Repórter", de Ijuí, edição do dia 07/07/2010.


Outro ângulo do monumento aos imigrantes no centro da Praça da República, julho de 1940

Homenagem ao presidente Getúlio Vargas

Junto ao busto está também a sua Carta Testamento
O monumento em homenagem a Getúlio Vargas (presente do então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola),  juntamente com sua “Carta Testamento”, inaugurado no dia 24 de agosto de 1958, (dentro das solenidades do 4º aniversário de sua morte) estaria inicialmente colocado na parte sul da Praça, mais tarde transferido para o lado leste, onde está hoje.

Homenagem a Antônio Soares de Barros - o Cel. Dico


O busto de Antônio Soares de Barros, também inaugurado em 1958, dia 19 de outubro, está no lado oeste da Praça da república, de costa para a rua Benjamin Constant, e no seu lado esquerdo está  o monumento de Augusto Pestana, que “migrou “ do lado sul para oeste.

Monumento a Bíblia - está bastante danificado e carece de uma atenção especial
O monumento alusivo a Bíblia Sagrada, que também está na Praça da República, no lado leste e entre o de Getúlio Vargas e o obelisco do “Dia do Colono”, foi inaugurado no dia 08 de dezembro de 2002. Lá está escrito o seguinte: “Bem aventurada a nação cujo Deus é o Senhor! Salmo 144:15”. Pelo que saiba esse está até agora em seu lugar original.
Enfim, nosso alvo principal era fazer uma pequena apresentação e resgate histórico dos monumentos existentes na Praça da República, e o fato de observar/saber que a maioria deles já trocaram de lugar é  apenas mais uma curiosidade histórica de nossa cidade. Talvez alguém de nossos leitores, ou pessoas mais antigas, possa nos ajudar a esclarecer melhor os motivos para tanta troca de lugares destes ilustres homenageados.

Rua Benjamin Constant já teve mão dupla - na década de 40


A foto acima mostra como foco principal a Praça da República na década de 1940, e também flagra a existência de uma mão dupla na rua Benjamin Constant, em frente à Prefeitura Municipal. Hoje a Praça e o trânsito já estão bem diferentes. Do lado esquerdo da Igreja da Natividade aparece o Cine Serrano, já modificado após a reforma  que sofreu em 1936. Do lado direito da Igreja da Natividade, o Salão Paroquial São Luiz, demolido na década de 80. Fonte: Jornal da Manhã, edição do dia 19/10/1991.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Por quê “Rincão do Tigre?” - Localidade no interior de Ijuí - RS

Uma ressaca, nas costas do Rio Conceição tem a sua história. Trata-se de Rincão do Tigre. Quem conta é o professor Argemiro Brum, historiador, escritor e professor da UNIJUÍ. Segundo ele, em Cruz Alta havia um circo, um circo de cavalinho. Tinha feras, e, entre elas um tigre. Um dia, não se sabe se por descuido, a porta da jaula ficou aberta e o danado do tigre, sem a menor cerimônia e sem perda de tempo, saiu de sua prisão. Entrou pelo recinto da barraca de lona, e lá se foi. Não houve valente que não tremesse. Não foram poucos, os que sentiram o sangue subir para o calcanhar. O ambiente ficou mais gelado do que laje de túmulo, em manhã de inverno. Lá fora, na rua... nem fala. Foi um Deus nos acuda... E o tigre se foi...
Os ciganos grandes domadores, imediatamente foram ao encalço do bicho, arrastando consigo a jaula, em cima duma carroça puxada a cavalo, no mesmo momento em que seguiam o tigre que encontravam. Iam cortando cercas, atravessando campos, até que, finalmente, depois de três dias, encontraram o tigre. Estava faminto e cansado. O animal acostumado a vida ao assoalho da jaula, caminhava macio numa ilha do rio Conceição.
Dizem que foi bastante fácil capturá-lo. Colocaram carne na jaula. E o felino atraído pelo cheiro de sua comida predileta, e acossado por outros meios, voltou à prisão habitual. Faminto e desconfiado entrou na jaula. Fecharam a porta atrás dele e levaram o bicho para Cruz Alta. O acontecimento foi muito comentado. Foi assunto obrigatório das conversas durante muito tempo. Depois disso o lugar ficou sendo chamado de “Rincão do Tigre”.
Para Argemiro Brum, não há dúvida que foi uma bela façanha a dos ciganos. Entretanto, se trata-se das más línguas, mas a verdade é que há os que explicam, que o tigre devia ser um exemplar muito velho e desdentado...
Mas seja como for, com dentes ou sem dentes, “Rincão do Tigre” é Rincão do Tigre.

Pesquisa de Luis Carlos Ávila. Publicado no jornal Correio Serrano, edição 19/10/82.